30.04.2017
A CONSOLAÇÃO DO APOCALIPSE
O nosso momento histórico causa a nítida sensação de estarmos em trevas, caminhando no breu da escuridão. Os dias são maus, depressivos e desencorajadores.
Para todo lado que olhamos, o que nós vemos são as digitais do pecado e das forças das trevas. Da ameaça de guerra entre EUA e Coréia do Norte, podendo desencadear uma terceira guerra mundial, ao jogo virtual Baleia Azul que está movimentando as redes sociais e tirando o sossego dos pais do mundo todo… aonde quer que se olhe, parece não haver lugar seguro nem consolação.
Para se ter uma ideia da ameaça do desespero que todos estamos enfrentando: o suicídio de pastores, líderes e filhos de líderes cresce e preocupa, tendo sido até batizado de “onda de suicídios”. Ou seja: até entre aqueles que foram chamados para consolar e apontar o caminho da esperança, tem havido muitos que, desesperados, preferem colocar um ponto final em suas próprias vidas, aplicando a si mesmos a pena capital.
Em abril de 2013, o mundo cristão evangélico ficou estarrecido com a tragédia envolvendo o pastor batista Rick Warren, autor de Uma Vida com Propósitos — um dos livros cristãos mais vendidos da história e um dos mais traduzidos no mundo, depois da Bíblia. Ouça o que se noticiou naquela ocasião:
A polícia da Califórnia está tentando determinar como Matthew Warren, 27, filho mais novo do pastor batista Rick Warren, adquiriu a arma que usou para se suicidar. Embora a família tenha evitado comentar como foi a morte, uma fonte próxima à investigação disse que o jovem usou uma espingarda para atirar contra a própria cabeça às 10 da manhã da última sexta-feira (05/04/13) em sua casa, disse o porta-voz do departamento de polícia de Orange County.
Em nota, horas depois da tragédia, o pastor Rick Warren escreveu:
Não há palavras para expressar a dor angustiante que sinto agora. Nosso filho mais novo, Matthew, 27 anos, morreu hoje. Ele era um homem incrivelmente bondoso, gentil e compassivo. Tinha um intelecto brilhante e uma grande capacidade de detectar quando alguém precisava de ajuda. Por isso, sempre tentava se aproximar dessas pessoas e incentivá-las. Mas as pessoas mais próximas da família sabiam que ele lutava, desde o nascimento, com uma doença mental, que incluía longas crises de depressão e até mesmo pensamentos suicidas. Apesar de termos procurado os melhores médicos do país, testado diferentes medicamentos, e contado com conselheiros e muitas orações por sua cura, a tortura desta doença mental nunca diminuiu. Hoje, depois de uma noite divertida junto com a mãe e eu, durante uma onda de desespero momentâneo em casa, ele tirou a própria vida.
Desde a tragédia, Rick Warren e a família têm procurado conforto em Deus para continuar seu belíssimo trabalho ministerial. Enfim, essa história e milhares de outras desse tipo pelo mundo neste momento nos fazem concluir, mais uma vez, que nós precisamos de consolo divino para continuar vivendo estes nossos dias maus.
Apocalipse 14
Apocalipse, e Apocalipse 14 mais especificamente falando, por incrível que pareça, é fonte de grande consolação para momentos tenebrosos como estes que estamos todos vivendo.
Os dois últimos capítulos do livro (Ap 12 e 13) relataram a grande batalha espiritual nas regiões celestes que afeta a terra e diretamente as nossas vidas na medida em que o fim se aproxima. Satanás (o grande dragão vermelho — Ap 12), utilizando-se de seus dois agentes do mal (o anticristo e o falso profeta, respectivamente: a besta do mar e a besta da terra — Ap 13), atua, inescrupulosa e impiedosamente, tentando levar a cabo o seu plano de impedir o avanço do reino de Deus.
Mas a cena se transforma! Apocalipse 14 é como um glorioso arco-íris após uma terrível tempestade. No meio do caos, de repente, Deus pega o pincel de sua graça e retoca a paisagem do Apocalipse, revelando-nos a beleza que será a vida na glória e como será os tempos do fim. Observe… Leia comigo Apocalipse capítulo 14. Apocalipse 14.
