08.05.2022
[Salmo 147] 3Ele cura os de coração quebrantado e enfaixa suas feridas. 4Conta as estrelas e chama cada uma pelo nome. 5Nosso Senhor é grande! Seu poder é absoluto! É impossível medir seu entendimento.
O DIA DAS MÃES pode ser doloroso. Algumas mulheres sentem dor por não conseguirem engravidar. Há também aqueles que sofrem por recordarem e não terem mais a mãe para os afagar. Existem ainda os que padecem por não terem tido mães que tenham sido capazes de os amar, proteger e cuidar. Mas nesta manhã eu quero me dirigir às mães que sentem o peso da maternidade as esmagar.
Há mães que muitas vezes ao olharem para os filhos se sentem esmagadas pelo peso da responsabilidade de criá-los e de educá-los em face de tantos obstáculos que enfrentamos na vida. Nossas circunstâncias, eu sei, tantas vezes se apresentam gigantescamente esmagadoras e impossíveis de superar. Some-se a isso tudo o peso da maternidade: é realmente esmagador.
Você, mamãe, tem o desejo de criar filhos piedosos e bem equilibrados, mas muitas vezes sente que nunca vai além de simplesmente manter a barriga deles cheia, deixar as roupas bem cuidadas, servir de motorista, ensinar tarefas e – claro! – impedir que a Terceira Guerra Mundial exploda em sua casa. Sei bem, mamãe, que você não tem tempo sequer para as suas necessidades fisiológicas e há dias em que você não vê a hora de todo mundo cair e apagar na cama e, finalmente, poder desfrutar de um pouco de paz só para você. Mas tem mais: tem aquela mochila de mil quilos cheia de medos, dúvidas, tristezas, comparações, frustrações e cansaço nas suas costas.
A vida real é bem diferente da imagem ingênua que você formou na sua cabeça antes que as realidades da maternidade arrombassem a porta da sua vida, sem pedir licença. Por favor, não me entenda mal, eu sei que você é imensamente grata a Deus por ser mãe – e deve ser. A maternidade é um dom precioso de Deus e um privilégio que mulher alguma merece. No entanto, eu sei que a maternidade é também uma estrada que por vezes te leva a caminhos que você jamais imaginou ou desejou.
É por isso que digo: o Dia das Mães pode ser doloroso, porque ser mãe é sim uma delícia, mas não é menos doloroso – em todos os sentidos.
Minha mãe morreu, eu estava com 40 anos. Minha avó paterna morreu, eu estava com 45 anos (quando minha avó morreu eu tinha 25 anos). E desde que Samuel nasceu, há 18 anos – e, depois dele, Isabela, há 16 anos – , eu acompanho a jornada da Cris como mãe. Algumas coisas eu aprendi, assistindo de perto a caminhada dessas mães (ah! fora as que tenho assistido ao longo dos meus anos de ministério) — aprendi o seguinte: os anos de maternidade são misturados com alegria e tristeza, doçura e dor, crescimento e perda. Em tudo isso Deus se mantém fiel, conduzindo com sucesso cada uma de vocês através das inumeráveis noites sombrias da alma. Mas eu sei de outra coisa: por mais que atravessem as noites escuras sob os cuidados de Deus, a luta interna muitas vezes permanece dentro de vocês.
“Não tenho leite para amamentar!” “Não sei se eu vou conseguir!”
“Não estou conseguindo amamentar!” ou “Eu não consegui amamentar!”
“Não estou sendo a mãe que meus filhos precisam!”
“Não estou sendo boa o bastante!”
“Não imaginei que seria tão difícil ser mãe! Acho que não vou aguentar!”
“Será que meus filhos vão se encaminhar na vida? Manterão a fé?”
“Onde eu errei?”
“Ah se eu tivesse conseguido fazer mais! Ah se eu tivesse mais força!”
“Ah se eu tivesse feito diferente!”
Cada mãe carrega seus próprios medos, ansiedades e lutas, mas todas vocês (eu sei, eu oro) desejam ser a mãe que seus filhos precisam! Não é verdade, mamãe?
Deixe-me te contar um segredo: quando não te tornam indiferentes, os fardos e temores da maternidade consumirão você por dentro, criarão ansiedades perpétuas dentro do seu coração e até te adoecerão a alma ou o corpo; OU, PELA GRAÇA DE DEUS, levarão você aos pés daquele que não apenas está no controle, mas sabe exatamente do que seus filhos precisam – e os ama mais do que jamais você poderia.
