10.05.2020
[Provérbios 29.25] Quem teme o homem cai em armadilhas, mas quem confia no Senhor está seguro.
O temor do homem
O temor do homem é um problema mais comum do que imaginamos. É algo que eu, você e todo mundo já enfrentou, está enfrentando e ainda enfrentará. Não há pecado tão prevalecente, tão traiçoeiro e tão profundo, que cause tantas consequências destrutivas, quanto o de temer os homens mais do que temer a Deus.
Que é o temor do homem?
O primeiro passo que precisamos dar nesse combate é buscar compreender o que se quer dizer com a expressão “temor do homem”. Há uma série de outros termos que se pode usar para descrever o que se está dizendo. Pense, por exemplo, nas seguintes ideias: viver para agradar as pessoas, buscar a aprovação das pessoas, querer que as pessoas estejam sempre felizes com a gente, querer sempre reconhecimento ou elogio, timidez, etc.
“Temor do homem”, na terminologia da psicologia, é muitas vezes descrito como complexo de inferioridade, baixa autoestima, pressão do grupo, codependência e carência ou fome de amor.
A expressão “temor do homem” implica algo negativo, e geralmente é verdade. No entanto, nem todo “temor do homem” é necessariamente ruim ou pecaminoso. Na verdade, somos biblicamente ordenados a viver de alguma maneira que agrade as pessoas.
Vejamos alguns exemplos:
Filhos são aconselhados a alegrar os pais (Pv 10.1): “Provérbios de Salomão: O filho sábio dá alegria ao pai; o filho tolo dá tristeza à mãe.”
Deus estabeleceu autoridades para serem temidas (Rm 13.1-3): “Todos devem sujeitar-se às autoridades governamentais, pois não há autoridade que não venha de Deus; as autoridades que existem foram por ele estabelecidas. Portanto, aquele que se rebela contra a autoridade está se colocando contra o que Deus instituiu, e aqueles que assim procedem trazem condenação sobre si mesmos. Pois os governantes não devem ser temidos, a não ser pelos que praticam o mal. Você quer viver livre do medo da autoridade? Pratique o bem, e ela o enaltecerá.”
Empregados devem trabalhar de forma a agradar o patrão (Tt 2.9-10): “Ensine os escravos a se submeterem em tudo a seus senhores, a procurarem agradá-los, a não serem respondões e a não roubá-los, mas a mostrarem que são inteiramente dignos de confiança, para que assim tornem atraente, em tudo, o ensino de Deus, nosso Salvador.”
Casamento inclui o compromisso de um agradar o outro (1Co 7.33-34): Sobre os benefícios de ser solteiro, Paulo escreveu: “Mas o homem casado preocupa-se com as coisas deste mundo, em como agradar sua mulher, e está dividido. (…) a casada preocupa-se com as coisas deste mundo, em como agradar seu marido.”
Na liberdade cristã e no evangelismo pessoal, deve-se procurar agradar o próximo (1Co 10.32-33): “Não se tornem motivo de tropeço, nem para judeus, nem para gregos, nem para a igreja de Deus. Também eu procuro agradar a todos, de todas as formas. Porque não estou procurando o meu próprio bem, mas o bem de muitos, para que sejam salvos.”
Como se pode ver, querer alegrar as pessoas, buscar a aprovação delas e mesmo temê-las em honra pode ser uma coisa boa – sendo até mesmo ordenada na Bíblia. Porém, como tantas coisas na vida, o pecado distorce os bons desejos e presentes que vêm de Deus.
Faz-se importante esta conclusão para saber que o problema nem sempre são as pessoas ou a aprovação delas, mas ser viciado em aprovação dependente dela. A distorção e a dependência é que são o problema.
A distorção do temor do homem
O temor do homem, querer agradar as pessoas, desejar que as pessoas estejam felizes conosco se torna pecaminoso quando esse sentimento se transforma num desejo descontrolado. Quando a aprovação das pessoas se torna muito importante, quase indispensável, é sinal de que as motivações estão distorcidas. Aquilo que começou como um dom de Deus se tornou em maldição para o homem.
