13.11.2016
ATRIBUTOS DOS VALENTES
Juízes 7.1-8
1 De madrugada Jerubaal, isto é, Gideão, e todo o seu exército acampou junto à fonte de Harode. O acampamento de Midiã estava ao norte deles, no vale, perto do monte Moré. 2 E o Senhor disse a Gideão: “Você tem gente demais, para eu entregar Midiã nas suas mãos. A fim de que Israel não se orgulhe contra mim, dizendo que a sua própria força o libertou, 3 anuncie, pois, ao povo que todo aquele que estiver tremendo de medo poderá ir embora do monte Gileade”. Então vinte e dois mil homens partiram, e ficaram apenas dez mil. 4 Mas o Senhor tornou a dizer a Gideão: “Ainda há gente demais. Desça com eles à beira d’água, e eu separarei os que ficarão com você. Se eu disser: Este irá com você, ele irá; mas, se eu disser: Este não irá com você, ele não irá”. 5 Assim Gideão levou os homens à beira d’água, e o Senhor lhe disse: “Separe os que beberem a água lambendo-a como faz o cachorro, daqueles que se ajoelharem para beber”. 6 O número dos que lamberam a água levando-a com as mãos à boca foi de trezentos homens. Todos os demais se ajoelharam para beber. 7 O Senhor disse a Gideão: “Com os trezentos homens que lamberam a água livrarei vocês e entregarei os midianitas nas suas mãos. Mande para casa todos os outros homens”. 8 Gideão mandou os israelitas para as suas tendas, mas reteve os trezentos. E estes ficaram com as provisões e as trombetas dos que partiram. O acampamento de Midiã ficava abaixo deles, no vale.
Gideão tinha um enorme desafio pela frente: vencer os midianitas. A primeira coisa a fazer foi convocar o povo para a batalha. Para a sua surpresa, 32 mil homens se apresentaram para o combate (v. 3). Mas havia um problema: era gente demais.
Aos olhos do Senhor, aquele não poderia ser o número que deveria ir para a batalha, pois eram bastante numerosos. Deus não queria correr o risco de eles se vangloriarem, achando que a vitória teria sido em função do grande exército (v. 2, 4). Veja que número não é documento. Quantidade nem sempre é vantagem. Pode até atrapalhar. Deus é Deus de pequenos começos (Zc 4.10).
Inicia-se, então, em Israel um processo de seleção de valentes, que aponta alguns dos atributos indispensáveis para aqueles e aquelas que lutam as batalhas do Senhor.
Qual a relevância desse texto para nós?
Hoje a SIB elegerá Diretoria, Comissão de Finanças e Departamentos que, no próximo ano, auxiliarão o pastor no serviço à igreja.
A visão de futuro para a igreja contempla a formação de um povo focado em pessoas (não em programas), fundamentado na Palavra (que a retém e a reparte) e firme em suas prioridades (o reino de Deus e a sua justiça); uma igreja que sabe equilibrar a obra de treliça (estrutura e programas) e a de videira (palavra, oração e pessoas), sem deixar que a treliça se sobreponha à videira.
Não é fácil ser esta igreja, mas assim o Novo Testamento determina que sejamos. Necessitamos, portanto, de valentes para compor os cargos de liderança: homens e mulheres que estarão dispostos ao exercício de inúmeras tarefas imprescindíveis para a realização de nossa obra. Precisamos de gente com coragem e com compromisso.
1. Coragem
No processo de qualificação para a batalha, Deus nos revela que valentes não podem parar pela timidez, pela covardia, pela fraqueza de ânimo, pela deslealdade; isto é: pelo medo.
Como é fácil nos paralisarmos, estando à frente de batalhas! Por isso a instrução de Deus:
Jz 7.3 | anuncie, pois, ao povo que todo aquele que estiver tremendo de medo poderá ir embora do monte Gileade”. Então vinte e dois mil homens partiram, e ficaram apenas dez mil.
O medo tem poder de neutralizar. Por isso que medrosos não podem tomar a dianteira das batalhas: medo de se expor, de ser derrotado, criticado, medo do desconhecido à frente, medo das consequências por posturas assumidas, medo de não conseguir, etc.
