09.06.2024
Atos 21.15-36 (NVT)
Paulo chega a Jerusalém
15Depois disso, arrumamos nossas coisas e partimos para Jerusalém. 16Alguns discípulos de Cesareia nos acompanharam e nos levaram à casa de Mnasom, nascido em Chipre e um dos primeiros discípulos. 17Quando chegamos a Jerusalém, os irmãos nos deram calorosas boas-vindas.
18No dia seguinte, Paulo foi conosco a um encontro com Tiago, e todos os presbíteros da igreja de Jerusalém estavam presentes. 19Depois que Paulo os cumprimentou, relatou em detalhes o que Deus havia realizado entre os gentios por meio de seu ministério.
20Quando ouviram isso, louvaram a Deus e disseram: “Você sabe, irmão, quantos milhares de judeus também creram, e todos eles seguem à risca a lei de Moisés. 21Mas eles foram informados de que você ensina todos os judeus que vivem entre os gentios a abandonarem a lei de Moisés. Ouviram que você os instrui a não circuncidarem os filhos nem seguirem os costumes judaicos. 22Que faremos?Certamente eles saberão que você chegou.
23“Queremos que você faça o seguinte. Temos aqui quatro homens que cumpriram um voto. 24Vá com eles ao templo e participe da cerimônia de purificação. Pague as despesas para realizarem o ritual de raspar a cabeça. Então todos saberão que os rumores são falsos e que você mesmo cumpre as leis judaicas.
25“Quanto aos convertidos gentios, devem fazer aquilo que pedimos por carta: abster-se de comer alimentos oferecidos a ídolos, de consumir o sangue ou a carne de animais estrangulados e de praticar a imoralidade sexual”.
Paulo é preso
26No dia seguinte, Paulo se purificou junto com aqueles homens e entrou no templo. Declarou quando terminariam os dias da purificação e quando seria oferecido o sacrifício em favor deles.
27Estando os sete dias quase no fim, alguns judeus da província da Ásia viram Paulo no templo e incitaram a multidão contra ele. Agarraram-no, 28gritando: “Homens de Israel, ajudem-nos! Este é o homem que fala contra nosso povo em toda parte e ensina todos a desobedecerem às leis judaicas. Fala contra o templo e até profana este santo lugar, trazendo gentios para dentro dele”. 29Antes tinham visto Paulo na cidade com Trófimo, um gentio de Éfeso, e concluíram que Paulo o havia levado para dentro do templo.
30Toda a cidade se agitou com essas acusações, e houve grande tumulto. A multidão agarrou Paulo e o arrastou para fora do templo, e imediatamente foram fechadas as portas. 31Quando procuravam matar Paulo, chegou ao comandante do regimento romano a notícia de que toda a Jerusalém estava em rebuliço. 32No mesmo instante, ele chamou seus soldados e oficiais e correu para o meio da multidão. Quando viram o comandante e os soldados se aproximarem, pararam de espancar Paulo.
33Então o comandante o prendeu e mandou que o amarrassem com duas correntes. Em seguida, perguntou à multidão quem era ele e o que havia feito. 34Uns gritavam uma coisa, outros gritavam outra. Não conseguindo descobrir a verdade no meio de todo o tumulto, ordenou que Paulo fosse levado à fortaleza. 35Quando Paulo chegou às escadas, o povo se tornou tão violento que os soldados tiveram de levantá-lo nos ombros para protegê-lo. 36E a multidão foi atrás, gritando: “Matem-no! Matem-no!”.
Paulo está na sua última jornada, a última jornada do herói. Nesta senda nós já o vimos corajoso, convicto e conciliador – uma combinação tão necessária quanto rara nas pessoas, infelizmente; rara inclusive entre os crentes. Nesta manhã nós veremos esse grande apóstolo atuando como pacificador, exercendo o ministério da reconciliação.
Inicialmente, a chegada de Paulo a Jerusalém foi recebida com aprovação e apreço. Lucas, um membro do grupo que viajava com Paulo – inspirado pelo Espírito Santo – registrou o instante da chegada e os desdobramentos na capital da fé judaico-cristã:
Atos 21.15-17 (NVT)
15Depois disso, arrumamos nossas coisas e partimos para Jerusalém. 16Alguns discípulos de Cesareia nos acompanharam e nos levaram à casa de Mnasom, nascido em Chipre e um dos primeiros discípulos. 17Quando chegamos a Jerusalém, os irmãos nos deram calorosas boas-vindas.