A distorção do temor do homem geralmente se manifesta de duas maneiras: [1] desejo insaciável de aprovação ou [2] medo insustentável de rejeição. A chave para o diagnóstico está no desejo insubstituível – “Eu quero aprovação! Eu não posso ser rejeitado!”
Como saber se o temor de homens que você tem é do tipo pecaminoso?
O Dr. Edward T. Welch, em seu livro excelente Quando as pessoas são grandes e Deus é pequeno (Ed. Batista Regular), oferece uma lista de perguntas que são muito úteis para fecharmos um diagnóstico.
Você já lutou com a pressão do grupo? “Pressão do grupo” é simplesmente um eufemismo (forma mais agradável de dizer algo) para o temor do homem. Se você passou por isso quando mais jovem, ela ainda existe em sua alma. A pressão do grupo pode estar escondida e ser revelada de formas mais “adultas”, ou pode estar camuflada por um currículo impressionante (a imagem do seu sucesso).
Você vive super atarefado? Acha difícil dizer não mesmo quando a prudência indica que é isso que deve ser dito? Você vive querendo agradar todo mundo com seus esforços?
Você “precisa” de alguma coisa de seu cônjuge? “Precisa” que seu cônjuge ouça você̂? Respeite você̂? Pense bem neste ponto. Com certeza Deus se alegra quando há uma boa comunicação e respeito mútuo entre os cônjuges. Mas para muitas pessoas, o desejo por essas coisas tem raízes em algo fora do plano de Deus para os portadores da sua imagem. A menos que você compreenda os parâmetros bíblicos do compromisso conjugal, seu cônjuge irá tornar-se alguém a quem você teme (ou de quem busca aprovação/realização). Seu cônjuge o controlará. Seu cônjuge discretamente irá tomar o lugar de Deus em sua vida.
A autoestima é um problema crítico pra você? Essa é uma das expressões mais comuns do temor do homem. Se a autoestima é um tema que se repete na sua vida, há uma grande possibilidade de que a sua vida gire em torno do que os outros pensam. Você acata ou teme a opinião delas. Você precisa que elas sustentem o seu senso de bem-estar e identidade. Você tem necessidade de que elas o supram. Você tem “carência” do amor delas.
Você alguma vez já sentiu como se pudesse ser apresentado como um impostor [ou um grande fracasso]? Muitos líderes, executivos e pessoas aparentemente bem-sucedidas já. O sentimento de ser exposto é uma expressão do temor do homem. Significa que a opinião das outras pessoas – principalmente a possível opinião de que você é um fracasso – são capazes de controlar você.
Você sempre pensa duas vezes antes de tomar uma decisão por causa do que as outras pessoas poderiam pensar? Você tem medo de cometer erros que farão com que pareça mal aos olhos dos outros? Então os outros controlam, dominam você.
Você se sente vazio ou sem sentido? Você já sentiu “fome de amor” [carência de ser amado]? Aqui novamente, se você precisa dos outros para completá-lo, você̂ é controlado por eles.
Você fica envergonhado facilmente? Se sua resposta é sim, as pessoas e a opinião que elas têm de você provavelmente definam você. Ou, para usar uma linguagem bíblica, você valoriza a opinião dos outros a ponto de ser controlado por eles.
Você mente sempre, principalmente aquelas mentirinhas brancas? E aquelas omissões as quais você não está tecnicamente mentindo com os seus lábios? A mentira e outras formas nebulosas de viver geralmente são maneiras de fazer com que pareçamos melhores diante das outras pessoas. Elas também servem para cobrir a nossa vergonha diante dos outros.
Você tem inveja dos outros? Você é controlado por eles e por suas posses.
As outras pessoas geralmente deixam você irado ou depressivo? Elas estão deixando você louco? Caso positivo, provavelmente elas sejam o centro controlador de sua vida.
A maioria das dietas [e das atividades físicas], mesmo quando aparentemente sob o nome de “saúde”, tem a finalidade de impressionar os outros? O desejo pelo “elogio do homem” é uma das maneiras pelas quais honramos as pessoas mais do que a Deus.
