27.01.2019
DA ESCURIDÃO PARA A LUZ
João 8.12-30
12Jesus voltou a falar ao povo e disse: “Eu sou a luz do mundo. Se vocês me seguirem, não andarão no escuro, pois terão a luz da vida”. [Leremos só até aqui, por enquanto]
A ESCURIDÃO DO MUNDO
O mundo está trevas profundas. Sintonize-se no noticiário, atente-se para os vídeos que chegam toda hora no celular pelo WhatsApp. É tudo escuridão, trevas profundas.
Cerca de 40 anos atrás (veja bem, 40 anos atrás!), a NBC — uma rede de televisão norte-americana — apresentou um documentário sobre violência. Na parte final da matéria, o repórter concentrou a história no estudo de caso de um garoto de 13 anos que havia matado de forma premeditada e a sangue-frio alguns de seus colegas. O espanto era que, mesmo depois daquela barbaridade flagrante e aterrorizante, o pré-adolescente continuou sem demonstrar o menor arrependimento ou remorço, muito ao contrário: ele permaneceu orgulhosamente confesso. Sem respostas ou propostas para um mundo melhor, no final do documentário, o narrador colocou a questão:
Se não sabemos o que faz um ser humano [ainda tão jovem!] capaz destas coisas, como nós podemos ter esperança de salvação para a nossa civilização?
Agora, repito, isto foi 40 anos atrás! Quando se trata de violência e outras coisas mais, a situação hoje está muito pior, as trevas são ainda mais densas e profundas. Pense no caso da motorista do Uber que foi vitimada de forma cruel e covarde esta semana aqui em Goiânia. Ouça um trecho de uma matéria na internet:
Camargo [passageiro] entendeu que para ficar com Vanusa [motorista] teria que cometer um ato de violência. Como ela estava resistindo, ele percebeu que as tentativas da mulher em se desvencilhar dele poderiam impossibilitar o estupro. “Foi quando ele a agarrou e a jogou no chão, caindo por cima dela, que bateu a cabeça contra um meio-fio. Percebendo que ela estava desacordada, o homem então pegou a vítima pelos braços, jogando-a para o lado, de forma que ela bateu a cabeça novamente, o que provocou o óbito”.
Diante da certeza de ter causado a morte da motorista, Camargo não parou. “Na sequência ele despiu a vítima e a si próprio e passou a realizar atos libidinosos. Depois disso, ele ainda arrastou o corpo para um barranco, dentro da própria propriedade, onde o corpo foi encontrado”.
Que é isto, se não trevas? Trevas profunda! Trevas não só la fora, em torno deste horror e de tantos, tantos outros ao nosso redor e pelo mundo afora. Trevas também dentro da gente. Trevas, sim, dentro de nós, pois qual não é o pai, marido, irmão, seja lá quem for que ao se deparar com um monstro humano desses não fica com sangue nos olhos, desejando vingança na mesma medida e até pior do que as doses do crime? Não é verdade? Seja honesto, seja honesta. Poucos são os que conseguiriam sentir compaixão, misericórdia e orar pela conversão, remissão, arrependimento e salvação deste tal Camargo. Haveria alguém? Sim, a mãe dele, mas, quem mais? Você? Provavelmente não.
Vivemos em trevas, trevas profundas. Trevas lá fora e aqui dentro da gente. Por isso que Jesus declarou o que lemos lá no início (Jo 8.12): “Eu sou a luz do mundo. Se vocês me seguirem, não andarão no escuro, pois terão a luz da vida”. Quem não segue Jesus anda no escuro. Pior, amam andar no escuro. Amam-no mais até do que seguir a luz de Cristo. Ouça o testemunho deste mesmo Evangelho (Jo 3.19):
E a condenação se baseia nisto: a luz de Deus veio ao mundo, mas as pessoas amaram mais a escuridão que a luz, porque seus atos eram maus.
