29.01.2017
FILADÉLFIA: A IGREJA MODELO
Apocalipse 3.7-13
7 Escreva esta carta ao anjo da igreja em Filadélfia. Esta é a mensagem daquele que é santo e verdadeiro, que tem a chave de Davi. O que ele abre ninguém pode fechar, e o que ele fecha ninguém pode abrir: 8 Sei de tudo que você faz. Abri para você uma porta que ninguém pode fechar. Você tem pouca força, mas ainda assim obedeceu à minha palavra e não negou meu nome. 9 Veja, obrigarei aqueles que pertencem à sinagoga de Satanás – os mentirosos que se dizem judeus, mas não são – a virem, prostrarem-se a seus pés e reconhecerem que amo você. 10 Porque obedeceu à minha ordem para perseverar, eu o protegerei do grande tempo de provação que virá sobre todo o mundo para pôr à prova os habitantes da terra. 11 Venho em breve. Apegue-se ao que você tem, para que ninguém tome sua coroa. 12 O vitorioso se tornará coluna do templo de meu Deus, de onde jamais sairá. Escreverei nele o nome de meu Deus, e ele será cidadão da cidade de meu Deus, a nova Jerusalém que desce do céu, da parte de meu Deus. E também escreverei nele o meu novo nome. 13 Quem tem ouvidos para ouvir, ouça o que o Espírito diz às igrejas.
Só elogios!
Penso que se a igreja em Filadélfia fosse matéria de capa em qualquer revista evangélica de hoje o destaque em letras garrafais seria: “Filadélfia é só elogios para Jesus”.
Das sete igrejas do Apocalipse apenas duas (Esmirna e Filadélfia) foram elogiadas pelo Senhor Jesus sem qualquer reserva, correção ou repreensão subsequente (como foi no caso de Éfeso, Pérgamo, Tiatira, Sardes e Laodicéia – que, como veremos na semana que vem, só recebeu críticas). Esmirna e Filadélfia eram só elogios. Não havia para elas qualquer mas, porém, todavia ou contudo subsequente.
No caso de Esmirna, o elogio veio seguido de encorajamento – ela foi a igreja que não adoeceu com a cultura ao seu redor. Para Filadélfia, o elogio veio seguido de desafio – ela deveria aproveitar as oportunidades missionárias e evangelísticas que diante dela se abriam. Filadélfia era uma igreja modelo.
Em tempos como os nossos, tão desprovidos de modelos saudáveis, como é bom poder contemplar um modelo digno de ser copiado.
Filadélfia: a igreja modelo
Com esta carta em mãos, o leitor rapidamente se convence de que aquela era uma igreja que o Senhor Jesus estava usando para o louvor de sua glória. Na verdade, ao longo da história do cristianismo, os tipos de igrejas (e também de indivíduos) que Deus tem usado mais frequentemente se encaixam no modelo Filadélfia.
Não há dúvida de que o desejo de todos nós – igreja como um todo e seus membros em particular, e também, é claro, daqueles que nos visitam e ouvem – é que o Senhor Deus olhe para nós e diga: “Eis ai uma igreja (uma pessoa) que eu posso usar para a minha glória, através de quem eu posso fazer irradiar o brilho da minha beleza”. Para tanto, teremos de, pela graça de Deus, nos encaixar no modelo Filadélfia.
Convido-os a fazer isso, examinando se nós nos encaixamos no modelo Filadélfia. Se estivermos encaixados no modelo, aleluia, sigamos em frente com fé, esperança e amor. Do contrário, em vez de refazer o modelo ou buscar outros modelos, encaixemo-nos no modelo inspirado por Deus – Filadélfia: a igreja modelo.
Atentem-se comigo para algumas questões importantes, quando se trata de observar e ou copiar algum modelo, especialmente quando estamos falando de igreja modelo: Quem é Jesus para essa igreja ou pessoa? Em que condições essa igreja ou pessoa vive? Quais são as crises que essa igreja ou pessoa enfrenta? Onde essa igreja ou pessoa encontra conforto? Como copiar essa igreja ou pessoa modelo?
1. O Cristo da igreja modelo
A visão que um indivíduo ou uma instituição tem de Cristo e de sua Palavra é determinante. Em momentos de crise ou de grande impasse é o que cremos sobre o Cristo das Escrituras que nos dá discernimento e força para seguir. De tantos exemplos, cito o do ex-presidente Lincoln.