“No dia seguinte”, ávido para contar-lhes sobre suas conquistas mais recentes:
Atos 21.18-20 (NVT)
[…] Paulo foi conosco a um encontro com Tiago, e todos os presbíteros da igreja de Jerusalém estavam presentes. 19Depois que Paulo os cumprimentou, relatou em detalhes o que Deus havia realizado entre os gentios por meio de seu ministério.
20Quando ouviram isso, louvaram a Deus […]
Tiago e os presbíteros louvaram a Deus pelo ministério de Paulo, MAS eles mudaram imediatamente o foco da conversa, tirando-o dos gentios e o colocando nos judeus. A razão para esta guinada ficará evidente no que se dirão a seguir.
Muitos dos novos convertidos judeus eram bastante zelosos pela lei de Moisés; inda por cima, uma vez convertidos, foram intensamente influenciados pelos demais judaizantes que, desde a época de Pedro (cf. At 11), vinham perturbando a paz entre os cristãos em toda a parte, sobretudo em Jerusalém. Some-se a isto o espírito anti-gentio, sobre o qual nós acabamos de falar.
— O que estava sendo dito a respeito de Paulo? — Veja bem. Esses crentes de Jerusalém aprenderam desde a mais tenra idade – como bons judeus que eram – a guardar a Lei. Depois de convertidos a Cristo eles continuaram [1.] circuncidando seus filhos, [2.] guardando o sábado, [3.] celebrando as festas judaicas e [4.] mantendo o rígido código alimentar judaico. Afinal, eram judeus. Como tais, realmente não precisariam perder a identidade étnica.
SÓ QUE os judaizantes (os judaizantes eram “cristãos” dos primeiros séculos que defendiam a observância das práticas e preceitos da Lei Judaica (Torá) pelos convertidos ao Cristianismo… os judaizantes…) – além de terem elevado o cumprimento da lei de Moisés (e todas as cerimônias e ritos) ao patamar de necessidade para a salvação (tanto para judeus como para gentios), tudo ao lado da fé em Cristo – esses judaizantes obrigavam os gentios a fazerem a mesma coisa (exatamente como fazem hoje, por exemplo, adventista e outros grupos judaizados com relação a guarda do sábado, restrições alimentares e outros). E a maior “ameaça” era Paulo. Portanto, inventaram mentiras. Leiam.
Atos 21.20-21 (NVT)
20Quando [Tiago e os presbíteros da igreja de Jerusalém] ouviram isso [o relato de Paulo, o que Deus havia realizado entre os gentios por meio de seu ministério] louvaram a Deus e disseram: “Você sabe, irmão, quantos milhares de judeus também creram, e todos eles seguem à risca a lei de Moisés. 21Mas eles foram informados de que você ensina todos os judeus que vivem entre os gentios a abandonarem a lei de Moisés. Ouviram que você os instrui a não circuncidarem os filhos nem seguirem os costumes judaicos.
Paulo (e Pedro e os demais apóstolos), realmente, argumentou contra a necessidade de se cumprir a lei de Moises como condição para a salvação (é impossível!), mas não há qualquer evidência de que o apóstolo tenha instado os cristãos judeus a abandonarem a Lei. De fato, há indícios – aqui em Atos mesmo – de que o próprio Paulo continuou observando algumas cerimônias judaicas em respeito aos judeus.
Atos 18.18 (NVT) Paulo ainda permaneceu em Corinto por algum tempo. Então se despediu dos irmãos e foi a Cencreia, onde raspou a cabeça, de acordo com o costume judaico para marcar o fim de um voto. Em seguida, partiu de navio para a Síria, levando consigo Priscila e Áquila.
Atos 20.6 (NVT) Terminada a Festa dos Pães sem Fermento, embarcamos num navio em Filipos e, cinco dias depois, nos reencontramos em Trôade, onde ficamos uma semana.
Atos 23.5 (NVT) “Irmãos, não sabia que ele [Ananias] era o sumo sacerdote”, respondeu Paulo. “Pois as Escrituras dizem [em Êxodo 22.28]: ‘Não fale mal de suas autoridades’.”
