28.02.2016
Fé no Deus vivo é a maior das heranças. Jacó aprendeu de seus antepassados, Abraão e Isaque, a ter fé no Senhor, e quando chegou o seu tempo de partir, ele confiou a mesma herança aos seus doze filhos, em especial a José: “A seguir, Jacó disse a José: ‘Estou para morrer, mas Deus estará com vocês e os levará de volta à terra de seus antepassados” (Gn 48.21). O moribundo tinha vivido uma vida longa e abundante, e durante todos os seus anos de peregrinação ele havia encontrado no Deus de seus pais um Ajudador infalível.
Deus tinha feito de Jacó um andarilho na terra prometida, a fim de que ele aprendesse a segui-lo. Sua fé fora grandemente provada através de tristezas e dificuldades aparentemente intransponíveis, mas em todas elas o patriarca encontrou direção, presença e provisão. Quando atravessou o seu vale de dores mais profundo, ele encontrou-se com Deus face a face em Peniel. Daquele momento em diante, a sua vida nunca mais foi a mesma. Até o seu nome foi mudado de Jacó para Israel (Gn 32.28).
A tristeza mais pungente de Israel foi a perda de seu filho favorito, o garoto de sua velhice, José, quem ele acreditava que tivesse sido devorado por feras do campo, mas Deus também estava com ele. A alegria do velho patriarca foi sem medida quando, anos mais tarde, descobriu que José estava são e salvo no Egito. Lá, seu filho amado havia se tornado o primeiro ministro de Faraó. E para lá, fugindo da fome, Israel também foi levado.
Depois de alguns anos no Egito, vivendo na terra de Gósen (Gn 46-47), Israel percebeu que a morte se aproximava. Acima de tudo, ele desejava que José e todos os seus outros filhos tivessem a certeza de que Deus não falharia com eles nem os abandonaria. É certo que José e seus irmãos estavam no Egito, naquela que não era a terra que Deus havia prometido ao seu bisavô Abraão, mas o Senhor os traria de volta para a terra de seus pais!
Melhor do que qualquer herança material que podemos deixar para os nossos filhos é a certeza inabalável de que o nosso Deus também poderá ser o Deus deles, até a morte e para além dela. Bens e saúde talvez não sejam porções abundantes para eles; fortuna e fama eles podem nunca conhecer; mas, se nós tão somente, assim como Jacó, tivermos conseguido levá-los a um conhecimento pleno do Deus salvador, então eles, ao longo de suas vidas, descobrirão que Deus é o seu Ajudador infalível. Eles, por sua vez, poderão passar para à geração seguinte, aos nossos netos e bisnetos, a mesma certeza (Sl 48.12-14).
Nós morreremos. Mas Deus estará com os nossos filhos e os filhos deles, de geração a geração.
Com carinho,
Leandro B. Peixoto – seu pastor.
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