22.12.2021
[Lucas 2.1-20] 1Naqueles dias, o imperador Augusto decretou um recenseamento em todo o império romano. 2(Esse foi o primeiro recenseamento realizado quando Quirino era governador da Síria.) 3Todos voltaram à cidade de origem para se registrar. 4Por ser descendente do rei Davi, José viajou da cidade de Nazaré da Galileia para Belém, na Judeia, terra natal de Davi, 5levando consigo Maria, sua noiva, que estava grávida. 6E, estando eles ali, chegou a hora de nascer o bebê. 7Ela deu à luz seu primeiro filho, um menino. Envolveu-o em faixas de pano e deitou-o numa manjedoura, porque não havia lugar para eles na hospedaria. 8Naquela noite, havia alguns pastores nos campos próximos, vigiando rebanhos de ovelhas. 9De repente, um anjo do Senhor apareceu entre eles, e o brilho da glória do Senhor os cercou. Ficaram aterrorizados, 10mas o anjo lhes disse: “Não tenham medo! Trago boas notícias, que darão grande alegria a todo o povo. 11Hoje em Belém, a cidade de Davi, nasceu o Salvador, que é Cristo, o Senhor! 12Vocês o reconhecerão por este sinal: encontrarão o bebê enrolado em faixas de pano, deitado numa manjedoura”. 13De repente, juntou-se ao anjo uma grande multidão do exército celestial, louvando a Deus e dizendo: 14“Glória a Deus nos mais altos céus, e paz na terra àqueles de que Deus se agrada!”. 15Quando os anjos voltaram para o céu, os pastores disseram uns aos outros: “Vamos a Belém para ver esse acontecimento que o Senhor nos anunciou”. 16Indo depressa ao povoado, encontraram Maria e José, e lá estava o bebê, deitado na manjedoura. 17Depois de o verem, os pastores contaram a todos o que o anjo tinha dito a respeito da criança, 18e todos que ouviam a história dos pastores ficavam admirados. 19Maria, porém, guardava todas essas coisas no coração e refletia sobre elas. 20Os pastores voltaram, glorificando e louvando a Deus por tudo que tinham visto e ouvido. Tudo aconteceu como o anjo lhes havia anunciado.
NESTE CULTO NATALINO eu desejo exultar com vocês sobre algumas das maravilhas deste texto. Faremos uma visita a Belém, mais uma visita. De fato, faremos uma revisita – uma vez que praticamente todos os anos nós, de um modo ou de outro, somos remetidos ao relato detalhado de Lucas sobre o nascimento de Jesus. Este texto é como um diamante, que apesar de “surrado” ou “batido” pelos anos, nunca perde seu brilho nem se desgasta com o tempo.
Entrar nesta história é entrar em um mundo de milagres maravilhosos, um mundo verdadeiramente encantado – um mundo real, mas nem por isso menos glorioso. Lembre-se: Deus já havia colocado a semente divina no útero virgem de Maria. Agora ele plantava uma ideia na cabeça de César Augusto que começaria a girar a roda gigante dos eventos mundiais, os quais transformariam o mundo para sempre:
Lucas 2.1-3 1Naqueles dias, o imperador Augusto decretou um recenseamento em todo o império romano. 2(Esse foi o primeiro recenseamento realizado quando Quirino era governador da Síria.) 3Todos voltaram à cidade de origem para se registrar.
O mundo romano estava agitado. Todo mundo estava fazendo as malas e pegando a estrada para cumprir o decreto do poderoso e impiedoso Augusto. O objetivo do César era registrar seus súditos para fins de arrecadações fiscais. Bem, pelo menos era essa a machete que se espalhou pelos quatro cantos das províncias. Mas nós conhecemos a verdadeira história – Deus estava girando o mundo para que fosse entregue algo muito especial a Belém, o local onde o profeta Miquéias disse que o Messias nasceria:
Miquéias 5.2 Mas você, ó Belém Efrata, é apenas uma pequena vila entre todo o povo de Judá. E, no entanto, um governante de Israel, cujas origens são do passado distante, sairá de você em meu favor.
Quando chegou a época se se cumprir esta profecia, do vasto oceano de cidadãos que saíram das vilas, aldeias e cidades à caminho da cidade natal para se recadastrar, Lucas fechou o foco da imagem em um casal que, por razões óbvias, já estava esgotado da viagem e que se debatia contra a correnteza das multidões ao seu redor:
Lucas 2.4-5 4Por ser descendente do rei Davi, José viajou da cidade de Nazaré da Galileia para Belém, na Judeia, terra natal de Davi, 5levando consigo Maria, sua noiva, que estava grávida.
