02.06.2024
Atos 21.15-36 (NVT)
Paulo chega a Jerusalém
15Depois disso, arrumamos nossas coisas e partimos para Jerusalém. 16Alguns discípulos de Cesareia nos acompanharam e nos levaram à casa de Mnasom, nascido em Chipre e um dos primeiros discípulos. 17Quando chegamos a Jerusalém, os irmãos nos deram calorosas boas-vindas.
18No dia seguinte, Paulo foi conosco a um encontro com Tiago, e todos os presbíteros da igreja de Jerusalém estavam presentes. 19Depois que Paulo os cumprimentou, relatou em detalhes o que Deus havia realizado entre os gentios por meio de seu ministério.
20Quando ouviram isso, louvaram a Deus e disseram: “Você sabe, irmão, quantos milhares de judeus também creram, e todos eles seguem à risca a lei de Moisés. 21Mas eles foram informados de que você ensina todos os judeus que vivem entre os gentios a abandonarem a lei de Moisés. Ouviram que você os instrui a não circuncidarem os filhos nem seguirem os costumes judaicos. 22Que faremos?Certamente eles saberão que você chegou.
23“Queremos que você faça o seguinte. Temos aqui quatro homens que cumpriram um voto. 24Vá com eles ao templo e participe da cerimônia de purificação. Pague as despesas para realizarem o ritual de raspar a cabeça. Então todos saberão que os rumores são falsos e que você mesmo cumpre as leis judaicas.
25“Quanto aos convertidos gentios, devem fazer aquilo que pedimos por carta: abster-se de comer alimentos oferecidos a ídolos, de consumir o sangue ou a carne de animais estrangulados e de praticar a imoralidade sexual”.
Paulo é preso
26No dia seguinte, Paulo se purificou junto com aqueles homens e entrou no templo. Declarou quando terminariam os dias da purificação e quando seria oferecido o sacrifício em favor deles.
27Estando os sete dias quase no fim, alguns judeus da província da Ásia viram Paulo no templo e incitaram a multidão contra ele. Agarraram-no, 28gritando: “Homens de Israel, ajudem-nos! Este é o homem que fala contra nosso povo em toda parte e ensina todos a desobedecerem às leis judaicas. Fala contra o templo e até profana este santo lugar, trazendo gentios para dentro dele”. 29Antes tinham visto Paulo na cidade com Trófimo, um gentio de Éfeso, e concluíram que Paulo o havia levado para dentro do templo.
30Toda a cidade se agitou com essas acusações, e houve grande tumulto. A multidão agarrou Paulo e o arrastou para fora do templo, e imediatamente foram fechadas as portas. 31Quando procuravam matar Paulo, chegou ao comandante do regimento romano a notícia de que toda a Jerusalém estava em rebuliço. 32No mesmo instante, ele chamou seus soldados e oficiais e correu para o meio da multidão. Quando viram o comandante e os soldados se aproximarem, pararam de espancar Paulo.
33Então o comandante o prendeu e mandou que o amarrassem com duas correntes. Em seguida, perguntou à multidão quem era ele e o que havia feito. 34Uns gritavam uma coisa, outros gritavam outra. Não conseguindo descobrir a verdade no meio de todo o tumulto, ordenou que Paulo fosse levado à fortaleza. 35Quando Paulo chegou às escadas, o povo se tornou tão violento que os soldados tiveram de levantá-lo nos ombros para protegê-lo. 36E a multidão foi atrás, gritando: “Matem-no! Matem-no!”.
Imagine a criança pegando algum objeto, – digamos –, de porcelana, vidro, cristal… alguma peça de decoração que seja tão frágil quanto bela. Coisa fina. Cara. Linda. De repente, bum!, ela deixa cair no chão (deixou cair coisa nenhuma! a criança jogou mesmo, – de propósito! –, no chão). E aí? Já era! Está tudo ali, espatifado, diante de seus olhos. Sobraram apenas estilhaços do que um dia foi uma estimadíssima relíquia de família. Agora, tente juntar os cacos e colá-los de volta. Imagine-se reconstruindo a peça. Emendando os pedaços com o máximo de cuidado. — Pergunto: será possível? E se for, como ficará o objeto? — Se conseguir, tudo indica que a peça jamais será a mesma.