Nenhuma destas definições se encaixa a você? Então, pense no seguinte: Quando se compara aos outros, você acha que está bem? Talvez a forma mais perigosa do temor do homem é o temor do homem “bem-sucedido”. Essas pessoas acham que conseguiram. Elas têm mais do que os outros. Sentem-se bem consigo mesmas. Mas suas vidas ainda são definidas por outras pessoas muito mais do que por Deus.
Você compra roupas por causa do que os outros vão pensar? Já deixou de ir a algum lugar por que não tinha a roupa supostamente adequada ou porque não gostou do seu visual? Gasta muito tempo na frente do espelho?
Você já ficou constrangido com a opinião dos outros sobre você ir à igreja? Já sentiu vergonha ao dizer que crê em Deus? Que crê em Jesus?
Já ficou com vergonha de fazer perguntas em sala de aula por que sua pergunta poderia parecer estúpida? Já desejou encolher e desaparecer por causa de uma gafe, de uma palavra dita fora de hora ou de alguma atitude desajeitada?
Etc. Etc. Etc.
As respostas para essas perguntas revelam se somos ou não controlados pela opinião das pessoas. Temor do homem, quando está distorcido, é tudo isso: desejo por aceitação, medo de rejeição, pressão dos pares, sentimento de inadequação, necessidade de realização e se sentir bem consigo mesmo, necessidade de sentir-se amado e muito mais.
Esse tipo de temor do homem pode ser observado de forma extrema, por exemplo, na vida das pessoas que sofrem com anorexia ou com bulimia, que são sexualmente ativas antes e fora do casamento, que vivem em conflito conjugal na tentativa de mudar o outro, que se isolam na adolescência, etc.
O temor do homem está por toda parte. Ele tem destruído muita gente. Precisamos combater e derrotar esse gigante.
A libertação do temor do homem
Como se libertar do temor do homem?
Como o assunto é vasto, nós faremos algumas observações gerais. Nosso objetivo é nos libertar dessa armadilha, romper com esse vício e aprender amar a Deus e o próximo da forma como a Bíblia ensina que devemos amar, temer, respeitar e cuidar.
Faremos três observações a partir do texto de Provérbios que lemos inicialmente.
1 Temor do homem é uma questão de adoração
Provérbios 29.25 é formado por um paralelismo antitético ou antagônico, ou seja, a primeira cláusula se contrasta em pensamento oposto com a segunda. Veja:
Quem teme o homem cai em armadilhas, mas quem confia no Senhor está seguro.
A mensagem de Provérbios é que ou você “teme o homem” ou você “confia no Senhor”; ou você “cai em armadilha” ou você “está seguro”.
Escrevendo aos Gálatas, Paulo comunicou a mesma ideia, ao dizer:
[Gl 1.10] Acaso busco eu agora a aprovação dos homens ou a de Deus? Ou estou tentando agradar a homens? Se eu ainda estivesse procurando agradar a homens, não seria servo de Cristo.
Se o oposto de confiar em Deus é temer o homem, o oposto de servir a Cristo é agradar a homens. O que se pode concluir de tudo isso?
PRIMEIRO: Há um tipo de temor e desejo de agradar o próximo que se torna pecaminoso, pois substitui Deus pelo objeto ou pessoa a que se teme ou se busca agradar.
SEGUNDO: A raiz desse tipo de temor ou desejo de agradar é a idolatria. Temor do homem é idolatrar, adorar, venerar, louvar as pessoas e suas opiniões, buscar nelas a nossa significação.
Dr. Edward T. Welch define assim o temor do homem:
Não quer dizer que nós ficamos apavorados ou com medo dos outros (embora às vezes nós ficamos). “Temer” no sentido bíblico é uma palavra muito mais ampla. Inclui ter medo de alguém, mas amplia-se a respeitar muito alguém, ser controlada ou dominada pelas pessoas, adorar outras pessoas, colocar sua confiança nas pessoas ou precisar de pessoas [suas opiniões, seus louvores, sua aprovação].
O primeiro passo no combate ao temor do homem significa compreender o que realmente está acontecendo no coração. Isso significa que sempre que eu sentir desejo por aceitação, medo de rejeição, pressão dos pares ou inadequado diante dos outros, a primeira coisa que preciso fazer é discernir o que está acontecendo — Que sentimento é esse? O que realmente está acontecendo no meu coração?
