04.06.2017
A SOGRA QUE A NORA AMOU
Rute 1
15 “Olhe, sua cunhada voltou para o povo e para os deuses dela”, disse Noemi a Rute. “Você deveria fazer o mesmo!” 16 Rute respondeu: “Não insista comigo para deixá-la e voltar. Aonde você for, irei; onde você viver, lá viverei. Seu povo será o meu povo, e seu Deus, o meu Deus. 17 Onde você morrer, ali morrerei e serei sepultada. Que o SENHOR me castigue severamente se eu permitir que qualquer coisa, a não ser a morte, nos separe!”. 18 Quando Noemi viu que Rute estava decidida a ir com ela, não insistiu mais. 19 Então as duas seguiram viagem. […]
O problema entre sogras e noras
Segundo os parachoques de caminhão, são os homens que mais se incomodam com as sogras. De acordo com uma pesquisa da universidade de Cambridge, no entanto, quem mais reclama mesmo das sogras são as mulheres: 60% das noras contra 15% dos genros estudados pela psicóloga Terri Apter tinham problemas com as sogras. Mas será que o direito à reclamação é sempre dos genros e noras, nunca das sogras?
A mesma pesquisa, que deu origem ao livro O que você quer de mim? Aprendendo a se relacionar com os sogros, aponta que noras e sogras reclamam umas das outras em proporções idênticas. Como as duas são feitas da mesma carne e osso que o restante da humanidade, reclamações divididas são um bom indício de que, se às vezes quem exagera é a sogra, outras quem azeda a relação é a nora. Mesmo que não ganhe fama nos parachoques.
Para a psicoterapeuta familiar Elisabete Meneses, a imagem da sogra problemática é uma construção cultural. Eis o que ela disse:
Ainda que ganhe respaldo psicanálitico diante da hipótese recorrente de que a sogra pode ver na nora uma ameaça que tenta “roubar-lhe” o filho, isso não significa que esse seja um problema padrão das sogras, muito menos que elas sejam as únicas que podem encontrar obstáculos na relação. Não existe um papel mais ou menos problemático no triângulo nora-sogra-filho. Os indivíduos vão se comportar de acordo com as relações que construíram ao longo da vida. A mãe pode ser ciumenta, o filho pode ser dependente e a nora pode ser territorialista antes mesmo de o casal se formar. Quando todos partem de relações saudáveis, é difícil criarem neuroses pelo simples fato de construírem uma família.
Quando a gente observa as principais reclamações que sogras e noras fazem umas das outras, fica evidente que a culpa é sempre do coração pecaminoso. A verdade é que sogras não são bruxas e noras não são princesas, ambas são pecadoras. Quer ver uma coisa?
Vocês sabem quais são as principais reclamações que noras fazem sobre sogras? Ouçam:
Agora, vocês sabem quais são as principais reclamações que sogras fazem sobre noras?
Percebeu? As principais queixas sempre surgem da mesma fonte: um coração centrado em si mesmo, que não se entrega à graça e ao cuidado de Deus. Eis, por exemplo o que a psicóloga Elisabeth Mendes prescreve para uma das causas mais comuns dos conflitos entre sogras e noras. Ouça com cuidado o que ela escreve e tente discernir teologicamente essa resposta:
Encarar a relação com a sogra como uma competição é um dos erros mais comuns das noras. Muitas mulheres já entram nessa relação na defensiva, e a partir daí tudo é motivo para transformar pequenos atritos e mal-entendidos do cotidiano em grandes problemas que podem minar a relação.
O problema entre sogras e noras, entre genros e sogros, enfim, o problema entre seres humanos é sempre um problema do coração; i.e., quem reina ou quem governa tanto o meu mundo interior como o meu mundo exterior, Deus ou eu mesmo? Sempre que nos colocamos no centro surgem choques de relacionamentos.