Você já se deu conta de que é muito mais fácil quebrar do que remendar? Já percebeu que é muito mais fácil romper do que reconciliar? Neste mundo caído no pecado, o caos se tornou o estado natural das coisas, enquanto a conciliação será sempre, – ainda que possível –, o resultado de um milagre de Deus.
Há na física um ramo de estudos que, em resumo, pesquisa a transformação de um tipo de energia em outra, é a termodinâmica. Na termodinâmica, a entropia é uma medida da quantidade de desordem ou desorganização em um sistema. Quanto maior a entropia, maior a desordem. Pois bem, a segunda lei da termodinâmica aponta que em um sistema isolado a entropia – a quantidade de desordem – tende a aumentar com o tempo, até atingir um máximo. Isso implica que processos naturais tendem a evoluir para um estado de maior desordem e são impossíveis de serem revertidos sem intervenção externa. Por exemplo: gelo derretendo. Quando o gelo derrete em água, à temperatura ambiente, a entropia do sistema (gelo + água) – a desordem – aumenta, pois a água líquida tem maior desordem que o gelo sólido. Outro exemplo: motores térmicos. Em motores térmicos, como os de carros, parte do calor gerado pela combustão é inevitavelmente perdido para o ambiente, aumentando a entropia e limitando a eficiência do motor.
Isso é para demonstrar que qualquer coisa isolada em si mesma, em seu estado natural, sem alguma intervenção externa (para contenção, manutenção ou conciliação), tenderá a evoluir para o máximo de desordem. Isto se aplica, inclusive, aos relacionamentos. O tempo, por si só, não cura coisa alguma, apenas contribui para o aumento da desordem. Sim, meu povo, sem a intervenção da graça de Deus e a nossa ação graciosa intencional para manter sempre a conciliação, a coisa natural será despedaçar os relacionamentos. Qualquer relacionamento! Ou seja: é muito mais fácil quebrar do que manter inteiro (o que se dirá de remendar!; ora, é muito mais difícil remendar, conciliar). SAIBA DE UMA COISA: o tempo – sozinho, só o tempo – apenas dará ocasião para a desordem. Não foi sem motivo, portanto, que se cunharam o ditado: “a ocasião faz o ladrão”.
O TEXTO QUE TEMOS diante de nós trata de um momento chave na história do cristianismo – ainda tão infante. O texto que lemos no início (Atos 21.15-36) descreveu um incidente que ocorreu ainda por volta dos anos 55-57, aproximadamente. Paulo sabia que, da parte de Deus para a vida dele, ele não poderia deixar como estava. O tempo não curaria aquela situação. Alguma coisa precisava ser feita, antes de ele prosseguir para a Espanha. Alguma ação externa precisava acontecer para – na intenção de, pela graça, por meio da fé… por meio de ações de fé, ações graciosas de fé – manter a conciliação entre crentes judeus e crentes gentios. Foi então que a chapa esquentou.
Sabe por quê?
Sempre que você se levantar para fazer qualquer coisa que não seja o estado natural das coisas (no caso aqui, a conciliação; sempre que você se levantar para a conciliação) – sabe o que acontecerá? – você sofrerá com a reação das forças naturais produzidas pelo pecado. Será mal compreendido e até julgado. — Mas quem importa? — O que importa é fazer aquilo para o que Deus nos chamou a fazer. Ralph Waldo Emerson (escritor e filósofo americano, 1803–1882) escreveu que “ser grande é ser mal compreendido”. Ora, imagine então o que implicará você buscar ser grande nas mãos de Deus!
Quer ver uma coisa?
Recorde-se, por exemplo, de alguns dos grandes personagens bíblicos que foram mal compreendidos. Lembra-se de Noé, o que construiu a arca? O povo o rotulou de louco. E Davi, o que matou Golias, lembra-se dele? Tanto o rei Saul quanto os irmãos de Davi o consideraram mal intencionado, arrogante e ambicioso. Lembra-se ainda de Moisés, quando agiu para apartar a briga entre dois hebreus? Ele ouviu desaforos: “Quem o nomeou nosso príncipe e juiz? Vai me matar como matou o egípcio?” (Êx 2.14b). E José do Egito, você se lembra de como os irmãos dele o tratavam? Sempre que chegava perto deles, o rapaz era motivo de chacota: “Lá vem o sonhador!” (Gn 37.19).
