15.05.2016
CORRENDO À FRENTE DE DEUS
Jonas 4.1-11
[Oremos.]
Rugas e verrugas
Oliver Cromwell entrou para a história como renomado militar e líder político na Inglaterra, além de ter sido um dos grandes nomes do puritanismo inglês. Conta-se que ele foi categórico quando posava para o pintor que faria a imagem dele para a posteridade. Disse ao artista que não queria lisonja na sua pintura. Queria um retrato fiel de seu rosto. Nas palavras do próprio herói, ele instruiu que o pintasse “com rugas e verrugas”.
Desde Oliver Cromwell a expressão “rugas e verrugas” tem sido usada praticamente no mundo todo, expressando o desejo de se apresentar fielmente a pessoa como ela é; não apenas as delicadezas, mas também os defeitos.
“Rugas e verrugas” é o que temos no capítulo final do livro de Jonas. Uma foto sem Photoshop, sem retoques ou maquiagens, daquele que foi o profeta mais bem-sucedido de todos os tempos. Não é uma bela imagem. Afinal, como ficar bem na foto quando se está correndo à frente de Deus?
O profeta relutante
Jonas recebeu um chamado de Deus, mas correu de seu comissionamento. Em seguida, foi capturado pela graça, correu para Deus e correu com Deus.
Toda essa história de erros e acertos, que nós já estudamos, foi muito bem narrada nos três primeiros capítulos do livro que leva o nome do profeta.
O ápice desse enredo da compaixão de Deus por Nínive (cidade pecadora) e também por Jonas (profeta relutante) está registrado em Jonas 3. Lá se lê que a cidade inteira se converteu, após ouvir a mensagem que Jonas anunciou. O resultado foi que Deus, naquele momento, não puniu com juízo a nação.
Que profeta não gostaria de ter colhido o sucesso de Jonas? Ele, porém, não gostou de nada do que aconteceu. Isso fica claro no capítulo final do livro.
Final infeliz
Toda história costuma ter um final feliz, especialmente as novelas globais, os filmes hollywoodianos e os romances mais queridos da literatura mundial. A história de Jonas, porém, contrariando o gosto da maioria, tem um final infeliz; ela apresenta um desfecho shakespeariano, narrado pelo próprio personagem!
Observe o tipo de final que todos nós gostamos de ler numa história.
Jn 3.10 | Tendo em vista o que eles fizeram e como abandonaram os seus maus caminhos, Deus se arrependeu e não os destruiu como tinha ameaçado.
Agora veja o final que Jonas deu à sua história. Leia comigo o texto da exposição bíblica de hoje: Jonas capítulo 4. Observe que final infeliz.
Jn 4.1-11 | 1 Jonas, porém, ficou profundamente descontente com isso e enfureceu-se. 2 Ele orou ao Senhor: “Senhor, não foi isso que eu disse quando ainda estava em casa? Foi por isso que me apressei em fugir para Társis. Eu sabia que tu és Deus misericordioso e compassivo, muito paciente, cheio de amor e que prometes castigar mas depois te arrependes. 3 Agora, Senhor, tira a minha vida, eu imploro, porque para mim é melhor morrer do que viver”. 4 O Senhor lhe respondeu: “Você tem alguma razão para essa fúria?” 5 Jonas saiu e sentou-se num lugar a leste da cidade. Ali, construiu para si um abrigo, sentou-se à sua sombra e esperou para ver o que aconteceria com a cidade. 6 Então o Senhor Deus fez crescer uma planta sobre Jonas, para dar sombra à sua cabeça e livrá-lo do calor, o que deu grande alegria a Jonas. 7 Mas na madrugada do dia seguinte, Deus mandou uma lagarta atacar a planta e ela secou-se. 8 Ao nascer do sol, Deus trouxe um vento oriental muito quente, e o sol bateu na cabeça de Jonas, ao ponto de ele quase desmaiar. Com isso ele desejou morrer, e disse: “Para mim seria melhor morrer do que viver” 9 Mas Deus disse a Jonas: “Você tem alguma razão para estar tão furioso por causa da planta?” Respondeu ele: “Sim, tenho! E estou furioso ao ponto de querer morrer”. 10 Mas o Senhor lhe disse: “Você tem pena dessa planta, embora não a tenha podado nem a tenha feito crescer. Ela nasceu numa noite e numa noite morreu. 11 Contudo, Nínive tem mais de cento e vinte mil pessoas que não sabem nem distinguir a mão direita da esquerda, além de muitos rebanhos. Não deveria eu ter pena dessa grande cidade?