Se você está se sentindo sobrecarregada, inadequada, insuficiente, com medo ou desanimada como mãe neste domingo do Dia das Mães, eu estou aqui para te fazer dois convites: [1.] LANÇAR SEUS FARDOS AOS PÉS DE CRISTO, lembrando-se do tamanho do Deus ao qual você serve e [2.] ENXERGAR QUAL É O SEU REAL PAPEL como mãe através das lentes da Bíblia Sagrada.
Veja o seu Deus, encante-se com o tamanho e o poder de seu Deus, mamãe:
Salmo 147.1-6 1Louvado seja o SENHOR! Como é bom cantar louvores a nosso Deus! Como é agradável e apropriado! 2O SENHOR reconstrói Jerusalém e traz os exilados de volta a Israel. 3Ele cura os de coração quebrantado e enfaixa suas feridas. 4Conta as estrelas e chama cada uma pelo nome. 5Nosso Senhor é grande! Seu poder é absoluto! É impossível medir seu entendimento. 6O SENHOR protege os humildes, mas lança os perversos no pó.
O que seus filhos precisam de você como mãe? Uma mãe sem traumas ou bagagens de medos, dúvidas, temores ou inseguranças? Uma mãe fiel e dedicada ao lar? Uma mãe que os guarda dos perigos e os protege do mal ao longo do caminho? Uma mãe que faz devoções diárias com os filhos em família e os leva fielmente à igreja? Uma mãe que corrige e disciplina? Uma mãe que os oferece as melhores oportunidades para crescimento e desenvolvimento? Uma mãe forte? O que mais?
Sim, essas coisas são boas, mas, em última análise, não são essas as coisas que seus filhos mais precisam de você como mãe. Parafraseando Jesus em Mateus 23.23: façam essas coisas sem omitir o que é realmente essencial. — MAS O QUÊ? — Antes e acima de tudo, seus filhos precisam dessas três características na mãe deles: [1.] uma mãe que ama Jesus mais do que uma mãe que “faz tudo certo”; [2.] uma mãe que se submete ao plano amoroso de Deus, mesmo quando não é o plano dela mesma; e [3.] uma mãe que crê que Deus é maior que seus traumas, fracassos e circunstâncias.
1. Uma mãe que ama Jesus mais do que uma mãe que “faz tudo certo”
EIS A REALIDADE, MAMÃE: você falhará com seus filhos; mesmo que tente o melhor, você falhará. Falhará pelos exageros, pela superproteção, pelo desperdício do tempo, pela transmissão de maus hábito, pela disciplina com raiva ou por negligenciado a disciplina… você cometerá erros e o pecado estará misturado até aos melhores esforços.
Viver tentando ser a mãe perfeita para seus filhos sempre te deixará desanimada, cheia de culpa e cansada. PORTANTO, seus filhos precisam que você pare de se fixar em seus sucessos e fracassos e comece a fixar seu olhar em Cristo.
Mas como?
Você fará isso, mamãe, moldando sua vida pela palavra de Deus e separando tempo de qualidade com Deus (para ler e orar); fará isso, mamãe, fazendo dessas disciplinas espirituais uma prioridade. — Menos Instagram e mais intensidade com Deus. Menos televisão e mais tempo com Deus. Menos opinião e mais ouvidos para Deus. — Embora esse tempo de qualidade com Deus seja diferente em cada época de sua vida, você precisará arranjar espaço na agenda e na casa para levar seu eu cansado e sobrecarregado à verdade da Bíblia e permitir que o Espírito Santo te encha com mais de Jesus.
À medida que tirar os olhos de si mesma e os fixar em Cristo, seus filhos serão expostos a algo muito maior e impactante (a piedade) do que uma mãe lutando por algo inatingível (a perfeição). Obtendo a piedade, você ainda falhará. Sim, você falhará! Mas à medida que buscar crescer na graça e no conhecimento de Jesus Cristo em ritmos tangíveis de vida, você será capaz de amá-lo muito mais – e esse amor por Jesus naturalmente transbordará na vida dos filhos preciosos que estão te observando de perto.
Seus filhos precisam de uma mãe que ama Jesus mais do que uma mãe que “faz tudo certo”. Tem mais: seus filhos precisam de…
2. Uma mãe que se submete ao plano amoroso de Deus, mesmo quando não é o plano dela mesma
Você já sabe, eu não preciso te dizer: sua experiência como mãe é bem diferente do que você esperava que seria ou imaginou. Muito do que você sonhou foi destruído, por exemplo, por necessidades especiais, alguma doença crônica, algum distúrbio neurológico que alterou a vida, consultas médicas, limitações físicas, perdas financeiras, divisão do tempo entre casa e trabalho, ter que trabalhar tanto, descaminhos dos filhos, viuvez ou separação que resultou em você ter tido que crias os filhos sozinha. Tanta coisa!