Certamente, “ser grande é ser mal compreendido”. “Faz parte da penalidade pela grandeza”, complementou Elbert Hubbard, contemporâneo de Ralph Waldo Emerson. Hubbard, no entanto, acrescentou uma observação bastante importante: “Ser mal compreendido não é prova de grandeza. A prova final da grandeza reside em ser capaz de suportar [críticas e contra ataques] sem ressentimento.” Em última análise, então, a nossa reação ao tratamento que recebemos das pessoas diz muito mais sobre o nosso caráter do que qualquer ação que delas nós sofremos – seja a de nos elogiar ou julgar mal, tratar com indiferença, distratar, agredir ou o que for.
CAMINHANDO COM O APÓSTOLO PAULO, da forma como temos feito ao longo de Atos dos Apóstolos, já deu para ver como ele reagia ao tratamento das pessoas: sempre com uma graça e uma paciência (= longanimidade) que ilustram muito bem o que a Bíblia chama de grandeza. A prova suprema da grandeza deste apóstolo, entretanto, ocorreu em Jerusalém, na última jornada que o Novo Testamento nos deixou como história desse grande homem de Deus. Caminhe comigo e descubra que há um preço a ser pago pela conciliação. No final, faremos algumas aplicações à luz deste texto e do porque se importar com conciliação ou unidade amorosa.
Inicialmente, a chegada de Paulo a Jerusalém foi recebida com aprovação e apreço. Lucas, um membro do grupo que viajava com Paulo – inspirado pelo Espírito Santo – registrou o instante da chegada e os desdobramentos na capital da fé judaico-cristã:
Atos 21.15-17 (NVT)
15Depois disso, arrumamos nossas coisas e partimos para Jerusalém. 16Alguns discípulos de Cesareia nos acompanharam e nos levaram à casa de Mnasom, nascido em Chipre e um dos primeiros discípulos. 17Quando chegamos a Jerusalém, os irmãos nos deram calorosas boas-vindas.
“No dia seguinte”, ávido para contar-lhes sobre suas conquistas mais recentes:
Atos 21.18-20 (NVT)
[…] Paulo foi conosco a um encontro com Tiago, e todos os presbíteros da igreja de Jerusalém estavam presentes. 19Depois que Paulo os cumprimentou, relatou em detalhes o que Deus havia realizado entre os gentios por meio de seu ministério.
20Quando ouviram isso, louvaram a Deus […]
Tiago e os presbíteros louvaram a Deus pelo ministério de Paulo, MAS eles mudaram imediatamente o foco da conversa, tirando-o dos gentios e o colocando nos judeus. A razão para esta guinada ficará evidente no que dirão a seguir.
Havia uma crise instalada em Jerusalém. O mais triste é que todo o alvoroço tinha na raiz um boato, uma fofoca maldosa a respeito de um suposto falso ensino de Paulo. Essas mentiras haviam sido espalhadas entre os cristãos judeus na igreja de Jerusalém.
Contexto histórico
Estimam-se que, à época, o número de judeus cristãos na Judéia contava entre 25.000 e 50.000. Esse período histórico – entre 55 e 57 d.C. – era marcado por um feroz nacionalismo judaico, contendo até atitudes violentas anti-gentios, sobretudo contra romanos. Em 66 d.C. (portanto, cerca de dez anos após o que se lê em Atos 21) teria início uma grande revolta judaica contra o domínio romano. Quatro anos depois, em 70 d.C., as forças romanas, comandadas pelo futuro imperador Tito, cercariam Jerusalém. O cerco duraria meses, causando grande sofrimento e fome entre os habitantes da cidade. Em agosto de 70 d.C., os romanos conseguiram, finalmente, invadir a cidade. O segundo templo – iniciado em c. 538 a.C. e finalizado em c. 515 a.C., sob a liderança de Zorobabel), esse segundo templo, – muito importante para a vida religiosa e cultural judaica (desde o retorno da Babilônia, sob Ciro, rei da Pérsia), esse templo seria saqueado e destruído por um incêndio. — TUDO ISSO PARA DIZER que a chega de Paulo a Jerusalém se deu em um período de crise instaurada (e o cristianismo fazia parte do reboliço; porque ser cristão nos moldes como Paulo pregava, diziam as massas agitadas e mal intencionadas, as massas anti-gentios, ser cristão como Paulo pregava era ser anti-judeu, pois era ser contra a lei de Moisés. Fake news!).
