18.09.2016
Todos passam por problemas. Eles são de todas as formas, pesos e tamanhos. A intensidade é variada. Algumas vezes são suportáveis, outras nem tanto. Tão desesperadores eles podem ser, que as palavras de Paulo bem serviriam para descrever determinados momentos de nossa vida: “Irmãos, não queremos que vocês desconheçam as tribulações que sofremos na província da Ásia, as quais foram muito além da nossa capacidade de suportar, ao ponto de perdermos a esperança da própria vida” (2Co 1.8).
Dificuldades tendem a nos desfalecer, mas o Salmo 4 é sempre encorajador para aqueles que nele meditam. Davi começa dizendo que na hora da angústia era o Senhor quem o aliviava (Sl 4.1). Sabemos que o verbo “aliviar”, empregado por ele, significa “alargar”. O salmista estava dizendo que, nas dificuldades, Deus o fazia crescer. Foi essa a mesma conclusão a que Paulo chegou, quando perdeu “a esperança da própria vida”. O apóstolo foi por Deus aliviado, cresceu e aprendeu a confiar no Senhor; podia, então, testificar: “De fato, já tínhamos sobre nós a sentença de morte, para que não confiássemos em nós mesmos, mas em Deus, que ressuscita os mortos. Ele nos livrou e continuará nos livrando de tal perigo de morte. Nele temos colocado a nossa esperança de que continuará a livrar-nos, enquanto vocês nos ajudam com as suas orações”.
Alívio não é um sentimento abstrato qualquer, nem um mero suspiro após um longo período de fadiga. Ele é fruto de um coração que, no meio das lutas e das provações, aprendeu a confiar no Senhor, passou a se dedicar à oração e se alargou com fé, esperança e amor. A alma aliviada é aquela que suspira em oração, que se abriu para a esperança em Deus que “nos livrou e continuará nos livrando”. Os problemas vêm e vão, mas o Senhor sempre estará conosco. Cabe a nós confiar.
Seguindo a leitura no Salmo 4, nós aprendemos que alívio (Sl 4.1) sempre vem acompanhado de outras qualidades indispensáveis para as horas difíceis da vida. Davi, apesar da dura perseguição, seguia confiante (Sl 4.2-3); diante da forte tentação de se descontrolar, agindo com ira (o que, até certo ponto, era justificável), ele caminhava fortalecido e não pecava (Sl 4.4-5); cego pela adversidade, ele perseverava com sabedoria (Sl 4.6); entristecido pelos problemas, ele desfrutava de alegria (Sl 4.7); e, apesar de ansioso, ele conseguia deitar e dormir em paz, pois sabia que no Senhor ele estava seguro (Sl 4.8).
Lembre-se: a bênção de Deus não nos exime de problemas. O que ela faz é nos proporcionar descanso nas dificuldades.
Com carinho,
Pr. Leandro B. Peixoto
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