O triunfo de Rute
O texto que temos para hoje narra a cena memorável de Rute com sua sogra Noemi. A história é belíssima. Aliás, o livro todo é lindíssimo, um dos meus preferidos na Bíblia.
A história se abre com tragédia e se fecha com triunfo. É a história de como Deus tomou uma moabita com o nome de Rute, tirou-a da morte e das trevas e fez dela parte do povo da aliança com Deus. Essa não é apenas a história da bisavó de Davi (sim, Rute foi a bisavó de Davi por parte de pai!), mas de como essa mulher foi transformada; é a história de uma pecadora perseguida pela graça. Ouça a nota com a qual o livro se encerra:
Rt 4.21-22 | 21 Salmom gerou Boaz. Boaz [marido de Rute] gerou [com Rute] Obede. 22 Obede gerou Jessé. Jessé gerou Davi [Jesus nasceu da linhagem de Davi!].
Três viúvas na bacia para pedicure
A cena memorável que nós temos para hoje nos apresenta três viúvas: Noemi e suas duas noras, Orfa e Rute. Elas acabaram de perder seus maridos (Rt 1.3-5) e se encontram todas numa situação dificílima, pois viviam em sociedade patriarcal, totalmente dependentes dos esposos. O estado de Noemi, a sogra, era ainda pior, pois ela era natural de Belém na Judeia e jamais deveria ter ido morar em Moabe — terra montanhosa na margem oriental do Mar Morto; atualmente, Jordânia. Para se ter uma ideia do desprezo que judeus nutriam por moabitas, ouçam o salmista:
Sl 60.8 | “Moabe é minha bacia de lavar (bacia para pedicure); sobre Edom limparei os pés e darei um grito de triunfo sobre a Filístia”.
Ao falar dos moabitas, Deus os coloca em categoria tão baixa quanto a bacia usada por escravos para lavar os pés de seus senhores. Mas lá era o lugar onde Noemi se encontrava, ela e suas duas noras moabitas, Rute e Orfa.
Interessante, pois mergulhadas naquela bacia para pedicure cheia de água quente do sofrimento, Noemi, Orfa e Rute tomam decisões que revelam bem o que estava em seus corações. Sim, pressões, atritos e sofrimento (água quente) sempre extraem o que há de melhor ou de pior nos nossos corações.
Diante do sofrimento, cada uma delas precisava tomar uma decisão, e assim elas fizeram. Observe comigo o que cada uma decidiu fazer e o que as suas escolhas revelam sobre os seus corações e as possíveis consequências de seus atos. Veremos que Noemi escolheu voltar para casa, Orfa escolheu virar as costas e Rute escolheu viver com Deus.
1. Noemi escolheu voltar para casa
Noemi escolheu voltar para casa. Observe (Rt 1.3-7):
3 Elimeleque morreu, e Noemi ficou com os dois filhos. 4 Eles se casaram com mulheres moabitas, que se chamavam Rute e Orfa. Cerca de dez anos depois, 5 Malom e Quiliom também morreram. Noemi ficou sozinha, sem os dois filhos e sem o marido. 6 Noemi soube em Moabe que o SENHOR havia abençoado seu povo, dando-lhe boas colheitas. Então Noemi e suas noras se prepararam para deixar Moabe. 7 Ela partiu com suas noras do lugar onde havia morado e seguiram para a terra de Judá.
À princípio você pensa: Que joia, Noemi ouviu a voz de Deus. Só que não! Ela não estava atrás de Deus. Ela estava atrás de pão. Aliás, foi por falta de pão que o marido, ela e os filhos deixaram Belém e partiram para Moabe. Veja (Rt 1.1-2):
1 Nos dias em que os juízes governavam Israel, houve grande fome na terra. Por isso, um homem deixou seu lar, em Belém de Judá, e foi morar na terra de Moabe, levando consigo esposa e dois filhos. 2 O homem se chamava Elimeleque, e a esposa, Noemi.
