24.05.2020
[Lucas 9.57-62] 57 Quando andavam pelo caminho, um homem lhe disse: “Eu te seguirei por onde quer que fores”. 58 Jesus respondeu: “As raposas têm suas tocas e as aves do céu têm seus ninhos, mas o Filho do homem não tem onde repousar a cabeça”. 59 A outro disse: “Siga-me”. Mas o homem respondeu: “Senhor, deixa-me ir primeiro sepultar meu pai”. 60 Jesus lhe disse: “Deixe que os mortos sepultem os seus próprios mortos; você, porém, vá e proclame o Reino de Deus”. 61 Ainda outro disse: “Vou seguir-te, Senhor, mas deixa-me primeiro voltar e despedir-me da minha família”. 62 Jesus respondeu: “Ninguém que põe a mão no arado e olha para trás é apto para o Reino de Deus”.
Mania de deixar tudo para a última hora
Nós brasileiros somos famosos por deixar tudo para a última hora. Declaração de IR é feita e entregue na última hora. Estudar para a prova é na última hora. Entregar o TCC é na última hora. Tomar qualquer decisão e agir para solucionar os problemas é sempre na última hora, quando tudo fica muito mais difícil.
Quem de nós nunca sofreu ao se deparar com uma infinidade de tarefas não concluídas dentro do prazo? Tenho certeza de que há dias em que muitos acordam com os dedos cruzados para que alguma mudança cósmica multiplique as horas do dia. Mas sempre se arrependem por ter desperdiçado boa parte dos 1.440 minutos ou 86.400 segundos diários que todos nós igualmente possuímos. As chances são grandes de sermos todos cultivadores do hábito de deixar a vida para depois.
Por quê? Resultado da má administração do tempo? Alguma programação neurológica? Falta de adrenalina? Seja o que for, o ato de adiar as tarefas diárias atinge todo mundo. De acordo com pesquisa da empresa de consultoria empresarial Triadd Consulting, os brasileiros dedicam apenas 1/3 do seu dia para atividades realmente importantes.
Definição
Essa mania de deixar tudo para depois tem nome. É procrastinação. Aurélio define como “ato ou efeito de procrastinar; adiamento, delonga”. Procrastinar é “transferir para outro dia; adiar, delongar, demorar, esperar.”
O problema
Um levantamento feito por Christian Barbosa, especialista em produtividade e autor, dentre outros, do livro Equilíbrio e Resultado – Por que as pessoas não fazem o que deveriam fazer (2012), as quatro coisas mais adiadas pelos pesquisados foram (adivinha?):
Perceba que tudo está relacionado à nossa mordomia. Mordomia do tempo (sem tempo para ler a palavra de Deus!), mordomia do corpo (sem tempo para cuidar do templo do Espírito Santo!) e mordomia financeira (sem recursos para dizimar e ofertar!).
O resultado de tudo isso é que o procrastinador sempre sofre com estresse, sensação de culpa, perda de produtividade, vergonha em relação aos outros por não cumprir com as responsabilidades e os compromissos, desânimo, etc. Afinal, missão dada não é missão cumprida. Mas é possível mudar a rota dessa sina. Precisamos aprender a combater com fé o gigante da procrastinação.
Vivendo sob prioridades, não sob pressão
A procrastinação nos faz viver sob pressão. A Bíblia nos ensina vier sob prioridades. Paulo, que era muito ocupado e tinha todas as chances de procrastinar, sabendo dessa verdade (de que devemos viver sob prioridades, não sob pressão), adverte:
Ef 5.15-17 – 15 Tenham cuidado com a maneira como vocês vivem; que não seja como insensatos, mas como sábios, 16 aproveitando ao máximo cada oportunidade, porque os dias são maus. 17 Portanto, não sejam insensatos, mas procurem compreender qual é a vontade do Senhor.
Dentre outras coisas, Paulo está começando a falar de prioridades bíblicas e do uso do tempo na hora de executarmos tais prioridades (vs. 15-16):
“Tenham cuidado com a maneira como vocês vivem”. Não vivam de qualquer maneira. Saibam quais são as suas prioridades, responsabilidades e tarefas.