Abraham Lincoln foi o 16o presidente norte-americano. Eleito pela primeira vez em 1860 e reeleito em 1864. Foi assassinado em 1865 por ter conseguido a vitória dos estados da União (do norte industrializado) sobre os estados da Confederação (do sul escravagista).
A convicção de Lincoln, de que deveria se manter na guerra e não retroceder na luta pela abolição da escravidão nos EUA, estava calcada nos atributos de Deus revelados na Bíblia. Um dos biógrafos dele (Allen C. Guelzo, Lincoln, p. 111) comentou o seguinte:
Havia um traço peculiar por trás de tudo [o que Lincoln fazia]: Lincoln chegou a essa decisão não como um progressista convicto, mas como um humilde seguidor da vontade divina, como se a democracia liberal precisasse de algo superior à sua dinâmica secular para superar as questões raciais ou as demandas da política e da guerra civil. Era o primeiro sinal de que Lincoln e o liberalismo poderiam precisar tomar posturas bem diferentes daquelas que se assumem levando em conta como referência apenas o progresso [e a razão].
O preço que Lincoln pagou por sua convicção foi altíssimo. Conta-se que diante de dois grandes insucessos nos campos de batalha a única coisa capaz de fortalecer o presidente foi a fé no Deus de seus pais e avós, descendentes dos puritanos. O biógrafo comenta:
Os insucessos [nas frentes de batalha da Virgínia] só fizeram crescer a melancolia de Lincoln. Depois do [segundo] desastre, o governador da Pensilvânia relatou que o presidente “soltou gemidos e lamentos de angústia. Ele andava de um lado para o outro, abanando os braços e soltando exclamações de pesar […] repetindo várias vezes: ‘Por que Deus me colocou neste cargo?’” – – No entanto, foi justamente a convicção de que havia sido colocado naquele cargo por Deus que deu forças a Lincoln para superar as derrotas e as críticas à emancipação dos escravos. […] Lincoln cria que era a Providência Divina que estava conduzindo a guerra, então o seu papel não era se preocupar com o resultado das batalhas, e sim observar e avaliar as formas como Deus estava intervindo no conflito e interpretá-las e comunicá-las ao povo e aos políticos. (Guelzo, p. 114)
Com base nesse e noutros incontáveis exemplos, na Bíblia e na história, é que afirmamos que a visão que um indivíduo ou instituição tem de Cristo e de sua Palavra é determinante em qualquer momento de sua vida. Nossas motivações, ações e posturas precisam ser ditadas pelo Cristo que temos como Senhor sobre nossas vidas.
Quando olhamos para a igreja em Filadélfia nós descobrimos quem era o Cristo em que criam. E precisamente por crerem assim mesmo nele, eles conseguiram ser uma igreja modelo. Quem era o Cristo dos filadelfienses?
Os atributos de Cristo
Ap 3.7 | Escreva esta carta ao anjo da igreja em Filadélfia. Esta é a mensagem daquele que é santo e verdadeiro,
Cristo é Deus santo. Ele é Deus separado, acima de tudo e de todos. Ele não peca. Ele não erra. Ele não se compromete com esquemas humanos. Ele não toma partidos (como Lincoln cria que Deus não estava nem do lado do Norte e nem do lado Sul dos EUA, mas da verdadeira justiça). Cristo é Deus santo e separado, mas ele sabe o que sentimos, compadece-se de nós, sem, contudo, pecar (Hb 4.15). Cristo não age como um pecador. Cristo é Deus santo.
Cristo é Deus verdadeiro. Além de ser honesto, o termo significa que ele é real. Cristo não é mito nem mártir nem ilusão nem projeção da imaginação humana. Sobre o Cristo verdadeiro, Paulo disse assim:
Cl 1.18 | Ele é a cabeça do corpo, que é a igreja. Ele é o princípio, supremo sobre os que ressuscitam dos mortos; portanto, ele é primeiro em tudo.
Era neste Cristo “santo e verdadeiro” que os filadelfienses criam. E quem crê nesse Cristo santo (que tem compromisso apenas com sua glória e santidade) e verdadeiro (que é real e Senhor soberano) vive para servir de modelo.