EM RESUMO, Paulo via o status de alguém em Cristo como algo que transcendia a distinção entre judeus e gentios. Observe:
Gálatas 3.26-29 (NVT)
26Pois todos vocês são filhos de Deus por meio da fé em Cristo Jesus. 27Todos que foram unidos com Cristo no batismo se revestiram de Cristo. 28Não há mais judeu nem gentio, escravo nem livre, homem nem mulher, pois todos vocês são um em Cristo Jesus. 29E agora que pertencem a Cristo, são verdadeiros filhos de Abraão, herdeiros dele segundo a promessa de Deus.
Estar em Cristo, portanto, não exigia (nem exige) que o gentio se tornasse judeu nem que o judeu deixasse (ou deixe) de ser judeu. Jamais! De fato, leia o testemunho pessoal de Paulo:
1Coríntios 9.19-21 (NVT)
19Embora eu seja um homem livre, fiz-me escravo de todos para levar muitos a Cristo. 20Quando estive com os judeus, vivi como os judeus para levá-los a Cristo. Quando estive com os que seguem a lei judaica, vivi debaixo dessa lei. Embora não esteja sujeito à lei, agi desse modo para levar a Cristo aqueles que estão debaixo da lei. 21Quando estou com os que não seguem a lei judaica, também vivo de modo independente da lei para levá-los a Cristo. Não ignoro, porém, a lei de Deus, pois obedeço à lei de Cristo.
Joel Beeke escreveu o seguinte sobre este texto:
Ao ministrar aos judeus, Paulo adotou costumes judaicos que ele não considerava essenciais para a pregação do evangelho. […] Ao ministrar aos gentios, Paulo viveu como alguém sem lei. Para que não se ficassem confuso achando que ele desconsiderava a lei moral de Deus e justificava o pecado, o apóstolo acrescentou não estar sem lei para Deus, mas sob a lei de Cristo. De fato, Paulo fez uma distinção entre os rituais judaicos e a lei moral duradoura (1Co 7.19: “Pois não faz diferença se ele foi circuncidado ou não. O importante é que obedeça aos mandamentos de Deus.”).
Paulo, portanto, jamais teria instado os cristãos judeus a abandonarem a Torá, e não há provas de que os próprios líderes de Jerusalém tenham dado qualquer crédito às alegações dos judaizantes. Ainda assim, ELES TIVERAM QUE LIDAR COM ESSA SITUAÇÃO CRÍTICA. Agora, é óbvio que quanto mais distantes de Jerusalém, tanto mais os crentes judeus, por força do contexto social, acabariam por ser de algum modo forçados a deixar de observar muitos dos ritos e observações da lei cerimonial (com exceção, talvez, da circuncisão). Paulo, entretanto, jamais teria advogado contra a Lei.
O PROBLEMA, NO ENTANTO, ESTAVA EXPOSTO. A crise estava instaurada em Jerusalém. Paulo e os líderes da igreja deveriam fazer alguma coisa para estancar a sangria. E fizeram, sob pena de serem mal compreendidos. Leiam.
Atos 21.22-26
22Que faremos?Certamente eles saberão que você chegou.
23“Queremos que você faça o seguinte. Temos aqui quatro homens que cumpriram um voto. 24Vá com eles ao templo e participe da cerimônia de purificação. Pague as despesas para realizarem o ritual de raspar a cabeça. Então todos saberão que os rumores são falsos e que você mesmo cumpre as leis judaicas.
25“Quanto aos convertidos gentios, devem fazer aquilo que pedimos por carta: abster-se de comer alimentos oferecidos a ídolos, de consumir o sangue ou a carne de animais estrangulados e de praticar a imoralidade sexual”.
26No dia seguinte, Paulo se purificou junto com aqueles homens e entrou no templo. Declarou quando terminariam os dias da purificação e quando seria oferecido o sacrifício em favor deles.
O comentário de John Stott sobre este texto é bastante elucidativo:
Só nos cabe agradecer a Deus pela generosidade de espírito [espírito de conciliação] demonstrada por Tiago e Paulo. Eles já concordavam [com o essencial:] tanto em termos doutrinários (a salvação é somente pela graça em Cristo, somente através da fé) como em termos éticos (os cristãos precisam obedecer à lei moral). O problema entre eles dizia respeito à cultura, tradição e cerimônia. A solução a que chegaram não comprometia nem sacrificava algum princípio doutrinário ou moral, mas fazia uma concessão na área prática. Nós já testemunhamos o espírito conciliatório de Paulo, quando ele aceitou os decretos de Jerusalém e quando circuncidou Timóteo. Agora, nesse mesmo espírito tolerante [conciliador], ele estava disposto a passar por alguns rituais de purificação a fim de acalmar os escrúpulos dos judeus. […] Paulo certamente estava disposto a fazê-lo em ocasiões especiais, pelo bem da evangelização ou – como aqui –- pelo bem da comunhão judaico-gentia. De acordo com as suas convicções, as práticas culturais judaicas pertenciam à categoria das “questões secundárias”, das quais ele fora liberado, e que podia praticar ou não, de acordo com as circunstâncias.