Apocalipse 14 | 1 Então vi o Cordeiro em pé no monte Sião, e com ele estavam os 144 mil que tinham o nome dele e o nome de seu Pai escritos na testa. 2 E ouvi um som que vinha do céu, como o som de fortes ondas do mar, como o som de um poderoso trovão. Era como o som de muitos harpistas tocando juntos. 3 Esse grande coral cantava um cântico novo diante do trono de Deus e diante dos quatro seres vivos e dos 24 anciãos. Ninguém podia aprender o cântico, a não ser os 144 mil que haviam sido comprados da terra. 4 Eles se conservaram puros, sem manter relações com mulheres, e seguem o Cordeiro por onde quer que ele vá. Foram comprados dentre os habitantes da terra como oferta especial a Deus e ao Cordeiro. 5 Não mentem; são irrepreensíveis.
6 Vi outro anjo que voava no ponto mais alto do céu, levando as boas-novas eternas para anunciá-las aos habitantes da terra, a toda nação, tribo, língua e povo. 7 “Temam a Deus!”, dizia em alta voz. “Deem glória a ele, pois chegou o tempo em que ele julgará a humanidade. Adorem aquele que fez os céus, a terra, o mar e todas as fontes de água.”
8 Então outro anjo o seguiu, dizendo em alta voz: “Caiu a Babilônia! Caiu a grande cidade que fez todas as nações beberem do vinho da fúria de sua imoralidade!”.
9 Um terceiro anjo os seguiu, dizendo em alta voz: “Aqueles que adorarem a besta e sua estátua, ou aceitarem sua marca na testa ou na mão, 10 beberão do vinho da fúria de Deus, que foi derramado, sem mistura, na taça da ira de Deus. E serão atormentados com fogo e enxofre na presença dos santos anjos e do Cordeiro. 11 A fumaça de seu tormento subirá para todo o sempre, e não terão alívio de dia nem de noite, pois adoraram a besta e sua estátua e aceitaram a marca de seu nome”. 12 Isso significa que o povo santo deve ser perseverante, obedecendo aos mandamentos de Deus e permanecendo fiel a Jesus. 13 E ouvi uma voz que vinha do céu, dizendo: “Escreva isto: Felizes os que, de agora em diante, morrem no Senhor. Sim, diz o Espírito, eles são verdadeiramente felizes, pois descansarão de seu trabalho árduo; porque suas boas obras os acompanharão”.
14 Em seguida, vi uma nuvem branca e, sentado na nuvem, alguém semelhante ao Filho do Homem. Tinha uma coroa de ouro na cabeça e uma foice afiada na mão. 15 Então outro anjo veio do templo e gritou bem forte para aquele que estava sentado na nuvem: “Use a foice e comece a ceifar, pois chegou a hora da colheita; a safra da terra está madura!”. 16 Assim, aquele que estava sentado na nuvem passou a foice sobre a terra, e toda a terra foi ceifada.
17 Depois disso, outro anjo saiu do templo no céu, e ele também tinha uma foice afiada. 18 Então ainda outro anjo, que tinha poder para destruir com fogo, veio do altar e gritou bem forte para o anjo que segurava a foice afiada: “Agora use sua foice para ajuntar os cachos de uvas da videira da terra, pois estão maduras!”. 19 O anjo passou a foice sobre a terra e encheu de uvas o grande tanque de prensar da fúria de Deus. 20 As uvas foram pisadas no tanque, fora da cidade, e dele correu sangue como um rio de quase trezentos quilômetros de comprimento, com altura que chegava aos freios de um cavalo.
Apocalipse 14 conclui a quarta seção do livro (ainda há outras três pela frente: Ap 15-16; 17-19; 20-22). Como já vimos, esta quarta seção trata da perseguição do dragão (Ap 12) e seus agentes do mal — as bestas do mar e da terra (13), e a Babilônia, a grande prostituta (Ap 14) — contra a Mulher (igreja) e o Filho (Jesus).
Há em Ap 14 três divisões claramente distintas, precisamente as mesmas divisões que a NVI e a NVT aplicaram ao capítulo, separando-o em três blocos. Observe que cada bloco começa com expressões de alerta (NVT): “Então vi” (Ap 14.1); “Vi outro” (Ap 14.6); e “Em seguida, vi” (Ap 14.14). Essas expressões indicam o começo de três parágrafos. Cada parágrafo relata uma visão que tem como objetivo oferecer consolação à igreja em estado de desencorajamento e de desespero: a comunhão com Cristo (Ap 14.1-5); a comunicação dos anjos (Ap 14.6-13); e a consumação dos tempos (Ap 14.14-20).