Paulo em Jerusalém
Muitos dos novos convertidos judeus eram bastante zelosos pela lei de Moisés; inda por cima, uma vez convertidos, foram intensamente influenciados pelos demais judaizantes que, desde a época de Pedro (cf. At 11), vinham perturbando a paz entre os cristãos em toda a parte, sobretudo em Jerusalém. Some-se a isto o espírito anti-gentio, sobre o qual nós acabamos de falar.
— O que estava sendo dito a respeito de Paulo? — Veja bem. Esses crentes de Jerusalém aprenderam desde a mais tenra idade – como bons judeus que eram – a guardar a Lei. Depois de convertidos a Cristo eles continuaram [1.] circuncidando seus filhos, [2.] observando o sábado, [3.] celebrando as festas judaicas e [4.] mantendo o rígido código alimentar judaico. Afinal, eram judeus. Como tais, realmente não precisariam perder a identidade étnica. SÓ QUE os judaizantes – além de terem elevado o cumprimento da lei de Moisés (e todas as cerimônias e ritos) ao patamar de necessidade para a salvação, ao lado da fé em Cristo – esses judaizantes obrigavam os gentios a fazerem a mesma coisa. E a maior “ameaça” era Paulo. Portanto, inventaram mentiras. Leiam.
Atos 21.20-21 (NVT)
20Quando [Tiago e os presbíteros da igreja de Jerusalém] ouviram isso [o relato de Paulo, o que Deus havia realizado entre os gentios por meio de seu ministério] louvaram a Deus e disseram: “Você sabe, irmão, quantos milhares de judeus também creram, e todos eles seguem à risca a lei de Moisés. 21Mas eles foram informados de que você ensina todos os judeus que vivem entre os gentios a abandonarem a lei de Moisés. Ouviram que você os instrui a não circuncidarem os filhos nem seguirem os costumes judaicos.
TODA A CRISE INSTALADA EM JERUSALÉM continha na raiz a mistura de orgulho, justiça própria, etnocentrismo e mentira, muita mentira. De fato, eram seríssimas essas acusações, pois atingiam o cerne da autoidentidade dos judeus como povo. A Torá, particularmente a Torá nos seus aspectos cerimoniais, era o que os diferenciava de todos os outros povos. A circuncisão, em particular, era uma espécie de distintivo, uma marca física colocada na carne de cada judeu do sexo masculino, no oitavo dia após o nascimento, para denotar a pertença ao povo da aliança de Deus. Era muito sério! Mas será que Paulo teria realmente instado os judeus a abandonarem esse “sinal da aliança”?
Paulo, com efeito, argumentou fortemente contra a circuncisão como uma garantia de salvação. Gálatas 5.6 (NVT): “Pois, em Cristo Jesus, não há benefício algum em ser ou não circuncidado. O que importa é a fé que se expressa pelo amor.” Agora observe como Paulo concluiu a sua carta aos gálatas, expondo o que estava na raiz de todas as exigências do judaizantes (isto revela porque eles estavam tão ferozmente contra Paulo):
Gálatas 6.12-18 (NVT)
12Aqueles que procuram obrigá-los a se circuncidarem desejam causar boa impressão para outros, a fim de não serem perseguidos por ensinar que somente a cruz de Cristo pode salvar. 13E nem mesmo aqueles que defendem a circuncisão cumprem toda a lei. Querem que vocês sejam circuncidados só para que eles se gloriem disso.
14Quanto a mim, que eu jamais me glorie em qualquer coisa, a não ser na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo. Por causa dessa cruz meu interesse neste mundo foi crucificado, e o interesse do mundo em mim também morreu. 15Não importa se fomos circuncidados ou não. O que importa é que fomos transformados em nova criação. 16Que a paz e a misericórdia de Deus estejam sobre todos os que vivem de acordo com esse princípio e sobre o Israel de Deus.
17De agora em diante, que ninguém me perturbe com essas coisas, pois levo em meu corpo cicatrizes que mostram que pertenço a Jesus.