Honestamente, a sua experiência com a maternidade é o que você planejou?
Você nunca se pegou resistindo a ter que se render e aceitar a realidade como o plano de Deus para você e sua maternidade?
Não é incomum você encontrar alguma mãe com raiva, irritada, cheia de autopiedade e lambendo feridas porque está fixando os olhos no que gostaria que a vida fosse, que tudo estivesse conforme o planejado, em vez de se humilhar sob o bom, perfeito e agradável plano de Deus para ela e seus filhos – tal como a vida é ou se transformou.
Querida mamãe, à medida que se cresce em graça e conhecimento de Jesus ao longo dos anos difíceis da maternidade, aprende-se que SE RENDER AO PLANO DE DEUS não significa que sempre se andará com um sorriso no rosto, apesar da mágoa profunda dentro do coração. Significa, no entanto, que pela fé você escolherá levar sua mágoa, sua frustração, seu medo, sua tristeza, seu cansaço… a Jesus, pedindo-lhe que te ajude a confiar em sua bondade e propósitos em cada circunstância.
Seus filhos precisam de uma mãe que ama Jesus mais do que uma mãe que “faz tudo certo”. Eles também precisam de uma mãe que se submete ao plano amoroso de Deus, mesmo quando não é o plano dela mesma.
Por fim, seus filhos precisam de…
3. Uma mãe que crê que Deus é maior que seus traumas, fracassos e circunstâncias
É fácil olhar para as circunstâncias que você ou seus filhos estão enfrentando e se sentir derrotados e sobrecarregados. Seja uma doença, um pecado ou hábito herdado, as inseguranças ou medos de uma criança, um evento traumático ou uma criança rebelde… todas as mães (e os filhos também) serão confrontadas(os) com circunstâncias ou acontecimentos que estarão muito além do que poderão lidar por si mesmas.
No entanto, a bênção de enfrentar essas circunstâncias é que elas oferecem oportunidades para que se abandonem a necessidade de controle e o desejo de ganhar a aceitação de Deus e, em vez disso, confiem que Deus é maior do que a circunstância mais desesperadora e o coração mais rebelde do filho. AS PROVAÇÕES DA VIDA PODEM SE TORNAR PONTOS DE VIRADA que as transformarão de mães que lutam pelo controle e a perfeição em mães que confiam no controle, nas promessas, no perdão, na bondade, na fidelidade e na redenção de Deus.
Que testemunho poderoso será para os filhos quando eles virem a paz e a alegria exalando de sua mãe em meio a circunstâncias desafiadoras e diante de seus próprios corações rebeldes! E que maior presente você poderá dar aos seus filhos do que proporcionar-lhes um vislumbre de um Salvador confiável que é infinitamente maior do que seus pecados e suas provações!
Querida mamãe, se você se encontra diante de circunstâncias que são mais do que você pode lidar, ou se sente inadequada para ser a mãe que deseja ser, lembre-se das palavras do salmista, as quais dizem:
Salmos 147.7-11 7Cantem com ações de graças ao SENHOR, cantem ao nosso Deus louvores com a harpa. 8Ele cobre os céus de nuvens, provê chuva para a terra e faz o capim crescer nos montes. 9Alimenta os animais selvagens e dá de comer aos filhotes dos corvos quando pedem. 10Seu prazer não está na força do cavalo, nem no poder humano. 11O SENHOR se agrada dos que o temem, dos que põem a esperança em seu amor.
À medida que você aprender a confiar em Cristo e buscar nele força, em vez de em sua própria sabedoria, força e capacidade; e à medida que você aprender a temer a Deus, em vez de suas próprias falhas ou provações, o SENHOR te guiará, capacitará e fortalecerá para ser a mãe que ele deseja que sejas. — Tenha fé. — Deus se agrada de mães fracas, mas que são cheias de fé nele que é forte.
A promessa de Jesus na Grande Comissão é para você também, mamãe:
Mateus 28.20 ENSINEM esses novos discípulos [ensinem seus filhos] a obedecerem a todas as ordens que eu [Jesus] lhes dei. E LEMBREM-SE DISTO [mamães]: [eu, Jesus] estou sempre com vocês, até o fim dos tempos”.
Feliz Dia das Mães!
S.D.G. L.B.Peixoto
Mais Sermões
29 de maio, 2022
8 de outubro, 2017
21 de setembro, 2016
3 de dezembro, 2017
Mais Séries
Mães Fracas, Deus Forte
Pr. Leandro B. Peixoto