29.10.2017
O Filho nos levou para estar com ele (nele) diante do Pai. Desfrutamos isso na oração. Mas qual é o papel do Espírito Santo?
Jesus começou seu ministério, após o batismo, ao ser enviado ao deserto pelo Espírito Santo. Ele expulsou demônios pelo poder do Espírito Santo. O Espírito Santo é também quem move o Filho à comunhão com o Pai. Por exemplo, Lucas registra: “Naquele momento, Jesus foi tomado da alegria do Espírito Santo e disse: ‘Pai, Senhor dos céus e da terra, eu te agradeço’” (Lc 10.21). Essa é a obra do Espírito Santo no Filho, e essa é sua obra também nos filhos de Deus.
O mesmo princípio é explicado por Paulo: “Porque todos que são guiados pelo Espírito de Deus são filhos de Deus. Pois vocês não receberam um espírito que os torne, de novo, escravos medrosos, mas sim o Espírito de Deus, que os adotou como seus próprios filhos. Agora nós o chamamos “Aba, Pai”, pois o seu Espírito confirma a nosso espírito que somos filhos de Deus” (Rm 8.14-16).
O Espírito Santo grava no coração a verdade ensinada na Escritura a respeito da nossa adoção por Deus, para que saibamos que somos seus filhos, e assim clamemos: “Aba, Pai”. O Espírito é o vento nas velas da nossa oração, pois ele nos alcança no amor do Filho ao Pai. Ele nos faz saber que também somos amados, e nos faz amar como o Filho ama. A oração, então, não é na verdade uma conversa de mão única – nós com Deus. Não! Na oração, Deus fala por meio de nós com Deus. Somos conduzidos à comunhão divina. O Espírito do Filho clama ao Pai por meio de nós.
Paulo então continua: “E o Espírito nos ajuda em nossa fraqueza, pois não sabemos orar segundo a vontade de Deus, mas o próprio Espírito intercede por nós com gemidos que não podem ser expressos em palavras” (Rm 8.26). O Espírito sabe que somos fracos, que lutamos para orar e que muitas vezes não sabemos orar – e seu desejo é nos ajudar. Isso significa que não precisamos fingir ser gigantes na oração ou fazer resoluções fora do nosso alcance. Visto que o Espírito Santo conhece nossas fraquezas, podemos ser reais com nosso Pai, aceitando que não passamos de bebês na fé, e apenas balbuciamos o que se encontra no coração.
De fato, essa é a forma de crescer no relacionamento com Deus. A verdadeira intimidade é algo adquirido, algo que se desenvolve – mas se desenvolve apenas com honestidade. Assim, se sua vida de oração é inadequada, comece outra vez balbuciando como filho ao Pai. Clame por socorro. Não tente impressionar. O Espírito Santo nos ajuda.
Com carinho, Leandro B. Peixoto.
Extraído e adaptado de “Deleitando-se na oração”,
Michael Reeves, editora Monergismo, cap. 10.
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