Todos nós somos, por natureza, cegos, andamos e amamos andar na escuridão, amamos saciar nossos desejos através de atos maus. Esse é o nosso problema: as trevas do pecado que tomaram conta do nosso coração e do mundo. O pecado é a resposta que o repórter da NBC não conseguiu encontrar para o crime daquela criança de 13 anos, 40 anos atrás lá nos EUA. O pecado ceifou a vida de Vanusa esta semana em Goiânia. O pecado fez Camargo agir como um monstro covarde e sem coração. E muitos ficaram com ódio, com sede de vingança. São as trevas do pecado.
Enquanto o mundo não enxergar a escuridão pelo que ela realmente é, a saber: não olhar para Jesus, não ir a Jesus, não seguir a Jesus; a menos que reconheçamos, individual e coletivamente, a necessidade que temos de luz, de buscarmos esta luz da vida de Jesus, a humanidade jamais se apresentará a Cristo para ser iluminada. Enquanto não se reconhecer que este mundo jaz em trevas e que sem Cristo cada um de nós é totalmente cego, não haverá esperança para ninguém. A pessoa sofrerá aqui e, morrendo, perecerá em trevas e tormentos ainda maiores para sempre no inferno sem a graça de Deus.
João Calvino, comentando João 8.12, escreveu o que se lê:
Fora de Cristo não existe sequer uma fagulha de luz genuína. Pode haver certa aparência de luminosidade, porém se assemelha a um relâmpago que apenas ofusca os olhos.
Mas como receber desta luz — da luz da vida? Como olhar para Jesus, ir a Jesus, seguir a Jesus e não viver nem andar mais nas trevas? O reformador de Genebra prossegue, apresentando a medicação:
Deve-se observar ainda que o poder e o ofício de iluminar não se confinam à presença pessoal de Cristo, pois ainda que ele esteja muito afastado de nós no que concerne a seu corpo, todavia diariamente jorra sua luz sobre nós, através da doutrina do evangelho e pelo poder secreto de seu Espírito. Todavia não teremos uma definição plena desta luz, a menos que aprendamos que somos iluminados pelo evangelho e pelo Espírito de Cristo, para que saibamos que a fonte de todo o conhecimento e sabedoria está oculta nele.
É através do evangelho, empoderado, iluminado pelo Espírito Santo, que nós recebemos a luz de Jesus Cristo (2Co 4.4-6). Um resumo do evangelho pode ser encontrado nas palavras de Paulo aos coríntios, quando ele escreveu o que se tem no texto (1Co 15.2-4):
2São essas boas-novas [evangelho]que os salvam, se continuarem a crer na mensagem como lhes anunciei; do contrário, sua fé é inútil. 3Eu lhes transmiti o que era mais importante e o que também me foi transmitido: Cristo morreu por nossos pecados, como dizem as Escrituras. 4Ele foi sepultado e ressuscitou no terceiro dia, como dizem as Escrituras.
Somos pecadores por natureza. Pecamos porque somo pecadores. Somos, por causa do pecado, inclinados a pecar. O salário do pecado é a morte. Deus se fez carne em Cristo. Viveu sem pecado. Morreu no lugar do pecador. Foi sepultado. Mas ressuscitou ao terceiro dia. Tudo isso como dizem as Escrituras. Esse é o evangelho. Creia nele. Receba-o. Siga a Jesus. Torne-se discípulo dele. Aprenda dele. Você será salvo e iniciará um processo de transformação (santificação progressiva).
Cristo, o evangelho de Cristo, é a única solução para a escuridão do mundo e do nosso coração. Arrependa-se e creia em Jesus Cristo. Professe sua fé em Jesus Cristo através do batismo. Junte-se à comunhão da igreja local e busque crescer na graça e no conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. Pela fé, receba e ande na luz.
A cegueira do ser humano
A pergunta do repórter da rede de TV NBC, 40 anos atrás, comentando o caso do garoto assassino de apenas 13 anos, é tão desesperadora quanto fundamental:
Se não sabemos o que faz um ser humano [ainda tão jovem!] capaz destas coisas, como nós podemos ter esperança de salvação para a nossa civilização?