“Que não seja como insensatos, mas como sábios”. Na Bíblia, insensatez ou tolice significa viver como se Deus não existisse (Sl 14.1) e sabedoria é reconhecer Deus em todos os caminhos (Pv 3.6). A advertência, portanto, é: vivam reconhecendo Deus em todos os seus caminhos, definam suas prioridades diante de Deus e de acordo com a vontade dele, façam tudo como se estivessem fazendo para Deus.
“Aproveitando ao máximo cada oportunidade, porque os dias são maus”. Não vivam sem saber quais são suas prioridades, suas responsabilidades e suas tarefas; definam tudo isso de acordo com a vontade de Deus; e saibam remir o tempo para ver tudo realizado. “Aproveitar ao máximo cada oportunidade” ou “remindo o tempo” significa “resgatando o tempo do desperdício, ou retirando o tempo do lixo, ou rejeitando o abuso com o tempo”. Os dias são maus e, portanto, devemos saber usar o tempo para realizar aquilo que é prioritário na vida.
A mensagem de Paulo é clara: saibam quais são suas prioridades e usem o tempo para executá-las. Utilizar bem o tempo para realizar aquilo que Deus tem para cada um de nós, em cada faze da vida, é um dos resultados práticos da nova vida em Cristo. Afinal, o sangue de Jesus nos redimiu da antiga “maneira vazia de viver” (1Pe 1.18).
Discernimento para descobrir as prioridades de Deus e disciplina para colocá-las em prática é fruto de uma vida cheia do Espírito. Do contrário, seremos controlados (enchidos, encharcados) por outras forças quaisquer, por exemplo: álcool. Observe a fluência do texto bíblico:
Ef 5.15-18 – 15 Tenham cuidado com a maneira como vocês vivem; que não seja como insensatos, mas como sábios, 16 aproveitando ao máximo cada oportunidade, porque os dias são maus. 17 Portanto, não sejam insensatos, mas procurem compreender qual é a vontade do Senhor. 18 Não se embriaguem com vinho, que leva à libertinagem, mas deixem-se encher pelo Espírito (…)
Viu? É o Espírito de Deus que nos dá discernimento e disciplina e nos torna dedicados para viver sob as prioridades de Deus e não sob pressão.
Depois disso, Paulo passa a destacar quais são as prioridades principais da vida do cristão:
Apesar de Paulo não cobrir todas as áreas da vida (descanso, por exemplo), o apóstolo identifica alguns valores principais que devem ser levados em consideração na hora de definirmos nossas prioridades na vida. Através de Paulo, o Espírito de Deus nos lembra que a vida cristã é uma vida de prioridades múltiplas.
Note ainda que não nos é dito qual dessas áreas deve ter prioridade sobre as demais. Paulo não diz, por exemplo, que o casamento vem antes do trabalho, ou que a adoração e a comunhão vêm antes do casamento, ou que as disciplinas espirituais vêm depois do trabalho e da criação de filhos. Essa lista de prioridades não está em ordem crescente de responsabilidade ou de prioridade. Ela está aí para nos informar que devemos ter a vida como um todo devidamente equilibrada.
Haverá momentos em que o cônjuge precisará de maior atenção e cuidado, mas sem que as outras áreas sejam negligenciadas. Haverá momentos em que disciplinas espirituais exigirão mais de nós, sem, contudo, negligenciarmos o resto. E assim por diante.
A Bíblia nos ensina a viver sob prioridades, não sob pressão.
Combatendo a procrastinação
Feitas essas observações, mergulharemos no texto que lemos no início e buscaremos responder a duas perguntas fundamentais: [1] Por que nós procrastinamos? [2] Como vencer a procrastinação? Olhemos para o texto mais uma vez.
[Lucas 9.57-62] 57 Quando andavam pelo caminho, um homem lhe disse: “Eu te seguirei por onde quer que fores”. 58 Jesus respondeu: “As raposas têm suas tocas e as aves do céu têm seus ninhos, mas o Filho do homem não tem onde repousar a cabeça”. 59 A outro disse: “Siga-me”. Mas o homem respondeu: “Senhor, deixa-me ir primeiro sepultar meu pai”. 60 Jesus lhe disse: “Deixe que os mortos sepultem os seus próprios mortos; você, porém, vá e proclame o Reino de Deus”. 61 Ainda outro disse: “Vou seguir-te, Senhor, mas deixa-me primeiro voltar e despedir-me da minha família”. 62 Jesus respondeu: “Ninguém que põe a mão no arado e olha para trás é apto para o Reino de Deus”.