O fato é que o temor do homem jamais deve conferir às pessoas poderes e privilégios que pertencem somente a Deus. Quando o temor do homem nos controla, nós tornamos as pessoas grandes e Deus pequeno. Isso é uma questão de adoração. É idolatria.
2 O temor do homem nos controla inadequadamente
[Pv 29.25] Quem teme o homem cai em armadilhas,
Quando nós tememos alguma coisa ou alguém, nós conferimos poder absoluto àquilo que tememos. O pior de tudo é que o poder que conferimos não é digno de ser conferido.
Por exemplo: o medo de barata. Que poder existe em uma barata? Nenhum! No entanto, quantas não são as pessoas que vivem controladas pelo poder que elas mesmas, por temor e medo, conferiram às baratas?!
O mesmo acontece quando nós tememos as pessoas, quando nós atribuímos valor inadequado à opinião delas, quando vivemos pela aprovação e afeição delas – nós lhes conferimos um poder que nos controla inadequadamente.
Uma pessoa controlada inadequadamente pelo medo ou temor do homem age cegamente. Resultado: ela cai em armadilhas. Provérbios usa armadilhas e seus sinônimos de uma forma chocante ao revelar o que o temor do homem (sendo mal e perverso, posto que nos faz pecar contra Deus) pode causar em nós.
Quem teme o homem segue os seus conselhos maus:
Provérbios 12.13 – O mau se enreda em seu falar pecaminoso, mas o justo não cai nessas dificuldades [armadilha, angústia].
Quem teme o homem colhe grandes consequências pelas suas atitudes:
Provérbios 22.5 – No caminho do perverso há espinhos e armadilhas; quem quer proteger a própria vida mantém-se longe dele.
Quem teme o homem não consegue ter domínio próprio:
Provérbios 20.25 – É uma armadilha consagrar algo precipitadamente, e só pensar nas consequências depois que se fez o voto.
Quem teme o homem vive sem alegria:
Provérbios 29.6 – O pecado do homem mau o apanha na sua própria armadilha, mas o justo pode cantar e alegrar.
Alguém já disse que “quando nós vivemos à luz do que as pessoas pensam da gente, nós acabamos odiando as pessoas”.
Há muitas outras armadilhas que o temor do homem coloca diante de nós:
Além do mais, o temor do homem:
Pessoas controladas pelo temor do homem são assim descritas pelo Dr. Edward T. Welch:
Elas têm plena certeza de que Deus as ama, mas também querem ou precisam do amor de outras pessoas – ou pelo menos precisam de algo de outras pessoas. Como consequência, estão escravizadas, controladas por outros e sentindo-se vazias. Elas são controladas por qualquer um ou qualquer coisa que acreditem que possa lhes dar o que acham que precisam.
3 O temor do homem é combatido pela fé no Senhor
Vimos que o temor do homem é uma questão de adoração e que ele nos controla inadequadamente, vejamos agora como combatê-lo.
[Pv 29.25] Quem teme o homem cai em armadilhas, mas quem confia no Senhor está seguro.
O oposto do temor do homem é a confiança em Deus. É impossível adorar e servir a Deus se vivemos para agradar os homens (Gl 1.10). O livro de Salmos usa com frequência o verbo confiar e revela que confiança em Deus está diretamente relacionado ao conhecimento que nós temos de Deus.
Sl 9.9-10 (NVI) – O Senhor é refúgio para os oprimidos, uma torre segura na hora da adversidade. Os que conhecem o teu nome confiam em ti, pois tu, Senhor, jamais abandonas os que te buscam.
Sl 64.10 (ARA) – O justo se alegra no SENHOR e nele confia; os de reto coração, todos se gloriam.
Sl 118.6-9 (ARA) – O SENHOR está comigo; não temerei. Que me poderá fazer o homem? O SENHOR está comigo entre os que me ajudam; por isso, verei cumprido o meu desejo nos que me odeiam. Melhor é buscar refúgio no SENHOR do que confiar no homem. Melhor é buscar refúgio no SENHOR do que confiar em príncipes.
O conhecimento do Senhor produz em nós fé. Quem conhece a Deus teme a Deus. Quem teme a Deus, quem confia em Deus “está seguro” (Pv 29.25).