Deus não fala com eles e eles não oram pedindo a direção de Deus; eles simplesmente decidem tentar a vida noutro lugar. Para essa família era mais importante sobreviver do que fazer a vontade de Deus. Mas, esse tipo de coisa só acontecia nos dias de Rute, não é mesmo? Hoje não. Hoje todo mundo quer viver para agradar a Deus. Viver só para sobreviver é coisa do passado. Só que não! Hoje, como bem expressou o salmista, todo mundo trabalha duro, dorme tarde, busca o pão e não se dá conta de que o provedor é Deus (Sl 127.1-2); essa gente só quer casa e conforto, não quer Deus.
Qual é o problema com esse tipo de mentalidade; i.e., viver para casa e conforto?
Primeiro, transforma Deus num lobista, num agenciador de negócios, alguém que existe para abrir portas para mim, trabalhar pelos meus interesses profissionais, sociais e de bem-estar; um captador de recursos. Veja o caso de Noemi: quando a coisa apertou em Belém, eles fugiram para Moabe; quando a coisa apertou em Moabe, ela voltou para Belém. A vida dela é um zigue-zague, cheia de idas e vindas, cheia de cabeçadas. Cade Deus? Deus é o padeiro da história. Se tem pão a gente fica, se falta pão a gente dá no pé e vai procurar noutra padaria; e quando o padeiro resolver fazer mais pão a gente volta. Deus é um lobista, um padeiro. Ele não passa de um agenciador de negócios.
Segundo, transforma lugares e pessoas em objetos de consumo, não em alvos de amor. Veja o caso de Noemi: é triste, mas ela não vê o povo com amor, não vê a cidade como lugar para se viver para abençoar e não apenas para plantar e colher e sugar. Todos são meros competidores. Assim é que, quando falta pasto em Belém, eles vão tentar a vida em Moabe; quando fica sem espaço em Moabe, ela volta para Belém. Enquanto isso, nada de significativo e de amoroso foi feito nem em Belém nem em Moabe.
Terceiro, transforma a vida numa busca pelo sucesso e o bem-estar, não em uma oportunidade para se exercer a vocação, espalhando o reino de Deus aonde se vai ou onde se chega. Veja o caso de Noemi: à princípio, ela puxa as noras pelos braços e leva-as consigo, mas depois ela cai em si e manda-as voltar. Ouça o que ela disse (Rt 1.8-15):
8 A certa altura, porém, Noemi disse às noras: “Voltem para a casa de suas mães! Que o SENHOR as recompense pelo amor que demonstraram por seus maridos e por mim. 9 Que o SENHOR as abençoe com a segurança de um novo casamento. Então deu-lhes um beijo de despedida, e as três começaram a chorar em alta voz. 10 “Não!”, disseram elas. “Queremos ir com você para o seu povo!” 11 Noemi, porém, respondeu: “Voltem, minhas filhas. Por que vocês viriam comigo? Acaso eu ainda poderia dar à luz outros filhos que cresceriam e se tornariam seus maridos? 12 Não, minhas filhas, voltem, pois sou velha demais para me casar outra vez. E, mesmo que fosse possível eu me casar esta noite e ter filhos, o que aconteceria então? 13 Vocês esperariam que eles crescessem, deixando assim de se casarem com outro homem? Claro que não, minhas filhas! Esta situação é muito mais amarga para mim do que para vocês, pois o próprio SENHOR está contra mim”. 14 Então choraram juntas mais uma vez. 15 “Olhe, sua cunhada voltou para o povo e para os deuses dela”, disse Noemi a Rute. “Você deveria fazer o mesmo!”