Todos esses sentimentos podem existir no coração de quem assume a frente de uma batalha, mas eles não podem paralisar. Do contrário, seremos prezas fáceis. Fora que o medo e a timidez contaminam o restante do grupo.
Falando das leis sobre as guerras, o Senhor decretou:
Dt 20.8 | Por fim os oficiais acrescentarão: ‘Alguém está com medo e não tem coragem? Volte ele para sua casa, para que os seus irmãos israelitas também não fiquem desanimados’.
Orgulho pela vitória em uma batalha rouba a glória de Deus, por isso Deus reduziu o número de soldados. Medo durante a batalha rouba o poder necessário para a vitória, por isso os valentes precisam ser dotados de coragem.
De onde vem a coragem? Ela não vem de nós (capacidade, força, habilidade), mas do Senhor. A coragem vem do conhecimento que adquirimos do Senhor e da observação que fazemos de seu mover em todas as coisas.
Jz 7.9-15 | 9 Naquela noite o Senhor disse a Gideão: “Levante-se e desça ao acampamento, pois vou entregá-lo nas suas mãos. 10 Se você está com medo de atacá-los, desça ao acampamento com o seu servo Pura 11 e ouça o que estiverem dizendo. Depois disso você terá coragem para atacar”. Então ele e o seu servo Pura desceram até os postos avançados do acampamento. 12 Os midianitas, os amalequitas e todos os outros povos que vinham do leste haviam se instalado no vale; eram numerosos como nuvens de gafanhotos. Assim como não se pode contar a areia da praia, também não se podia contar os seus camelos. 13 Gideão chegou bem no momento em que um homem estava contando seu sonho a um amigo. “Tive um sonho”, dizia ele. “Um pão de cevada vinha rolando dentro do acampamento midianita, e atingiu a tenda com tanta força que ela tombou e se desmontou.” 14 Seu amigo respondeu: “Não pode ser outra coisa senão a espada de Gideão, filho de Joás, o israelita. Deus entregou os midianitas e todo o acampamento nas mãos dele”. 15 Quando Gideão ouviu o sonho e a sua interpretação, adorou a Deus. Voltou para o acampamento de Israel e gritou: “Levantem-se! O Senhor entregou o acampamento midianita nas mãos de vocês”.
Coragem é atributo indispensável para os valentes do Senhor.
2. Compromisso
Além da coragem, o compromisso.
A coragem me leva adiante. Faz-me partir para a batalha. O compromisso me sustenta em combate: compromisso com Deus, com a causa de Deus e com o povo de Deus que me separou e me enviou para a batalha.
No texto, os valentes a serem selecionados demonstrariam compromisso na forma como eles beberiam água. O que se abaixasse, pegasse água com a mão, levasse essa água até a boca e a lambesse como faz o cão, esse seria o valente a ir para a batalha. O que se abaixasse de joelhos e bebesse a água, esse seria eliminado. Observe.
Jz 7.5-7 | 5 Assim Gideão levou os homens à beira d’água, e o Senhor lhe disse: “Separe os que beberem a água lambendo-a como faz o cachorro, daqueles que se ajoelharem para beber”. 6 O número dos que lamberam a água levando-a com as mãos à boca foi de trezentos homens. Todos os demais se ajoelharam para beber. 7 O Senhor disse a Gideão: “Com os trezentos homens que lamberam a água livrarei vocês e entregarei os midianitas nas suas mãos. Mande para casa todos os outros homens”.
Estranho? Mais ou menos. É que a maneira de beber água demonstraria compromisso ou falta dele. O que se abaixa demonstra estar atento a qualquer movimento ao redor; pronto para partir sem perder tempo; não prioriza o seu conforto. O que se ajoelha e enterra o rosto na água revela estar distraído do que acontece ao redor; é presa fácil diante de um ataque; perde tempo com seu conforto pessoal.
Gente de compromisso é gente preparada para o combate a qualquer momento; que discerne que não há trégua; sabe que não há zona neutra; disposta a se sacrificar pela causa abraçada, sabedora de que isso glorificará o Senhor.
A eleição
Ao elegermos os líderes para o próximo ano, minha oração é que
Que Deus nos abençoe com coragem e compromisso.
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