O encontro com os presbíteros da igreja em Jerusalém revelou a disposição de Paulo em adotar práticas judaicas – não essenciais à fé cristã – para poder ministrar entre seu povo sem causar ofensa. O apóstolo estava buscando a conciliação, ele estava agindo como um pacificador.
A parte final do nosso texto (At 21.27-36) revelará que O QUASE LINCHAMENTO que Paulo sofreu no templo foi causado por suposições errôneas e não provadas, e executado com violência abusiva, da qual somente a intervenção romana o salvou, pela providência divina. — Observe a tática dos judaizantes. — Você perceberá que não há novidade debaixo do sol, no que diz respeito, inclusive, à perseguição contra os cristãos.
Marcação Cerrada
Atos 21.27 (NVT) Estando os sete dias quase no fim, alguns judeus da província da Ásia viram Paulo no templo e incitaram a multidão contra ele. Agarraram-no, […]
Criação de Narrativa
Atos 21.28-29 (NVT) 28[…] gritando: “Homens de Israel, ajudem-nos! Este é o homem que fala contra nosso povo em toda parte e ensina todos a desobedecerem às leis judaicas. Fala contra o templo e até profana este santo lugar, trazendo gentios para dentro dele”. 29Antes tinham visto Paulo na cidade com Trófimo, um gentio de Éfeso, e concluíram que Paulo o havia levado para dentro do templo.
Incitação das Massas
Atos 21.30-32 (NVT) 30Toda a cidade se agitou com essas acusações, e houve grande tumulto. A multidão agarrou Paulo e o arrastou para fora do templo, e imediatamente foram fechadas as portas. 31Quando procuravam matar Paulo, chegou ao comandante do regimento romano a notícia de que toda a Jerusalém estava em rebuliço. 32No mesmo instante, ele chamou seus soldados e oficiais e correu para o meio da multidão. Quando viram o comandante e os soldados se aproximarem, pararam de espancar Paulo.
Deus, no entanto, em soberana providência, agiu para resgatar o apóstolo:
Atos 21.28-29 (NVT) 33Então o comandante o prendeu e mandou que o amarrassem com duas correntes. Em seguida, perguntou à multidão quem era ele e o que havia feito. 34Uns gritavam uma coisa, outros gritavam outra. Não conseguindo descobrir a verdade no meio de todo o tumulto, ordenou que Paulo fosse levado à fortaleza. 35Quando Paulo chegou às escadas, o povo se tornou tão violento que os soldados tiveram de levantá-lo nos ombros para protegê-lo. 36E a multidão foi atrás, gritando: “Matem-no! Matem-no!”.
Tudo isso porque Paulo pregava o evangelho da graça e agia como conciliador e pacificador. Realmente, O PREÇO DA CONCILIAÇÃO É MUITO CARO! De um lado, o comandante do regimento romano pensou que Paulo era outra pessoa – segundo um comentarista de Atos dos Apóstolos, Fritz Rienecker, um egípcio charlatão, o qual se fez passa por
um judeu que se autoproclamou profeta. Ele reuniu um grande número de seguidores com a intenção de conduzi-los ao Monte das Oliveiras, prometendo que, ao seu comando, os muros de Jerusalém ruiriam. Sua força tarefa foi contra atacada por Félix, mas o egípcio mesmo escapou.
Do outro lado, os judaizantes venderam a imagem de que Paulo era um falso mestre. Portanto, para alguns, um blasfemo e, para outros, um bandido egípcio perigoso. É incrível como os mal entendidos podem se multiplicar quando você tenta conciliar!
