29.04.2020
[Romanos 4.18-21] 18Mesmo quando não havia motivo para ter esperança, Abraão a manteve, crendo que se tornaria o pai de muitas nações. Pois Deus lhe tinha dito: “Esse é o número de descendentes que você terá!”. 19E sua fé não se enfraqueceu, embora ele soubesse que, aos cem anos, seu corpo, bem como o ventre de Sara, já não tinha vigor. 20Em nenhum momento a fé de Abraão na promessa de Deus vacilou. Na verdade, ela se fortaleceu e, com isso, ele deu glória a Deus. 21Abraão estava plenamente convicto de que Deus é poderoso para cumprir tudo que promete.
Manual de treinamento contra gigantes
Nós estamos em guerra! Sejamos mais específicos. Nossa alma está em guerra! Lutamos contra gigantes. Sobre os tais, David Jeremiah colocou da seguinte maneira:
Em tudo o que aspiramos está a sombra deles, toda nova terra que pretendemos habitar, todo sonho que esperamos realizar. Hoje os chamamos de [problemas psicológicos ou emocionais], mas são os mesmos velhos gigantes que nos intimidam como antigamente. Após anos de acovardamento, começamos a medir forças com eles [e como Israel diante do Jordão, dizemos:] “Seus habitantes são fortes e altos, descendentes dos famosos enaquins. Você já ouviu o ditado: ‘Quem é capaz de resistir aos enaquins?’” (Dt 9.2). Quem sairá para enfrentar Golias? Quem subirá ao ringue contra o campeão? Quem irá por nós?
Derrotando os gigantes de sua vida, p. 11.
Claro que os enaquins não mais existem. Os gigantes que enfrentamos hoje têm outros nomes: ansiedade, medo e pânico, orgulho, timidez, impaciência, cobiça e inveja, depressão, lascívia, extravagância, vaidade, vício, preguiça e procrastinação, ira e amargura, maledicência, solidão, passado, culpa, sofrimento, temor do homem etc.
Então, a pergunta: Qual é o gigante que o tem feito sofrer? Qual deles a tem ameaçado? De quem você é refém? Seja qual for o gigante que o esteja intimidando, esta série de mensagens buscará equipar você com as armas necessárias para esse combate de vida ou morte. Esses sermões serão uma espécie de manual de treinamento para os campos de combate. Siga conosco e prepare-se para combater na terra dos gigantes. Nós vamos encarar de frente cada um dos gigantes que citamos (e talvez outros mais). Eles realmente amedrontam (e até paralisam), mas não são invencíveis.
Antes de os combatermos diretamente, nós precisamos lançar as bases sobre as quais nos apoiaremos em cada combate. A mensagem de hoje e a próxima visam, pois, lançar esses fundamentos. Hoje nós falaremos da principal arma: a nossa fé. Domingo próximo, pela manhã, falaremos do exército: a família da fé (igreja). Sem arma (fé) e sem exército (comunhão) não se ganha guerras. Então, vamos lá…
A raiz de todos os males
A convicção por trás de cada mensagem é que todos os nosso gigantes nascem da incredulidade do coração. Nossos “problemas emocionais” e ou “psicológicos” se agigantam na alma, fundamentalmente, por falta de fé nas promessas de Deus. Aliás, foi por falta de fé nas promessas de Deus que pecamos desde a primeira vez e daí todos os males entraram no mundo:
[Gn 3.1, 4-5] 1A serpente era o mais astuto de todos os animais selvagens que o SENHOR Deus havia criado. Certa vez, ela perguntou à mulher: “Deus realmente disse que vocês não devem comer do fruto de nenhuma das árvores do jardim?”. […] 4“É claro que vocês não morrerão!”, a serpente respondeu à mulher. 5“Deus sabe que, no momento em que comerem do fruto, seus olhos se abrirão e, como Deus, conhecerão o bem e o mal.”
A falta de fé na bondade e na providência de Deus (Gn 3.1) levou o primeiro casal à insubmissão e desobediência (Gn 3.4-5) e daí entraram todos os males no mundo (Gn 3.7-24). Em outras palavras: todos os gigantes que nos enfrentam na alma, todos os pecados que brotam do coração, são derivados da incredulidade humana. É falta de fé na bondade de Deus. É falta de fé na promessa de Deus de que sempre, em toda e qualquer circunstância, ele fará o melhor para os seus. Portanto, que fique claro, a incredulidade é a raiz de todos os males. Paulo, indiretamente, revela isso ao escrever a Timóteo:
[1Tm 6.10] Pois o amor ao dinheiro é a raiz de todo mal. E alguns, por tanto desejarem dinheiro, desviaram-se da fé e afligiram a si mesmos com muitos sofrimentos.