1. A comunhão com Cristo | Ap 14.1-5
Apocalipse 13 terminou mostrando o sofrimento do povo de Deus nos tempos do fim, relatando que quem não pensar e não proceder como um adorador da besta, em busca da glória dos homens, padecerá horrivelmente. O texto diz assim:
Ap 13.16-18 | 16 Exigiu que grandes e pequenos, ricos e pobres, escravos e livres, todos recebessem uma marca na mão direita ou na testa. 17 E ninguém podia comprar nem vender coisa alguma sem essa marca, que era o nome da besta ou o número que representa seu nome. 18 Aqui é preciso sabedoria. Quem tem discernimento, trate de entender o significado do número da besta, pois é número de homem. Seu número é 666.
Escrevendo sobre o número da besta, George Eldon Ladd informa assim:
João dá o nome da besta de maneira simbólica, usando um esquema conhecido no mundo antigo como gematria [sistema criptográfico que consiste em atribuir valores numéricos às letras]. Nem a língua grega nem a hebraica tinham um sistema numérico. Usavam as letras do alfabeto em lugar de números; por exemplo: A = 1, B = 2, C = 3, etc. Assim um nome podia ser transliterado no número correspondente. Fala-se de uns rabiscos num muro de Pompéia que dizem: “Eu amo a que tem o número 545 (ou øME). […] Com uma manipulação inteligente, pode-se fazer quase tudo com esses números; p.e.: se A = 100, B = 101, C = 102, etc., o número de Hitler é 666.
É possível que o número queira ser algo simbólico. Se o número do Messias, IHXOYX, totaliza 888 (I = 10, H = 8, X = 200, O = 70, Y = 400, X = 200), e 7 é o número perfeito, pode ser que a intenção seja que 666 seja o símbolo para o que o homem é capaz de fazer de melhor, estando impossibilitado de alcançar a perfeição. O máximo que podemos dizer é que se o número da besta é uma profecia de uma situação futura, ninguém ainda foi capaz de resolver o seu significado, mas quando vier a hora o significado será evidente.
Pois bem, diante do poder manipulador da besta ou do anticristo, não se contaminarão apenas aqueles que seguirem com fé, perseverança e sabedoria do alto.
Ap 13.8-10 e 18 | 8 E todos os habitantes da terra adoraram a besta. São eles os que não têm os nomes escritos no Livro da Vida que pertence ao Cordeiro, que foi morto antes da criação do mundo. 9 Quem é capaz de ouvir, ouça com atenção! 10 Quem estiver destinado à prisão será preso. Quem estiver destinado a morrer pela espada morrerá pela espada. Isso significa que o povo santo deve ser perseverante e permanecer fiel. […] 18 Aqui é preciso sabedoria. Quem tem discernimento, trate de entender o significado do número da besta, pois é número de homem. Seu número é 666.
Tal compromisso de fé e perseverança será sim honrado por Deus; e sobre esta honra na comunhão com Cristo no céu é do que trata Apocalipse 14.
Ap 14.1 | Então vi o Cordeiro em pé no monte Sião, e com ele estavam os 144 mil que tinham o nome dele e o nome de seu Pai escritos na testa.
Na terra, impera o sofrimento por não se pertencer à besta nem se viver conforme os seus ditames (Ap 13.16-18); no céu (monte Sião — Hb 12.22), porém, reina o sossego delicioso da presença de Jesus. Lá estão todos os salvos, de todos os tempos, com o Cordeiro (144 mil). Note ainda que, enquanto estiveram na terra, todas as suas ovelhas (Ap 13.8) mantiveram a mente e o pensamento (testa) nas coisas do alto e lutaram para fazer morrer a natureza terrena (Colossenses 3).
Agora João nos revela que os que perseveraram e perseverarem até o fim são os que desfrutarão da companhia e da comunhão com Cristo. Será uma vida de prazerosa celebração a Deus pela vitória sobre o pecado, conquistada pelo Cordeiro de Deus.
Ap 14.2-5 | 2 E ouvi um som que vinha do céu, como o som de fortes ondas do mar, como o som de um poderoso trovão. Era como o som de muitos harpistas tocando juntos. 3 Esse grande coral cantava um cântico novo diante do trono de Deus e diante dos quatro seres vivos e dos 24 anciãos. Ninguém podia aprender o cântico, a não ser os 144 mil que haviam sido comprados da terra. 4 Eles se conservaram puros, sem manter relações com mulheres [sem se prostituirem com a besta, através da grande prostituta = Babilônia — Ap 14.8; 17.2 e 4; 18.3 e 9; 19.2], e seguem o Cordeiro por onde quer que ele vá. Foram comprados dentre os habitantes da terra como oferta especial a Deus e ao Cordeiro. 5 Não mentem; são irrepreensíveis.
Que consolo e ao mesmo tempo que desafio é este texto para nós!
Diante das lutas e das tribulações, que são muitas e terríveis aqui na terra, sejamos encorajados pela visão da comunhão dos Filhos de Deus com o Cristo no céu.
2. A comunicação dos anjos | Ap 14.6-13
Após enxergar o estado de bem-aventurança dos crentes no céu, João vê os eventos que ocorrerão imediatamente antes da segunda vinda de Cristo. Ele assiste um time de três anjos advertindo a humanidade perdida, convocando-nos a voltarmo-nos para Deus com fé genuína no Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. Podemos resumir cada uma das mensagens dos anjos num imperativo: acordem!; analisem!; e arrependam-se!
2.1. Acordem! (Ap 14.6-7)
6 Vi outro anjo que voava no ponto mais alto do céu, levando as boas-novas eternas para anunciá-las aos habitantes da terra, a toda nação, tribo, língua e povo. 7 “Temam a Deus!”, dizia em alta voz. “Deem glória a ele, pois chegou o tempo em que ele julgará a humanidade. Adorem aquele que fez os céus, a terra, o mar e todas as fontes de água.”
O primeiro dos três anjos leva o evangelho aos quatro cantos da terra. É uma imagem dos mensageiros de Deus, das testemunhas de Cristo, dos missionários da igreja chegando aos confins da terra, de cada um de nós crentes fazendo discípulos de Jesus.
A mensagem do Evangelho é para os “habitantes da terra” (v. 6). O verbo “habitar” é kathêmai — significa: “assentar-se” (Mt 22.44; At 2.34, etc.). A imagem, portanto, é clara: os homens estão sentados, serenos, indiferentes, despreocupados, desatentos, displicentes, vendo a vida passar. Esperando o fim chegar, sem a menor noção do perigo que os aguarda. Seguem comendo, bebendo e buscando felicidade passageira à caminho da destruição eterna. A essas pessoas, o evangelho diz: “Acordem! Temam a Deus. Glorifiquem o Cristo. O juízo chegou. Adorem aquele que fez tudo o que vocês desfrutam (terra, céu, mar, fontes das águas) sem qualquer gratidão, enquanto é tempo.” Acordem!
2.2. Analisem! (Ap 14.8)
Então outro anjo o seguiu, dizendo em alta voz: “Caiu a Babilônia! Caiu a grande cidade que fez todas as nações beberem do vinho da fúria de sua imoralidade!”.
A Babilônia representa o mundo como centro de sedução. Ela representa a capital da civilização apóstata dos últimos dias. É a “cidade da destruição”, pois sempre seduziu as pessoas pela riqueza, luxúria, carnalidade e idolatria. Seu cálice de prazer, no entanto, será cálice de ira e de destruição no final.
A Bíblia sempre exortou o homem a nunca se amoldar a este mundo (Rm 12.2), mas o homem, por ser pecador, amou mais as trevas deste mundo do que a luz da graça de Deus em Cristo (Jo 3.19). Muitos, a exemplo de Demas (2Tm 4.10), amaram este mundo e abandonaram a graça de Deus.
A Igreja, porém, representada neste segundo anjo, sempre anunciou e continuará anunciando até o fim: “Parem e analisem a vida que vocês estão levando, pois este mundo cairá. A grande Babilônia caiu!”.
Acordem do pecado! Analisem a vida de vocês! Mas, também…
2.3. Arrependam-se! (Ap 14.9-13)
9 Um terceiro anjo os seguiu, dizendo em alta voz: “Aqueles que adorarem a besta e sua estátua, ou aceitarem sua marca na testa ou na mão, 10 beberão do vinho da fúria de Deus, que foi derramado, sem mistura, na taça da ira de Deus. E serão atormentados com fogo e enxofre na presença dos santos anjos e do Cordeiro. 11 A fumaça de seu tormento subirá para todo o sempre, e não terão alívio de dia nem de noite, pois adoraram a besta e sua estátua e aceitaram a marca de seu nome”. 12 Isso significa que o povo santo deve ser perseverante, obedecendo aos mandamentos de Deus e permanecendo fiel a Jesus. 13 E ouvi uma voz que vinha do céu, dizendo: “Escreva isto: Felizes os que, de agora em diante, morrem no Senhor. Sim, diz o Espírito, eles são verdadeiramente felizes, pois descansarão de seu trabalho árduo; porque suas boas obras os acompanharão”.
Perceberam a mensagem? Acordem do pecado! Analisem suas vidas! Arrependam-se de sua maneira sem Cristo de viver! Engana-se quem crê que após a morte acabou tudo ou que haverá apenas descanso para todo mundo.
Quem segue sem Cristo nesta vida, quem pensa como o mundo (marca da besta na testa) e pratica as obras do mundo (marca da besta na mão direita) — ou seja: quem vai se tornando à imagem e semelhança do anticristo, beberá da ira de Deus no final. Viverão atormentados para todo sempre no inferno de enxofre e fumaça. Em contrapartida, os que perseverarem fieis em Cristo desfrutarão de bem-aventurança.
13 E ouvi uma voz que vinha do céu, dizendo: “Escreva isto: Felizes os que, de agora em diante, morrem no Senhor. Sim, diz o Espírito, eles são verdadeiramente felizes, pois descansarão de seu trabalho árduo; porque suas boas obras os acompanharão”.
Acordem do pecado! Analisem a vida de vocês! Arrependam-se e voltem-se para Deus. Sigam perseverantes e fieis em Cristo.
3. A consumação dos tempos (Ap 14.14-20)
Os versículos finais de Apocalipse 14 descrevem a consumação dos tempos, falam do julgamento final. Há dois grupos distintos aqui destacados. Afinal, no final, haverá apenas dois tipos de gente: os salvos da e os condenados pela ira de Deus. Na verdade, esse texto é uma confirmação das palavras de João Batista em Mateus, que dizem assim:
Mt 3.12 | Ele já tem na mão a pá, e com ela separará a palha do trigo e limpará a área onde os cereais são debulhados. Juntará o trigo no celeiro, mas queimará a palha no fogo que nunca se apaga.
Vejamos cada um dos dois grupos no final dos tempos.
3.1. Os salvos da ira de Deus
Ap 14.14-16 | 14 Em seguida, vi uma nuvem branca e, sentado na nuvem, alguém semelhante ao Filho do Homem. Tinha uma coroa de ouro na cabeça e uma foice afiada na mão. 15 Então outro anjo veio do templo e gritou bem forte para aquele que estava sentado na nuvem: “Use a foice e comece a ceifar, pois chegou a hora da colheita; a safra da terra está madura!”. 16 Assim, aquele que estava sentado na nuvem passou a foice sobre a terra, e toda a terra foi ceifada.
3.2. Os condenados pela ira de Deus
Ap 14.17-20 | 17 Depois disso, outro anjo saiu do templo no céu, e ele também tinha uma foice afiada. 18 Então ainda outro anjo, que tinha poder para destruir com fogo, veio do altar e gritou bem forte para o anjo que segurava a foice afiada: “Agora use sua foice para ajuntar os cachos de uvas da videira da terra, pois estão maduras!”. 19 O anjo passou a foice sobre a terra e encheu de uvas o grande tanque de prensar da fúria de Deus. 20 As uvas foram pisadas no tanque, fora da cidade, e dele correu sangue como um rio de quase trezentos quilômetros de comprimento, com altura que chegava aos freios de um cavalo.
A CONSOLAÇÃO DO APOCALIPSE
Os dias são maus. O próprio Jesus, no seu sermão profético (apocalíptico), advertiu-nos que seria assim. Ele disse:
Mt 24.21-22 | 21 “pois haverá mais angústia que em qualquer outra ocasião desde o começo do mundo, e nunca mais haverá angústia tão grande. 22 De fato, se o tempo de calamidade não tivesse sido limitado, ninguém sobreviveria, mas esse tempo foi limitado por causa dos escolhidos.”
É por amor ao seu povo que Deus vai limitando cada vez mais os dias — abreviando os tempos. Afinal, tem havido muito sofrimento, muita crueldade e a tribulação tende a piorar. Sobreviverão apenas os que perseverarem no Senhor. Vivamos a presente era com os olhos fixos no céu, na comunhão do Cordeiro de Deus com a comunidade dos remidos.
Aos que ainda não são desta comunidade, aos que ainda não têm o nome de Cristo escrito em suas testas (Ap 14.1), há 4 advertências: acordem do pecado, analisem suas vidas à luz da palavra de Deus, arrependam-se e voltem-se para Deus em Cristo Jesus.
Saia daqui cantando um novo cântico:, o cântico do Cordeiro: “Digno é o Cordeiro que foi sacrificado de receber poder e riqueza, sabedoria e força, honra, glória e louvor!” (Ap 5.12).
Mais episódios da série
Apocalipse: Eis que ele vem
Mais episódios da série Apocalipse: Eis que ele vem
Mais Sermões
31 de dezembro, 2019
7 de maio, 2017
31 de março, 2024
21 de outubro, 2018
Mais Séries
A Consolação do Apocalipse
Pr. Leandro B. Peixoto