24.04.2016
Todo cristão sabe que o nosso chamado primordial é fazer discípulos (Mt 28.18-20), mas entre saber e fazer há uma enorme distância. Poucos são os que podem dizer que já fizeram um discípulo ou que estão no processo de fazer algum. A maioria dos membros das igrejas transfere sua responsabilidade para o coletivo ou para a liderança. No que diz respeito à nossa cultura centralizada no templo, eles até são considerados bons crentes, pois são assíduos e participantes, mas pergunte a esses irmãos quantos discípulos eles já fizeram ou estão fazendo. O que se descobrirá é que praticamente ninguém discipulou outra pessoa. O incômodo que esse tipo de pergunta gera na gente é proporcional ao tanto que a Grande Comissão está distante do dia a dia da maioria de nós batistas. Então, à luz do nosso chamado primordial – “vão e façam discípulos”, verificamos que o conceito do que é ser um bom cristão pode ter se afastado demais do ideal de Jesus Cristo.
Para saber o quanto você se distanciou, analise as suas reais prioridades. Não podemos dizer que estamos sendo fieis ao comissionamento de Jesus quando o nosso discurso não impacta de forma alguma o nosso jeito de viver. Por exemplo: como podemos dizer que fazer discípulos é realmente importante se apontamento nenhum há de ações dedicadas a isso em nossas agendas semanais? A verdade é que estamos todos absorvidos pela cultura individualista, cercada de tantas vaidades, ocupações e cobiças. Carecemos de um avivamento para o discipulado. Mas, por onde começar?
Acima de qualquer coisa, precisamos nos tornar, pessoalmente, discípulos de Jesus Cristo. O fundador dos Navegadores foi muito contundente ao afirmar: “Jesus disse, ‘Sigam-me, e eu os farei pescadores de homens’ (Mt 4.19). Não há homem que Seguiu Jesus que não tenha se tornado um pescador de homens. Ele nunca falha em fazer o que promete. Se você não está pescando pessoas, você não está seguindo Jesus Cristo” (Dawson Trotman). O discípulo faz outros discípulos (cf. Jo 15.8). Ele define, a partir do relacionamento discipulador modelado por Jesus, o que é e como funciona o discipulado em nossa realidade hoje, para daí o praticar e o reproduzir em larga escala na sua igreja local.
Dando um passo para o cumprimento da Grande Comissão de Jesus, há três coisas bem práticas que inicialmente você deve fazer. Primeiro, volte-se para os evangelhos e aprenda com Jesus, que é modelo de relacionamento discipulador. Segundo, coloque nomes (não programas!) na sua agenda semanal e ore por eles. Terceiro, separe tempo para estar e compartilhar regularmente com essas pessoas.
Siga Jesus Cristo e faça discípulos.
Com carinho, Leandro B. Peixoto – seu pastor.
Extraído e adaptado do cap. 1 de
Relacionamento Discipulador: uma teologia da vida discipular
Autor: Diogo Carvalho. Editora: Missões Nacionais.
Mais Artigos
5 de junho, 2016
29 de janeiro, 2017
10 de dezembro, 2017
10 de junho, 2018