Lucas escreve com muita habilidade e sutileza. Ele nos tira do mármore da sala do trono de César Augusto, passando pelo volume das massas de pessoas perambulando pelas estradas e as vilas da época e nos insere na pequena (e mundialmente insignificante) história de um homem desconhecido e sua noiva igualmente inexpressiva com uma criança abrigada na escuridão de seu ventre.
Ora, quem teria imaginado um embrulho e uma entrega tão comuns do presente precioso de Deus para a humanidade? Teríamos procurado pelo Cristo em todos os lugares sem jamais imaginar que ele estaria no ventre da humilde Maria. Nossos olhos teriam se voltado para os aposentos ornamentados do palácio real de César ou para as casas suntuosas dos governantes ou até mesmo para as residências bem abrigadas de líderes religiosos. Jamais imaginaríamos apalpar o Messias na barriga de uma jovenzinha que estava grávida e montada sobre o lombo de um burro. Aos nossos olhos, ela não passaria de mais uma jovem grávida e com um problemão para carregar pelo resto da vida. Honestamente, quem teria sido capaz de imaginar e de descrever um cenário como este para o nascimento do Rei dos reis?
Lucas prossegue com os detalhes que, de tão modestos para a chegada do Salvador, do Messias prometido de Israel, parecem absurdos:
Lucas 2.6-7 6E, estando eles ali [em Belém], chegou a hora de nascer o bebê. 7Ela deu à luz seu primeiro filho, um menino. Envolveu-o em faixas de pano e deitou-o numa manjedoura, porque não havia lugar para eles na hospedaria.
Por séculos, esses dois versos simples veem preenchendo a imaginação de pintores e escritores os mais criativos e capazes, os quais já criaram as cenas mais belas e elaboradas para este relato bíblico. Ora, quem nunca se encantou com algum relato ou pintura da Natividade? O autor Ken Gire, por sua vez, pintou a cena do jeito que ela foi e deveria ser imaginada – isto é, em termos humanos, sem auréolas e rostos iluminados. Preste atenção:
Quando José e Maria chegaram, o pequeno vilarejo de Belém estava inchado de gente. O fluxo de viajantes era intenso. A hospedaria estava lotada. As pessoas se sentiam com sorte caso conseguissem negociar até mesmo um pedaço do chão para se deitar e passar a noite. Era tarde, todos estavam dormindo e não havia lugar para pernoitar.
Mas, felizmente neste caso, o dono da hospedaria gostava de dinheiro – e para ele, sempre cabiam mais alguns hóspedes. É verdade que seu estábulo também estava lotado com os animais dos hóspedes, mas se conseguissem se espremer um pouco lá dentro com alguma privacidade, José e Maria eram bem-vindos.
José olhou para Maria, cuja atenção estava retida pela sua luta contra as contrações. “Vamos ficar!”, disse ele sem hesitação ao dono da hospedaria.
A noite estava silenciosa quando José soou o rangido da porta ao acessar o estábulo. Ao entrarem, um coro de animais do celeiro emitiu notas discordantes pela intrusão. O fedor era forte e úmido, afinal não houve tempo suficiente durante o dia sequer para atender aos hóspedes, quanto mais seus animais. Uma pequena lamparina a óleo, emprestada a eles pelo proprietário do local, cintilava de modo a fazer dançar sombras nas paredes. Um lugar miserável para uma mulher que já estava sentindo as dores das contrações do parto. Longe de casa. Longe da família. Longe de tudo o que ela havia desejado para o seu primogênito.
Mas Maria não se queixou. Era um alívio apenas poder finalmente apear do lombo do burro. Assentou-se no chão e se inclinou para trás contra a parede de madeira. Os pés estavam inchados. Sentia dores nas costas. As contrações ficavam mais fortes à medida que aproximava a hora do parto.
Os olhos de José correram todo o estábulo. Pensava: “não há um minuto a perder… o tempo voa… ah! uma manjedoura [o tabuleiro no qual se depositava comida para os animais] terá que virar um berço para o bebê… o feno servirá como colchão… cobertor?! cobertor?! ah! meu manto servirá de cobertor! tem também aqueles trapos, aquelas faixas de pano pendurados para secar… vão ajudar…” Uma forte contração fez maria gemer mais alto, o que pôs José a correr atrás de um balde com água.
