08.10.2023
1Coríntios 6.7-11 7O simples fato de terem essas ações judiciais entre si já é uma derrota para vocês. Por que não aceitar a injustiça sofrida? Por que não arcar com o prejuízo? 8Em vez disso, vocês mesmos cometem injustiças e causam prejuízos até contra os próprios irmãos. 9Vocês não sabem que os injustos não herdarão o reino de Deus? Não se enganem: aqueles que se envolvem em imoralidade sexual, adoram ídolos, cometem adultério, se entregam a práticas homossexuais, 10são ladrões, avarentos, bêbados, insultam as pessoas ou exploram os outros não herdarão o reino de Deus. 11Alguns de vocês eram assim, mas foram purificados e santificados, declarados justos diante de Deus no nome do Senhor Jesus Cristo e pelo Espírito de nosso Deus.
Prova de que a revolução sexual – mais especificamente: a revolução transgênero – não está em busca apenas de justiça contra o que se chamam de homofobia ou transfobia, não está em busca apenas da chamada equiparação de direitos civis ou mero reconhecimento social… a prova de que a revolução sexual – a revolução gay e transsexual – está – isso sim! – em uma cruzada pela total rendição, a mais absoluta rendição dos valores judaicos-cristãos foi impressa, por exemplo, na matéria que o jornal britânico The Times, com sede em Londres, publicou no último dia 21 de setembro passado. Este foi o destaque da matéria [tradução livre:]: “Estudantes de Oxford classificam igrejas pelo quanto elas são amigáveis aos LGBT+”. Eis o teor da matéria: “Estudantes de Oxford avaliaram igrejas locais com base em quão seguras elas são para [— notem bem!—] cristãos gays e transgêneros. Os estudantes deram notas de 1 a 5 [1 para nada amigável e 5 para totalmente amigável], depois de analisarem sermões e postagens [da igreja na internet: blogs, mídias sociais] e falarem com fiéis”. Jayne Ozanne, uma ativista pelos direitos LGBT+, e que faz parte do Conselho Geral da Igreja da Inglaterra, disse esperar que “o projeto excepcionalmente importante seja”, em suas palavras, “replicado por grupos de base em todo o país”.
Pense um pouquinho: Quanto tempo você acha que levará para que iniciativas como esta se espalhem e cheguem aqui, em nossa igreja, por exemplo? Quanto tempo? Hoje, nesta era digital, o tempo que nos separa deste tipo de iniciativa está à distância de um click. Outra coisa: ainda que se diga que o pretendido com tal iniciativa seja tão somente listar os nomes de igrejas com teologia e prática inclusivas para o publico LGBTQ+, ainda que se fale em apenas disponibilizar listas com nomes de igrejas amigáveis aos “cristãos LGBTQ+”, – sério?! –, quanto tempo você acha que levará para que esse tipo de coisa se torne em uma maneira de se tachar (publicamente tachar) de homofóbica ou transfóbica (e até de discriminar e, sim, incriminar) as igrejas que permanecerão fieis à expressão e à pratica do cristianismo bíblico histórico? Sinceramente, quanto tempo? Quanto tempo levará para essas inovações sociológicas modernas incriminarem o cristianismo e igrejas que permanecerão com a verdade revelada de Deus?
Ó, meus irmãos! Lamento lhes informar: não tardará. A tempestade se aproxima com força (um tornado de categoria 5, com ventos de mais de 400 km/h) – e nós, cristãos, cristãos do tipo old-school, cristãos históricos não podemos arredar o pé: nós cremos que o cristianismo É DEFINIDO pelo que a Bíblia chama de (em Judas 3) “a fé que, de uma vez por todas, foi confiada ao povo santo.” Como dizia o tão amado pregador galês do século passado, Martyn Lloyd-Jones, nossa é a “verdade inalterada e imutável.”
