13.11.2016
O Novo Testamento presume que todo discípulo cristão será um comunicador piedoso da Palavra de Deus, em inúmeros contextos e maneiras diferentes. Em cada contexto, porém, a mensagem é essencialmente a mesma. Não é que chegamos a conhecer a Cristo por meio da mensagem do evangelho e depois usamos outra mensagem, fundamentalmente diferente, para encorajar uns aos outros. A Palavra de Deus, a mensagem que ele revelou por meio de Cristo, pelo seu Espírito – isto é o que nos converte e, também, o que nos faz crescer, produzindo o fruto do Espírito.
A videira cresce, tanto em número de folhas quanto em qualidade e maturidade, por meio da Palavra e do Espírito – quando a verdade de Deus é ouvida e o Espírito a torna eficaz no coração das pessoas. Isso acontece em nossas reuniões na igreja, mas também no dia a dia, quando cristãos falam a verdade uns aos outros e exortam uns aos outros a permanecerem firmes (Ef 4.25; Hb 3.13). Acontece nos lares, quando pais criam seus filhos na disciplina e na instrução do Senhor (Ef 6.4). Acontece no mundo quando proclamamos as excelências de Cristo às nações (1Pe 2.9); também quando nos engajamos em conversas graciosas e agradáveis com os de fora (Cl 4.5-6), ou damos respostas cordiais e respeitosas sobre a esperança cristã (1Pe 3.15-16).
Cristãos devem falar diligentemente a verdade de Deus a outras pessoas. É vital que aconteça, pois essa é a “obra do Senhor”; essa é a Grande Comissão em ação; essa é a obra de videira na qual todos os cristãos podem e devem se envolver. Para aqueles que gostam de pensar mais sistematicamente, eis outra maneira de examinarmos as diferentes formas pelas quais cristãos podem se envolver em falar a Palavra de Deus aos outros. Nós todos existimos em três esferas ou contextos de vida: a família ou a vida no lar; a nossa interação com amigos, colegas, vizinhos e comunidade; e a comunhão com o povo de Deus em nossa igreja. Em cada um desses contexto nós devemos falar a verdade de Deus com graça e verdade.
Imagine se todos os cristãos, como parte normal de seu discipulado, fossem envolvidos numa rede de leitura bíblica regular – não somente aprofundando-se na Palavra em particular, mas lendo-a com os filhos antes de dormirem; com o cônjuge durante o café da manhã; com o colega de trabalho não cristão, uma vez por semana, durante o almoço; com o novo cristão, a fim de acompanhá-lo, uma vez a cada quinze dias, para encorajamento mútuo. Seria uma rede incrível de relacionamentos pessoais, oração e leitura da Bíblia – mais um movimento do que um programa – mas, em outro nível, seria profundamente simples e ao alcance de todos. As implicações dessa visão de obra de videira realizada por todo cristão transformaria a vida e a igreja.
Com carinho, Leandro B. Peixoto – seu pastor.
Trecho extraído e adaptado do capítulo 4 de A treliça e a videira:
a mentalidade de discipulado que muda tudo. Publicado pela editora FIEL.
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