Os atos de Cristo
Ap 3.7-8 | 7 Escreva esta carta ao anjo da igreja em Filadélfia. Esta é a mensagem daquele que é santo e verdadeiro, que tem a chave de Davi. O que ele abre ninguém pode fechar, e o que ele fecha ninguém pode abrir: 8 Sei de tudo que você faz. Abri para você uma porta que ninguém pode fechar. Você tem pouca força, mas ainda assim obedeceu à minha palavra e não negou meu nome.
Cristo age soberanamente nos corações e nas circunstâncias. Ele é o dono da chave que abre e que fecha. O que ele abre ninguém fecha. O que ele fecha ninguém abre. É Deus que abre o coração das pessoas, como ele fez com Lídia, por exemplo (At 16.14). É ele que une o coração de um povo, como uniu Israel ao redor de Davi (Sl 18.43-45). É ele que dá e retira oportunidades para qualquer pessoa ou igreja (Ap 3.7-8).
Cristo age onipresentemente, sondando e sustentando as nossas vidas. Ele conhece nossa estrutura – “pouca força” (v. 8), nosso limite, nossas motivações e nossas ações. Por isso que ele sabe a hora de abrir e de fechar portas diante de nós.
Quem crê no Cristo dos filadelfienses – santo, verdadeiro, soberano, onipresente e sustentador – consegue viver para a glória de Deus, a ponto de se tornar modelo. Afinal, quanta gente crê (no coração e na conduta) num Cristo realmente assim?
2. A condição da igreja modelo
Tendo enxergado a visão que a igreja em Filadélfia tinha de Cristo, vejamos agora a vida que eles levavam naquela cidade. Diferentemente da igreja morta viva em Sardes, a igreja modelo em Filadélfia era um santuário de vitalidade e de espiritualidade. Observe.
2.1. A igreja modelo recebe os seus desafios
Ap 3.8 | Abri para você uma porta que ninguém pode fechar.
A porta aberta que ninguém podia fechar era a oportunidade que os crentes tinham de ministrar e de servir na cidade e à partir dela.
Filadélfia era a mais jovem das sete cidades da Ásia menor. Fundada por colonos provenientes de Pérgamo, sob o reinado de Átalo II – nos anos de 159 a 138 a. C., a cidade estava situada num lugar estratégico, na principal rota do correio imperial de Roma para o Oriente. A cidade era, portanto, chamada a porta do Oriente. Também era chamada de pequena Atenas, pois havia sido idealizada como porta voz (evangelista) da filosofia greco-romana e propagadora da língua grega. A igreja naquela cidade estava cercada de muitas oportunidades. Portanto, cabia aos crentes recebê-las e aproveitá-las.
As oportunidades missionárias eram gigantescas, muito maiores do que a pretensão de se propagar a língua e a filosofia gregas. Daquela localidade, cabia aos crentes irradiar o evangelho da glória e da graça de Deus em Jesus Cristo.
2.2. A igreja modelo reconhece as suas limitações
Ap 3.8 | Sei de tudo que você faz. Abri para você uma porta que ninguém pode fechar. Você tem pouca força, […]
Deus, muitas vezes, parece ser contraditório. Veja só o caso da igreja em Filadélfia. O Senhor os planta em local estratégico, de enormes potenciais, com inúmeras portas de oportunidades escancaradas diante deles, mas sabe que eles têm pouca força. Quem faria uma coisa dessas? Só mesmo Deus, pois o poder dele se aperfeiçoa em nossa fraqueza para o louvor da glória dele (2Co 12.9-10).
Quando o Senhor Jesus diz que sabia que eles tinham pouca força, ele não estava criticando. Ele estava fazendo uma constatação. John Stott nos informa que a igreja em Filadélfia, além de pequena, quando comparada à população da cidade e ao fluxo enorme de pessoas que passavam por ela, era, também, composta de pessoas pobres e sem expressão social. Nada disso, porém, deveria detê-los diante das grandes oportunidades de evangelização. Eles deveriam se agarrar à graça soberana de Deus para executar a grande tarefa que Deus tinha colocado diante deles.
Igrejas e pessoas modelo recebem oportunidades e reconhecem suas fraquezas. Paulo era assim. Escrevendo aos da igreja em Corinto, ele disse três coisas que merecem destaque aqui neste contexto:
1Co 16.8-9 | 8 Por enquanto, permanecerei em Éfeso até a festa de Pentecostes. 9 Há uma porta inteiramente aberta para realizar um grande trabalho aqui, ainda que muitos se oponham a mim.
