10.10.2021
[João 15.26-27] 26“Mas eu enviarei a vocês o Encorajador, o Espírito da verdade. Ele virá do Pai e testemunhará a meu respeito. 27E vocês também devem testemunhar a meu respeito, porque estão comigo desde o início.”
Imagine que você trabalhe em uma multinacional das maiores do mundo. O CEO da empresa manda uma mensagem para você, agora, com este conteúdo: “Tenho acompanhado de perto o seu trabalho. Estou muito satisfeito. Reúna-se comigo amanhã às 8h. Quero você cooperando comigo na direção dos negócios.” — Como se sentiria? Entusiasmado? — Você explodiria de alegria!
Quão mais feliz, realizado, pleno você, crente, deveria se sentir sabendo que o Deus eterno e soberano, o criador dos céus e da terra, em Cristo, designou-o colaborador dele para levar o evangelho da salvação a este mundo! Mas onde foi que Deus declarou que você e eu somos designados cooperadores de trabalho com ele nesta tarefa? A passagem bíblica à qual me refiro é 2Coríntios 6.1, na qual Paulo escreveu: “Como cooperadores de Deus, suplicamos a vocês que não recebam em vão a graça de Deus.”
O embrião dessa ideia está nas palavras de Cristo no meio de seu discurso de despedida (João 13–17), ao instruir seus discípulos a respeito da vinda do Espírito Santo. Nós as lemos no início. Reveja comigo, João 15.26-27: “Mas eu enviarei a vocês o Encorajador, o Espírito da verdade. Ele virá do Pai e testemunhará a meu respeito. E vocês também devem testemunhar a meu respeito, porque estão comigo desde o início.” Povo de Deus, é justamente a combinação desses dois testemunhos (o do Espírito e o nosso), por mais estranho que possa parecer, que Deus usa para exaltar a Cristo e atrair a ele homens e mulheres para a salvação eterna. ENTRETANTO, para que não nos orgulhemos de ser cooperadores de Deus, OBSERVE QUE o Senhor mencionou o testemunho do Espírito primeiro (v. 26), e só depois, consequentemente, ele mencionou o nosso (v. 27). TROCANDO EM MIÚDOS: nosso testemunho é necessário, mas é impotente sem a presença ativa, sobrenatural do próprio Espírito de Deus. Somente o Espírito poderá regenerar o coração morto pelo pecado, iluminar a mente obscurecida pela depravação total do ser humano e transformar a vontade rebelde do homem para que ele receba Jesus Cristo como Salvador. Foi isso que Jesus ensinou a Nicodemus – a respeito da supremacia do Espírito Santo (cf. depois 1.12-13; 8.39-58; 11.51-52):
João 3.5-8 5Jesus respondeu: “Eu lhe digo a verdade: ninguém pode entrar no reino de Deus sem nascer da água [lavagem do pecado, justificação; cf. Ez 36.27-28] e do Espírito [transformação, regeneração]. 6Os seres humanos podem gerar apenas vida humana, mas o Espírito dá à luz vida espiritual. 7Portanto, não se surpreenda [você, Nicodemus] quando eu digo: ‘É necessário nascer [vocês do sinédrio nascerem] de novo’. 8O vento sopra onde quer. Assim como você ouve o vento, mas não é capaz de dizer de onde ele vem nem para onde vai, também é incapaz de explicar como as pessoas nascem do Espírito”.
Fundamentada nesse e noutros textos das Escrituras foi que a primeira declaração doutrinária dos batistas brasileiros, a que vigorou até meados dos anos de 1980, a mesma sobre a qual a nossa igreja foi organizada em 1944, a que nos Estados Unidos recebeu o nome de Confissão de Fé New Hampshire (1833) declarou (no artigo 7) a respeito
Da Graça na Regeneração
Cremos que, a fim de serem salvos, os pecadores devem ser regenerados, ou nascidos de novo; que a regeneração consiste em dar uma disposição santa à mente; que ela é efetuada de uma maneira acima da nossa compreensão pelo poder do Espírito Santo, em conexão com a verdade divina, de maneira a assegurar nossa obediência voluntária ao evangelho; e que sua evidência apropriada [não pré-requisito necessário!] aparece nos santos frutos do arrependimento, fé e novidade de vida.
E a mesma declaração doutrinária complementou (no artigo 8) a respeito
Do Arrependimento e da Fé
Cremos que o arrependimento e a fé são deveres sagrados, e também graças inseparáveis, operadas em nossas almas pelo Espírito regenerador de Deus; pelo que sendo profundamente convencidos de nossa culpa, perigo e incapacidade, e do caminho da salvação por Cristo, nós retornamos para Deus com contrição, confissão e súplica por misericórdia não fingidas; ao mesmo tempo recebendo genuinamente o Senhor Jesus Cristo como nosso profeta, sacerdote e Rei, e confiando nele somente como único e todo-suficiente salvador.