A pergunta é desesperadoraporque revela que as pessoas, realmente, não sabem o que fazer, como resolver seus problemas. Ainda pior. Pelo que podemos testemunhar, a maneira como nossa sociedade lida com as perguntas que ela não consegue responder é, depois do choque, dar um muxoxo, dar de ombro e prosseguir com o fatídico chavão: “Ah! A vida é assim mesmo! O mundo continua girando. Vamos mudar de assunto. Veja o caso…”. Gente, isso é desesperador.
Mas a pergunta do repórter da NBC, além de desesperadora, é também fundamental. Afinal, se não descobrirmos o que realmente nos motiva, como corrigir o coração humano, como consertá-lo, que esperança haverá para a humanidade?
A sociedade em que vivemos é muito parecida com uma pessoa andando e tropeçando no escuro. Você consegue conceber esta imagem? A pessoa acorda no meio da noite. Ela está numa casa desconhecida. Não sabe como acender as luzes. Não encontra os interruptores. Precisa ir à cozinha beber água e usar o banheiro, mas não sabe o caminho. Sai tateando. Tropeçando. Pisa em algo que lhe corta o pé. Bate a testa na ponta de um armário. Choca o joelho contra a quina de uma mesa. Cai no degrau da escada. Torce o pé.
Essa pessoa sente a dor das pancadas, mas não sabe como foi, onde foi e, pior, nem como voltar ao lugar seguro da cama. Não tem ninguém que possa ajudá-la. Ela grita pedindo ajuda, mas ninguém consegue ouvi-la. Está todo mundo dormindo. E lá, ferida, ela ficará até o dia amanhecer ou alguém aparecer para ajudá-la, a menos que decida arriscar o caminho de volta para a cama. Já pensou? Mas assim é a sociedade.
Não é só a sociedade que é assim. Indivíduos são assim. Nós somos assim. Nós! Nossa vida, em certo sentido, pode ser vista como a de pessoas andando e tropeçando no escuro. Estamos desorientados, vivendo em uma cegueira existencial e moral. Não sabemos o que fazer, mas precisamos tomar decisões, temos que agir e seguir com a vida. O problema é que quanto mais arriscamos e prosseguimos, mais nos ferimos emocionalmente, mais damos topadas relacionalmente e penetramos em trevas morais ainda mais profundas. Não sabemos como nem o que nos atingiu! Não fazemos ideia de onde esbarramos nem de como demos a pancada. Batemos a cara na porta. Cortamos a testa na quina. Caímos e quebramos o pé, pois não sabíamos que à frente existia uma escada. Tudo o que sabemos é que estamos feridos, ensanguentados e perdidos no escuro. Por isso que Jesus afirmou (Jo 8.12): “Eu sou a luz do mundo. Se vocês me seguirem, não andarão no escuro, pois terão a luz da vida”.
O problema é que em vez de se voltarem para a luz, as pessoas reagem, geralmente, como reagiram os fariseus diante do discurso de Jesus na festa dos tabernáculos, revelando, deste modo, quão em trevas elas estavam vivendo, incapazes de enxergarem a luz da vida. Veja, mais uma vez, o nosso texto (Jo 8.12-13):
12Jesus voltou a falar ao povo e disse: “Eu sou a luz do mundo. Se vocês me seguirem, não andarão no escuro, pois terão a luz da vida”. 13Os fariseus disseram: “Você faz essas declarações a respeito de si mesmo! Seu testemunho não é válido”.
Desculpas desonestas
Ao se declarar “a luz da vida”, Jesus estava afirmando ser Deus (1Jo 1.5), trazer revelação especial da parte de Deus (Jo 1.18) capaz de produzir vida (afinal, sem Cristo, o ser humano está morto no pecado). Outra coisa. Jesus estava afirmando também que quem se dispõe a adar na luz não só receberá direção como também terá sua vida revelada aos olhos de Deus, sem sombras, com rugas e verrugas. E quem gosta de ser exposto? Quem gosta de fazer o que algum outro nos manda fazer? Mas não tem outro jeito. Ou a luz entra e revela o problema e aponta a cura e ilumina o caminho ou permaneceremos em trevas profundas.
Veja, no entanto, a reação dos fariseus. Ouça de novo (v. 13):
Os fariseus disseram: “Você faz essas declarações a respeito de si mesmo! Seu testemunho não é válido”.
