09.07.2017
A parábola dos talentos, narrada em Mateus 25.14-30, e das Minas em Lucas 19;11-27, são preciosas narrativas sobre a maneira sábia e inteligente de como sermos mordomos fiéis de nossos talentos. Cada um de nós tem talentos ou dons que nos foram entregues como oportunidade para realizarmos algo para a expansão do Reino de Deus.
Ninguém poderá dizer que não tem talentos ou dons, pois estaria assim acusando a Deus de injusto e parcial. É verdade que nem todos têm talentos iguais em números e em qualidades. Essa diversidade, entretanto, está baseada na capacidade das pessoas; Deus, em sua sabedoria, nos criou com diferentes dons, como fim de nos tornar úteis a todos, cada um no seu lugar (I Cor.12.4-11). Nosso dever é mais do que conservar os talentos a nós confiados; é desenvolvê-los de acordo com a nossa possibilidade (Lc.19:13). Deus não nos dá mais talentos do que somos capazes de fazer; só uma coisa ele exige de um mordomo: “… Requer-se nos dispenseiros que cada um se ache fiel” (I Cor 4.2).
No entendimento humano, existem duas espécies de oportunidades; as que aparecem diante de nós que nada tenhamos feito para produzi-las e as temos de criar pelo nosso esforço, e o desejo de conquista.
1) Oportunidades Espontâneas: Elas são mais comuns do que pensamos, estão ao nosso redor, à espera de que delas nos utilizemos, e constituem-se num desafio constante para o bom uso de nossas possibilidades latentes. Uma das razões por que não vemos as oportunidades ao nosso redor, é a miopia espiritual. Acontece conosco o mesmo que acontece com o servo do profeta Elizeu que, ao ver Samaria cercada, deixou-se tomar de pânico. O profeta orou então ao Senhor, para que abrisse os olhos do seu moço, e este, pode ver o monte cheio de cavalos e carros de fogo em redor de Elizeu (II Reis 6.17). As oportunidades se fazem visíveis a todos os crentes possuídos de santas e elevadas ambições. Essa miopia espiritual faz com que não vejamos as coisas pequenas da vida, oportunidades preciosas para o desenvolvimento de nossos dons. Não devemos de modo nenhum, desprezar o dia das coisas pequenas, porque ele é a véspera dos grandes dias. Façamos das coisas pequenas e aparentemente insignificantes da vida, os degraus pelos quais chegamos às realizações de maiores vultos. Enriqueçamos nossas vidas, dando valor às insignificâncias que antes passavam despercebidas diante dos nossos olhos.
2) Oportunidades Criadas: Quem quiser realizar alguma coisa na vida, tem de multiplicar as ocasiões pelo seu trabalho diligente, tem de transformar as coisas vulgares em coisas notáveis pelo seu talento e criatividade. Li de um dos gênios da história a seguinte narrativa de um aluno que desejava remir o tempo: Matriculou-se no colégio da Sabedoria em Beirute. O seu diretor que procurava acalmar a sua ambição impaciente, disse-lhe: uma escada deve ser galgada degrau por degrau; o que retrucou o aluno: mas as águias não usam escadas e nem degraus. Somente os que sabem esperar as oportunidades poderão obter êxito na vida. As oportunidades nem sempre se apresentam de um modo atraente. Frequentemente elas nos apresentam cobertas pelo manto das dificuldades. Quem desejar possuí-las precisam ter coragem, perseverança, oração e esforço para transforma estas mesmas dificuldades em oportunidades.
Pr. Arildo Mota dos Reis Pessoa
Pastor Emérito
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