Viu? Ela só pensa em termos do que ela pode dar e não do que Deus pode fazer. Ela chega a nos passar a impressão de que temia que suas noras se decepcionassem da mesma forma que ela havia se decepcionado com Deus. Noemi parece não se importar que Orfa voltaria para os deuses dela (Rt 1.15). Que diferença a atitude de Noemi em relação a atitude de Moisés com seu cunhado:
Nm 10.29-32 | 29 Moisés disse a seu cunhado Hobabe, filho do midianita Reuel [Jetro]: “Estamos a caminho do lugar que o SENHOR nos prometeu, pois ele disse: ‘Eu o darei a vocês’. Venha conosco e o trataremos bem, pois o SENHOR prometeu boas coisas a Israel!”. 30 “Não irei”, respondeu Hobabe. “Preciso voltar para minha própria terra e para minha família.” 31“Por favor, não nos deixe”, pediu Moisés. “Você conhece os lugares do deserto onde poderemos acampar. Venha e seja nosso guia. 32 Se nos acompanhar, compartilharemos com você todas as boas coisas que o SENHOR nos der.”
Ao tratar a vida com Deus de forma utilitária (toma lá, dá cá), consumista (uso e consumo de gentes e de lugares) e imediatista ou mundana (bem-estar terreno), Noemi colheu frutos amargos, muito amargos.
Ela ficou sem chão onde colocar os pés; afinal, perdeu marido e filhos que haviam se tornado ídolos, e perdeu também o bem-estar de casa. Pior de tudo, porém, ela ficou céptica, perdeu a fé em Deus. É muito triste de se ler as declarações que ela faz de Deus:
19 Então as duas seguiram viagem. Quando chegaram a Belém, toda a cidade se agitou por causa delas. “Será que é mesmo Noemi?”, perguntavam as mulheres. 20 “Não me chamem de Noemi”, respondeu ela. “Chamem-me de Mara, pois o Todo-poderoso tornou minha vida muito amarga. 21 Cheia eu parti, mas o SENHOR me trouxe de volta vazia. Por que me chamar de Noemi se o SENHOR me fez sofrer e se o Todo-poderoso trouxe calamidade sobre mim?” 22 Assim, Noemi voltou de Moabe acompanhada de sua nora Rute, a jovem moabita. Elas chegaram a Belém quando começava a colheita da cevada.
Noemi não enxerga que tudo aquilo não passava de consequência por seus erros dos passado, ou seja: agir sem consultar a Deus. Também ela não enxerga que Deus estava prestes a reconstruir a vida dela através de sua nora Rute:
22 Assim, Noemi voltou de Moabe acompanhada de sua nora Rute, a jovem moabita. Elas chegaram a Belém quando começava a colheita da cevada.
Ao escolher apenas voltar para casa, Noemi não só deixou de viver todo o seu potencial para abençoar, como também chamou para si mais tristezas e amarguras.
Sogras assim, aliás, pessoas assim, que tiram os olhos de Deus e vivem só para si mesmos ou para a casa, tornam-se amargas e difíceis de conviver.
2. Orfa escolheu virar as costas
Orfa escolheu virar as costas. Observe (Rt 1.14-15):
14 Então choraram juntas mais uma vez. Orfa se despediu de sua sogra com um beijo, mas Rute se apegou firmemente a Noemi. 15 “Olhe, sua cunhada voltou para o povo e para os deuses dela”, disse Noemi a Rute. “Você deveria fazer o mesmo!”
Se o coração de Noemi estava apenas na casa e nas coisas que ela não conseguiu manter em casa, vemos no texto que o coração de Orfa estava na sua parentela, no lugar onde ela nasceu e cresceu, nos seus ídolos pagãos.
Noras assim, aliás, pessoas assim, que tiram os olhos de Deus e vivem só para si mesmas, para seus usos e costumes, para a sua religião ou idolatria, viram as costas para os outros. Elas até choram, mas nada de mais acontece.