É claro que Paulo não está dizendo que toda e qualquer atitude pecaminosa esteja relacionada ao dinheiro, ou que o dinheiro está sempre em mente quando pecamos. O que o apóstolo está dizendo é que todos os males nascem de um certo tipo de coração: do tipo de coração que ama o dinheiro.
O que significa “amor ao dinheiro”? Não é que amemos o papel das cédulas, o aço e o bronze das moedas, nem o plástico dos cartões de crédito. Para entendermos o que Paulo quer dizer com “o amor ao dinheiro é a raiz de todo mal”, precisamos compreender o que é “o dinheiro”. John Piper define “dinheiro” da seguinte maneira:
Dinheiro é simplesmente um símbolo para os recursos humanos. Dinheiro é aquilo que usamos para obter algo do outro (mas não de Deus! Pois Deus diz: “Alguém tem sede? Venha e beba, mesmo que não tenha dinheiro! Venha, beba vinho ou leite; é tudo de graça!” – Is 55.1) O dinheiro é a moeda corrente dos recursos humanos.
Até o mundo corporativo ou dos negócios sabe disso. Por exemplo, em outubro de 2012, a propaganda de um dos produtos do HSBC dizia assim:
O importante não é ter mais dinheiro. É saber o que ele pode fazer por você.
Lá no fundo, cremos que o dinheiro “faz alguma coisa por nós”, mesmo afirmando que ele não é importante (até porque, se ele não fosse, não haveria necessidade de um gestor de patrimônio!) A partir dessa definição de dinheiro, John Piper explica por que “o amor ao dinheiro é a raiz de todos os males”:
O coração que ama o dinheiro é um coração que fixa suas esperanças, busca os seus prazeres e coloca a sua confiança naquilo que os recursos humanos podem oferecer. Logo, o amor ao dinheiro é praticamente o mesmo que fé em dinheiro, fé de que o dinheiro vai atender às suas necessidades e fazer você feliz.
Portanto, “o amor ao dinheiro”, ou “fé no dinheiro”, é o outro lado da incredulidade nas promessas de Deus. Quem não crê nas promessas de Deus sempre crê em alguma outra coisa, e acaba abandonando a fé, como disse Paulo: “por tanto desejarem dinheiro, desviaram-se da fé [pelo dinheiro]” (1Tm 6.10) – ou seja: abandona-se a promessa de Deus e corre-se para a promessa do pecado (do dinheiro). O Senhor Jesus colocou assim:
[Mt 6.24] Ninguém pode servir a dois senhores, pois odiará um e amará o outro; será dedicado a um e desprezará o outro. Vocês não podem servir a Deus e ao dinheiro.
Um coração que ama o dinheiro, que deposita no dinheiro a sua esperança de felicidade, que crê no dinheiro, estará ao mesmo tempo deixando de crer nas promessas de Deus para a felicidade. Portanto, quando Paulo diz que “o amor ao dinheiro é a raiz de todo mal”, ele revela que falta de fé nas promessas de Deus (incredulidade) é a raiz de toda atitude pecaminosa no coração. Em outras palavras (preste bastante atenção, pois isto é muito importante para o combate): os gigantes que combatemos na alma nascem da incredulidade, nascem da falta de fé nas promessas de Deus.
Combatendo com fé
Cada uma das mensagens nesta série ilustrará essa verdade – ou seja: os gigantes que combatemos na alma nascem da incredulidade, nascem da falta de fé nas promessas de Deus. Além de que comprovarão nossa tese, as demais mensagens apresentarão ajudas práticas a respeito de como combater a raíz da incredulidade que dia a dia ameaça brotar no coração e na alma, surgindo na forma de gigantes que nos amedrontam e paralisam: cobiça, lascívia, medo, ansiedade, solidão, etc.
Podemos resumir a proposta central de cada mensagem da seguinte forma: “Nós combatemos os gigantes da alma quando combatemos a incredulidade nas promessas de Deus em áreas e sentimentos específicos de nossa vida”. Mas, isso virá depois.
