16.04.2017
A Páscoa foi estabelecida por decreto do Concílio de Niceia no ano 325 depois de Cristo. É a data comemorativa mais importante do nosso calendário (1Co 15.14 e 17). Só que se tornou ocasião tão comercial, que poucos lembram ou conhecem sua verdadeira história e seu real significado. Para além do coelho e dos ovos de chocolate, vale reforçar a origem do termo e o seu significado, que remonta a aproximadamente 1.445 anos antes de Cristo.
A Bíblia diz que os descendentes de Abraão, Isaque e Jacó – os hebreus – viviam como escravos havia 400 anos no Egito. Para libertá-los, Deus designou Moisés (Êx 3-4). Obediente, ele dirigiu-se ao Faraó para transmitir-lhe a ordem divina: “Deixa ir o meu povo”. O soberano do Egito se negou a deixar irem os hebreus e, para conscientizar o rei da seriedade da mensagem, Moisés, mediante o poder de Deus, invocou pragas como julgamentos contra os egípcios. No decorrer de várias dessas pragas, o Faraó concordava em libertar os hebreus, mas, uma vez a praga suspensa, voltava atrás em sua decisão. Soou a hora da décima e última das tormentas, aquela que não deixaria aos egípcios outra alternativa senão a de lançar fora os israelitas: Deus mandou um anjo destruidor à terra do Egito para eliminar “naquela mesma noite… todos os primogênitos, tanto dos homens como dos animais” e para executar “juízo sobre todos os deuses do Egito”, provando, assim, que ele é “o Senhor” (Êx 12.12).
Como os israelitas também habitavam no Egito, o Senhor emitiu uma ordem específica a seu povo. A obediência a essa ordem traria sobre eles a proteção divina. Cada família tomaria um cordeiro macho, de um ano de idade, sem defeito e o sacrificaria. A seguir, devia aspergir parte do sangue do cordeiro sacrificado nas vigas laterais e superior da porta de cada casa (Êx 12.7). Quando o destruidor passasse por aquela terra, ele não mataria os primogênitos das casas que tivessem o sangue aspergido sobre elas. Daí o termo Páscoa, do hebraico “pesah”, que significa “passar por cima” ou “poupar”. Pelo sangue do cordeiro morto, os israelitas foram poupados da condenação à morte executada contra todos os primogênitos egípcios.
Deus ordenou o sinal do sangue não porque ele não tivesse outra forma de distinguir os israelitas dos egípcios, mas porque queria ensinar ao seu povo a importância da obediência e da redenção pelo sangue, preparando-o para o advento do “Cordeiro de Deus,” Jesus Cristo, que séculos mais tarde viria para tirar o pecado do mundo (Jo 1.29).
Lembre-se, pois, do verdadeiro significado da Páscoa. Assim como o Todo Poderoso libertou os hebreus da escravidão no Egito, Deus quer libertar você da escravidão do pecado e, por isso, enviou o Filho, Jesus Cristo, “para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3.16). Vida esta conquistada com sangue “porque Cristo, nossa Páscoa, foi sacrificado por nós” (1Co 5.7).
Com carinho, Leandro B. Peixoto – seu pastor.
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