03.05.2020
[1Samuel 23.15-18] 15Então, perto de Horesa, Davi recebeu a notícia de que Saul estava a caminho do deserto de Zife para procurá-lo e matá-lo. 16Jônatas, o filho de Saul, foi encontrar Davi e o animou a permanecer firme [NVI: encontrar forças] em Deus. 17“Não tenha medo!”, disse Jônatas. “Meu pai jamais o encontrará! Você será o rei de Israel, e eu serei o segundo no comando, como meu pai, Saul, sabe muito bem.” 18Então os dois renovaram seu compromisso solene diante do SENHOR. Depois Jônatas voltou para casa, enquanto Davi ficou em Horesa.
Combatendo com fé
Quantas vezes, ao longo da vida, os problemas que temos de enfrentar se assemelham a gigantes! Tão enormes que são, o combate parece desleal. Quem já os encarou sabe o tamanho do estrago que eles são capazes de fazer. Ansiedade, medo, orgulho, timidez, impaciência, cobiça e inveja, depressão, lascívia, vaidade, vício, preguiça e procrastinação, ira e amargura, maledicência, solidão, passado, culpa, sofrimento, temor do homem e muito mais… Esses gigantes não são para amadores.
Como derrotá-los? Como combater esses gigantes que cercam e confrontam nossa alma, drenam nossas forças e roubam nossa alegria? Como prosseguir e prosperar face a este combate de vida ou morte?
Duas coisas são essenciais nesse combate: a fé e a família da fé. A fé é nossa arma de combate. A família da fé é nosso exército aliado no combate. Sem a fé e a família da fé ninguém sairá vitorioso, pois sem arma e sem exército é impossível de se ganhar qualquer guerra.
Na última mensagem (a primeira desta série), nós aprendemos que todos os nosso gigantes nascem da incredulidade do coração. Todos os “problemas emocionais” e ou “psicológicos”, todos os pecados que brotam do coração, são fruto da incredulidade humana. É falta de fé na bondade de Deus. É falta de fé na promessa de Deus de que sempre, em toda e qualquer circunstância, ele fará o melhor para os seus em Cristo Jesus.
Olhando para Abraão, vimos também que a arma para derrotar esses gigantes que nascem da incredulidade é a fé. Fé nas promessas futuras de Deus.
[Rm 4.18-21, NVI] 18Abraão, contra toda esperança, em esperança creu, tornando-se assim pai de muitas nações, como foi dito a seu respeito: Assim será a sua descendência. 19Sem se enfraquecer na fé, reconheceu que o seu corpo já estava sem vitalidade, pois já contava cerca de cem anos de idade, e que também o ventre de Sara já estava sem vigor. 20Mesmo assim não duvidou nem foi incrédulo em relação à promessa de Deus, mas foi fortalecido em sua fé e deu glória a Deus, 21estando plenamente convencido de que ele era poderoso para cumprir o que havia prometido.
Sempre que baixamos a guarda, a incredulidade sufoca e estrangula a fé, dando à luz os gigantes que dominam e destroem nossa alma. Por isso que no final da vida, Paulo pôde olhar para trás e dizer:
[2Tm 4.6-7, NVI] Está próximo o tempo da minha partida. Combati o bom combate, terminei a corrida, guardei a fé.
Paulo, durante toda a sua vida cristã, tinha combatido os combates da alma e da vida com fé. Que bom será se, no final de tudo, todos nós pudermos dizer o mesmo.
Combatendo com a família da fé
Além da fé, da arma da fé nas promessas de Deus, Paulo (e todos os homens e mulheres de fé) combateu os combates da alma com a ajuda de outros cristãos – o exército de Cristo, a família da fé. O apóstolo aos gentios nunca se achou capaz de combater sozinho. Ele sempre esteve cercado de um batalhão de homens e de mulheres de fé – Barnabé, Silas, Timóteo, Lucas, João Marcos, Áquila e Priscila, Aristarco, Epafras e tantos outros. Na única vez que se viu forçado a seguir sozinho (para Atenas), sua alma se abateu tão profundamente que ele imediatamente escreveu pedindo que Silas e Timóteo fossem logo se juntar a ele.
[At 17.15-16, NVI] 15 Os homens que foram com Paulo o levaram até Atenas, partindo depois com instruções para que Silas e Timóteo se juntassem a ele, tão logo fosse possível. 16Enquanto esperava por eles em Atenas, Paulo ficou profundamente indignado [ARA: seu espírito se revoltava] ao ver que a cidade estava cheia de ídolos.
