22.05.2016
A Grande Comissão é um imperativo do qual o cristão não pode se esquivar, pois está fundamentada na autoridade suprema de Jesus Cristo (Mt 28.18). Sabemos disso, mas falta-nos compreensão do que ela realmente significa.
Acima de tudo, é preciso saber que não podemos pensar na ordem de Jesus – i.e.: “vão e façam discípulos” – em termos programáticos. Fazer discípulos é muito mais que um programa. É a nossa missão de vida. É o que nos define. Um discípulo é um discipulador. Infelizmente, porém, acostumamo-nos tanto com igrejas baseadas unicamente em programas e estruturas que, quando se fala em fazer discípulos, a primeira coisa que vem à nossa mente é criar mais alguma coisa para tornar isso uma realidade.
Discípulos não são produzidos em massa nem em série. Não podemos “jogar” alguém dentro de um programa ou de uma atividade e esperar que o indivíduo saia como discípulo no final da linha de produção. Isso não existe! O discipulado deverá acontecer através de pessoas, não de programas. Será levado adiante por alguém, não por atividades.
Fazer discípulos demanda tempo para os outros. Precisamos dedicar-lhes atenção espiritual e com eles nos envolvermos: ensinando, orando e modelando o modo de viver do cristão. Teremos que exercitar a paciência e buscar sabedoria para ensiná-los a buscar por si mesmos a riqueza da Palavra de Deus; paciência até que eles consigam se alimentar e saibam buscar sozinhos, no Espírito Santo, o poder para viverem.
A esse se conecta outro erro: encarar a Grande Comissão apenas como uma obrigação. Sem estar motivado pelo amor, geralmente, a tendência será a chamada “lei do menor esforço, ou seja: buscar fazer o mínimo possível só para se livrar do peso da responsabilidade. Contudo, o caminho rápido e fácil para se fazer um discípulo simplesmente não existe.
Tomando o Senhor como exemplo, desenvolver relacionamentos discipuladores é algo tão intenso que deve aparecer no topo da lista de prioridades. Jesus não fez discípulos nas horas vagas. Durante mais de três anos ele se envolveu intensamente na vida dos Doze. Nós não conseguiremos fazer o mesmo dedicando apenas o nosso tempo livre (se houver!). Com certeza, precisaremos cortar algumas atividades que estão na nossa agenda para incluir pessoas no lugar. Alicerçados no amor, faremos isso com alegria.
Quer uma dica? Tome um tempo para anotar os nomes das pessoas ao seu redor, aquelas que você sente estarem abertas. Comece a orar por elas. Em seguida, encontre espaço em sua agenda semanal para com elas se encontrar, compartilhar, ensinar e modelar o evangelho. Redescubra a arte de fazer discípulos.
Com carinho, Leandro B. Peixoto – seu pastor.
Extraído e adaptado do cap. 4 (pg. 35-38) de
Relacionamento Discipulador: uma teologia da vida discipular
Autor: Diogo Carvalho. Editora: Missões Nacionais.
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