Por ora, destaque-se que se a fé nas promessas de Deus é a principal arma de nossa guerra nesse combate que travamos diariamente em nossa alma, no tempo que nos resta hoje, precisamos concentrar nossa atenção nas linhas gerais do que significa “combater com fé”. Isso nos leva ao texto que lemos no início. Leia de novo:
[Romanos 4.18-21] 18Mesmo quando não havia motivo para ter esperança, Abraão a manteve, crendo que se tornaria o pai de muitas nações. Pois Deus lhe tinha dito: “Esse é o número de descendentes que você terá!”. 19E sua fé não se enfraqueceu, embora ele soubesse que, aos cem anos, seu corpo, bem como o ventre de Sara, já não tinha vigor. 20Em nenhum momento a fé de Abraão na promessa de Deus vacilou. Na verdade, ela se fortaleceu e, com isso, ele deu glória a Deus. 21Abraão estava plenamente convicto de que Deus é poderoso para cumprir tudo que promete.
Esse texto de Paulo nos ensina preciosas lições no combate da fé. Quatro delas em especial nós destacaremos a seguir:
[1] a fé considera os problemas do presente;
[2] a fé consulta o passado para seguir com o futuro;
[3] a fé compila maneiras de produzir frutos de amor;
[4] a fé combate a incredulidade do dia a dia.
Então vamos lá…
[1] A fé considera os problemas do presente
Abraão, aos 100 anos de idade, recebeu uma promessa impossível aos olhos humanos. Ele seria pai. Isso mesmo, pai biológico! Como se não bastasse a problema praticamente impossível, sua esposa, Sara (que, segundo Deus, seria também a mãe biológica), já não tinha qualquer condição humana. A resposta de Abraão, no entanto, Paulo nos informa, glorificou a Deus. Leia:
[Rm 4.19-21] 19E sua fé não se enfraqueceu, embora ele soubesse que, aos cem anos, seu corpo, bem como o ventre de Sara, já não tinha vigor. 20Em nenhum momento a fé de Abraão na promessa de Deus vacilou. Na verdade, ela se fortaleceu e, com isso, ele deu glória a Deus. 21Abraão estava plenamente convicto de que Deus é poderoso para cumprir tudo que promete.
A experiência de Abraão nos dá conta de que a fé jamais deixa de considerar os problemas do presente: Quem tem fé não ignora os problemas. Quem tem fé não pensa que nunca terá problemas. Quem tem fé não acha que os problemas serão todos resolvidos num passe de mágica. O contrário de tudo isso:
Quem tem fé considera os problemas do presente como uma oportunidade de glorificar a Deus. Deus nos criou para a sua glória (Is 43.7). Fomos salvos para a glória de Deus (Ef 1.6). Somos desafiados a viver para a sua glória (Ef 1.12). Enfim, tudo o que somos e fazemos deve ser para a glória de Deus (1Co 10.31). – Rm 11.36: “Pois todas as coisas vêm dele, existem por meio dele e são para ele. A ele seja toda a glória para sempre! Amém.”
Pois bem, quando olhamos para a história de Abraão em Romanos 4.18-21 o que descobrimos é que a fé considera até mesmo os problemas do presente como oportunidades para glorificar a Deus. Mas, como? Crendo nas promessas de Deus. O texto é um dos mais lindos de toda a Bíblia. Vale a pena ler de novo.
[Romanos 4.18-21] 18Mesmo quando não havia motivo para ter esperança, Abraão a manteve, crendo que se tornaria o pai de muitas nações. Pois Deus lhe tinha dito: “Esse é o número de descendentes que você terá!”. 19E sua fé não se enfraqueceu, embora ele soubesse que, aos cem anos, seu corpo, bem como o ventre de Sara, já não tinha vigor. 20Em nenhum momento a fé de Abraão na promessa de Deus vacilou. Na verdade, ela se fortaleceu e, com isso, ele deu glória a Deus. 21Abraão estava plenamente convicto de que Deus é poderoso para cumprir tudo que promete.
Abraão tinha uma promessa de Deus e, apesar de todos os problemas dele e de Sara (v. 19), creu, pois “estava plenamente convicto de que Deus é poderoso para cumprir tudo que promete” (v. 21).
Se tudo é para a glória de Deus, a primeira coisa que devemos aprender quando combatemos os gigantes da alma é que a fé considera os problemas do presente como oportunidades de glorificar a Deus, crendo em suas promessas. Martinho Lutero escreveu:
A fé… honra aquele em quem ela confia com a consideração mais reverente e mais elevada, uma vez que ela considera o sujeito como alguém verdadeiro e confiável. Não há qualquer outra honra igual à boa estima da verdade e da retidão com que honramos aqueles em quem cremos e confiamos… Por outro lado, não há outra maneira de mostrar maior desprezo por alguém do que considerá-lo falso e perverso, suspeitando dele, como fazemos quando não confiamos em alguém.