Apesar das alegações absurdas, Paulo reagiu com graça, ainda buscando conciliação, Atos 21.37 (NVT): “Quando Paulo estava para ser levado à fortaleza, disse ao comandante: “Posso ter uma palavra com o senhor?”. A fé e a confiança que Paulo tinha em Cristo acalmava quaisquer medos ou frustrações, tornando-o capaz de enfrentar seus inimigos de braços e coração abertos. Paulo era um conciliador. Veja:
2Coríntios 5.19-21 (NVT)
19Pois, em Cristo, Deus estava reconciliando consigo o mundo, não levando mais em conta os pecados das pessoas. E ele nos deu esta mensagem maravilhosa de reconciliação. 20Agora, portanto, somos embaixadores de Cristo; Deus faz seu apelo por nosso intermédio. Falamos em nome de Cristo quando dizemos: “Reconciliem-se com Deus!”. 21Pois Deus fez de Cristo, aquele que nunca pecou, a oferta por nosso pecado, para que por meio dele fôssemos declarados justos diante de Deus.
Uma vez reconciliados com Deus, por meio de Cristo, nós nos reconciliamos uns com os outros, uns com os outros no corpo de Cristo, a igreja:
Efésios 2.16-18 (NVT)
16Assim, ele os reconciliou com Deus em um só corpo por meio de sua morte na cruz, eliminando a inimizade que havia entre eles. 17Ele trouxe essas boas-novas de paz tanto a vocês que estavam distantes dele como aos que estavam perto. 18Agora, por causa do que Cristo fez, todos temos acesso ao Pai pelo mesmo Espírito.
Paulo viveu para a conciliação, pois sabia que esta é a marca do cristão, Mateus 5.9 (NVT): “Felizes os que promovem a paz [= pacificadores, conciliadores], pois serão chamados filhos de Deus.”
Praticando a Conciliação
1. No estado natural, isolado, você estará propenso a quebrar todo e qualquer relacionamento. O tempo, sozinho, cura nada, cura ferida nenhuma. Tempo, sozinho, é apenas a ocasião para que se chegue a um estado maior de desordem. Você precisa da graça de Cristo, a qual te alcança e te capacita e ensina a amar. Você precisa de Cristo para amar e da vida em comunhão na igreja para aprender a praticar o amor.
2. Na raiz de toda quebra de relacionamento está a incredulidade e o orgulho. Veja o caso dos judaizantes que estavam no encalço de Paulo. Viviam de justiça própria. Não confiavam de todo o coração na suficiência da obra de Cristo. Resultado: buscavam a cisão com cristãos gentios e o linchamento de Paulo. Incredulidade. Orgulho.
3. Sobre a guarda do sábado. O sábado tornou-se obsoleto para o cristão (sobretudo o cristão gentio). Romanos 14.5-6 (NVT): “Da mesma forma, há quem considere um dia mais sagrado que outro, enquanto outros acreditam que todos os dias são iguais. Cada um deve estar plenamente convicto do que faz. Quem adora a Deus num dia especial o faz para honrá-lo. […]” E ainda: Colossenses 2.16-19 (NVT):
16Portanto, não deixem que ninguém os condene pelo que comem ou bebem, ou por não celebrarem certos dias santos, as cerimônias da lua nova ou os sábados. 17Pois essas coisas são apenas sombras da realidade futura, e o próprio Cristo é essa realidade. 18Não aceitem a condenação daqueles que insistem numa humildade fingida e na adoração de anjos e que alegam ter visões a respeito dessas coisas. A mente pecaminosa deles os tornou orgulhosos, 19e eles não estão ligados a Cristo, que é a cabeça do corpo. Unido a ele por meio de suas juntas e seus ligamentos, o corpo cresce à medida que é nutrido por Deus.
4. Como cristão, você [1.] é chamado(a) à conciliação – à reconciliação com Deus e uns com os outros; e [2.] é chamado(a) para o ministério da reconciliação: pregar o evangelho tal como os apóstolos a nós o entregaram e praticar o evangelho em seus relacionamento. Pregação e postura apostólica. Isto custará caro, mas será possível, pela graça, por meio da fé. Amor com fé.
5. A conciliação e a unidade importam porque é pelo amor que nos une e com o qual nós nos tratamos que daremos o melhor testemunho ao mundo. João 13.35 (NVT): “Seu amor uns pelos outros provará ao mundo que são meus discípulos”.
Como andam os seus relacionamento? Sobretudo seus relacionamentos em casa e na igreja. Como andam? Algo foi quebrado? Sim, em Cristo é possível a restauração. Tudo terá de começar em você. Você e Deus, depois: você e o próximo. Romanos 12.18 (NVT): “No que depender de vocês, vivam em paz com todos.”
S.D.G. L.B.Peixoto
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