05.03.2017
“Por que não posso continuar a frequentar casas de shows?”, foi a pergunta de um jovem ao pr. Augustus Nicodemus. A resposta foi contundente: Eu não sou contra ouvir boa música, e boa música nem sempre é feita por cristãos. Mas, com isto, eu não quis dizer que frequentar casas de shows, pubs e barzinhos para ouvir estas músicas, bebendo uma cervejinha, é a coisa certa a se fazer.
Frequentei esses lugares a maior parte de minha mocidade, antes de conhecer a Cristo. Eu sei muito bem o que rola. O ambiente é voltado para sexo, bebida, drogas e algumas vezes a coisa acaba em discussão e brigas. É claro que nem sempre é assim, mas o potencial está lá. O que se exalta nesses ambientes é o ego humano, o prazer irrestrito e uma suposta liberdade sem limite. Paulo escreveu que devemos evitar “toda forma do mal” – inclusive aquilo que pode nos levar a ele ou que tem aparência do mal (1Ts 5.22).
Deus nos ensina que somos servos dos nossos irmãos em Cristo. Ou seja: eu jamais deveria usar minha liberdade de forma a induzir, ocasionar, incentivar e levar alguém a cometer pecado. Paulo falou que se a comida ou a bebida levasse um irmão a tropeçar, ele jamais comeria carne ou beberia vinho outra vez (Rm 14.21; 1Co 8.9-12).
Sua atitude de querer curtir tudo o que o mundo oferece e ainda se considerar cristão é idêntica à postura de uma das primeiras e mais perigosas seitas que já apareceram na história do cristianismo: a seita dos libertinos. Eles se consideravam cristãos e diziam que tinham recebido um conhecimento especial da parte de Deus; que poderiam desfrutar de tudo, que nada é pecado para quem crê e que Deus nos aceita livremente como somos. Os escritores do NT enfrentaram esses cristãos libertinos firmemente. Judas, o irmão de Jesus, os considerava ímpios e dizia que eles negavam a Jesus (Judas 4). O próprio Jesus condenou severamente as igrejas de Pérgamo e Tiatira por abrigarem libertinos em seu rol de membros (Ap 2.14-15 e 20). Veja que sua atitude lhe empurra mais para perto dos libertinos do que dos cristãos.
Acho que você está fazendo as perguntas erradas. Por que em vez de perguntar o quão longe você pode ficar do pecado e de tudo que leva a ele, você fica perguntando o quanto você pode ficar perto do pecado e de situações que podem levar a ele? Se você é nascido de novo, tem o Espírito Santo, é nova criatura, está arrependido de seus pecados e ama a Deus de todo coração, não deveria estar perguntando o que pode fazer para ficar mais perto dele e longe de tudo que pode entristecê-lo? Por que seguir o caminho do que é duvidoso, polêmico e potencialmente perigoso para sua vida espiritual? Lembre-se do que diz a Palavra de Deus: “um abismo ch303ama outro abismo” (Sl 42.7).
Pr. Augustus Nicodemus Lopes
Primeira Igreja Presbiteriana de Goiânia
Fonte: https://goo.gl/aocByn
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