26.08.2018
Com esse pano de fundo, veremos mais claramente que o orgulho é uma espécie de incredulidade. Incredulidade é afastamento de Deus e de seu Filho, a fim de buscar satisfação em outras coisas. Orgulho é um afastamento em si mesmo. Assim, o orgulho é uma forma específica de incredulidade. E o seu antídoto é o despertar e o fortalecimento da fé na graça futura.
Veremos que a lascívia e um afastamento de Deus para encontrar satisfação no sexo. Veremos que a amargura é um afastamento de Deus para encontrar satisfação na vingança. A impaciência é um afastamento de Deus para encontrar satisfação no seu próprio plano de ação ininterrupto. A ansiedade, a vergonha inapropriada e ao abatimento são várias condições do coração quando esses esforços da incredulidade falham.
Porém, mais profunda do que todas essas formas de incredulidade é a incredulidade do orgulho, pois autodeterminação e auto exaltação estão por trás de todas essas outras disposições pecaminosas. Cada afastamento de Deus pressupõe que a pessoa sabe mais que Deus. Assim, o orgulho está na raiz de cada afastamento de Deus. É a raiz de todo ato de desconfiança em relação a Deus, Ou, mais precisamente, o orgulho não é tanto a raiz, pois é a essência da incredulidade, e o seu remédio é a fé na graça futura. Assim, a luta contra o orgulho é a luta contra a incredulidade; e a luta pela humildade é a luta da fé na graça futura.
As referências bíblicas ao orgulho podem ser classificadas como diferentes formas de não confiança em Deus. Cada texto acerca do orgulho revela por qual motivo nos recusamos a confiar em Deus. Ou, mais especificamente, cada um mostra o que preferimos encontrar em nós mesmos.
Em Jeremias 9.23, Deus diz: “Não se glorie o sábio na sua sabedoria, nem o forte, na sua força, nem o rico, nas suas riquezas”. Nessas três frases, Deus nomeia os seus grandes concorrentes pela vanglória do coração humano. Cada uma delas – sabedoria, força e riquezas – tenta nos seduzir a obter satisfação em nós mesmos – nossa inteligência, nossa força, nossos recursos materiais. Cada um nos afasta de confiar em Deus como a satisfação superior acima de todos eles. É radicalmente humilhante confessar que a fonte de toda a nossa alegria reside fora de nós mesmos.
Texto extraído e adaptado do livro:
Lutando Contra a Incredulidade, págs. 39-41,
escrito por Jonh Piper.
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