O grito de Maria cortou a brisa calma daquela noite silenciosa. José voltou correndo para dentro do estábulo, sem fôlego, água respingando do balde de madeira… O suor escorria do rosto contorcido de Maria na medida em que José, o parteiro menos provável em toda a Judéia, correu para o lado dela e segurava sua mão.
As contrações involuntárias não eram suficientes, e Maria teve que empurrar com todas as suas forças…
José colocou uma vestimenta por baixo dela, e com um empurrão final e um longo suspiro, Maria conseguiu, seu trabalho de parto acabou.
O Messias chegou.
IMAGINEM A CENA: por alguns momentos preciosos, José e Maria tiveram o pequeno Salvador sozinho para eles, enquanto os três se aconchegavam para se esquentar na noite fria de Belém.
Do outro lado do mar, César Augusto dormia aquecido e seguro entre lençóis de seda sobre uma cama king-size. Quais foram os sonhos do imperador de Roma naquela noite? Teriam sido a respeito de suas últimas conquistas? Envolviam seu público de adoradores que jamais poderiam se cansar de reverenciar o César de Roma? Mal sabia César Augusto que um Rei maior do que ele tinha acabado de chegar ao mundo – Aquele que estabeleceria um reino eterno de magnitude celestial.
Em todo o universo, apenas alguns tomaram conhecimento a respeito do nascimento de Jesus, e Lucas redige para nós algumas das reações que essas pessoas tiveram ao ouvir sobre o maior acontecimento da história desde a Criação.
Os anjos
Lucas 2.8-12 8Naquela noite, havia alguns pastores nos campos próximos, vigiando rebanhos de ovelhas. 9De repente, um anjo do Senhor apareceu entre eles, e o brilho da glória do Senhor os cercou. Ficaram aterrorizados, 10mas o anjo lhes disse: “Não tenham medo! Trago boas notícias, que darão grande alegria a todo o povo. 11Hoje em Belém, a cidade de Davi, nasceu o Salvador, que é Cristo, o Senhor! 12Vocês o reconhecerão por este sinal: encontrarão o bebê enrolado em faixas de pano, deitado numa manjedoura”.
No templo sagrado em Jerusalém, Zacarias foi primeiro a ver o anjo. Depois Maria o viu no seu quarto. Por fim, José o encarou em seu sonho. Agora o mesmo anjo – provavelmente, Gabriel novamente – apareceu para os pastores em um campo aberto iluminado pelo brilho da glória do SENHOR. Era uma luz sobrenatural! Mais surpreendente ainda: essa gentalha, esses pastores trambiqueiros se tornaram o grupo delegado por Deus a quem o anjo anunciou a maior notícia já dada à humanidade: “Não tenham medo! Trago boas notícias, que darão grande alegria a todo o povo. Hoje em Belém, a cidade de Davi, nasceu o Salvador, que é Cristo, o Senhor!” (Lc 2.10-11).
E veja o que aconteceu em seguida:
Lucas 2.13-14 13De repente, juntou-se ao anjo uma grande multidão do exército celestial, louvando a Deus e dizendo: 14“Glória a Deus nos mais altos céus, e paz na terra àqueles de que Deus se agrada!”.
Nas mãos calejadas desses pastores, as boas notícias dos tempos foram despejadas como joias do céu. Onde está a criança real que provocou a anunciação desse exército de anjos? Deitada em uma manjedoura?! No tabuleiro da comida dos animais?! Como eles devem ter se alegrado! “Ele deve ser verdadeiramente o Rei para os povos da terra!”, teriam se expressado.
Os pastores
Com o coração cheio de esperança, os pastores reagiram – ouçam:
Lucas 2.15-18 15Quando os anjos voltaram para o céu, os pastores disseram uns aos outros: “Vamos a Belém para ver esse acontecimento que o Senhor nos anunciou”. 16Indo depressa ao povoado, encontraram Maria e José, e lá estava o bebê, deitado na manjedoura. 17Depois de o verem, os pastores contaram a todos o que o anjo tinha dito a respeito da criança, 18e todos que ouviam a história dos pastores ficavam admirados.
E assim os primeiros evangelistas a espalharem a palavra sobre o precioso Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo foram, apropriadamente, pastores – os pastores de Belém. Mas eles fizeram mais – ouçam:
Lucas 2.20 Os pastores voltaram, glorificando e louvando a Deus por tudo que tinham visto e ouvido. Tudo aconteceu como o anjo lhes havia anunciado.
OS PASTORES: foram conferir, contaram a todos e cantaram de volta para casa!
Maria
Em meio à música dos anjos e ao maravilhamento dos pastores, alguém muito importante não escapou da atenção de Lucas. Quem?
Lucas 2.19 MARIA, porém, guardava todas essas coisas no coração e refletia sobre elas.
IMAGINEM A CENA: Silenciosamente, privadamente, Maria entesourava no coração aquele momento. Ela havia protegido e nutrido essa vidinha dentro dela por nove meses. Finalmente, ela pôde encontrar face a face o seu estranho íntimo mais amado. Ela o abraça forte. Aperta na palma da mão os dedinhos da mão de Jesus. Passa o dedo nos lábios delicados do bebê. Aperta as bochechas rechonchudas da criança. Alisa o tufo de cabelo do recém-nascido. Então as pálpebras de Jesus lentamente começam a se abrir e Maria encara pela primeira vez dois lagos tão suaves e tão profundos quanto a noite estrelada. — De repente, a mensagem do anjo, a oração de Isabel, os relatos dos pastores de Belém… todas essas coisas correm em sua mente – ela está embalando a divindade, o Senhor do universo, seu próprio Criador, e Salvador.
Naquele momento, Jesus começou a chorar. O bebê Deus estava com fome. Instintivamente, Maria o colocou junto ao seio para amamentar. E um olhar de admiração tomou o lugar de seus sorriso, enquanto ela amamentava a criança e ponderava todas essas coisas incríveis em seu coração e reflete sobre elas.
Os anjos contaram. Os pastores se maravilharam. Maria refletiu. E você?
Você
Nos próximos dias, outros olharão para Jesus com expressões de admiração semelhantes – expressões de espanto, maravilhamento, regozijo e louvor: Simeão, Ana, os Sábios do Oriente… nos anos à frente, a vida de Jesus produzirá uma mistura de reações… João exclamará: “Vejam! É o Cordeiro de Deus!” (Jo 1.36). Pedro confessará: “O senhor é o Cristo, o Filho do Deus vivo!” (Mt 16.16). Os fariseus dirão que ele é um blasfemador. Pilatos não vai saber o que fazer com ele (Jo 18.24-40). Ao contemplá-lo morrendo, o oficial romano exclamará: “Este homem era verdadeiramente o Filho de Deus!” (Mc 15.39).
E você, como reagirá ao contemplar esta janela aberta das Escrituras, o que você dirá a respeito de Jesus Cristo – o Salvador que nasceu? Essa é uma pergunta que toda pessoa deve responder. REALMENTE, VOCÊ TEM APENAS TRÊS OPÇÕES.
PRIMEIRO, Jesus não foi quem ele afirmou ser. Ele enganou deliberadamente os seus seguidores e ensinou coisas que ele mesmo não acreditava. Em outras palavras, Jesus era um mentiroso.
SEGUNDO, embora ele não fosse quem afirmava ser, ele pensou que era Deus. Jesus viveu em um mundo de fantasia e, tragicamente, seus seguidores foram arrebatados pela sua ilusão. Em outras palavras, Jesus era um lunático.
TERCEIRO, Jesus foi e é quem ele afirmava ser. Disse que era o Filho de Deus; e ele provou o ser por meio de seus milagres, morte e ressurreição. Ele é O SENHOR.
Quem é Jesus para você? Um mentiroso? Um Lunático? Ou ele é o Deus Salvador? Qual será a sua reação em face do nascimento do Salvador?
Você já se perguntou por que Deus não desistiu da raça humana? Depois de alguns milhares de anos sendo esnobado, ridicularizado, e ignorado, até mesmo Deus tem limite para a paciência, não tem? Quão mais fácil teria sido recomeçar com um universo novinho em folha em vez de redimir o antigo! — Deus provavelmente teria acabado com tudo ou recomeçado do zero, se não fosse por um coisa: AMOR.
Ouça o que escreveu o apóstolo João:
1João 4.9-10 9Deus mostrou quanto nos amou ao enviar seu único Filho ao mundo para que, por meio dele, tenhamos vida. 10É nisto que consiste o amor: não em que tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou e enviou seu Filho como sacrifício para o perdão de nossos pecados.
Você quer tocar o amor de Deus? Quer tê-lo no peito?
Você poderia fazer o seguinte: ir ao estábulo lá na estrebaria em Belém. Pedir a Maria para deixar você segurar o bebê. Olhar em seus olhos. Brincar com ele até que ele lhe desse um sorriso. Sentir sua mãozinha tocando sua bochecha. Desse modo você tocaria o amor de Deus! Mas não precisa. Nem é possível que seja assim desse modo.
Você toca o amor de Deus, ou melhor, é tocado pelo amor de Deus, quando pela fé recebe Jesus em seu coração.
João 1.10-12 10Veio ao mundo que ele criou, mas o mundo não o reconheceu. 11Veio a seu próprio povo, e eles o rejeitaram. 12Mas, a todos que creram nele e o aceitaram, ele deu o direito de se tornarem filhos de Deus.
Pode ser que você ao contemplar o nascimento de Jesus sinta que o seu coração anseia por responder a Deus. No entanto, como é difícil às vezes verbalizar as nossas emoções. Se você está sem palavras para responder ao maravilhoso relato do nascimento de Jesus, faça da oração de Ken Gire a expressão de seus sentimentos àquele que você realmente deseja receber como Senhor e Salvador de sua vida.
Querido Jesus,
Embora não houvesse espaço para o Senhor na hospedaria, conceda nesta noite que eu possa criar espaço abundante para o Senhor no meu coração. Embora o seu próprio povo não o tenha recebido, conceda que nesta hora eu possa te abraçar com os braços abertos da fé. Embora Belém não o tenha reconhecido em meio à confusão do recadastramento de César Augusto, conceda-me a graça, neste momento de silêncio, de ser capaz de me aquietar e saber que tu és Deus – o Senhor, cujo palácio era apenas um estábulo, cujo trono era apenas uma manjedoura, cujas vestes eram apenas faixas de pano.
De joelhos, confesso que estou muito condicionado à pompa e ostentação deste mundo para o reconhecer envolvido em faixas de pano e deitado numa manjedoura.
Perdoe-me. Por favor. Ajude-me a entender pelo menos um pouco do que o seu nascimento tem a ensinar – que o poder divino não é mediado pela força, mas através da fraqueza; que a verdadeira grandeza não é alcançada por meio da afirmação de direitos, mas abrindo mão deles; e que as mais seculares das coisas podem ser sagradas quando tu estás no meio delas.
E para aqueles momentos em que anseias por minha comunhão e ficas à porta e bate, conceda-me uma sensibilidade especial ao som daquela batida, então que eu possa ser rápido para abrir. Impeça-me de não recebê-lo. Que meu coração seja caloroso e convidativo, de modo que quando bateres, um lugar digno estará sempre à sua espera. Amém!
Nasceu o Salvador, que é Cristo, o Senhor!
Você é capaz de reconhecê-lo?
Já o recebeu?
Regozija-se nele?
O NASCIMENTO DO SALVADOR [I.] produz Glória a Deus nos mais altos céus, e [II.] promove paz na terra àqueles de que Deus se agrada! JÁ PROVOU? [1.] Paz com Deus (Rm 5.1)? [2.] Paz de Deus que excede todo entendimento – paz consigo mesmo (Fl 4.7)? [3.] Paz com todos (Rm 12.18)? Para isto Cristo nasceu: glória a Deus e paz aos seus filhos.
John Piper, pregando em Lucas 2.1-20, concluiu assim o sermão:
Cultive continuamente um sentimento de espanto porque, apesar de todos os seus pecados, Deus o perdoou por meio de Cristo. Surpreenda-se por ter paz com Deus. É essa sensação de espanto – de que eu, um pecador, tenho paz com Deus – que torna o coração terno, gentil e misericordioso. Estenda isso a outros 70 vezes 7.
Pode ser que joguem de volta em seu rosto. Certamente foi jogado de volta na cara de Jesus na cruz. Isso dói e pode deixá-lo amargo se você não tomar cuidado. Não permita. Continue a se surpreender mais com o fato de seus erros serem perdoados do que de você ser injustiçado. Surpreenda-se por ter paz com Deus. Você tem paz na sua alma. Sua culpa foi removida.
Continue confiando em Deus. Ele sabe o que está fazendo. Mantenha a glória de Deus suprema na arca do tesouro do seu coração, não o seu sucesso ou eficácia na pacificação ou nos relacionamentos.
E então você será como os anjos: Glória a Deus nas alturas é a primeira coisa. A paz entre seu povo é a coisa seguinte. [Prove e veja! Nasceu o Salvador!]
S.D.G. L.B.Peixoto
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