Por que nós não apenas nos juntarmos à revolução? A resposta mais curta é esta: nós não capitulamos com a revolução sexual porque nós não vivemos de revolução, mas de revelação, revelação bíblica – e a Bíblia, explicitamente, nos conclama a batalhar, “diligentemente, pela fé que uma vez por todas foi entregue aos santos.” (Judas 3). Somos, pois, pela verdade. Ponto final. Somos pela verdade porque, PRIMEIRO, somente a verdade poderá libertar e salvar o pecador; e, SEGUNDO, porque somente a vida pautada pela verdade revelada na Bíblia (tal como expressada na interpretação histórico-gramatical praticada ao longo dos séculos; tal como a interpretação ortodoxa do cristianismo) haverá de produzir, realmente, felicidade plena e para sempre, eternamente. Albert Mohler colocou isso muito bem, nestas palavras: “Nós não nos opomos [à revolução sexual] apenas porque cremos que é contrário às Escrituras; cremos que qualquer coisa que se oponha às Escrituras não pode levar ao florescimento humano”. Opomo-nos à revolução sexual por amor, amor cristão. Afinal, como vimos na última mensagem, ninguém (ainda que em nome de Cristo e do amor de Deus)… ninguém que viva na prática do pecado (qualquer pecado, conforme condenado nas Escrituras: homo, trans ou hétero… ninguém que viva na prática do pecado) herdará o reino de Deus (1Co 6.9-10).
O chamado à fidelidade bíblica, portanto, visa a glória de Deus e o bem, o florescimento, a plenitude de vida no presente e eternamente. Nas palavras de Jesus:
Mateus 7.24-25 24“Quem ouve minhas palavras e as pratica é tão sábio como a pessoa que constrói sua casa sobre uma rocha firme. 25Quando vierem as chuvas e as inundações, e os ventos castigarem a casa, ela não cairá, pois foi construída sobre rocha firme.
Como são reconfortantes essas palavras! A igreja que ouvir as palavras de Jesus e as praticar, o cristão que ouvir as palavras de Jesus e as praticar, quando chegar a tempestade, não cairá, mas permanecerá para a glória de Deus. Fidelidade bíblica, portanto, é o que se espera dos crentes e das igrejas de Jesus Cristo neste tempo do fim.
Ok!, mas, visando ser fiel a Jesus Cristo, o que se deve crer e praticar em face da revolução sexual?
Tendo em vista as recentes e constantes movimentações para se “regulamentar o contrato civil de união homoafetiva”, equiparando-o ao casamento ou a entidade familiar, é importante esclarecer qual deve ser a posição do cristão e da igreja (da SIB em Goiânia, inclusive) quanto ao tema homoafetividade, homossexualidade e transexualidade. O texto a seguir é uma tradução adaptada da posição da Igreja Batista Bethlehem (na qual John Piper serviu por 30 anos como pastor). Tal documento foi redigido em 1992, por Piper e por Joe Hallet (que, convertido a Cristo, abandonou a prática homossexual, eventualmente se casou, e viveu com sua esposa até 1997, quando morreu de HIV).
Eis o documento (adaptado):
O que cremos sobre o comportamento homossexual e o ministério às pessoas em conflito com a sexualidade.
NOSSA FÉ EM QUE a Bíblia foi escrita por homens inspirados pelo Espírito de Deus “e é um perfeito tesouro de instrução celestial” e, como tal, “o supremo padrão pelo qual toda conduta e todos os credos e opiniões humanas devem ser julgados”… e NOSSA FÉ EM QUE um cristão, em tudo o que faça, deve viver para a glória de Deus… INCLUEM as seguintes seis afirmações de fé a respeito de pessoas em conflito com a sexualidade:
Este é o nosso chamado, meus irmãos: sermos fieis em meio à tempestade – fieis à “fé que, de uma vez por todas, foi confiada ao povo santo.” (Jd 3)… este é o nosso chamado: temos de pregar o evangelho, cheios de graça e de verdade; além de pregar o evangelho, temos de aconselhar e discipular com o evangelho (que é, de fato, o único poder para a salvação e a real transformação de vidas)… este é o nosso chamado: dizer que a revolução sexual não liberta, ela, antes, escraviza e mata e condena à perdição eterna; somente Jesus Cristo liberta o pecador; tanto que ele própria disse: João 8.32 (ARA): “e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará.”; mas como? qual verdade?, ouça o complemento do Senhor: João 8.36 (ARA): “Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres.” Cristo é a verdade, a única verdade que liberta.