As pessoas que não querem seguir a Jesus reagem com todos os tipos de razões superficiais para rejeitá-lo. Os fariseus, por exemplo, retornam à declaração de Jesus em João 5.31: “Se eu testemunhasse a respeito de mim mesmo, meu testemunho não seria válido”. O problema é que, no contexto, Jesus dizia que, se ele agisse de forma independente do Pai, seu testemunho seria inválido. O que não era o caso, pois Deus mesmo testemunhava sobre ele (Jo 5.32), João Batista testemunhou sobre ele (Jo 5.32-35), as obras de Jesus testemunhavam a respeito dele (Jo 5.36) e as próprias Escrituras testemunhavam a seu respeito (Jo 5.39-40).
Os fariseus, portanto, não estavam sendo honestos ao dizerem: “Você faz essas declarações a respeito de si mesmo! Seu testemunho não é válido” (Jo 8.13). Na verdade, eles procuravam desesperadamente qualquer desculpa que pudessem encontrar, mesmo que desonestas, para rejeitar as afirmações de Jesus. Tudo para não terem que se submeter ao escrutínio da luz da vida. Tudo para não terem que seguir as ordens de outro.
Pare e pense por um instante. Quantas não são as desculpas infundadas e, tantas vezes, desonestas contra o Cristo, o cristianismo, a igreja e à fé para não termos que lidar com a luz da vida? Quantas vezes não se vive de buscar contradições, desconexões e desautorizações ao testemunho da Bíblia para não ter que se lidar com Cristo? Muitas!
Padrões pervertidos
Além de desculpas desonestas, descobrimos que no coração dos fariseus também havia padrões pervertidos. Ouça a resposta do Senhor, expondo o íntimo daquela gente, pois serve também para hoje (Jo 8.14-18):
14Jesus respondeu: “Meu testemunho é válido, embora eu mesmo o dê, pois eu sei de onde vim [minha origem divina]e para onde vou [minha missão messiânica, salvadora, e que culminará com a minha glorificação], mas vocês não sabem de onde vim nem para onde vou [vocês não conseguem enxergar a luz da vida porque são cegos; não conseguem ver minha divindade nem minha missão neste mundo]. 15[Sabem por quê?]Vocês julgam por padrões humanos — segundo a carne[duas coisas: 1julgam em concordância com pontos de vista perversos provenientes da carne, da inclinação para o pecado; e também que 2julgam em concordância com a aparência externa da pessoa, uma vez que Jesus se apresentou na forma de um humilde servo], mas eu não julgo ninguém [o mundo já está condenado; eu vim para buscar e salvar]. 16E, mesmo que o fizesse [mesmo que aplicasse juízo imediato], meu julgamento seria correto, pois não estou sozinho. O Pai, que me enviou, está comigo. 17A lei de vocês diz que, se duas pessoas concordarem sobre alguma coisa, seu testemunho é aceito como fato. 18Eu sou uma testemunha, e meu Pai, que me enviou, é a outra”. [O problema é que vocês desprezam a lei. Seguem a carne.]
Jesus, em resumo, está dizendo que se eles tivessem olhos para ver eles veriam a divindade de Jesus, entenderiam a obra de Jesus e seguiriam a palavra de Deus que, de Gênesis a Apocalipse, aponta para Jesus. O problema, como sempre, não era (e não é!) falta de evidência, mas de vida espiritual, incapacidade de enxergar e reconhecer Deus em Jesus, a obra de Deus em Jesus, a palavra de Deus em Jesus. Afinal, a luz não precisa de provas. Ela apenas ilumina e nos faz enxergar. Basta ser capaz de ver, ser nascido de novo.
Cegos, os fariseus (e muitos ainda hoje), tateavam (e tateiam) a vida pela aparência da carne ou física, pelos padrões humanos, segundo a inclinação de seus desejos maus, interesseiros, egoístas, enfim, descontroladamente perversos. Um mundo que se guia simplesmente pela aparência e pelos desejos pecaminosos, como é o nosso, vive no caos.