18Irmãos, que a graça de nosso Senhor Jesus Cristo esteja com o espírito de vocês. Amém.
REALMENTE, Paulo, inspirado pelo Espírito de Deus, argumentou com veemência que a circuncisão jamais poderia substituir a fé somente em Cristo para se tornar uma nova criação no Espírito. Consequentemente, o apóstolo se opôs veementemente à circuncisão de seus convertidos gentios. MAS não há qualquer evidência de que Paulo tenha encorajado os cristãos judeus a abandonarem a prática da circuncisão. Aliás, o que há é uma considerável indicação em contrário:
Atos 16.2-3 (NVT)
2Os irmãos em Listra e em Icônio o tinham em alta consideração, 3de modo que Paulo pediu que ele os acompanhasse em sua viagem. Em respeito aos judeus da região, providenciou que Timóteo fosse circuncidado antes de partirem, pois todos sabiam que o pai dele era grego.
1Coríntios 7.17-19 (NVT)
17Cada um continue a viver na situação em que o Senhor o colocou, e cada um permaneça como estava quando Deus o chamou. Essa é minha regra para todas as igrejas. 18Se um homem foi circuncidado antes de crer, não deve tentar mudar sua condição [i.e., ele não deveria abandonar sua identidade racial e cultural para parecer um gentio]. E, se um homem [gentio] não foi circuncidado antes de crer, não o deve ser agora [i.e., um gentio não deveria tornar-se culturalmente semelhante a um judeu]. 19Pois não faz diferença se ele foi circuncidado ou não. O importante é que obedeça aos mandamentos de Deus.
O mesmo pode ser dito da atitude de Paulo em relação à Torá em geral. Realmente, o apóstolo rejeitou categoricamente a suposição de que a lei de Moisés pudesse ser um meio de salvação [a lei nos conduz a Cristo: Gl 3.24-25]. Paulo via somente a fé em Cristo, e não o cumprimento da lei (ou a fé em Cristo mais o cumprimento da lei), como a única base para a aceitação de alguém por Deus. O apóstolo se opôs veementemente a qualquer um que tentasse impor a Torá aos seus convertidos gentios, e isso estava dentro do espírito da decisão do Concílio de Jerusalém. Leiam.
Atos 15.10-11, 19-21 (NVT)
10Então [Pedro falou em nome dos apóstolos e dos presbíteros:] por que agora vocês provocam a Deus, sobrecarregando os discípulos gentios com um jugo que nem nós nem nossos antepassados conseguimos suportar? 11Cremos que todos, nós e eles, somos salvos da mesma forma, pela graça do Senhor Jesus”. […]
19“Portanto, considero que não devemos criar dificuldades para os gentios que se convertem a Deus. 20Ao contrário, devemos escrever a eles dizendo-lhes que se abstenham de alimentos oferecidos a ídolos, da imoralidade sexual, da carne de animais estrangulados e do sangue. 21Pois essas leis de Moisés são pregadas todos os sábados nas sinagogas judaicas em todas as cidades há muitas gerações”.
Paulo (e Pedro e os demais apóstolos), realmente, argumentou contra a necessidade de se cumprir a lei de Moises como condição para a salvação (é impossível!), mas não há qualquer evidência de que ele tenha instado os cristãos judeus a abandonarem a lei. De fato, há indícios – aqui em Atos mesmo – de que o próprio Paulo continuou observando algumas cerimônias judaicas em respeito aos judeus.
Atos 18.18 (NVT) Paulo ainda permaneceu em Corinto por algum tempo. Então se despediu dos irmãos e foi a Cencreia, onde raspou a cabeça, de acordo com o costume judaico para marcar o fim de um voto. Em seguida, partiu de navio para a Síria, levando consigo Priscila e Áquila.
Atos 20.6 (NVT) Terminada a Festa dos Pães sem Fermento, embarcamos num navio em Filipos e, cinco dias depois, nos reencontramos em Trôade, onde ficamos uma semana.
Atos 23.5 (NVT) “Irmãos, não sabia que ele [Ananias] era o sumo sacerdote”, respondeu Paulo. “Pois as Escrituras dizem [em Êxodo 22.28]: ‘Não fale mal de suas autoridades’.”
Continua na próxima mensagem: Pacificação, Atos 21.15-36.
S.D.G. L.B.Peixoto
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