Pois bem, como a igreja poderá ajudar (como você poderá ajudar) alguém com desejo de abandonar qualquer prática sexual – homossexual, heterossexual, qualquer prática sexual – pecaminosa? Como a igreja poderá ajudar alguém que a procure ou que te procure, pedindo ajuda, pois tem considerado fazer cirurgia para mudança de sexo (adulto ou criança, quem quer que seja)? Como ajudar alguém que diz: o que eu devo fazer com esses desejos insuportavelmente fortes que sinto? Como ajudar alguém que diz assim: e quanto a mim e ao fato de me sentir mulher mesmo tendo um corpo masculino, ou de me sentir homem mesmo tendo um corpo feminino? O que eu deveria fazer? Me ajude!
Estas são as questões postas a nós, meu povo: como ajudar essas pessoas?
Antes de apontarmos algumas diretrizes, precisamos inserir neste ponto uma realidade da qual nós não estamos falando; a saber: aqueles casos raros de pessoas com ambos os conjuntos de órgãos genitais. São as pessoas hoje denominadas interssexuais (outrora, hermafroditas). Há, de fato, uma ambiguidade real nesse caso, não uma ambiguidade de preferência, mas uma ambiguidade de natureza. Portanto, não estamos falando dessa situação tão triste.
Nesse caso, aqui está o que eu diria se fosse o pai ou se fosse procurado por algum pai e ou mãe: eu faria (ou eu diria para se fazer) um esforço, ainda que doloroso, para discernir genética e cromossomicamente a base biológica mais clara possível para identificar a identidade sexual do bebê ou dá pessoa; então eu criaria a criança de acordo com esse sexo, ou trataria a pessoa de acordo com esse sexo, usando qualquer cirurgia ou ajuda hormonal disponível, além de aconselhamento e cuidado psicológico. Portanto, não estamos falando sobre essa situação neste momento. Essa é uma ambiguidade anatômica real e dolorosa. Estamos falando de pessoas cuja natureza anatômica e cromossômica está claramente definida como homem ou mulher.
Pois bem, aqui está o que nós podemos fazer para ministrar com o evangelho àqueles que nos procuram para ajudá-los na confusão com a sexualidade. Teremos que dizer os seguintes a essas pessoas:
1. Decida seguir a palavra de Deus
Decida de uma vez por todas que você seguirá a palavra de Deus aonde quer que ela o leve, e faça isso até o fim da sua vida ou até que Jesus volte. Não deixe este ponto em aberto. A maioria de nós tropeça no pecado porque deixa as coisas em aberto. Não se assume compromissos e resoluções firmes e claras, pautadas na revelação de Deus. Portanto, decida seguir a Bíblia. Foi por isso que começamos onde começamos, lá no início desta série, avaliando toda essa questão de gênero à luz da palavra de Deus.
2. Reconheça a realidade dos desejos desordenados
Perceba que esses desejos que você tem – essa sensação recorrente de se sentir como um gênero diferente daquele que você é biologicamente – esses impulsos, esses sentimentos, essa orientação pelo mesmo sexo, tudo isso faz sim parte da experiência humana universal, com desejos desordenados resultado da queda do homem no pecado. E cada um de nós nasce com desejos desordenados que precisam ser subjugados.
Pense sobre isto: a variedade de distúrbios ou desordens ou pecados em nossos desejos é virtualmente infinita (tanto que a sigla termina com um sinal de “mais”: LGBTQI+). Na verdade, a capacidade médica ou psicológica de definir distúrbios ou desordens de nossos desejos sexuais pecaminosos é praticamente zero. Ou seja: a dor e o sofrimento causados pelos nossos impulsos sexuais pecaminosos, ou causados pelos distúrbios que nos foram produzidos pelo pecado são gigantescos, reais e, pelos homens, insolúveis. Só há esperança definitiva pelo evangelho de Cristo.