Perigo potencial
Além de produzir desculpas desonestase padrões pervertidos, observamos que a cegueira espiritual cria pessoas potencialmente perigosas. Ouça o nosso texto (Jo 8.19-22):
19“Onde está seu Pai?” [Seu pai é testemunha? Qual pai? José? Você é o filho bastardo do carpinteiro!], perguntaram eles. Jesus respondeu[cheio de graça e de verdade]: “Uma vez que vocês não sabem quem sou eu, não sabem quem é meu Pai. Se vocês me conhecessem, também conheceriam meu Pai” [não dá para se apresentar o Pai se não for pela revelação que o Pai faz de si mesmo através do Filho – Jo 1.18]. 20Jesus fez essas declarações enquanto ensinava na parte do templo onde eram colocadas as ofertas [o local mais público do templo, acessível, inclusive, para as mulheres]. No entanto, não foi preso, pois ainda não havia chegado sua hora [Só não o mataram por que, pela providência divina, não encontraram um jeito seguro de fazê-lo]. 21Mais tarde, Jesus lhes disse outra vez: “Eu vou embora. Vocês procurarão por mim [procurararão um messias que não poderão encontrar ou arrumarão para vocês falsos messias], mas morrerão em seus pecados. Não podem ir para onde eu vou”. 22Os judeus perguntaram: “Será que ele está planejando cometer suicídio? A que ele se refere quando diz: ‘Não podem ir para onde eu vou’?” [“Claro que não vamos para o inferno! Nenhum de nós tirará a própria vida por uma causa tão maluca como a sua. Para o céu é que você não vai, pois, em nome dessa loucura, insistindo nessa maluquice, estará se atirando para morrer nas mãos das autoridades! É suicídio. Suicidas vão para o inferno. Para lá nós, realmente, não vamos!”].
Percebeu?
Acusaram Jesus de louco, suicida, chamaram-no de filho bastardo e só não o mataram porque “ainda não havia chegado sua hora”, porque Deus não deixou ser naquele momento. Cegueira espiritual cria pessoas potencialmente perigosas: gente que fere, xinga, acusa, ataca, denigre e até mata para ver prevalecer sua vontade.
Da escuridão para a luz
Assim são as pessoas sem Deus neste mundo: 1cheias de desculpas desonestas (Deus? Que nada! Igreja? Tô fora! Crente? Deus me livre! Fé? Eu tenho a minha!); 2vivendo pelos seus padrões pervertidos(pela aparência, dirigidas pela inclinação do pecado); e potencialmente perigosas(capazes das piores atrocidades para satisfazerem seus desejos e garantirem sua segurança). Esse é o nosso mundo vagando na escuridão.
Precisamos de luz, da luz de Jesus. Ouça quanta luz há nas palavras de Jesus. Cheio de graça e de verdade, ainda que sob risco de morte, ele prosseguiu falando em amor, emitindo luz, a luz da vida. Lê-se assim (Jo 8.23-29):
23Jesus prosseguiu: “Vocês são daqui de baixo; eu sou lá de cima. Vocês pertencem a este mundo; eu não. 24Foi por isso que eu disse que vocês morrerão em seus pecados, pois a menos que creiam que eu sou lá de cima, morrerão em seus pecados”. 25“Quem é você?”, perguntaram eles. Jesus respondeu: “Sou aquele que sempre afirmei ser. 26Tenho muito que dizer e julgar a respeito de vocês, mas não o farei. Digo ao mundo apenas o que ouvi daquele que me enviou, e ele é inteiramente verdadeiro”. 27Ainda assim, não entenderam que ele lhes falava a respeito do Pai. 28Então Jesus disse: “Quando vocês me levantarem, entenderão que eu sou o Filho do Homem. Não faço coisa alguma por minha própria conta; digo apenas o que o Pai me ensinou. 29E aquele que me enviou está comigo; ele não me abandonou, pois sempre faço o que lhe agrada”.
O Senhor está dizendo:
Diane de tanta luz, alguns deles, finalmente, começaram a ver (v. 30): “Muitos que o ouviram dizer essas coisas creram nele” — eles deixaram a escuridão e foram para a luz.