Há outro texto, escrito pelo próprio Paulo e que revela o quanto o apóstolo sempre contou com a família da fé para combater os seus combates da alma.
[2Co 7.5-7] 5Pois, quando chegamos à Macedônia, não tivemos nenhum descanso, mas fomos atribulados de toda forma: conflitos externos, temores internos. 6Deus, porém, que consola os abatidos, consolou-nos com a chegada de Tito, 7e não apenas com a vinda dele, mas também com a consolação que vocês lhe deram. Ele nos falou da saudade, da tristeza e da preocupação de vocês por mim, de modo que a minha alegria se tornou ainda maior.
Paulo nunca combateu sozinho. Ele sabia que os combates da alma exigem a fé nas promessas de Deus e a família da fé, encorajando-nos – com fala [2Co 7.7] – a continuar com os olhos fixos e o coração cheio de fé nas promessas de Deus em Cristo Jesus.
Com isso em mente, voltemos nossa atenção para o texto do início.
[1Sm 23.15-18] 15Quando Davi estava em Horesa, no deserto de Zife, soube que Saul tinha saído para matá-lo. 16E Jônatas, filho de Saul, foi falar com ele, em Horesa, e o ajudou a encontrar forças em Deus. 17“Não tenha medo”, disse ele, “meu pai não porá as mãos em você. Você será rei de Israel, e eu lhe serei o segundo em comando. Até meu pai sabe disso.” 18Os dois fizeram um acordo perante o Senhor. Então, Jônatas foi para casa, mas Davi ficou em Horesa.
Há cinco observações que desejo fazer a partir desse encontro entre Jônatas e Davi. Meu objetivo é encorajar você a lutar os seus combates da alma com fé em Cristo (fé nas promessas de Deus em Cristo), não sozinho, não sozinha, mas com o auxílio da família da fé, pois é assim que deve ser.
1 Todos precisam da família da fé
Já vimos que nem Paulo, grande apóstolo que era, conseguiu vencer sozinho os seus combates da alma. Ele sempre contou com a família da fé, o exército de Deus. Jesus também, em certo momento, buscou se fortalecer com o auxílio da família da fé.
[Mt 26.36-39, NVI] 36Então Jesus foi com seus discípulos para um lugar chamado Getsêmani e lhes disse: “Sentem-se aqui enquanto vou ali orar”. 37Levando consigo Pedro e os dois filhos de Zebedeu, começou a entristecer-se e a angustiar-se. 38Disse-lhes então: “A minha alma está profundamente triste, numa tristeza mortal. Fiquem aqui e vigiem comigo”. 39Indo um pouco mais adiante, prostrou-se com o rosto em terra e orou: “Meu Pai, se for possível, afasta de mim este cálice; contudo, não seja como eu quero, mas sim como tu queres”.
Essa atitude de Jesus revela que em seu coração havia fé nas promessas de Deus – fé de que no dia da angústia nós podemos clamar a Deus, ele nos ouvirá, livrará e nós o glorificaremos (Sl 50.15). Essa atitude de Jesus também revela que nos combates da alma nós precisamos da família da fé – ele disse: “A minha alma está profundamente triste, numa tristeza mortal. Fiquem aqui e vigiem comigo” (Mt 26.38).
Todos precisam da família da fé. Paulo precisou. Jesus precisou. Davi também precisou.
[1Sm 23.15-16, NVI] 15Quando Davi estava em Horesa, no deserto de Zife, soube que Saul tinha saído para matá-lo. 16E Jônatas, filho de Saul, foi falar com ele, em Horesa, e o ajudou a encontrar forças em Deus.
Enganam-se, e até pecam por orgulho, aqueles que pensam que são capazes de seguir sozinhos na vida, de lutar sozinhos os seus combates, de crescer sozinhos com Deus. Veja o caso de Davi, aquele mesmo que tinha derrotado o gigante Golias, em certo momento da vida, ficou de tal modo amedrontado, face às ameaças de Saul, que viu evaporar suas forças para enfrentar o problema. Jônatas foi quem “o ajudou a encontrar forças em Deus” (1Sm 23.16).