O que temos aqui é Jonas com rugas e verrugas. Por quê?
Jonas tomou a dianteira, correu à frente de Deus, fez-se juiz dos fatos e se deu muito mal, muito mal mesmo.
Um espelho para a alma
Ao mostrar quem Jonas realmente era, Deus nos deu a chance de ver quem nós somos. Jonas capítulo 4 serve como um espelho para a alma.
Tantas vezes aparentamos estar correndo com Deus, contabilizando enormes resultados, mas na verdade, de uma hora para outra, quando as coisas fogem do nosso controle, quando a soberana providência de Deus aponta outros caminhos, nós tomamos a dianteira na interpretação dos fatos e sofremos.
Jonas 4 é um espelho para a alma; reflete a verdade bíblica que diz que “o Senhor não vê como o homem: o homem vê a aparência, mas o Senhor vê o coração” (1Sm 16.7).
Correndo à frente de Deus
As rugas e verrugas de Jonas estão visíveis no seu ressentimento e nas consequências desse sentimento canceroso. Para ele, Nínive não merecia compaixão e graça de Deus, a sentença deveria ser condenatória (cf. Jn 3.4; 4.2). Jonas estava correndo à frente de Deus. Ele tomara o lugar do soberano Senhor de todas as coisas. Fizera-se juiz.
Diante desses fatos, nós encerraremos a série de estudos em Jonas, fazendo ao nosso texto, ao capítulo final desta história, duas perguntas fundamentais.
Queremos ver os resultados da obstinação na vida de um cristão teimoso.
Precisamos enxergar a resposta da compaixão do Pai amoroso.
1. Os resultados da obstinação do filho teimoso
Nós não fomos criados para viver separados de Deus. O Criador não nos fez para corrermos dele (em desobediência) nem à frente dele (com teimosia). Mas, infelizmente, na maioria das vezes os filhos estão ou correndo dos pais (trancando-se dentro do quarto) ou com eles teimando (passando na frete deles). Por quê? A obstinação do pecado vive lutando dentro da gente, separando-nos do Pai.
O desejo do coração do pecador é fazer prevalecer a sua vontade, sobrepujando toda e qualquer autoridade que sobre ele se levanta. Quando não consegue, corre do Pai em direção oposta ou, na mesma estrada, passa na frente dele.
Os resultados da obstinação do filho teimoso não são agradáveis.
1.1 – A obstinação do filho teimoso o faz ser derrotado pelas paixões
Jn 4.1 | Jonas, porém, ficou profundamente descontente com isso e enfureceu-se.
Desgosto e ira, dois sentimentos cancerosos, capazes de matar qualquer pessoa, especialmente quando combinados no mesmo coração.
Jonas estava obstinadamente apegado a três pressupostos equivocados.
Primeiro, à sua teologia desgraçada; ou seja: a ideia de que Nínive não merecia compaixão e graça de Deus.
Segundo, à sua imagem diante dos homens; isto é: a opinião de Israel sobre o fruto do ministério dele entre os ninivitas.
Terceiro, ao seu projeto de felicidade pessoal; qual seja: viver feliz e realizado sem nunca mais ter que se preocupar com Nínive.
Jonas ficou cego pelo desgosto e a ira.
Ideologias, teologias, pontos de vistas divergentes da revelação de Deus, somados à obsessão pela imagem pessoal e o prazer egoísta provocam em qualquer pessoa paixões descontroladas.
Sempre que se achar desgostoso ou irado, examine cautelosamente o seu coração; recorra à luz da palavra de Deus; queira entender de onde está vindo esses sentimentos cancerosos. Geralmente eles nascem do coração teologicamente equivocado, ideologicamente influenciado, egoisticamente entorpecido pela vaidade e pelo prazer.
Jonas ficou profundamente descontente com a compaixão de Deus pelos ninivitas e irou-se descontroladamente. A obstinação do filho teimoso o faz ser derrotado pelas paixões.