3. Rute escolheu viver com Deus
Rute escolheu viver com Deus. Observe (Rt 1.15-19):
15 “Olhe, sua cunhada voltou para o povo e para os deuses dela”, disse Noemi a Rute. “Você deveria fazer o mesmo!” 16 Rute respondeu: “Não insista comigo para deixá-la e voltar. Aonde você for, irei; onde você viver, lá viverei. Seu povo será o meu povo, e seu Deus, o meu Deus. 17 Onde você morrer, ali morrerei e serei sepultada. Que o SENHOR me castigue severamente se eu permitir que qualquer coisa, a não ser a morte, nos separe!”. 18 Quando Noemi viu que Rute estava decidida a ir com ela, não insistiu mais. 19 Então as duas seguiram viagem.
Tendo escolhido viver com Deus, com o Deus de Israel, Rute conseguiu amar a sogra.
A fé de Rute em Deus deu a ela
Rute escolheu viver com Deus e assim ela conseguiu amar e servir Noemi.
A sogra que a nora amou
A sogra que a nora amou tinha, sim, qualidades, mas elas não eram o bastante para manter as noras por perto. Tanto é assim que Orfa foi embora, virou-lhe as costas. O que uniu Rute a Noemi foi o Deus de Israel.
Se Deus não for o centro do coração, mas a casa, nós nos amarguramos; se Deus não for o centro do coração, mas familiares, oportunidades, religiosidade, usos e costumes ou ídolos quaisquer, nós viramos as costas para o outro quando a situação apertar.
A única coisa capaz de fazer nora amar sogra de verdade, e vice versa (sogra amar nora de verdade), a única coisa capaz de unir em amor pessoas tão diferentes na mesma família é o amor que ambas as partes nutrem pelo mesmo Deus. Só Cristo salva, santifica, satisfaz e une corações. Quer ver? Ouça como termina a história do livro de Rute (Rt 4.13-17):
Rt 4.13-17 | 13 Boaz levou Rute para a casa dele, e ela se tornou sua esposa. Quando Boaz teve relações com ela, o SENHOR permitiu que ela engravidasse, e ela deu à luz um filho. 14 Então as mulheres da cidade disseram a Noemi: “Louvado seja o SENHOR, que hoje proveu um resgatador para sua família! Que este menino seja famoso em Israel! 15 Que ele restaure seu vigor e cuide de você em sua velhice, pois ele é filho de sua nora, que a ama e que tem sido melhor para você do que sete filhos!”. 16 Noemi pegou o bebê, aninhou-o junto ao peito e passou a cuidar dele como se fosse seu filho. 17 As mulheres da vizinhança disseram: “Noemi tem um filho outra vez!”, e lhe deram o nome de Obede. Ele é o pai de Jessé, pai de Davi.
Não se iluda, netos não unem sogras e noras, eles podem, aliás, separar ainda mais uma da outra, agravando conflitos. Filhos não unem pai e mãe, o contrário disso é muito mais verdadeiro. Quantos pais e quantas mães não se separam, escondendo-se atrás dos filhos? Muitos, infelizmente! Veja, por exemplo, a síndrome do ninho vazio, por aí espalhada.
O que alegrou Rute e Noemi, e as uniu ainda mais, foi o nascimento de “um resgatador para sua família” (Rt 4.14). A alusão é a Jesus Cristo (tipologia). Ele é o resgatador que “restaura” e que “cuida” de todos os seus filhos, do nascimento à sepultura (Rt 4.15).
A sogra que a nora amou só foi amada porque a nora amava o Deus da sogra.
Cristo tem que ser o seu amor. Só assim você deixará a amargura, unir-se-á aos sogros ou às noras e genros, e viverá com esperança para o futuro. Essa é a lição que a cena memorável da sogra que a nora amou nos ensina.
Se Cristo não foi o seu amor, a casa será, familiares serão, preferências pessoais serão, enfim, tudo o mais será; o resultado será colisão de interesses e separação.
Receba Jesus e faça dele o resgatador de sua vida e de sua família. Essa é a lição que a cena memorável da sogra que a nora amou nos ensina.
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