23.10.2016
A imagem da treliça e da videira suscita as perguntas fundamentais do ministério cristão: Qual o propósito da videira? Como ela cresce? Como a videira se relaciona com minha igreja? O que é a obra de videira e o que é a obra de treliça? E como podemos saber a diferença? Que parte diferentes pessoas realizam no crescimento da videira?
Como posso ter mais pessoas envolvidas na obra de videira? Qual é o relacionamento correto entre a treliça e a videira?
Nas aulas de quarta-feira, temos oferecido a sugestão de que há uma necessidade urgente de respondermos a essas perguntas. A confusão reina. Todos querem que suas igrejas cresçam; a maioria, porém, está incerta a respeito de como e onde começar. Os gurus de crescimento de igreja surgem e desaparecem. Métodos de ministério ganham e perdem favor, como a moda das mulheres. Pulamos de uma técnica para outra, na esperança de que essa (finalmente!) seja a chave do sucesso.
Até entre pastores fiéis e piedosos, que evitam seguir as tendências do marketing cristão do momento, há confusão – mais especialmente entre o que o ministério cristão é na Bíblia e o que ele se tornou na denominação ou na tradição específica da qual eles fazem parte. Somos todos servos de nossas tradições e influenciados por elas mais do que imaginamos, e o efeito da tradição e de práticas de muito tempo nem sempre é que algum erro terrível se estabelece; mais frequente, é que nosso foco se aparta de nossa principal tarefa e agenda – fazer discípulo. Ficamos tão acostumados a fazer as coisas de uma maneira (geralmente por boa razão, a princípio), que elementos importantes são negligenciados e esquecidos, em detrimento de nós mesmos. Ficamos desequilibrados e, nessa situação, nos perguntamos por que andamos em círculos.
O alvo do ministério cristão é muito simples e, até certo ponto, mensurável: estamos fazendo e nutrindo verdadeiros discípulos de Cristo? A igreja sempre tende em direção ao institucionalismo e à secularização. O foco muda para a preservação de programas e estruturas tradicionais e se perde o alvo de discipulado. O mandato de fazer discípulos é o critério que determina se nossa igreja está engajada na missão de Cristo. Estamos fazendo verdadeiros discípulos de Jesus Cristo? Nosso alvo não é fazer membros de igreja ou membros de nossa instituição, e sim verdadeiros discípulos de Jesus. Ou, retornando à nossa parábola: nosso alvo é dar crescimento à videira, e não à treliça.
Com carinho, Leandro B. Peixoto – seu pastor.
Texto extraído e adaptado do livro A treliça e a videira, capítulo 1 (Ed. Fiel).
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