10.04.2016
Os cristãos de hoje estão buscando todo tipo de coisas em uma igreja. A maioria, no entanto, quer simplesmente poder ouvir uma boa pregação da Palavra de Deus e obter seu estímulo espiritual para a semana; e tudo o que não desejam é ter que se envolver com outros cristãos. Se tiver algum programa que possa distrair as crianças, enquanto se “assiste” o culto, é ainda melhor. Aliás, diz-se que a boa igreja é aquela que consegue oferecer programações para todos os gostos e faixas etárias, do berçário à terceira idade. Essa mentalidade consumista tem acabado com as igrejas.
A igreja não é um lugar. Não é um prédio. Não é um ponto de pregação. Não é um provedor de serviços espirituais nem de entretenimento sadio e edificante. É um povo – o povo da nova aliança, comprado por sangue, o povo de Deus. Essa foi a razão por que Paulo disse: “Cristo amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela” (Ef 5.25). Ele não se entregou por um lugar, e sim por um povo. Recordar que a igreja é um povo deve ajudar-nos a reconhecer o que é e o que não é importante. Lembrando-se de que, independentemente do que procuramos ou digamos sobre o que deve ser uma igreja, tudo tem de ser guiado por esse princípio básico e bíblico.
Em Cristo, somos todos membros da família de Deus (Ef 2.19). A vida em família é agradável, mas não está isenta de erros e de dificuldades. Somos todos humanos. Isso também é verdade a respeito da igreja. A sua igreja falha em atender suas expectativas em termos do que ela faz? Se isso está acontecendo, lembre-se de que ela é um grupo de pessoas que está crescendo na graça. Ame essas pessoas. Sirva-as. Tenha paciência com elas. Pense novamente em uma família. Se seus pais, irmãos ou filhos fracassam em satisfazer suas expectativas, você os expulsa repentinamente da família? Espero que os perdoe e lhes demonstre longanimidade. Sempre que contrariados em família, um sábio princípio é parar considerar se as nossas expectativas não devem ser mudadas e ajustadas! Por isso mesmo, deveríamos perguntar-nos se sabemos como amar e perseverar com membros de igreja que têm opiniões diferentes, que falham em satisfazer as nossas expectativas ou pecam contra nós (Aliás, você e eu não temos pecados que também precisam ser perdoados?).
A igreja é um povo, não um lugar e nem uma agenda de programas. É um corpo, unido a Cristo, que é a cabeça. É uma família, unida por adoção por meio de Cristo. Rogo, portanto, a Deus que nós, cristãos, experientes ou novos na fé, reconheçamos cada vez mais nosso dever de amar, servir, encorajar e ser responsáveis pelo resto da família de nossa igreja.
Com carinho,
Leandro B. Peixoto – seu pastor.
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