Crer nas promessas de Deus é a forma mais fundamental, mais elementar, de se glorificar a Deus. Quando cremos numa promessa de Deus nós honramos o seu desejo, a sua habilidade e o seu poder de fazer o que ele prometeu. Também honramos a sua sabedoria para fazer quando e da forma que ele desejar.
Portanto, a fé considera os problemas do presente como oportunidades de glorificar a Deus, crendo em suas promessas.
[2] A fé consulta o passado para seguir com o futuro
Além de que a fé glorifica a Deus, outra coisa que a experiência de Abraão nos ensina é que a fé que glorifica a Deus é do tipo que crê em Deus para alguma coisa no futuro, seja daqui a oito segundos ou oito milhares de anos. O que Deus fez no passado serve sempre de garantia de que ele fará o que prometeu no futuro.
Fé que é fé, fé de verdade, fé bíblica é do tipo que crê no que Deus fez no passado (p.ex. morte e ressurreição de Jesus), mas continua crendo, dia a dia, nas promessas de Deus para o futuro.
[Rm 4.19-21] 19E sua fé não se enfraqueceu, embora ele soubesse que, aos cem anos, seu corpo, bem como o ventre de Sara, já não tinha vigor. 20Em nenhum momento a fé de Abraão na promessa de Deus vacilou. Na verdade, ela se fortaleceu e, com isso, ele deu glória a Deus. 21Abraão estava plenamente convicto de que Deus é poderoso para cumprir tudo que promete.
A atitude de Abraão de manter-se crendo, de dia a dia manter sua fé na promessa futura de Deus, foi o que lhe justificou diante de Deus e lhe deu força para prosseguir.
A fé é dinâmica. A fé não é estática. Aquele que crê continua crendo até o final. Isso é o que significa “romper em fé”. Só quem crê e continua crendo de fato um dia creu para a salvação. O apóstolo João deixa muito claro que a fé salvadora é dinâmica:
[Jo 20.30-31] 30Os discípulos viram Jesus fazer muitos outros sinais além dos que se encontram registrados neste livro. 31Estes, porém, estão registrados para que vocês creiam [verbo no aoristo ativo: passado] que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo [verbo no presente ativo: contínuo] nele, tenham vida pelo poder do seu nome.
Fé que é fé, é fé que crê e não para de crer. Fé que é fé continua crendo em meio às adversidades. O combustível para continuar crendo é consultar o passado para seguir (em fé) com o futuro. Paulo escreveu aos romanos que
[Rm 8.32] Se ele [Deus Pai] não poupou [passado] nem mesmo seu próprio Filho, mas o entregou [passado] por todos nós, acaso não nos dará [hoje e amanhã, futuro] juntamente com Cristo todas as outras coisas?
Portanto, é com fé no que Deus fez no passado, olhando também com fé nas promessas de Deus para o futuro – crendo que se ele fez, ele continuará fazendo –, que nós exercitamos a nossa salvação. — A fé consulta o passado para seguir com o futuro.
[3] A fé compila maneiras de produzir frutos de amor
A fé de Abraão, do começo ao final, produziu algo que jamais poderá ser ignorado, sob pena de não se compreender o propósito real de toda a história do patriarca: a fé de Abraão produziu bênção. Relatou-nos Moisés:
[Gn 12.1-2] 1O SENHOR tinha dito a Abrão: “Deixe sua terra natal, seus parentes e a família de seu pai e vá à terra que eu lhe mostrarei. 2Farei de você uma grande nação, o abençoarei e o tornarei famoso, e você será uma bênção para outros.
Bênção! Benção para as nações. A promessa de um filho a Abraão era parte do cumprimento dessa promessa de Gênesis 12.1-2, à qual Abraão creu e o fez sair de Ur.
Abraão creu, pois “estava plenamente convicto de que Deus é poderoso para cumprir tudo que promete” (Rm 4.21). Isso fez dele uma bênção. Isso o fez produzir frutos de amor.
Esse tipo de fé de Abraão é o tipo de fé que transforma o coração:
[At 15.9] Deus não fez distinção alguma entre nós [judeus] e eles [gentios], pois purificou o coração deles por meio da fé.
A fé nos une a Cristo. Uma vez em Cristo, vamos sendo transformado, pela fé, de glória em glória, à sua imagem e semelhança. Em Cristo nós temos poder para mudar e recebemos coragem para agir segundo a vontade dele expressa em sua Palavra (Gl 3.5).