Sim, esse texto é um texto que apresenta o custo do discipulado!
O texto aponta as barreiras que se levantam no caminho daqueles que começam a pensar sobre seguir ou não seguir a Jesus. Por isso, aparentemente, não haja qualquer relação entre o nosso texto e a procrastinação. No entanto, poucos textos há na Bíblia que sirvam melhor do que este ao apresentar as causas e a cura para o problema da procrastinação.
A lição principal desse texto é que todos devemos colocar Cristo em primeiro lugar na nossa vida, mas, infelizmente, colocamos sempre nós mesmos no centro de tudo. Resultado? Procrastinamos. Deixamos para depois, para a última hora, aquilo que deveria ser colocado hoje, aqui e agora, em primeiro lugar na nossa vida: o Senhor Jesus Cristo.
Como a causa principal para toda procrastinação é sempre a mesma, ou seja, fazer sempre aquilo que aqui e agora aparentemente me dá mais prazer, deixando para a última hora o que é prioritário ou mais importante, este texto nos servirá bem. Vejamos:
1 Por que nós procrastinamos?
Há aqui no texto três causas principais para a procrastinação:
1.1. A dificuldade da tarefa
Lc 9.57-58 – 57 Quando andavam pelo caminho, um homem lhe disse: “Eu te seguirei por onde quer que fores”. 58 Jesus respondeu: “As raposas têm suas tocas e as aves do céu têm seus ninhos, mas o Filho do homem não tem onde repousar a cabeça”.
Esse primeiro candidato a discípulo se voluntariou com grande empolgação. Como muitos de nós que, empolgados, começamos um monte de coisas na vida, mas logo abandonamos tudo. Detalhe: esse homem era um escriba ou mestre da lei.
Mt 18.19 – Então, um mestre da lei aproximou-se e disse: “Mestre, eu te seguirei por onde quer que fores”.
Essa gente era exageradamente estimada entre os judeus por serem especialistas nas leis mosaica e rabínica. Então, o que teria feito esse homem se oferecer, abrindo mão de tudo, para seguir a Jesus? Os milagres que ele viu Jesus realizar (Mt 8.1-17) e, em consequência disso, a multidão que se aglomerava ao redor do Senhor:
Mt 18.18-19 – 18 Quando Jesus viu a multidão ao seu redor, deu ordens para que atravessassem para o outro lado do mar. 19 Então, um mestre da lei aproximou-se e disse: “Mestre, eu te seguirei por onde quer que fores”.
Impressionado com o sucesso, esse homem resolveu seguir Jesus. Jesus, no entanto, o adverte:
Espere um pouco aí! Conte antes o custo. O que você está tentando fazer não é tarefa fácil. Sim, é necessário, é a coisa mais importante na vida, mas não é tarefa fácil.
Ouça o Senhor:
Lc 9.58 – Jesus respondeu: “As raposas têm suas tocas e as aves do céu têm seus ninhos, mas o Filho do homem não tem onde repousar a cabeça”.
A motivação é importantíssima para o início de qualquer tarefa. Aliás, sem ela, ninguém inicia qualquer coisa nova. Mas a motivação sozinha não nos sustentará, principalmente se ela for uma motivação errada, mal calculada, distorcida. Como era o caso desse escriba.
Sempre que o ser humano se depara com o que é difícil, desagradável e desgastante a tendência natural é procrastinar, deixar para depois, ou abandonar de vez. Foi por isso que Jesus disse o que disse ao escriba.
Longe de querer desencorajá-lo, o Senhor estava dizendo: “Que bom! Mas não abandone nem deixe para depois quando as dificuldades chegarem. E elas chegarão!” Outra coisa: “Se me buscas pelo reconhecimento dos homens, se me buscas pela motivação errada, não serás capaz de concluir a tarefa!”