2Co 2.16 | E quem está à altura de uma tarefa como essa?
2Co 12.9-10 | 9 mas ele disse: “Minha graça é tudo de que você precisa. Meu poder opera melhor na fraqueza”. Portanto, agora fico feliz de me orgulhar de minhas fraquezas, para que o poder de Deus opere por meu intermédio. 10 Por isso aceito com prazer fraquezas e insultos, privações, perseguições e aflições que sofro por Cristo. Pois, quando sou fraco, então é que sou forte.
A igreja ou o indivíduo modelo reconhece suas limitações e se refugia na graça de Deus.
2.3. A igreja modelo resguarda a Palavra de Deus
Ap 3.8 | Você tem pouca força, mas ainda assim obedeceu à minha palavra e não negou meu nome.
A melhor forma de descrever essa igreja é: “fracos, mas fieis”. Muitas vezes o espírito de grandeza nos apequena diante de Deus. Quando nos vemos fortes e capazes é que perdemos força e condições. A igreja modelo tira proveito de sua fraqueza, refugiando-se na graça de Deus na hora de defender a Palavra de Deus. Paulo colocou tudo isso da seguinte forma:
2Co 2.14-17 | 14 Mas graças a Deus, que, em Cristo, sempre nos conduz triunfantemente. Agora, por nosso intermédio, ele espalha o conhecimento de Cristo por toda parte, como um doce perfume. 15 Somos o aroma de Cristo que se eleva até Deus. Mas esse aroma é percebido de forma diferente por aqueles que estão sendo salvos e por aqueles que estão perecendo. 16 Para os que estão perecendo, somos cheiro terrível de morte e condenação. Mas, para os que estão sendo salvos, somos perfume que dá vida. E quem está à altura de uma tarefa como essa? 17 Não somos como muitos que fazem da palavra de Deus um artigo de comércio. Pregamos a palavra de Deus com sinceridade e com a autoridade de Cristo, sabendo que Deus nos observa.
A igreja modelo resguarda a Palavra de Deus.
2.4. A igreja modelo resiste às pressões
Ap 3.8-9 | Sei de tudo que você faz. Abri para você uma porta que ninguém pode fechar. Você tem pouca força, mas ainda assim obedeceu à minha palavra e não negou meu nome. 9 Veja, obrigarei aqueles que pertencem à sinagoga de Satanás – os mentirosos que se dizem judeus, mas não são – a virem, prostrarem-se a seus pés e reconhecerem que amo você.
Aqueles crentes não negaram o nome de Cristo diante da grandeza do poder de gregos e romanos; nem debaixo da cruel perseguição dos judeus hostis (Ap 3.9).
Encanto e escárnio são as duas principais armas de Satanás na tentativa de nos fazer negar o nome de Cristo. Filadélfia, porem, resistiu firme e não negou o nome de Jesus.
A igreja modelo resiste à pressão.
3. As crises da igreja modelo
Igreja e indivíduos, mesmo os mais fiéis (para não dizer: principalmente eles), não estão isentos de crises. O Senhor os elogia 1 pelo Cristo que eles professavam e 2 pela condição como eles viviam, para encorajá-los diante das crises que eles atravessavam.
3.1. A perseguição acirrada dos falsos crentes (Ap 3.9)
Veja, obrigarei aqueles que pertencem à sinagoga de Satanás […]
Diante da crise da perseguição, Deus promete honrar os seus fieis.
[…] os mentirosos que se dizem judeus, mas não são – a virem, prostrarem-se a seus pés e reconhecerem que amo você.
3.2. A perseverança colocada em xeque (Ap 3.10)
Porque obedeceu à minha ordem para perseverar, […]
Diante da crise da perseverança, Deus promete sustentar os seus fieis.
[…] eu o protegerei do grande tempo de provação que virá sobre todo o mundo para pôr à prova os habitantes da terra.
3.3. A proteção divina questionada (Ap 3.11)
Diante da crise do medo, Deus assegura o seu cuidado sobre os seus fieis.
11 Venho em breve. Apegue-se ao que você tem, para que ninguém tome sua coroa.
Todos enfrentam crises, mesmo os fiéis. O segredo é se agarrar com fé às promessas de Deus: ele honra, sustenta e cuida dos seus filhos.