O adjetivo “seguro” ou “livre de perigo” significa “ser levado para lugar alto e inacessível”. É usado para descrever uma cidade elevada (Is 26.5) e um muro que de tão alto chega a ser impossível de escalar (Pv 18.11). Portanto, livrar-se do temor de homens não significa apenas dizer “Não estou nem aí para o que os outros vão pensar de mim!” Essa atitude não passará de arrogância. Continuará sendo idolatria, pois enquanto o temor do homem idolatra pessoas, o orgulho idolatra o ego.
A saída para o temor do homem está em buscar um “lugar seguro” através da fé na graça de Deus. Derrotar o temor do homem significa elevar o coração às alturas, buscar as coisas que são do alto; ver-se, a si mesmo, pela fé, pelo que se é e já se tem em Cristo:
[Cl 3.1-5] 1Portanto, já que vocês ressuscitaram com Cristo, procurem as coisas que são do alto, onde Cristo está assentado à direita de Deus. 2Mantenham o pensamento nas coisas do alto, e não nas coisas terrenas. 3Pois vocês morreram, e agora a sua vida está escondida com Cristo em Deus. 4Quando Cristo, que é a sua vida, for manifestado, então vocês também serão manifestados com ele em glória. 5Assim, façam morrer tudo o que pertence à natureza terrena de vocês…
O temor do homem é vencido pela confiança em Deus. Ele é derrotado quando nós elevamos nosso coração pela fé a Deus, quando buscamos as coisas do alto, quando nos enxergamos à luz do evangelho de Cristo, quando reconhecemos que precisamos da graça de Deus para nossa justificação, nossa santificação e nossa glorificação.
Combatendo o temor do homem
Meu último emprego antes de ir para o seminário foi na CELG (hoje Enel). Lá eu comecei fazendo leitura de relógios medidores de energia elétrica. Ia de casa em casa.
Uma vez, entrei numa casa para ler o relógio e sem perceber, deitado atrás do carro na garagem, estava um enorme cão da raça fila brasileiro. Quando terminei de fazer a anotação e me levantei, dando uma olhadinha para o lado da casa, vi o cão se preparando, de fininho, para me avançar.
Olhei para o outro lado da rua e vi um muro. Pensei: “Se eu correr eu consigo escalar!” (Sorte a minha que o fila brasileiro não é um cão tão ágil). Larguei tudo no chão e saí na carreira. Quando me dei por mim, eu já estava em cima do muro com o cão lá embaixo, latindo e tentando escalar o muro para me pegar.
Meu ponto é: para onde você corre quando o temor do homem te ataca? Corra para o alto. Corra para Deus. Recorra ao evangelho da graça de Deus: que revela quem nós somos (pecadores), o que de fato nós precisamos (graça) e o que nós já temos (Cristo).
Em Cristo nós somos aprovados por Deus: justificados.
Em Cristo, em vez de buscarmos uma melhor autoimagem, nós recebemos, progressivamente, uma imagem do alto, a imagem de Cristo: santificação.
Logo, a esperança definitiva para o temor de homens não virá de uma melhor imagem que devemos fazer de nós mesmos (tampouco da imagem que os outros fazem de nós), mas de buscarmos pela graça, por meio da fé (santificação progressiva) a imagem de Cristo para nós.
O foco não é o amor das pessoas por nós, mas o amor de Deus por nós que nos transforma, nos tira o medo (pois ele nos ama!) e nos faz amar o próximo.
[1Jo 4.17-18] 17Dessa forma o amor está aperfeiçoado entre nós, para que no dia do juízo tenhamos confiança, porque neste mundo somos como ele. 18No amor não há medo; ao contrário o perfeito amor expulsa o medo, porque o medo supõe castigo. Aquele que tem medo não está aperfeiçoado no amor.
O amor de Deus nos liberta do medo.
O amor de Deus nos deixa livres para amar e servir o próximo com fé.
Provérbios 29.25:
Quem teme o homem cai em armadilhas, mas quem confia no Senhor está seguro.
S.D.G. L.B.Peixoto
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Pr. Leandro B. Peixoto