1.2. A diversidade de opções
Além da dificuldade da tarefa, nós procrastinamos por causa da diversidade de opções:
Lc 9.59-60 – 59 A outro disse: “Siga-me”. Mas o homem respondeu: “Senhor, deixa-me ir primeiro sepultar meu pai”. 60 Jesus lhe disse: “Deixe que os mortos sepultem os seus próprios mortos; você, porém, vá e proclame o Reino de Deus”.
Esse segundo candidato não se ofereceu. Antes, ele foi recrutado. Ele se mostrou interessado, mas disse que primeiro ele precisaria sepultar seu pai.
Óbvio que seu pai ainda não estava morto. Se estivesse, esse homem não estaria ali no caminho de Jesus (Lc 9.57), mas no velório do pai. O que esse homem queria era tempo para voltar para casa, continuar convivendo com o pai até ele morrer, depois enterrá-lo, receber sua herança e, aí sim, seguir Jesus.
Aparentemente, nada de errado. Afinal, que pecado há em querer viver com o pai, honrar o pai, enterrar o pai e receber o que é seu por direito de herança? Nada, se não fosse por uma coisa: Esse homem estava colocando uma opção legítima, dentre todas as outras diversas opções legítimas, na frente do que era prioritário. Tanto que Jesus lhe respondeu:
Lc 9.60 – “Deixe que os mortos sepultem os seus próprios mortos; você, porém, vá e proclame o Reino de Deus”.
Esse homem estava priorizando o que é terreno em detrimento do que é eterno. Ele estava colocando o que é mortal na frente do que é de vida eterna. Ele estava querendo andar com Jesus, mas viver como um morto.
A procrastinação tem sido um problema para muita gente justamente por termos tantas, mais tantas opções aparentemente legítimas. Nesse texto o Senhor nos ensina a calcular bem, discernindo o que é eterno do que é temporal e perseverar – discernimento, disciplina e dedicação.
1.3. A duplicidade do coração
Além da dificuldade da tarefa e da diversidade das opções, nós procrastinamos por causa da duplicidade do coração:
Lc 9.61-62 – 61 Ainda outro disse: “Vou seguir-te, Senhor, mas deixa-me primeiro voltar e despedir-me da minha família”. 62 Jesus respondeu: “Ninguém que põe a mão no arado e olha para trás é apto para o Reino de Deus”.
Esse terceiro candidato, assim como o primeiro, também se ofereceu. A diferença é que ele não foi assim tão empolgado quanto o primeiro. Esse disse: “Eu vou, mas primeiro…”.
O que ele estava querendo? O que ele estava dizendo com esta atitude? Apenas dizer tchau para os seus familiares? Parece que não, pois Jesus lhe responde dizendo que ele não podia seguir adiante com os olhos voltados para trás. Ou seja, ele não podia ser discípulo, desejando desfrutar, prioritariamente ou supremamente, daquilo e da mesma forma que os do mundo desfrutam, mesmo que sejam nossos familiares.
A lição para os procrastinadores é clara: sempre que estivermos com os olhos numa coisa, mas com o coração noutra, jamais conseguiremos honrar e concluir o que é prioritário.
2 Como vencer a procrastinação?
Ao revelar que nós procrastinamos por causa da dificuldade da tarefa (agravada pela motivação equivocada); por causa da diversidade de opções; e por causa da duplicidade do coração; Jesus nos apresenta três princípios que nos ajudarão a vencer a procrastinação:
2.1. Encare o problema
Encarar o problema significa reconhecer e confessar diante de Deus o nosso pecado:
Nossa incapacidade de priorizar o reino de Deus e a sua justiça.
Nossa insubordinação ao plano de Deus para nossa vida.
Nossa inconstância naquilo que Deus nos deu para fazer.
Nossa insatisfação em Deus durante e para a realização da tarefa.
Veja que…
O 1º candidato a discípulo disse: Senhor, eu faço, mas faço para a minha glória!
O 2º candidato a discípulo disse: Senhor, eu quero, mas há tantas outras opções!
O 3º candidato a discípulo disse: Senhor, eu vou, mas há tanto para se desfrutar agora!