De volta às palavras de Jesus em João 15.26: “Mas eu enviarei a vocês o Encorajador, o Espírito da verdade. ELE virá do Pai e TESTEMUNHARÁ A MEU RESPEITO.” Pergunta: Como o Espírito Santo dá seu testemunho a respeito de Cristo? Ou: Em que consiste o testemunho do Espírito Santo? Há duas respostas bíblica: [1] o testemunho do Espírito Santo dirigindo/inspirando a escrita dos livros de nossa Bíblia Sagrada (o testemunho escrito do Espírito) e [2] o testemunho do Espírito iluminando essas verdades objetivas/externas no coração de cada cristão (o testemunho interno do Espírito).
O testemunho escrito do Espírito
O testemunho escrito do Espírito, ou sua direção/iluminação na escrita da Bíblia está claramente atestado nesta seção do Evangelho de João (13–17), sobretudo nos capítulos 14 e 16. Tendo dito que o Espírito testemunharia a seu respeito (em 15.26), Jesus prosseguiu e, no capítulo seguinte, declarou explicitamente o seguinte:
João 16.13-14 13Quando vier o Espírito da verdade, ele os conduzirá a toda a verdade. Não falará por si mesmo, mas lhes dirá o que ouviu e lhes anunciará o que ainda está para acontecer. 14Ele me glorificará porque lhes contará tudo que receber de mim.
A “verdade” que deveria ser revelada (16.13) é a verdade do evangelho cristão, enraizada na vida e na obra de Cristo. A verdade do evangelho envolve [1] O PASSADO, o que Cristo fez – foi por isso que Jesus disse em 14.26: “[o Espírito, quando vier sobre vocês] fará lembrar tudo que eu lhes disse.” E a verdade do evangelho envolve também [2] O FUTURO, o que Cristo fará – foi por isso que Jesus disse em 16.13: “[o Espírito, quando vier sobre vocês] lhes anunciará o que ainda está para acontecer.”
IMPORTANTE: esse testemunho escrito do Espírito faz uma referência especial ao papel oficial dos apóstolos (e também dos profetas) como destinatários do testemunho que fora e seria revelado, preservado e a nós entregado nas páginas da Bíblia Sagrada. Isso está ensinado em pelo menos dois textos claros do Novo Testamento:
2Timóteo 3.16-17 16Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para nos ensinar o que é verdadeiro e para nos fazer perceber o que não está em ordem em nossa vida. Ela nos corrige quando erramos e nos ensina a fazer o que é certo. 17Deus a usa para preparar e capacitar seu povo para toda boa obra.
Esse texto do apóstolo Paulo ensina que as Escrituras do Antigo e do Novo Testamento são o resultado da expiração direta de Deus e que o veículo dessa “espiração” divina foi o Espírito Santo.
Na mesma esteira de Cristo e de Paulo, o apóstolo Pedro ensinou que o Espírito Santo dirigiu os escritores humanos da Bíblia de modo que a obra que eles produziram, embora em certo sentido ainda fosse obra de homens, fosse precisamente o que o próprio Deus desejava comunicar:
2Pedro 1.19-21 19Além disso, temos a mensagem que os profetas proclamaram, que é digna de toda confiança. Prestem muita atenção ao que eles escreveram, pois suas palavras são como lâmpada que ilumina um lugar escuro, até que o dia clareie e a estrela da manhã brilhe no coração de vocês. 20Acima de tudo, saibam que nenhuma profecia nas Escrituras surgiu do entendimento do próprio profeta [particular elucidação], 21nem de iniciativa humana. Esses homens foram impulsionados pelo Espírito Santo e falaram da parte de Deus.
Isso coloca a Bíblia em uma categoria distinta, pois não é como os outros livros. Ora, é verdade que, se falarmos apenas em um nível humano, de vez em quando autores humanos são o que podemos escolher chamar de “inspirados”. Ou seja, eles lidaram com alguma questão e, de repente, chegaram a uma ótima solução, e escreveram de uma forma excepcional o que desejavam dizer. Eles colocaram no papel uma brilhante ideia. Mais tarde, quando lemos o que eles escreveram, ficamos tão impressionados que dizemos: “Meu Deus, fulano(a) estava inspirado(a) quando escreveu isso!”
Não é verdade que essas coisas acontecem?
Entretanto, esse é um modo aleatório de empregar o termo “inspiração”, e não é desse tipo de “inspiração” que estamos falando quando dizemos que a Bíblia é inspirada. Quando falamos da Bíblia sendo inspirada, queremos dizer que de uma maneira única, sobrenatural o Espírito Santo desceu sobre os autores humanos para que o que eles escrevessem fosse o que Deus realmente desejava, tanto no todo quanto em suas partes. É isso que torna a Bíblia distinta, divina. Esse é o testemunho escrito do Espírito.
