21.01.2018
“Aquele que pratica o pecado procede do diabo”, ouvimos João dizer (1 João 3.8). O pecado é a marca registrada dos filhos do diabo. Como uma marca no gado, é sinônimo de propriedade. João chega a levantar a questão segunda vez, com palavras ligeiramente diferentes: “Nisto são manifestos os filhos de Deus e os filhos do diabo: todo aquele que não pratica justiça não procede de Deus” (1 João 3.10). Os filhos do diabo fazem do pecado uma prática constante porque é isso que o pai deles, o diabo, faz desde o princípio.
Não há como fugir: é “tal pai, tal filho”. Antes de nos tornarmos seguidores de Cristo, todos éramos escravos do pecado. E não podemos mudar isso porque o pecado, simplesmente, fazia parte de quem éramos.
O Evangelho escrito por João, ele relembra o episódio onde Jesus ensina esse assunto. Jesus explica à multidão: “Vós sois do diabo, que é vosso pai, e quereis satisfazer-lhe os desejos. Ele foi homicida desde o princípio e jamais se firmou na verdade, porque nele não há verdade. Quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso e pai da mentira” (João 8.44). As multidões pecavam porque queriam realizar os desejos de seu pai.
Com o cristão acontece exatamente o contrário. Quando fomos transferidos da família de Satanás e fomos adotados na família de Deus, nosso relacionamento com o pecado mudou. Antes, éramos motivados e controlados pelos desejos do pecado. Agora, vivemos pelo Espírito de Deus. O pecado já não tem o mesmo poder para nos debilitar ou nos impelir. O poder do pecado foi interrompido.
Em sua carta à igreja em Roma, Paulo explica que o poder do pecado é interrompido graças à morte de Jesus. Ele escreve: “sabendo isto: que foi crucificado com ele o nosso velho homem, para que o corpo do pecado seja destruído, e não sirvamos o pecado como escravos” (Romanos 6.6). A velha pessoa foi crucificada com Cristo. O velho escravo do pecado está morto.
Em seu lugar, há um novo homem, homem que está morto com relação ao pecado, mas vivo com relação a Deus. Paulo continua:
Assim também vos considerai mortos para o pecado, mas vivos para Deus, em Cristo Jesus. Não reine, portanto, o pecado em vosso corpo mortal, de maneira que obedeçais às suas paixões; nem ofereçais cada um os membros do seu corpo ao pecado, como instrumentos de iniquidade; mas oferecei-vos a Deus, como ressurretos dentre os mortos, e os vossos membros, a Deus, como instrumentos de justiça. Porque o pecado não terá domínio sobre vós; pois não estais debaixo da lei, e sim da graça (Romanos 6.11-14).
O pecado é incompatível com a realidade da identidade do cristão. Por isso Paulo pergunta retoricamente: “Como viveremos ainda no pecado, nós os que para ele morremos?” (Romanos 6.2).
Texto extraído e adaptado do livro:
Eu Sou Mesmo Um Cristão? (p. 76-78), escrito por
Mike McKinley. Editora Fiel.
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