Portanto, encare o problema e confesse sua procrastinação a Deus.
2.2. Defina a prioridade
Olhe para a Bíblia e encontre o que o Reino de Deus exige de seus cidadãos. Estude Efésios 5 e 6. Estude Mateus 5 a 7. Estude Provérbios. Enfim, mergulhe sua vida na Bíblia, discirna o que se requer do cristão, encare a urgência do momento e defina o que você deve fazer e persista.
Ef 5.15-18 – 15 Tenham cuidado com a maneira como vocês vivem; que não seja como insensatos, mas como sábios, 16 aproveitando ao máximo cada oportunidade, porque os dias são maus. 17 Portanto, não sejam insensatos, mas procurem compreender qual é a vontade do Senhor. 18 Não se embriaguem com vinho, que leva à libertinagem, mas deixem-se encher pelo Espírito (…)
De novo: discernimento, disciplina, dedicação e devoção.
2.3. Busque poder
Busque poder em Deus. Busque a graça de Deus. Viva pela fé nas promessas de Deus para cumprir as suas tarefas prioritárias.
Apenas motivação não é suficiente, principalmente se ela estiver distorcida. Planos somente não lhe capacitarão, apesar de apontar o rumo a seguir. Nós precisamos muito mais do que boa vontade e metas bem definidas. Precisamos da graça de Deus.
Pregando em Lucas 9.57-62, Charles H. Spurgeon disse o seguinte:
Algumas pessoas são excelentes em resoluções, mas muito poucas são dadas a se arrepender e crer. Em geral, elas revelam confiança exacerbada nelas mesmas. O primeiro homem, por exemplo, diz: “Eu te seguirei por onde quer que fores”; o segundo anuncia: “Deixa-me ir primeiro sepultar”; e o terceiro declara: “Vou seguir-te, Senhor, mas deixa-me primeiro voltar e despedir-me da minha família”. Note que não há qualquer oração, não existe súplica por graça e ajuda. Temos sim nossos deveres. E o principal deles é seguir a Jesus. Porém, nada conseguiremos à parte da força e do poder que vêm de Deus, os quais nos são derramados quando oramos e buscamos viver pela fé. Quem confia apenas em si mesmo é um tolo. Tolo é outra maneira de dizer pecador.
Combatendo a procrastinação
Não existe segredo para quem quer combater a procrastinação. Existe sim muito trabalho.
1 – Encare o problema (e o confesse a Deus):
Não somos dados à dificuldade das tarefas;
Nos perdemos em meio à diversidade de opções;
Somos seduzidos pela duplicidade do coração;
2 – Defina a prioridade (e persista) – conte com a família da fé;
3 – Busque poder (e viva pela fé) – de novo, conte com a família da fé.
Portanto: discernimento, disciplina, dedicação e devoção.
O pior tipo de procrastinação é deixar para amanhã a salvação e a santificação. É o que podemos chamar de a síndrome de Félix.
Atos 24.24-27 – 24 Vários dias depois, Félix veio com Drusila, sua mulher, que era judia, mandou chamar Paulo e o ouviu falar sobre a fé em Cristo Jesus. 25 Quando Paulo se pôs a discorrer acerca da justiça, do domínio próprio e do juízo vindouro, Félix teve medo e disse: “Basta, por enquanto! Pode sair. Quando achar conveniente, mandarei chamá-lo de novo”. 26 Ao mesmo tempo esperava que Paulo lhe oferecesse algum dinheiro, pelo que mandava buscá-lo frequentemente e conversava com ele. 27 Passados dois anos, Félix foi sucedido por Pórcio Festo; todavia, porque desejava manter a simpatia dos judeus, Félix deixou Paulo na prisão.
Por que Felix procrastinou? Por que ele adiou sua decisão? Dinheiro (v. 26) e poder (v. 27)! Vê-se nesse exemplo que o lucro e a simpatia das pessoas é o que mais impede o pecador de vir a Cristo. Embora o que mais ele precise é de: justiça, domínio próprio e consciência do juízo vindouro (v. 25).
Não seja como Félix. Não adie sua decisão. Arrependa-se e creia. Receba hoje a Cristo.
S.D.G. L.B.Peixoto
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