O testemunho interno do Espírito
Há também uma segunda maneira pela qual o Espírito Santo dá testemunho de Cristo. O Espírito continua a dar testemunho (tempo presente) ao falar por meio da Bíblia para levar as verdades da Bíblia para a mente e o coração humanos, individualmente, pessoalmente. TROCANDO EM MIÚDOS: aos apóstolos e aos profetas, o Espírito deu INSPIRAÇÃO para que eles escrevessem tudo o que Deus intencionava dizer (testemunho escrito do Espírito); aos cristão, lendo a Bíblia (o testemunho escrito), o Espírito dá ILUMINAÇÃO para que compreendam e apliquem o que Deus desejou dizer com o que foi escrito por inspiração (o testemunho interno do Espírito).
A experiência dessas duas realidades – inspiração e iluminação – é o que estava no cerne e era fundamentalmente novo na Reforma Protestante iniciada por Lutero, lá em 1517 (este ano, no dia 31 de outubro, completará 504 anos). Quando os reformadores falaram da autoridade única das Escrituras, eles falaram de SOLA SCRIPTURA (“somente as Escrituras”). Só que isso significava mais para eles do que a simples ideia de que Deus havia se revelado decisivamente aos homens por meio da Bíblia. O novo elemento não era que a Bíblia (dada a nós por Deus pelo testemunho escrito do Espírito) fala a todos com a autoridade do próprio Deus. Os Católicos Romanos se apegavam a isso tanto quanto os Reformadores.
O novo elemento era a crença dos Reformadores, substanciada pelo ensino explícito da Escritura e por sua própria experiência pessoal de estudo da Bíblia, de que a Bíblia interpreta a si mesma para o povo de Deus de dentro (no testemunho interno do Espírito), devido ao fato de que o Espírito não cessou de falar através da Bíblia ao coração do cristão. Foi essa (re)descoberta que libertou os Reformadores de uma dependência imprópria e adoecida das interpretações dos bispos, das tradições, dos concílios ou dos decretos da ICR. Essas coisas podem ter tido valor, mas, em última análise, eram desnecessárias, pois Deus não só pode ensinar, como também ensina seu povo sem intermediários; Deus fala diretamente ao seu povo pela Bíblia (iluminando-a no coração).
O que é essa atividade do Espírito de Deus?
Os reformadores a chamaram de “testemunho interno do Espírito Santo”, pois desejavam enfatizar que era a contraparte interna (subjetiva) da revelação externa (objetiva) incorporada nas páginas da palavra escrita de Deus – ou seja: Deus falou pela Bíblia e continua falando pelo Espírito que ilumina e aplica a Bíblia ao coração do leitor.
A própria experiência dos reformadores, em seu estudo da Bíblia, os ensinou essa verdade: o Espírito de Deus esclarece/ilumina e aplica a Bíblia ao coração do cristão, mas eles também notaram que essa função particular do Espírito Santo é repetidamente revelada na palavra de Deus. Por exemplo, João 14.26: “Mas quando o Pai enviar o Encorajador, o Espírito Santo, como meu representante, ele lhes ensinará todas as coisas e os fará lembrar tudo que eu lhes disse.”
Da mesma forma, em sua primeira carta, João escreveu sobre o que aprendeu de Jesus, expandindo o princípio extraído do ministério especial do Espírito aos apóstolos para um ministério mais geral para todos os crentes:
1João 2.20 e 27 20Mas vocês não são assim, pois o Santo lhes deu sua unção [regeneração seguida de iluminação do Espírito Santo], e todos vocês conhecem a verdade.[…] 27Vocês, porém, receberam dele a unção, e ela permanece em vocês, de modo que não precisam que alguém lhes ensine a verdade. Pois o que a unção lhes ensina é verdade, e não mentira, e é tudo que precisam saber. Portanto, como lhes ensinou a unção, permaneçam nele.
Mais adiante, nesta mesma carta, João acrescentou, 1João 5.6: “E o Espírito, que é a verdade, o confirma [da testemunho de Cristo] com seu testemunho [do Espírito].”
Paulo escreveu sobre a mesma realidade (o testemunho interno do Espírito, iluminando para o crente o testemunho escrito do Espírito):
1Coríntios 2.10-16 10Mas foi a nós que Deus revelou estas coisas por seu Espírito. Pois o Espírito sonda todas as coisas, até os segredos mais profundos de Deus. 11Pois quem conhece os pensamentos de uma pessoa, senão o próprio espírito dela? Da mesma forma, ninguém conhece os pensamentos de Deus, senão o Espírito de Deus. 12E nós recebemos o Espírito de Deus, e não o espírito deste mundo, para que conheçamos as coisas maravilhosas que Deus nos tem dado gratuitamente. 13Quando lhes dizemos isso, não empregamos palavras vindas da sabedoria humana, mas palavras que nos foram ensinadas pelo Espírito, explicando verdades espirituais a pessoas espirituais. 14Mas o homem natural não aceita as verdades do Espírito de Deus. Elas lhe parecem loucura, e ele não consegue entendê-las, pois apenas quem é espiritual consegue avaliar corretamente o que diz o Espírito. 15Quem é espiritual pode avaliar todas as coisas, mas ele próprio não pode ser avaliado por outros. 16Pois, “Quem conhece os pensamentos do Senhor? Quem sabe o suficiente para instruí-lo?”. Mas nós temos a mente de Cristo.