Todos precisam da família da fé. Veja o que diz Hebreus a uma comunidade de crentes desencorajados pelos problemas gigantescos que eles estavam enfrentando:
[Hb 10.24-25] 25E consideremos uns aos outros para nos incentivarmos ao amor e às boas obras. 25Não deixemos de reunir-nos como igreja, segundo o costume de alguns, mas procuremos encorajar-nos uns aos outros, ainda mais quando vocês veem que se aproxima o Dia.
Esse tipo de “reunião como igreja” vai muito além do culto coletivo dominical. Não tem nada a ver com simplesmente ir semanalmente à reunião da igreja, e muito menos de vez em quando, sentar-se lá no fundo, na galeria ou no cantinho, acabar o culto e sair correndo. Não era disso que o autor de hebreus estava falando.
Esse tipo de “reunião como igreja” é do tipo que a pessoa se enche de Deus no culto (Palavra, oração, louvor e adoração, consagração, intercessão, testemunho, etc.) e depois se reúne para derramar de Deus na vida do outro, cumprindo os imperativos de mutualidade – “uns aos outros” – nos contextos de relacionamentos discipuladores e de pequenos grupos multiplicadores. A instrução de Hebreus 10.24-25 requer algumas coisas…
[1] Intimidade – “Considerem uns aos outros”;
[2] Regularidade – “Não deixem de se reunir como o costume de alguns”
[3] Intencionalidade – “Para incentivar ao amor e às boas obras” e, de acordo com 1Samule 23.16 “encontrar força em Deus”;
[4] Solenidade (expectativa) – “Sabemos que se aproxima o Dia” e nós não podemos viver sem força em Deus (1Sm 16.23).
Todos precisam da família da fé, pois sem esse tipo de “reunião como igreja” nós nos enfraquecemos em Deus e passamos a correr sérios riscos. Ouça as advertências de Hebreus que foram feitas noutro texto:
[Hb 3.12-14] 12Cuidado, irmãos, para que nenhum de vocês tenha coração perverso e incrédulo, que se afaste do Deus vivo. 13Ao contrário, encorajem-se uns aos outros todos os dias, durante o tempo que se chama “hoje”, de modo que nenhum de vocês seja endurecido pelo engano do pecado, 14pois passamos a ser participantes de Cristo, desde que, de fato, nos apeguemos até o fim à confiança que tivemos no princípio.
Veja que a falta de comunhão com a família da fé pode resultar em três fatos trágicos…
[1] Incredulidade – “Coração perverso e incrédulo” (v. 12);
[2] Endurecimento – “Nenhum de vocês seja endurecido pelo engano do pecado” (v. 13);
[3] Derrota – “Passamos a ser participantes de Cristo, desde que, de fato, nos apeguemos até o fim à confiança que tivemos no princípio” (v. 14).
Não brinque com fogo! Não fique sozinho. Para nos mantermos crendo nas promessas de Deus, vencendo os combates da alma, todos precisam da família da fé, da comunhão da igreja.
2 A família da fé é intencional
De volta à experiência de Davi: aprendemos que a família da fé, para ser eficaz em seus propósitos, precisa ser intencional.
[1Sm 23.15-16] 15 Quando Davi estava em Horesa, no deserto de Zife, soube que Saul tinha saído para matá-lo. 16E Jônatas, filho de Saul, foi falar com ele, em Horesa, e o ajudou a encontrar forças em Deus.
Jônatas nos ensina o tipo de cristão que precisamos ser, o tipo de igreja que precisamos edificar e cultivar se quisermos ser uma família de fé que realmente ajuda uns aos outros nos combates da alma. Jônatas…
[…] soube que Davi estava em apuros – “sem forças em Deus”;
[…] agiu no sentido de ajudar Davi – “levantou-se e foi falar com ele”; e
[…] saiu de sua zona de conforto para ajudar Davi – “saiu do palácio e foi para o deserto”.
A família da fé deve ser intencional. Nós todos devemos ter disposição…
[…] disposição para enxergar a situação do outro (tirar os olhos de nós);
[…] disposição para ajudar o outro (levantar-se e ir);
[…] disposição para pagar o preço de ajudar o outro (ir para o deserto).
Busque ser assim para o outro nesses tempos de combates que nossa alma tem travado – a família da fé é intencional.
3 A família da fé aponta uns aos outros para Deus
Jônatas não deixou o conforto do palácio e foi para o deserto de Zife, em Horesa, para fortalecer a autoconfiança, a autoimagem, ou a autoestima de Davi. Jônatas fortaleceu a confiança de Davi em Deus.