Receba você também luz. Siga a Jesus. Saia da escuridão e vá para a luz: arrependa-se do seu pecado, guie-se pela palavra de Deus, agarre-se à vida e à obra de Jesus. Não há outro caminho para a luz.
Ouça o testemunho de Paulo ao rei Agripa, lá em Atos. Veja como Deus transporta alguém das trevas, da escuridão para a luz. Falando de sua conversão e da missão que recebeu do Cristo ressurreto, no caminho para Damasco, o apóstolo anunciou o que se lê (At 26.15-20):
15“‘Quem és tu, Senhor?’, perguntei. “E o Senhor respondeu: ‘Sou Jesus, a quem você persegue. 16Agora levante-se, pois eu apareci para nomeá-lo meu servo e minha testemunha. Conte o que viu e o que eu lhe mostrarei no futuro. 17E eu o livrarei tanto de seu povo como dos gentios. Sim, eu o envio aos gentios 18para abrir os olhos deles a fim de que se voltem das trevas para a luz, e do poder de Satanás para Deus. Então receberão o perdão dos pecados e a herança entre o povo de Deus, separado pela fé em mim’. 19“Portanto, rei Agripa, obedeci à visão celestial. 20Anunciei a mensagem [do evangelho de Deus com respeito a Jesus – cf. Rm 1.1-4].
Arrependa do seu pecado. Receba Jesus pela fé. Paute sua vida pela Palavra de Deus. Esse é o único caminho possível da escuridão para a luz.
Aplicações
O nosso texto riquíssimo. Permitam-me, pois, encerrar com algumas aplicações.
1 Cristo é a única revelação possível de Deus
Quem não conhece o Filho não conhece o Pai. Portanto, não tem como mostrar Deus sem se revelar Jesus Cristo. Não tem como ir a Deus se não for por Cristo, e por Cristo somente. Deus se revela a nós em Cristo.
Pregue Cristo, o evangelho de Cristo. Cristo e seu evangelho se auto-autenticam pelo Espírito Santo. Cristo e seu evangelho são suficientes para o que Deus deverá fazer no coração das pessoas. Se Cristo não for o bastante, nada mais servirá ou poderá ser usado como substituto, sob pena de se perverter o evangelho e se roubar a glória de Cristo. Além disso, queira uma igrejaque anuncia Cristo. Creia e vivaem Cristo, se você, realmente, deseja viver com Deus.
2 Cristo é a luz do mundo
Não há outra maneira de se iluminar o mundo. A transformação que todos almejamos deve começar, primeiro, em nosso coração, depois em nossa casa, então em nossos relacionamentos e daí se espalhar para todos os lugares. Cristo é a luz do mundo e em Cristo nós nos tornamos luz doe parao mundo.
Portanto, se você quer iluminar o mundo, fazer a diferença, abençoar, transformar e marcar sua geração, entregue-se a Cristo, renda-se a ele, viva a vida de Cristo pela fé e leve Cristo, o evangelho de Cristo para o mundo.
3 Cristo é soberano e estará conosco
Aqueles que decidem andar com Jesus podem sentir medo, pois poderão sofrer críticas, perseguições, ameaças, maus tratos, abandono, solidão, pagarão alto preço, etc. As pessoas que andam nas trevas não gostam da luz. A luz as incomoda. Por isso elas atacam, criticam, perseguem, acusam, ameaçam e até matam. Mas nós não precisamos temer.
Primeiro, porque, nada nos acontecerá, enquanto não houver chegado a nossa hora. Foi assim com Jesus e será assim com seus filhos (Jo 8.20). Segundo, assim como o Pai nunca abandonou o Filho, mesmo quando todos o rejeitaram (Jo 8.29), Cristo prometeu estar conosco todos os dias, até o final da vida (Mt 28.20). O Senhor é soberano e estará conosco.
O que você está esperando?
Saia da escuridão e venha para a luz. Jesus Cristo é a luz do mundo, e todos aqueles que o seguem, não andarão no escuro, pois terão a luz da vida (Jo 8.12).
S.D.G. L.B.Peixoto
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