Convicção, compreensão e conversão espiritual
Podemos resumir tudo isso respondendo à esta pergunta: “Quando dizemos que o Espírito Santo fala através da Bíblia ao coração de cada crente, exatamente o que o Espírito Santo faz? Quais são os resultados dos seus testemunhos (escrito e interno)?” RESPOSTA: o Espírito Santo concede compreensão, convicção e conversão. Dito de outro modo: o Espírito te faz compreender as palavras da Bíblia (1Co 2.10-16), convence você do pecado, da justiça e do juízo (Jo 16.8-11) e converte você, coloca em você fé, desejo e condição de fazer o que deve ser feito.
Temos um exemplo disso na história de Filipe e o eunuco etíope (em At 8.26-40). O etíope era um convertido ao judaísmo e tinha estado em Jerusalém para adorar a Deus. Na cidade santa, adquiriu um rolo contendo o livro do profeta Isaías. Ele era sincero em sua busca espiritual, mas ainda não entendia/discernia as coisas espirituais. No caminho de volta para casa, ele começou a ler o texto sagrado que comprou. Ficou intrigado com o conteúdo do que estava lendo. Deus o assistiu, enviando Filipe até ele para lhe explicar o que estava na Bíblia. Quando Filipe chegou, o etíope estava lendo Isaías 53. Esta história é fascinante. Preste atenção:
Atos 8.29-35 29Então o Espírito disse a Filipe: “Aproxime-se e acompanhe a carruagem”. 30Filipe correu até a carruagem e, ouvindo que o homem lia o profeta Isaías, perguntou-lhe: “O senhor compreende o que lê?”. 31O homem respondeu: “Como posso entender sem que alguém me explique?”. E convidou Filipe a subir na carruagem e sentar-se ao seu lado. 32Era esta a passagem das Escrituras que ele estava lendo: “Ele foi levado como ovelha para o matadouro; como cordeiro mudo diante dos tosquiadores, não abriu a boca. 33Foi humilhado e a justiça lhe foi negada. Quem pode falar de seus descendentes? Pois sua vida foi tirada da terra”. 34O eunuco perguntou a Filipe: “Diga-me, o profeta estava falando de si mesmo ou de outro?”. 35Então Filipe, começando com essa mesma passagem das Escrituras, anunciou-lhe as boas-novas a respeito de Jesus.
Em contato com o testemunho escrito do Espírito e assistido pelo testemunho interno do mesmo Espírito, houve compreensão, convicção e conversão espiritual na vida do eunuco etíope. Sabemos que houve pelo que se segue na narrativa maravilhosa de Lucas:
Atos 8.36-38 36Prosseguindo, chegaram a um lugar onde havia água. Então o eunuco disse: “Veja, aqui tem água! O que me impede de ser batizado?”. 37Filipe disse: “Nada o impede, se você crê de todo o coração”. O eunuco respondeu: “Creio que Jesus Cristo é o Filho de Deus”. 38Então mandou parar a carruagem, os dois desceram até a água e Filipe o batizou.
Estes são os frutos do testemunho escrito e interno do Espírito: compreensão, convicção e conversão Espiritual.
O Espírito Santo está testemunhando ao seu coração? Você entende que Jesus Cristo é realmente o Filho eterno de Deus, como ele mesmo, pela Escritura, afirmava ser? Você entende que Cristo morreu em seu lugar, o justo pelos injustos, para que ele pudesse te salvar do seu pecado? Você está convencido do pecado a ponto de se arrepender dele e está disposto a abandoná-lo? Você já chegou a se comprometer com Jesus? Converteu-se a Cristo? Se sim, então diga: “Senhor e Salvador Jesus Cristo, eu sou pecador, mas creio que tu és o Filho de Deus e que morreu por mim. Aceite-me agora como um de seus filhos e ajude-me a segui-lo fielmente até o fim da minha vida.” Isso é conversão. Seu próximo passo será professar a fé pelo batismo e se unir à comunhão da igreja. Essa é a obra produzida pelos testemunhos do Espírito – nas palavras de Paulo, Romanos 8.16: “o seu Espírito confirma a nosso espírito que somos filhos de Deus.”
S.D.G. L.B.Peixoto
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