[1Sm 23.15-16] 15 Quando Davi estava em Horesa, no deserto de Zife, soube que Saul tinha saído para matá-lo. 16E Jônatas, filho de Saul, foi falar com ele, em Horesa, e o ajudou a encontrar forças em Deus.
“E O AJUDOU A ENCONTRAR FORÇAS EM DEUS”! É aqui que reside toda a diferença entre a comunhão da família da fé e a comunhão dos grupos de apoio que existem por aí. Por melhores que todos eles possam ser, nenhum deles jamais será capaz ajudar como a família da fé, que vive para apontar uns aos outros para Deus.
Quando nossa alma está aflita, no meio dos combates, nós não precisamos ser lembrados da força que temos, nem das qualidades que possuímos, nem das vitórias que um dia tivemos. Nós precisamos ser lembrados do Deus que é forte, cheio de todas as qualidades e todo-poderoso.
Não adiantava Jônatas elogiar Davi. Ele não teria força em si mesmo, finito que era.
Não adiantava Jônatas lembrar Davi da vitória sobre Golias. Passado é passado.
Jônatas precisava lembrar Davi do Deus que o havia ungido.
Paulo, combatendo os seus combates, sabia disso quando disse…
[2Tm 1.12] Por essa causa [seu chamado] também sofro, mas não me envergonho, porque sei em quem tenho crido e estou bem certo de que ele é poderoso para guardar o que lhe confiei até aquele dia.
Nos combates da alma, faz toda diferença saber em quem temos crido. Por isso que a família da fé aponta uns aos outros para Deus.
4 A família da fé maneja bem a Palavra de Deus
Vimos que Jônatas tirou os olhos de Davi dos seus temores e tribulações e os apontou para Deus. Jônatas fortaleceu Davi em Deus. Mas, como?
Jônatas trouxe à memória de Davi a palavra de Deus.
[1Sm 23.17] “Não tenha medo”, disse ele, “meu pai não porá as mãos em você. Você será rei de Israel, e eu lhe serei o segundo em comando. Até meu pai sabe disso.”
“Davi, não temas, você será rei em Israel!”.
“Davi, lembre-se do que você me contou em uma de nossas conversar, de quando Samuel foi até a sua casa e te ungiu rei de Israel (1Sm 16.12).”
“Davi, Deus é por você. Ninguém será contra você, nem Saul, meu pai com todos os seus exércitos!”
Veja que Jônatas só errou naquilo que ele não usou de Bíblia. Sabemos da história que Davi, de fato, tornou-se rei, conforme Deus havia prometido (1Sm 16.12). Mas Jônatas não lhe foi “o segundo em comando” como afirmara a Davi (1Sm 23.17). Lógico! Deus não havia feito a segunda afirmação, apenas a primeira: “Você, Davi, será rei.” PONTO.
Para realmente ajudarmos uns aos outros nos combates da alma, deveremos conhecer e comunicar bem a palavra de Deus uns aos outros, não as nossas impressões.
Só a Bíblia, bem interpretada, amorosamente aplicada e espiritualmente comunicada, será capaz de fortalecer em Deus o coração fraco, trazendo à memória as promessas do Senhor. Isso é o que veremos nas mensagens a partir da próxima, hoje à noite, Deus permitindo.
Em outras palavras, a família da fé, se quiser (e deve querer) realmente ajudar uns aos outros nos combates da alma, precisará aprender a, em amor e discrição, identificar a incredulidade no coração do outro, pegar a Bíblia, pedir a ajuda do Espírito Santo, guardar a promessa no coração e compartilhar com graça e verdade o conteúdo divino. Somente assim combateremos o bom combate de viver pela fé na graça futura e seremos realmente família de fé relevante uns para os outros.
5 A família da fé leva uns aos outros aos pés de Deus
Vimos que todos precisam da família da fé, que a família da fé é intencional em sua missão de ajudar uns aos outros a encontrar forças em Deus, através da palavra de Deus, para seguirmos vitoriosos no combate da fé. A última coisa que desejo partilhar com você é que, no fim de tudo, a família da fé leva uns aos outros aos pés de Deus em Cristo. Pois é de joelhos, diante do Pai, que somos vitoriosos:
[Ef 3.14-21] 14Por essa razão, ajoelho-me diante do Pai, 15do qual recebe o nome toda a família nos céus e na terra. 16Oro para que, com as suas gloriosas riquezas, ele os fortaleça no íntimo do seu ser com poder, por meio do seu Espírito, 17para que Cristo habite no coração de vocês mediante a fé; e oro para que, estando arraigados e alicerçados em amor, 18vocês possam, juntamente com todos os santos, compreender a largura, o comprimento, a altura e a profundidade, 19e conhecer o amor de Cristo que excede todo conhecimento, para que vocês sejam cheios de toda a plenitude de Deus. 20Àquele que é capaz de fazer infinitamente mais do que tudo o que pedimos ou pensamos, de acordo com o seu poder que atua em nós, 21a ele seja a glória na igreja e em Cristo Jesus, por todas as gerações, para todo o sempre! Amém!