O que estamos tentando dizer é o seguinte: todos nós precisamos de uma compreensão firme da profundidade e difusão do pecado e do seu impacto físico e biológico. Para os humanos, tudo começou com Adão e Eva. Foi transmitido de geração em geração. Perpassa os membros físicos, diz a Bíblia, e, em última análise, não está sob nosso controle natural. É assim que o pecado é tão profundo em nós; e essa inclinação para o pecado não pode agradar a Deus sem ser conquistada pela graça soberana. É por isso que todos nós temos desejos inatos e pecaminosos, e a maioria deles está relacionada de uma forma ou de outra ao nosso corpo. Portanto, não há desculpas para nós em face desses fortes desejos psicológicos e físicos.
Por exemplo, a quase totalidade dos crimes violentos no Brasil são cometidos por um gênero apenas: o masculino. Por que? Bem, em parte porque os homens têm, sei lá!, dez vezes mais testosterona que as mulheres, muito mais força e tudo o mais que envolve ser homem, biologicamente, anatomicamente. Agora: isso nos desculpa? Podemos agir violentamente apenas porque somos homens, fomos criados assim? Claro que não. Isso não nos desculpa. Está estatística é fisicamente demonstrável porque a quase totalidade de todos os crimes violentos no Brasil são cometidos por homens, nem por isso nós, homens, somos desculpados por essa forte realidade psicofísica que está em nós, empurrando-nos para esse tipo de atos criminosos. Sem dizer que também as mulheres não seriam desocupadas por qualquer ato pecaminoso por causa de seus hormônios descompensados e da TPM. Ou seria?
Portanto: PRIMEIRO, decida seguir a palavra de Deus; SEGUNDO, reconheça a realidade dos desejos desordenados…
3. Confie nas promessas de Deus
Confie nas promessas de Deus, compradas com o sangue de Cristo para lhe dar a ajuda emocional, pessoal, material e relacional que você precisa para viver em liberdade – livre da satisfação de desejos desordenados. Por exemplo, tomemos o amor ao dinheiro. Estou me referindo ao desejo profundo e desordenado de amor ao dinheiro. Eis como a Bíblia ensina a tratar essa inclinação pecaminosa: Hebreus 13.5: “Não amem o dinheiro; estejam satisfeitos com o que têm. Porque Deus disse: ‘Não o deixarei; jamais o abandonarei’.” Percebeu? A maneira de se combater um desejo pecaminoso é confiando em uma promessa de Deus, comprada com o sangue de Cristo.
A presença de Deus e a promessa de Deus fazem uma diferença emocional poderosa na resistência aos desejos pecaminosos e na busca de contentamento em situações realmente dolorosas e difíceis. É assim que funciona para todos nós: confiar nas promessas de Deus para cortar o poder dos desejos desordenados e dar contentamento em épocas de sonhos fracassados. Essa é a experiência da vida cristã normal. Alguns têm de lutar contra algumas coisas, outros têm de lutar contra outras coisas, mas todos lutam contra alguma inclinação do pecado – e em Cristo é possível vencer o pecado:
2Coríntios 5.15-17 15Ele morreu por todos, para que os que recebem sua nova vida não vivam mais para si mesmos, mas para Cristo, que morreu e ressuscitou por eles. […] 17Logo, todo aquele que está em Cristo se tornou nova criação. A velha vida acabou, e uma nova vida teve início!
Portanto: PRIMEIRO, decida seguir a palavra de Deus; SEGUNDO, reconheça a realidade dos desejos desordenados; TERCEIRO, confie nas promessas de Deus…
4. Apoie-se no Espírito Santo
Apoie-se com fé no Espírito Santo e, pelo poder do Espírito, diga: “Não!” aos desejos desordenados:
Romanos 8.12-14 12Portanto, irmãos, vocês não têm de fazer o que sua natureza humana lhes pede, 13porque, se viverem de acordo com as exigências dela, morrerão. Se, contudo, pelo poder do Espírito, fizerem morrer as obras do corpo, viverão, 14porque todos que são guiados pelo Espírito de Deus são filhos de Deus.
Então, muito especificamente, se você começar a desejar assumir um sexo diferente; se começar a surgir o desejo de imitar os maneirismos ou assumir as posturas ou de fantasiar como o sexo oposto ou como entregando seu corpo ao pecado, Paulo diz: pelo Espírito, faça morrer as obras do corpo. Ou seja: invoque o Espírito Santo em nome de Jesus, para ajudá-lo(a); então abrace a promessa de Deus como um prazer superior às promessas do pecado; por fim, desfrute a alegria de longo prazo na santidade (os limpos de coração verão a Deus, cf. Mt 5.8), em vez do prazer de curto prazo no pecado. Todos nós temos de fazer isso, se quisermos vencer a luta contra o pecado.
