12.02.2017
O primeiro movimento bíblico de pequeno grupo encontrado nas Bíblia está narrado em Êxodo 18.13-27. Havia aproximadamente 600 mil homens acima de 20 anos, o que significa uma população de mais ou menos três milhões de pessoas, sob um único líder: Moisés. Mas Deus interveio usando o sogro dele para mudar o seu jeito de liderar. O conselho de Jetro levou o genro a escolher homens idôneos dentre o povo para assumir lideranças, delegando a eles responsabilidades. Moisés os separou e os distribuiu sobre mil, cem, cinquenta e dez pessoas.
Dentre tantos, o maior exemplo de pequeno grupo no Novo Testamento se encontra na estratégia de Jesus para a formação de seus discípulos. O Mestre sabia exatamente o que estava fazendo quando escolheu doze homens para investir neles com maior intensidade (Marcos 3.13-14). É claro que Jesus influenciou muito mais do que doze pessoas. Ele atraiu multidões, chamou a atenção de grandes líderes políticos e religiosos de sua época. Mas os doze discípulos tiveram atenção especial no desenvolvimento de uma liderança pioneira para a igreja de Jesus.
No livro de Atos nós também encontramos vários relatos da igreja se reunindo em pequenos grupos. Por exemplo: em Atos 2.42-47, descobrimos essa igreja se espalhando pelas casas; em Atos 18.7-11, lemos sobre a igreja de Corinto, que desde o seu nascimento se reunia em um pequeno grupo na casa de Tício Justo; em Atos 17.5-7, vemos que uma das casas em que a igreja se reunia em Tessalônica era a de Jasom.
São diversos os encontros nas casas registrados no Novo Testamento, como na casa de Maria, mãe de Marcos (Atos 12.12), Priscila e Áquila (1Co 16.19), Ninfa (Cl 4.15) e Filemom (Fm 1-2). Os relacionamentos discipuladores eram fortalecidos em salas e quintais e, dessa forma, a igreja era edificada. Mesmo perseguindo impiedosamente os cristãos, o Império Romano não conseguiu dizimar a igreja reunida nos lares. Um a um, os cristãos alcançavam suas famílias, seus vizinhos e seus amigos com o evangelho de Cristo.
Desde os templo bíblicos, os pequenos grupos sempre estiveram presentes na história da igreja ao redor do mundo. No Brasil, alcançar os lares com o evangelho sempre foi um alvo missionário para a plantação de igrejas. O fato de uma pessoa aceitar um estudo bíblico em sua casa é ainda considerado uma oportunidade preciosa para reuniões com os membros daquela família, vizinhos e amigos. A maioria das igrejas batistas nasceu em uma reunião com grupos pequenos em uma sala ou até mesmo em uma varanda. Até hoje é assim nos projetos de plantação de igrejas em todo o Brasil.
Na SIB em Goiânia, os lares precisam ser redescobertos como um ambiente estratégico para a evangelização discipuladora. Estamos orando muito e trabalhando duro para que multipliquemos vidas através dos Pequenos Grupos Multiplicadores.
Com carinho, Leandro B. Peixoto.
Texto extraído e adaptado do livro: Pequeno Grupo Multiplicador (p. 15-23),
escrito pelo pastor Márcio Tunala. Editora Convicção e Missões Nacionais.
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