Foi de joelhos “diante do Pai” que Jônatas e Davi terminaram sua conversa:
[1Sm 23.18] Os dois fizeram um acordo perante o Senhor. Então, Jônatas foi para casa, mas Davi ficou em Horesa.
Questione a comunhão que você julga ter com alguém se ela comunhão não te leva a orar mais – orar mais por você e pelos outros, orar da forma como se dever orar (cf. Ef 3.14-21). Comunhão entre os da família da fé edifica uns aos outros, levando o outro à oração aos pés do Senhor, em busca de mais conhecimento da graça de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo (2Pe 3.18).
Combatendo com a família da fé
Todos nós enfrentamos gigantes na alma e na vida. Os gigantes da vida serão vencidos na alma, primeiramente. Seremos vitoriosos apenas se combatermos com fé, auxiliados pela família da fé. O tipo de ajuda de que precisamos ser uns aos outros é a do tipo que li em uma das biografias que tanto amo.
Há um livro chamado “Memórias de Samuel Pearce”. Samuel Pearce foi um dos pastores do pequeno grupo de pastores que fundou a Sociedade Missionária Batista em 1792 na Inglaterra. Entre outros, havia: Pr. Samuel Pearce, Pr. Andrew Fuller e Pr. William Carey.
Das muitas inspirações que essas memórias nos trazem, uma em especial se destacou em meu coração. Aqueles irmãos amavam profundamente um ao outro e se reuniam intencional e regularmente para fortalecer a fé um do outro em Deus. Eles se reuniam mesmo quando algum deles estava distante.
Quando William Carey partiu da Inglaterra para ser missionário na Índia, Samuel Pearce e os demais ficaram mais de um ano aguardando com grande expectativa uma carta do amado colega. Quando finalmente a carta chegou, eis o que Pearce escreveu a Carey:
O relato que você nos deu nos inspirou com novo vigor, e muito fortaleceu nossas mãos no Senhor. Lemos, choramos, louvamos e oramos. Meu Deus! Quem se não o cristão para sentir tais prazeres enquanto está conectado com amizades feitas em nosso querido Senhor Jesus Cristo? (p. 58)
Que coisa linda belíssima: “Nos inspirou novo vigor, e muito fortaleceu nossas mãos no Senhor”; “[Prazeres espirituais] enquanto está conectado com amizades feitas em nosso querido Senhor Jesus Cristo”!
Igreja pós-pandemia de COVID-19
Tanto tem se falado sobre “como será a igreja pós-pandemia de COVID-19”.
Como ela será, eu não sei. Só Deus sabe. Agora, como ela deve ser, foi tudo o que estudamos hoje até aqui (e muito mais).
Minha oração é que você forme amizades espirituais. Amizades feitas em Cristo Jesus. Amizades que te encoraje em Deus, aponte para Deus e te encha da palavra de Deus para seguir com fé, esperança e amor nas promessas de Deus.
Que a igreja local, a família da fé nos ajude a vencer os combates da alma com fé nas promessas de Deus em Cristo Jesus.
Minhas considerações finais a você são as seguintes:
[1] Encontre amigos espirituais que te fortaleçam em Deus, apontando-o para Jesus.
[2] Não deixe de congregar como é o costume de alguns.
[3] Faça de Jesus seu primeiro e principal amigo, mas não ignore a família da fé.
[Hb 10.21, 23-25] 21 Temos, pois, um grande sacerdote sobre a casa de Deus… 23Apeguemo-nos com firmeza à esperança que professamos, pois aquele que prometeu é fiel. 24E consideremos uns aos outros para nos incentivarmos ao amor e às boas obras. 25Não deixemos de reunir-nos como igreja, segundo o costume de alguns, mas procuremos encorajar-nos uns aos outros, ainda mais quando vocês veem que se aproxima o Dia.
S.D.G. L.B.Peixoto
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