Portanto: PRIMEIRO, decida seguir a palavra de Deus; SEGUNDO, reconheça a realidade dos desejos desordenados; TERCEIRO, confie nas promessas de Deus; QUARTO, apoie-se no Espírito Santo… e
5. Apresente seu corpo em sacrifício de louvor a Deus
Agora, a contrapartida positiva de se matar os maus desejos pelo Espírito; isto é, em vez de se entregar ao pecado, apresente seus membros, seu corpo em todas as suas partes – à justiça de Deus, como sacrifício de louvor a Deus:
Romanos 6.13-14 13Não deixem que nenhuma parte de seu corpo se torne instrumento do mal para servir ao pecado, mas em vez disso entreguem-se inteiramente a Deus, pois vocês estavam mortos e agora têm nova vida. Portanto, ofereçam seu corpo como instrumento para fazer o que é certo para a glória de Deus. 14O pecado não é mais seu senhor, pois vocês já não vivem sob a lei, mas sob a graça de Deus.
Efésios 4.21-24 21Uma vez que ouviram falar de Jesus e foram ensinados sobre a verdade que vem dele, 22livrem-se de sua antiga natureza e de seu velho modo de viver, corrompido pelos desejos impuros e pelo engano. 23Deixem que o Espírito renove seus pensamentos e atitudes 24e revistam-se de sua nova natureza, criada para ser verdadeiramente justa e santa como Deus.
Colossenses 3.1-8 1Uma vez que vocês ressuscitaram para uma nova vida com Cristo, mantenham os olhos fixos nas realidades do alto, onde Cristo está sentado no lugar de honra, à direita de Deus. 2Pensem nas coisas do alto, e não nas coisas da terra. 3Pois vocês morreram para esta vida, e agora sua verdadeira vida está escondida com Cristo em Deus. 4E quando Cristo, que é sua vida, for revelado ao mundo inteiro, vocês participarão de sua glória. 5Portanto, façam morrer as coisas pecaminosas e terrenas que estão dentro de vocês. Fiquem longe da imoralidade sexual, da impureza, da paixão sensual, dos desejos maus e da ganância, que é idolatria. 6É por causa desses pecados que vem a ira de Deus. 7Vocês costumavam praticá-los quando sua vida ainda fazia parte deste mundo, 8mas agora é o momento de se livrarem da ira, da raiva, da maldade, da maledicência e da linguagem obscena.
É crucial, portanto, agirmos de acordo com quem somos em Cristo.
6. Busque sabedoria
Se for ainda muito pequeno ou muito jovem, se for adolescente, converse com seus pais sobre o que você está enfrentando, caso haja alguma tentação em relação a essa coisa de transgênero, homoafetividade ou qualquer outro desejo sexual pecaminoso. E como pai ou mãe, extraia de seu filho o que ele ou ela está sentindo. Busque a sabedoria de cristãos que passaram por coisas semelhantes e caminharam retamente – e obtenha o melhor conselho médico possível de um médico que compartilhe suas convicções bíblicas sobre o desígnio de Deus para homens e mulheres.
Quero indicar dois livros imprescindíveis sobre este tema, escritos por Rosaria Champagne Butterfield (ambos publicados pela editora Modernismo). Rosaria, doutora e professora de literatura inglesa, outrora lésbica e ativista declarada, especializada, dentre outros, em “Teoria Queer” e “Teoria Feminista”, foi convertida ao cristianismo e é agora esposa de um pastor presbiteriano na Carolina do Norte (EUA) e mãe que educa os filhos em casa. Eis suas duas obras em português, que você precisa ler:
Busque sabedoria! E, por fim…
7. Olhe adiante, para a glória eterna
A vida é difícil. Estamos todos quebrados. Ficamos todos desordenados por causa do pecado. A esperança última da vida, portanto, não está aqui, nesta vida. Olhe para o dia em que esta aflição leve e momentânea, de oitenta ou noventa anos que seja!, terminará e então a alegria eterna e a plenitude perfeita reinarão, inclusive em nosso corpo.
2Coríntios 4.17—5.7 17Pois estas aflições pequenas e momentâneas que agora enfrentamos produzem para nós uma glória que pesa mais que todas as angústias e durará para sempre. 18Portanto, não olhamos para aquilo que agora podemos ver; em vez disso, fixamos o olhar naquilo que não se pode ver. Pois as coisas que agora vemos logo passarão, mas as que não podemos ver durarão para sempre. 5.1Sabemos que, quando nosso corpo terreno, esta tenda em que vivemos, se desfizer, teremos um corpo eterno, uma casa no céu feita para nós pelo próprio Deus, e não por mãos humanas. 2Na tenda terrena, gememos e desejamos ansiosamente nos vestir com nosso lar celestial, como se fosse uma roupa nova. 3Porque de fato nos vestiremos com um corpo celestial, e não ficaremos despidos. 4Enquanto vivemos nesta tenda que é o corpo terreno, gememos e suspiramos, mas isso não significa que queremos ser despidos. Na verdade, queremos vestir nosso corpo novo, para que este corpo mortal seja engolido pela vida. 5Deus nos preparou para isso e, como garantia, nos deu o Espírito. 6Portanto, temos sempre confiança, apesar de sabermos que, enquanto vivemos neste corpo, não estamos em nosso lar com o Senhor. 7Porque vivemos por fé, e não pelo que vemos.
Este, pois, é o caminho – árduo, doloroso e algumas vezes até caótico, inicialmente, mas totalmente possível – para a sua restauração; e o caminho para você poder ajudar alguém nesta luta que é a confusão com a sexualidade:
Decida seguir a palavra de Deus;
Reconheça a realidade dos desejos desordenados;
Confie nas promessas de Deus;
Apoie-se no Espírito Santo
Busque sabedoria
Olhe adiante, para a glória eterna, quando seremos engolidos pela glória de Cristo.
Crentes em Cristo, a tempestade que se aproxima é real e, de muitas maneiras, será letal. Nosso chamado é para pregar e viver, viver e pregar – com graça e verdade – o único evangelho poderoso para transformar e salvar o pecador, dando-lhe, de verdade, vida plena, agora e eternamente. Não podemos esmorecer. Não podemos ceder ou nos entregar. O sal e a luz do evangelho de Jesus Cristo – a fé que de uma vez por todas foi entregue à igreja – é a única esperança para este mundo apodrecido e em trevas.
Outra coisa: não podemos acreditar que qualquer bandeira política será capaz de mudar o mundo e as pessoas. De jeito nenhum! Nossa bandeira é o evangelho. Portanto, não aponte as pessoas para a política, apontem-nas para a cruz, a cruz de Cristo.
Em nossos dias tem muita gente, muita gente mesmo, principalmente líderes e pastores, pressionando as igrejas, organizações civis de natureza religiosa, ao ativismo político. Há membros de igreja que também pressionam seus pastores a esse ativismo. Esse não é o papel da igreja ou de pastores.
Igreja e pastores são para, no poder do Espírito Santo, alimentar o rebanho de Deus com a palavra de Deus centrada no evangelho de Cristo crucificado e ressuscitado. Não espere de seus pastores que eles filiem vocês a certos candidatos políticos ou organizem vocês em torno de iniciativas legislativas. Isso não é papel de pastor ou igreja. Fuja deles. Papel de pastor é que ele aponte repetidamente o rebanho de Deus para Deus e para a palavra de Deus, e para a cruz.
Por favor, tentem compreender isto: quando alerto o rebanho sob os meus cuidados contra a politização da igreja, não o faço como quem esteja diminuindo o poder da igreja, mas como quem está agindo para aumentá-lo. O impacto da igreja para a glória de Cristo e para o bem do mundo não aumenta quando a igreja muda as suas prioridades – trocando a adoração a Deus, a conquista de almas, a nutrição da fé dos eleitos, a formação cristã de novas gerações de discípulos… pela política partidária do momento (ainda que por uma boa causa). Igrejas que fazem isso, pastores que fazem isso, podem até achar que conquistaram algum poder por terem eleito este ou aquele candidato, ou mesmo conquistado a aprovação desta ou daquela pauta; mas a médio e longo prazo, essas igrejas e pastores perderão o verdadeiro poder e a real influência.
Agora, se todo o conselho de Deus for pregado com poder, semana após semana, os cristãos que são cidadãos do céu e cidadãos desta república democrática chamada Brasil serão equipados e capacitados com o evangelho para falar e agir para o bem comum – em todas as camadas da sociedade civil. Eu quero servir você assim. Os demais pastores desta igreja também.
Pois bem, a tempestade se aproxima, e nossa tarefa é apontar para a cruz de Cristo, e abrir os braços para recebermos os refugiados desta revolução sexual. Quero terminar esta mensagem e esta série de mensagens com as palavras finais de Mohler no capítulo 6 de seu livro The Gathering Storm. O capítulo trata da tempestade sobre gênero e sexualidade, e esta é a conclusão deste profeta contemporâneo, Albert Mohler Jr.:
[Os cristãos devem] estar prontos para receber os [refugiados da revolução, da rebelião sexual]. Sabemos que a revolução sexual não pode cumprir as suas promessas. Os revolucionários morais embarcaram numa campanha de propaganda, prometendo realização e aceitação. Isto é especialmente verdade no movimento transgênero, onde muitos homens e mulheres – e cada vez mais meninos e meninas, jovenzinhos – são submetidos a uma cirurgia de “redesignação de gênero”. Através de tratamentos hormonais e cirurgias, a revolução transgênero promete aos seus seguidores uma vida de realização e uma nova identidade. Muitos já se arrependem de sua decisão. Na verdade, nós estamos condenados se acreditarmos que nossa identidade pode ser recuperada por meio de cirurgia ou terapia. No final, só o Deus que nos criou no princípio pode nos dar uma identidade autêntica.
Esta revolução deixará no seu rasto refugiados feridos e decepcionados – na verdade, ainda pior do que isso. A igreja de Jesus Cristo deve estar pronta para recebê-los com graça, amor e terna compaixão. Jesus planejou seu ministério em torno de estar com os pecadores – ele comia com eles, os amava e entrava na casa deles, muitas vezes para consternação das elites religiosas. Em Lucas 19.10, Jesus declarou [NVT]: “Porque o Filho do Homem veio buscar e salvar os perdidos”. Lamentavelmente, a igreja tem frequentemente condenado ao ostracismo [tem repelido] muitos membros da comunidade LGBTQ+ por causa de uma retórica prejudicial e de uma justiça própria que é imprópria para a igreja de Cristo. O povo de Deus serve como embaixada de Deus em um mundo perdido e moribundo. Somos embaixadores de Cristo, colocados aqui para pregar e proclamar o reino vindouro, as boas novas do evangelho e a vida que é encontrada em Cristo e somente em Cristo.
No meio desta revolução sexual, mesmo enquanto enfrentamos esta tempestade que se aproxima, os cristãos não devem render-se, nem à incredulidade, nem a um coração endurecido. Render-se a esta nova liberdade erótica leva a uma rejeição das verdades essenciais do próprio evangelho. Enfrentamos a revolução com a revelação, cônscios de que Deus não nos deixou sozinhos e sem saber o que fazer. Recebemos a palavra de Deus, sem a qual não teríamos nada a dizer sobre estas questões. Mas Deus falou, e nós também devemos falar. Tudo o que Deus revela é para o nosso bem e para o bem de todos os que ouvirem e crerem. Essa é a nossa confiança. Não temos mais aonde recorrer.
Realmente, só há uma esperança: o evangelho de Cristo: 1Coríntios 6.11 — “Alguns de vocês eram assim [praticantes do pecado], mas foram purificados [não precisam sentir vergonha ou nojo de si mesmo] e santificados [estão lutando contra o pecado], declarados justos diante de Deus no nome do Senhor Jesus Cristo e pelo Espírito de nosso Deus [foram salvos e inseridos no corpo de Cristo, a igreja].
S.D.G. L.B.Peixoto
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