1.2 – A obstinação do filho teimoso destrói a sua paz
Jn 4.1-3 | 1 Jonas, porém, ficou profundamente descontente com isso e enfureceu-se. 2 Ele orou ao Senhor: “Senhor, não foi isso que eu disse quando ainda estava em casa? Foi por isso que me apressei em fugir para Társis. Eu sabia que tu és Deus misericordioso e compassivo, muito paciente, cheio de amor e que prometes castigar mas depois te arrependes. 3 Agora, Senhor, tira a minha vida, eu imploro, porque para mim é melhor morrer do que viver”.
Triste, não é mesmo? Um profeta bem-sucedido, mas profundamente descontente, descontroladamente irado e totalmente destruído: sem paz.
Além do cansaço, fruto de tanta correria por causa de tanta teimosia, Jonas também estava sem paz por causa da rebeldia. O coração dele não parava de remoer seus desgostos. A adrenalina estimulada pela ira bombardeava o corpo dele com descargas constantes, produzindo ainda mais ansiedade, roubando-lhe completamente a paz. Não é por menos que ele desejasse a morte.
Quem constrói a vida sobre pensamentos ou planos que não são os de Deus, quem edifica a identidade na imagem pessoal, quem vive apenas para a realização pessoal perde a paz sempre que tem suas verdades contrariadas, sua aparência desprezada e seus planos frustrados.
Viver teimando com a revelação de Deus nas Escrituras, viver teimando com os planos de Deus para a vida, viver alimentando o ego diante de outros é pura escravidão – escravidão ideológica, escravidão midiática e escravidão das paixões. Essa era a escravidão de Jonas e é a escravidão de muitos dos filhos de Deus.
A obstinação do filho teimoso destrói a sua paz.
1.3 – A obstinação do filho teimoso desvia-o de seu propósito
Jn 4.3 | Agora, Senhor, tira a minha vida, eu imploro, porque para mim é melhor morrer do que viver”.
Deus não nos criou para nós mesmos. Jonas, no entanto, enxergava a vida com as lentes do “melhor para mim”. Para o filho de Deus a pergunta nunca deve ser o que é melhor para ele, mas qual é o plano de Deus para ele ou o que é melhor para o próximo (Gl 2.20; 5.14-15), custe o que lhe custar.
A obstinação do filho teimoso desvia-o de seu propósito: a glória de Deus no amor pelo próximo.
1.4 – A obstinação do filho teimoso diminui a sua produtividade
Jn 4.4-6 | 4 O Senhor lhe respondeu: “Você tem alguma razão para essa fúria?” 5 Jonas saiu e sentou-se num lugar a leste da cidade. Ali, construiu para si um abrigo, sentou-se à sua sombra e esperou para ver o que aconteceria com a cidade. 6 Então o Senhor Deus fez crescer uma planta sobre Jonas, para dar sombra à sua cabeça e livrá-lo do calor, o que deu grande alegria a Jonas.
Você percebeu quanto egoísmo e quanta produtividade desperdiçada? Observe.
“Jonas saiu e sentou-se”!
“Construiu para si um abrigo, sentou-se à sua sombra e esperou para ver o que aconteceria com a cidade”!
“Deus fez crescer uma planta sobre Jonas, para dar sombra à sua cabeça e livrá-lo do calor, o que deu grande alegria a Jonas”!
Pagando para ver se Deus agiria para fazer seu gosto, quanta capacidade e quanta produtividade foram desperdiçadas.
A obstinação do filho teimoso diminui a sua produtividade.
1.5 – A obstinação do filho teimoso distorce a sua perspectiva
Jn 4.7-11 | 7 Mas na madrugada do dia seguinte, Deus mandou uma lagarta atacar a planta e ela secou-se. 8 Ao nascer do sol, Deus trouxe um vento oriental muito quente, e o sol bateu na cabeça de Jonas, ao ponto de ele quase desmaiar. Com isso ele desejou morrer, e disse: “Para mim seria melhor morrer do que viver” 9 Mas Deus disse a Jonas: “Você tem alguma razão para estar tão furioso por causa da planta?” Respondeu ele: “Sim, tenho! E estou furioso ao ponto de querer morrer”. 10 Mas o Senhor lhe disse: “Você tem pena dessa planta, embora não a tenha podado nem a tenha feito crescer. