03.04.2022
[Salmo 96] 1Cantem ao SENHOR um cântico novo! Toda a terra cante ao SENHOR! 2Cantem ao SENHOR e louvem o seu nome; proclamem todos os dias a sua salvação. 3Anunciem a sua glória entre as nações, contem a todos as suas maravilhas. 4Grande é o SENHOR! Digno de muito louvor! Ele é mais temível que todos os deuses. 5Os deuses de outros povos não passam de ídolos, mas o SENHOR fez os céus! 6Glória e majestade o cercam, força e beleza enchem seu santuário. 7Ó nações do mundo, reconheçam o SENHOR; reconheçam que o SENHOR é forte e glorioso. 8Deem ao SENHOR a glória que seu nome merece, tragam ofertas e entrem em seus pátios. 9Adorem o SENHOR em todo o seu santo esplendor; toda a terra trema diante dele. 10Digam entre as nações: “O SENHOR reina!”; ele firmou o mundo para que não seja abalado e com imparcialidade julgará todos os povos. 11Alegrem-se os céus e exulte a terra! Deem louvor o mar e tudo que nele há! 12Os campos e suas colheitas gritem de alegria! As árvores do bosque exultem 13diante do SENHOR, pois ele vem; ele vem julgar a terra. Julgará o mundo com justiça e as nações, com sua verdade.
Você é feliz? — Se responder que sim, saiba que se classifica entre uma maioria bem pequena de pessoas felizes no Brasil. Em 2020, o ano da pandemia de COVID-19, foi feito um levantamento pela Global Happiness 2020, do instituto Ipsos que apontou um dado que julgo ser alarmante. Na pesquisa, 63% dos brasileiros se disseram felizes. Por mais que digam que o brasileiro é um povo feliz, os dados revelam que pouco mais da maioria dos entrevistado se declara, de fato, feliz. Apenas 63%! Para mim, é alarmante.
Alguém poderá dizer, mas foi o ano da pandemia! Veja, de 2019 para 2020 há uma oscilação (para mais) de dois pontos percentuais em relação ao número do ano anterior; ou seja: em 2019, antes da pandemia, 61% dos brasileiros se disseram felizes, em 2020 foram 63%. Mas em 2021 o Brasil despencou 12 posições no ranking global de felicidade, ocupando a 41a posição – aí, sim, vê-se os efeitos da pandemia no estado de humor dos brasileiros.
Como se mede o nível de felicidade? — Leva-se em consideração uma variedade de medidas subjetivas de bem-estar, além de variáveis que medem condições econômicas e sociais. Os seguintes pontos são considerados: PIB per capita (que é a soma de todos os bens do país, dividido pela quantidade de habitantes), apoio social, vida saudável, expectativa de vida, liberdade, generosidade e ausência de corrupção. Mas quando as pessoas são abordadas pessoalmente, os fatores ou motivos para a felicidade que são mais citados pelos brasileiros, em ordem de importância, são a saúde/bem estar físico e mental (68%); sentir que a vida tem um significado (62%); ter um bom emprego (62%); ter controle sobre a própria vida (60%) e a segurança e proteção pessoais (59%).
Meu Deus! Como é frágil a felicidade do ser humano! Como é frágil a felicidade do brasileiro! Como é frágil a sua felicidade! Sim, pois se você mede sua alegria apenas por motivos tais quais saúde, emprego, controle sobre a própria vida, segurança e proteção pessoais, e os objetivos de vida tão insustentáveis que se verifica por aí (p.ex., sucesso profissional, estabilidade financeira e outros do mesmo gênero como sendo a meta de vida)… a julgar por esses dados, a felicidade do ser humano (a sua felicidade) é muito frágil, absolutamente fugaz – sim, uma vez que essas coisas vêm e vão, e quando estão, elas não são capazes de bancar plenamente a alegria.
Portanto, não é para menos que tão poucos brasileiros se digam felizes (só 63%); também não é para menos que a felicidade oscile tanto e que quando chega, por exemplo, uma pandemia como esta, quando estoura uma guerra ou dispara a inflação, quando a enfermidade castiga, quando os planos são frustrados… não é de admirar que a pessoa despenque ainda mais no nível de alegria ou realização.
Você é feliz?
O que te faz feliz?
O Salmo 96 é sobre felicidade. O tema deste salmo é a alegria.
A alegria do Salmo 96 é do tipo sólida e duradoura. Não é uma alegria que tem como causa coisas ou circunstâncias, relacionamentos ou realizações, gostos atendidos ou ganhos atingidos, mas uma pessoa: o Rei Deus, o grande SENHOR.
Veja comigo.
O Salmo 96, ao lado dos outros salmos neste grupo (Salmos 93–99), celebra a supremacia global de Deus – comprovada pelos seus atos de criação, salvação, sustentação, cuidado e julgamento. Está colocado aqui no Livro IV do Saltério (Salmos 90—106), após a catástrofe de 587 a.C. (após o cativeiro babilônico) e o fim da dinastia de Davi – sobre os quais, muitos dos salmos do Livro III (Salmo 73—89) fizeram referência. Portanto, visto neste contexto, o Salmo 96 assegurava ao povo de Deus, que vivia sem um rei e sob o domínio estrangeiro, que Deus não os havia abandonado. Ele ainda está no comando de tudo, ele reina e virá para julgar.
Juntamente com o Salmo 95, o Salmo 96 forma um par, sendo o 95 dirigido mais especificamente ao povo de Deus e o 96 dirigido ao mundo inteiro. Mas a música de ambos os salmos contém a mesma verdade para o povo de Deus ouvir e cantar. Foi divinamente inspirada e composta para encorajar o povo de Deus a olhar para além de sua circustância imediata, fixar os olhos em quem Deus é e naquilo que ele tem reservado em cumprimento de sua promessa a Abraão e seus descendentes – ou seja: todas as nações da terra serão abençoadas por meio do povo escolhido de Deus.
Não sabemos a data da composição do Salmo 96. Há, entretanto, ecos dele nas profecias de Isaías, particularmente as dos capítulos 40 a 66, indicando que entre os piedosos em Israel sempre existiu um tema comum de esperança: o Rei Deus, o grande SENHOR e Juíz de toda a terra. O cronista também incluiu um pedaço do Salmo 96, juntamente com partes dos Salmos 105 e 106, em seu relato de quando a arca da aliança foi devolvida ao tabernáculo em Jerusalém (em 1Crônicas 16.1-7, 23-33).
Este é nitidamente um salmo de louvor: UM CONVITE A SE ALEGRAR NO ÚNICO DEUS VERDADEIRO. Nesse sentido, o salmista exorta todos a louvarem aquele que é o Rei e Juiz de toda a terra. Ele é digno de adoração por causa de sua supremacia sobre as nações e seus falsos deuses, e em vista de sua vinda para julgar. É um salmo que nos aponta para uma alegria sólida: o Rei Deus, o grande SENHOR e Juíz de toda a terra – quem ele é, o que ele fez, faz e fará.
Dividiremos nosso estudo da seguinte maneira: [1.] espalhe alegria (vs. 1-6); [2.] expresse alegria (vs. 7-10); e [3.] estimule a alegria (vs. 11-13).
Salmo 96.1-3 1Cantem ao SENHOR um cântico novo! Toda a terra cante ao SENHOR! 2Cantem ao SENHOR e louvem o seu nome; proclamem todos os dias a sua salvação. 3Anunciem a sua glória entre as nações, contem a todos as suas maravilhas.
Esses versículo iniciais compõem, de fato, um chamado à adoração: cantem… proclamem… anunciem. Interessante é que se trata de um chamado à adoração dirigido não apenas ao povo de Deus – isto é, aqueles que já confessam seu nome, aqueles que já crêem em seu evangelho – , mas é dirigido aos povos… às nações… a toda a terra.
Observe mais uma vez:
Em outras palavras, este é um chamado para se espalhar a alegria – i.e., a salvação, a glória de Deus, as maravilhas de Deus – a toda a terra, todas as nações, todos os povos. Este é um chamado à adoração – a qual sempre tem um aspecto missionário.
Esse chamado à adoração remonta ao chamado de Deus a Abraão:
Gênesis 12.1-3 1O SENHOR tinha dito a Abrão: “Deixe sua terra natal, seus parentes e a família de seu pai e vá à terra que eu lhe mostrarei. 2Farei de você uma grande nação, o abençoarei e o tornarei famoso, e você será uma bênção para outros. 3Abençoarei os que o abençoarem e amaldiçoarei os que o amaldiçoarem. Por meio de você, todas as famílias da terra serão abençoadas”.
Pois bem, o Salmo 96 está retomando a promessa de Deus a Abrão – de que ele seria uma bênção para todas as famílias da terra – , e está enfatizando o impulso missionário do Antigo Testamento de espalhar a alegria do SENHOR: a salvação do SENHOR, a glória do SENHOR, as maravilhas do SENHOR. Missões, portanto, não é uma ideia exclusiva do Novo Testamento, é uma ideia que tem início no Antigo Testamento, já em Gênesis, o primeiro livro da Bíblia. E Salmos talvez seja o livro mais missionário de todos.
Mas o que eu quero que você veja aqui é que o chamado para adorar é um chamado que expressa o desejo de que não apenas nós (crentes) adoremos a Deus, mas que todos os povos da terra venham adorá-lo. Desse modo, o chamado à adoração sempre tem um aspecto missionário. ISSO IMPLICA NO SEGUINTE: ao nos reunirmos para adorar o SENHOR, domingo após domingo, também precisamos ter um desejo missionário: que outros venham conosco adorar o SENHOR. Nossa preocupação não deve ser apenas a comunhão de nossa alma com o Deus vivo. Desejamos também que outras almas, de todas as tribos, línguas, povos e nações venham igualmente adorar.
A alegria de adorar é o combustível missionário, da mesma forma que a adoração é o alvo do trabalho missionário. Alegramo-nos na adoração, e isso nos impulsiona a ir e trazer outros que também possam adorar. A alegria nos inflama para espalhar a alegria.
A ALEGRIA SE EXPRESSA EM CÂNTICOS NOVOS, versículo 1 — “Cantem ao SENHOR um cântico novo!” — Que significa isso? Não significa, necessariamente, ter que cantar novas composições, novas músicas. Significa, antes, ter que cantar canções, talvez as mesmas canções, em resposta a uma nova experiência com a graça de Deus.
A ALEGRIA NASCE DA SALVAÇÃO EM JESUS CRISTO, versículo 2 — “Cantem ao SENHOR e louvem o seu nome; proclamem todos os dias a sua salvação.” — A salvação, o novo nascimento, a conversão cria um novo coração, um novo ser com desejos e afetos inclinados para Deus – tudo o que Deus promete ser para nós em Cristo.
A ALEGRIA SE SUSTENTA DA REVELAÇÃO DE QUEM DEUS É, O QUE ELE FEZ, FAZ E FARÁ, versículo 3 — “Anunciem a sua glória entre as nações, contem a todos as suas maravilhas.” — Por um lado, glória significa simplesmente “honra” ou “reputação excelente” diante das coisas e dos seres criados. Por outro lado, glória significa a manifestação radiante do caráter, do ser de Deus. Assim, a contemplação de quem Deus é (sua glória) e do que ele faz (suas maravilhas) é o que sustenta nossa alegria. Daí que o Salmo 96 prossegue revelando quem Deus (a glória de Deus) é e o que ele faz (as maravilhas de Deus). Ouça:
Salmo 96.4-7 4Grande é o SENHOR! Digno de muito louvor! Ele é mais temível que todos os deuses. 5Os deuses de outros povos não passam de ídolos, mas o SENHOR fez os céus! 6Glória e majestade o cercam, força e beleza enchem seu santuário. 7Ó nações do mundo, reconheçam o SENHOR; reconheçam que o SENHOR é forte e glorioso.
No que se sustenta a alegria? Qual é a razão da nossa adoração?
Esta é a proteína da nossa alegria, o combustível da nossa adoração: a grandeza de Deus, a glória [esplendor] e a majestade de Deus, a força e a beleza de Deus. Deus é temível, ele é o Criador, é Deus forte e glorioso.
Os outros deuses?
Não passam de ídolos – são “nadas” e “ninguéns”. Interessante que um nome para Deus em hebraico é Elohim, e o nome para ídolos é elil. Assim, o salmista acaba de fazer um jogo de palavras para dizer que o SENHOR nosso Deus é Deus – Elohim – , e os deuses dos povos – elil – são ninguém e nada. Não é muito politicamente correto, mas é o que está nas Escrituras:
Salmo 96.4-7 4Grande é o SENHOR! Digno de muito louvor! Ele é mais temível que todos os deuses [plural: ’elohiym]. 5Os deuses [plural: ’elohiym] de outros povos não passam de ídolos [’eliyl – nada, ninguém, sem valor] , mas o SENHOR fez os céus! 6Glória e majestade o cercam, força e beleza enchem seu santuário. 7Ó nações do mundo, reconheçam o SENHOR; reconheçam que o SENHOR é forte e glorioso.
De fato é isto: qualquer outra coisa que toma o lugar de Deus na alma e na sua vida é como tentar sustentar alguma coisa sólida no nada – p.ex., armar uma rede no vento; não terá matéria para sustentar ou lastro para bancar a existência.
Portanto: [1.] a alegria nasce da salvação em Jesus Cristo; [2.] a alegria se sustenta na revelação de quem Deus é e o que ele fez, faz e fará; e [3.] a alegria se expressa em cânticos novos de louvor, respondendo às novas experiências com a graça de Deus. Mas tem mais uma coisa: essa alegria só se completa quando nós a espalhamos – cantando, proclamando, espalhando e contrastando a glória de Deus entre os povos e as nações de toda a terra.
Espalhe alegria.
Salmo 96.7-10 7Ó nações do mundo, reconheçam o SENHOR; reconheçam que o SENHOR é forte e glorioso. 8Deem ao SENHOR a glória que seu nome merece, tragam ofertas e entrem em seus pátios. 9Adorem o SENHOR em todo o seu santo esplendor; toda a terra trema diante dele. 10Digam entre as nações: “O SENHOR reina!”; ele firmou o mundo para que não seja abalado e com imparcialidade julgará todos os povos.
O que há de diferente nesses versículos (vs. 7-10) que não tenha sido abordado nos anteriores (vs. 1-6)? É que o tom muda de louvor/cântico para adoração/reconhecimento. Como assim? Para nós, louvor e adoração são, de algum modo, sinônimos. De fato, o são. Mas há uma ligeira diferença. Warren Wiersbe diz que “louvar [cantar] significa olhar para cima, mas adorar [reconhecer] significa curvar-se e ajoelhar”. A diferença está na postura. Adorar significa reconhecer e atribuir a Deus seu valor e sua dignidade, humilhando-se perante ele e submetendo-se à sua vontade para a vida. Quem louva, expressa-se e canta. Quem adora, reconhece e se submete.
Três vezes nesta estrofe do salmo (vs. 7-10) nós somos ordenados a “reconhecer” (duas vezes no versículo 7) e “dar” ou “atribuir” (uma vez no versículo 8) glória a Deus, uma glória que pertence somente a ele e que deve vir das “nações do mundo” (v. 7). Essas palavras são quase idênticas ao início do Salmo 29. Lá, entretanto, os anjos é que são chamados a adorar o SENHOR. Aqui no Salmo 96 estão as nações sendo convocadas. Mas o que devemos dar ao glorioso Deus? Como expressar nossa alegria?
HONRE A DEUS (V. 7) — “Ó nações do mundo, reconheçam o SENHOR; reconheçam que o SENHOR é forte e glorioso.” — Mas como?
Filipenses 2.9-11 11Por isso Deus o elevou ao lugar de mais alta honra e lhe deu o nome que está acima de todos os nomes, 10para que, ao nome de Jesus, todo joelho se dobre, nos céus, na terra e debaixo da terra, 11e toda língua declare que Jesus Cristo é Senhor, para a glória de Deus, o Pai.
GLORIFIQUE A DEUS (VS. 8-9) — “Deem ao SENHOR a glória que seu nome merece, tragam ofertas e entrem em seus pátios. Adorem o SENHOR em todo o seu santo esplendor; toda a terra trema diante dele.” — Quais ofertas? Como adorá-lo? De que forma glorificá-lo?
Romanos 12.1-2 1Portanto, irmãos, suplico-lhes que entreguem seu corpo a Deus, por causa de tudo que ele fez por vocês. Que seja um sacrifício vivo e santo, do tipo que Deus considera agradável. Essa é a verdadeira forma de adorá-lo. 2Não imitem o comportamento e os costumes deste mundo, mas deixem que Deus os transforme por meio de uma mudança em seu modo de pensar, a fim de que experimentem a boa, agradável e perfeita vontade de Deus para vocês.
FALE DE DEUS (V. 10) — “Digam entre as nações: “O SENHOR reina!”; ele firmou o mundo para que não seja abalado e com imparcialidade julgará todos os povos.”
Expresse alegria: com submissão (honre a Deus), com santidade (glorifique a Deus) e servindo o evangelho às nações (fale de Deus).
O salmista nos chamou a espalhar (vs. 1-6) e a expressar alegria (vs. 7-10). Agora ele finalizará o salmo nos chamando a estimular a alegria em Deus:
Salmo 96.11-13 11Alegrem-se os céus e exulte a terra! Deem louvor o mar e tudo que nele há! 12Os campos e suas colheitas gritem de alegria! As árvores do bosque exultem 13diante do SENHOR, pois ele vem; ele vem julgar a terra. Julgará o mundo com justiça e as nações, com sua verdade.
De que maneira o crente é chamado a estimular sua alegria em Deus?
PRIMEIRO, juntando-se à criação na ardente expectativa da manifestação do SENHOR, versículos 11-13a — “Alegrem-se os céus e exulte a terra! Deem louvor o mar e tudo que nele há! Os campos e suas colheitas gritem de alegria! As árvores do bosque exultem diante do SENHOR, pois ele vem”. Paulo, o apóstolo, colocou assim:
Romanos 8.18-22 18Considero que nosso sofrimento de agora não é nada comparado com a glória que ele nos revelará mais tarde. 19Pois toda a criação aguarda com grande expectativa o dia em que os filhos de Deus serão revelados. 20Toda a criação, não por vontade própria, foi submetida por Deus a uma existência fútil, 21na esperança de que, com os filhos de Deus, a criação seja gloriosamente liberta da decadência que a escraviza. 22Pois sabemos que, até agora, toda a criação geme, como em dores de parto.
Adiante, noutro salmo, o salmista utiliza a mesma linguagem de Salmos 96.11-13 (a qual, certamente, inspirou Paulo). Ouça:
Salmo 98.7-9 7Deem gritos de louvor o mar e tudo que nele há, e também a terra e todos os seres vivos. 8Os rios batam palmas, e os montes cantem de alegria 9diante do SENHOR, pois ele vem julgar a terra. Julgará o mundo com justiça e as nações, com imparcialidade.
Portanto, em primeiro lugar, estimule sua alegria juntando-se à criação na ardente expectativa da manifestação do SENHOR. O louvor nos aponta para o retorno do Rei.
SEGUNDO, estimule sua alegria orientando-se pela bendita esperança futura, versículo 13, Salmo 96.13 — “pois ele vem; ele vem julgar a terra. Julgará o mundo com justiça e as nações, com sua verdade.” — Nossa alegria em Deus se alimenta da bendita esperança futura. Ouça o apóstolo Paulo dizendo que é dessa esperança que vive a nossa alegria, Tito 2.13 — “aguardamos esperançosamente o dia em que será revelada a glória de nosso grande Deus e Salvador, Jesus Cristo.” E aos coríntios, Paulo escreveu:
1Coríntios 15.24-28 24Então virá o fim, quando ele entregará o reino a Deus, o Pai, depois de ter destruído todos os governantes e autoridades e todo poder. 25Pois é necessário que Cristo reine até que tenha colocado todos os seus inimigos debaixo de seus pés. 26E o último inimigo a ser destruído é a morte. 27Pois as Escrituras dizem: “Deus pôs todas as coisas sob a autoridade dele”. Claro que, quando se diz que “todas as coisas estão sob a autoridade dele”, isso não inclui aquele que conferiu essa autoridade a Cristo. 28Então, quando todas as coisas estiverem sob a autoridade do Filho, ele se colocará sob a autoridade de Deus, para que Deus, que deu a seu Filho autoridade sobre todas as coisas, seja absolutamente supremo sobre todas as coisas em toda parte.
Essa é uma realidade controladora para a vida. Os primeiros cristãos a chamavam de “a bendita esperança”: o Senhor Jesus está voltando, ele virá para julgar. E se isso não for uma realidade controladora para sua vida, se você não entender isso e não se importar com isso, sua adoração será fraca, sua alegria será fugaz. Portanto, estimule sua alegria na esperança futura, na bendita esperança do retorno de Cristo.
Engana-se quem pensa que Deus nos chama para a infelicidade.
Deus nos chama para a alegria. Desse modo, a vida cristã está longe de ser infeliz. Deus, o SENHOR, é a nossa felicidade, nossa alegria. Não o que nos dá, mas Deus mesmo é a nossa alegria. O maior presente da salvação é Deus mesmo, 1Pedro 3.18 — “Pois Cristo também sofreu por nossos pecados, de uma vez por todas. Embora nunca tenha pecado, morreu pelos pecadores a fim de conduzi-los a Deus.”
Jim Elliot, missionário morto por índios em uma praia do Equador, em janeiro de 1956, escreveu em seu diário (aos 22 anos), sete anos antes de sua morte (aos 29 anos): “Não é tolo quem abre mão do que não pode reter para ganhar o que não pode perder.”
Não se pode reter a alegria que esta vida nos traz: tudo aqui se desfaz, até nossos melhores sonhos e as mais nobres conquistas. Desfazem-se pelas consequências do pecado ou simplesmente porque não somos deste mundo e, portanto, nada aqui é eterno ou capaz de bancar alegria. Cristo é a única alegria que não se pode perder – foi por isso que Paulo escreveu (em Filipenses 1.21 e 23): “para mim, o viver é Cristo, e o morrer é lucro… quero partir e estar com Cristo, o que me seria muitíssimo melhor.”
Não sendo Cristo a sua alegria, você jamais será feliz, alegre de verdade.
Meu convite a você é este: alegre-se! Receba Cristo como sua salvação e alegria. Passe a viver para espalhar alegria, expressar alegria e estimular a alegria em Cristo.
Você é feliz?
O que te faz feliz?
“Não é tolo quem abre mão do que não pode reter para ganhar o que não pode perder.” Não é tolo quem abre mão da própria vida para ganhar a vida que não pode perder – vida eterna em Cristo.
Alegre-se!
Viva para espalhar alegria. Expresse alegria. Estimule a alegria em Cristo.
S.D.G. L.B.Peixoto
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