03.12.2017
Deus procura como seus adoradores homens e mulheres que o adorem com o coração alegre. “Alegria é coisa séria no céu”, dizia C. S. Lewis. Daí a importância da nossa adoração. Honramos a Deus na adoração não quando o adoramos por obrigação, mas com prazer e alegria. Afinal, o principal propósito do ser humano é glorificar a Deus, alegrando-se nele de todo o coração.
Davi sabia disto: “Alegrem-se no SENHOR e exultem, todos vocês que são justos! Gritem de alegria, todos vocês que têm coração íntegro!” (Sl 32.11). Paulo também sabia destas coisas: “Alegrem-se sempre no Senhor. Repito: alegrem-se!” (Fl 4.4). O problema, como todos bem sabemos, é que não é sempre que estamos assim, transbordando de alegria. Mas não se desespere.
Quando lemos os Salmos, descobrimos que há pelo menos três estágios no movimento em direção à experiência ideal de adoração. Podemos experimentar todas as três de uma vez só ou uma de cada vez, e Deus se agradará de todas elas – se forem, de fato, estágios no caminho pela busca da alegria plena no Senhor.
Há o estágio final, no qual sentimos alegria totalmente indescritível nas diversas e perfeitas qualidades de Deus: amor, graça, perdão, beleza etc. Nesse estágio, estamos plenamente satisfeitos com a excelência de Deus e transbordamos de alegria por termos comunhão com ele. Os puritanos ingleses chamavam essa experiência de “banquete do prazer cristão”. Nesse estágio, Davi expressou-se dizendo: “Tu me satisfazes mais que um rico banquete; com cânticos de alegria te louvarei” (Sl 63.5).
O estágio anterior ao final, que desfrutamos com frequência, não nos proporciona plenitude de alegria, mas o anseio e o desejo de nos alegrarmos em Deus. Tendo já provado dessa alegria, desse banquete, lembramos da delícia que é, mas ela parece distante, e o nosso coração não está fervoroso. Nesse estágio, assim como Davi, pregamos à nossa alma: “Por que estás abatida, ó minha alma? Por que te perturbas dentro de mim? Espera em Deus, pois ainda o louvarei, a ele, meu auxílio e Deus meu” (Sl 42.5).
O estágio inferior da adoração, onde toda adoração genuína começa e aonde com frequência retorna para um período escuro da alma, é o deserto do coração que quase não sente o menor desejo de adorar, mas mesmo assim recebe a graça do triste arrependimento por ter tão pouco fervor. Asafe passou por esse estágio (Sl 73.21-22).
Deus com certeza é mais glorificado quando nos alegramos em suas perfeições, mas ele também é glorificado pela minúscula faísca de alegria antecipada, que dá lugar à tristeza que sentimos quando o nosso coração está morno. Afinal, se Deus não fosse gloriosamente desejável, por que nos sentiríamos tristes por não nos deliciarmos nele em alegria? Portanto, pela fé, não desista, continue em busca da alegria plena em Deus, ele te recompensará, satisfazendo o seu coração com as delícias de sua glória (Hb 11.6).
Com carinho, Leandro B. Peixoto.
Extraído e adaptado de Quando eu não desejo a Deus,
de John Piper. Editora Cultura Cristã.
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