[1Ts 1.3] Quando oramos por vocês diante de nosso Deus e Pai, relembramos seu trabalho fiel [NVI: que resulta da fé], seus atos em amor [NVI: esforço motivado pelo amor] e sua firme esperança [NVI: perseverança proveniente da esperança] em nosso Senhor Jesus Cristo.
A fé é poder. Não a fé na fé, mas a fé em Cristo, a fé nas promessas de Deus em Cristo é que é poder. A fé nunca nos deixa da mesma forma, nem pode, pois tudo aquilo no que colocamos a nossa esperança tem o poder de governar a nossa vida. Nossas escolhas sempre são governadas por aquilo no que colocamos nossa esperança – dinheiro, prestígio, sucesso, conforto, lazer, etc. Se a nossa esperança é Cristo e tudo o que ele promete ser e dar a nós, seremos transformados por ele e viveremos para amar e abençoar o próximo.
A fé transforma. A fé faz perseverar. A fé produz amor. — A fé compila maneiras de produzir frutos de amor. Fé abençoa os outros.
[4] A fé combate a incredulidade do dia a dia
A história de Abraão ensina também com o mau exemplo do patriarca. Houve um momento em que ele não creu na promessa do filho biológico dele e de Sara. Foi quando ele tomou para si a serva Hagar. Sabemos de Gênesis 16 em diante que isso custou-lhe muito caro. Portanto, a última coisa que desejo observar sobre a fé de Abraão é que para nos mantermos crendo nas promessas de Deus, produzindo frutos de justiça e amor, exercitando a nossa salvação, abençoando o próximo e glorificando a Deus, nós precisamos combater diariamente a incredulidade da alma e do coração.
O Novo Testamento nos ensina que para perseverarmos para a vida eterna nós devemos lutar diariamente o bom combate da fé:
[1Tm 6.12] Lute o bom combate da fé. Apegue-se firmemente à vida eterna [creia nas promessas de Deus e fuja do pecado – 2Tm 2.22*] para a qual foi chamado e que tão bem você declarou na presença de muitas testemunhas.
*Fuja de tudo que estimule as paixões da juventude. Em vez disso, busque justiça, fidelidade, amor e paz, na companhia daqueles que invocam o Senhor com coração puro.
[1Co 15.2] São essas boas-novas que os salvam [NVI: Por meio deste evangelho vocês são salvos], se continuarem a crer na mensagem como lhes anunciei; do contrário, sua fé é inútil.
[Cl 1.22-23] 22Agora, porém, ele os reconciliou consigo por meio da morte do Filho no corpo físico. Como resultado, vocês podem se apresentar diante dele santos, sem culpa e livres de qualquer acusação. 23É preciso, porém, que continuem a crer nessa verdade e nela permaneçam firmes. Não se afastem da esperança que receberam quando ouviram as boas-novas, que foram anunciadas em todo o mundo e que eu, Paulo, fui designado servo para proclamar.
[Hb 3.14] Porque nos tornaremos participantes de Cristo, se de fato mantivermos firme até o fim a confiança que nele depositamos no início.
Esse combate da fé, esse combate com fé, esse combate diário contra a incredulidade será nosso assunto nas próximas mensagens.
Combatendo com fé
Por ora, para finalizarmos, deixemos o seguinte tom: fé não é algo trivial. Fé é questão de vida ou morte:
Quem crê em Cristo, ainda que morra viverá (Jo 11.25). Quem não crê em Cristo já está condenado (Jo 3.18).
Só vencerá o mundo e as suas provações, inclusive as provações da alma, aquele que crer em Cristo e seguir crendo em suas promessas conforme estão postas na Palavra. Eis o que escreveu o apóstolo João:
[1Jo 5.4-5] 4Pois todo aquele que é nascido de Deus vence este mundo, e obtemos essa vitória pela fé. 5Quem vence a batalha contra o mundo? Somente quem crê que Jesus é o Filho de Deus.
Portanto: creia em Cristo e seja salvo; creia em Cristo e viva, siga crendo em Cristo e vença os combates com fé. Eis, pois, uma promessa para você crer e seguir crendo:
[Jo 6.35] Jesus respondeu: “Eu sou o pão da vida. Quem vem a mim nunca mais terá fome. Quem crê em mim nunca mais terá sede.
Que tipo de arma você tem usado em seus combates de alma?
Combata com fé em Cristo. Não se afaste da fé em Cristo por causa do amor ou das promessas do pecado ou das tentações. Corra para Cristo com fé, sua alma viverá e se manterá viva, vitoriosa sobre os gigantes da alma.
S.D.G. L.B.Peixoto
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