4. O conforto da igreja modelo
Após revelar o Cristo da igreja em Filadélfia; descrever a condição daqueles crentes; e apontar as crises que eles enfrentavam; o Senhor apresenta o tipo de conforto que mantinha aquela igreja, fazendo seus membros seguirem avante.
4.1. Estima divina (Ap 3.12)
O vitorioso se tornará coluna do templo de meu Deus, […]
Era costume na cidade de Filadélfia homenagear seus nobres e ilustres cidadãos com uma coluna erigida em seu nome nas localidades mais importantes da cidade. É provável que cristão algum jamais tenha tido tal reconhecimento. Mas, Deus lhes assegura que faria do vencedor uma coluna no santuário celestial.
As chances de o mundo nos estimar são mínimas, mas aqueles que servem a Jesus o Pai os honrará (Jo 12.26).
4.2. Estabilidade eterna (Ap 3.12)
O vitorioso se tornará coluna do templo de meu Deus, de onde jamais sairá.
Terremotos eram frequentes naquela região. Filadélfia, inclusive, já tinha sido vítima de enormes catástrofes do gênero. Com os abalos sísmicos, as primeiras coisas que caiam eram os prédios e as colunas. Quantos famosos, após a reconstrução da cidade após um terremoto, não devem ter tido seus nomes apagados e soterrados pelos destroços, para nunca mais serem lembrados?
Além de terremotos, a cidade era vítima constante das lavas de um grande vulcão. Quando entrava em erupção, suas lavas inundavam tudo que vinha pela frente, apagando histórias e memórias. Porém, aquele que serve ao Senhor jamais será esquecido pelo Pai.
4.3. Eternidade garantida (Ap 3.12)
[…] Escreverei nele o nome de meu Deus, e ele será cidadão da cidade de meu Deus, a nova Jerusalém que desce do céu, da parte de meu Deus. E também escreverei nele o meu novo nome.
Eternidade. Essa é a promessa de Deus para aqueles que amam a sua vinda. O mundo, a maldade dos homens e as tragédias da vida podem até nos soterrar, nos destruir, nos abater, mas a graça de Deus promete vida eterna aos que crêem no nome de Cristo Jesus.
Lc 21.18-19 | 18 Mas nem um fio de cabelo de sua cabeça se perderá! 19 É pela perseverança que obterão a vida.”
4.4. Encanto renovado (Ap 3.12)
[…] Escreverei nele o nome de meu Deus, e ele será cidadão da cidade de meu Deus, a nova Jerusalém que desce do céu, da parte de meu Deus. E também escreverei nele o meu novo nome.
No céu, na nova Jerusalém, no momento em que olharmos para Jesus, descobriremos que tudo de que o chamamos e tudo o que dele compreendemos ficaram desbotados diante da nova e encantadora realidade da presença face a face. Então, ele nos revelará seu novo nome, pelo qual o chamaremos na eternidade. O encanto será renovado.
A estima divina, a estabilidade eterna, a eternidade garantida e o encanto renovado é o que conforta os crentes da igreja modelo.
Filadélfia: a igreja modelo
Concluo a mensagem com as últimas palavras de Cristo à igreja em Filadélfia (Ap 3.13):
13 Quem tem ouvidos para ouvir, ouça o que o Espírito diz às igrejas.
Note o que Deus nos diz através da igreja em Filadélfia e para todas as igreja. A mensagem é plural e atemporal. Há 3 descrições simbólicas que são notáveis nesta carta de Jesus às suas igrejas – a porta (Ap 3.8), a chave (Ap 3.7) e a coluna (Ap 3.12).
A porta fala das oportunidades que Deus abre e fecha diante de nós. Precisamos sempre buscar discernimento em Deus.
A chave fala da soberania de Deus que controla (abrindo e fechando quando ele bem quer) corações e circunstâncias. Precisamos depender da graça de Deus.
A coluna fala da vida que Deus tem preparada no céu para aqueles que com a chave do sacrifício de Cristo entraram pela porta da salvação e passaram a viver a vida eterna. Precisamos nutrir fé e esperança para conseguirmos viver com amor.
Filadélfia: a igreja modelo – ensina a mensagem que igrejas e indivíduos devem abraçar e anunciar, além de apontar a maneira como eles devem viver a vida cristã aqui e agora.
Portanto, com a chave na mão, a porta diante dos olhos e a coluna no coração, sigamos com fé, esperança e amor.
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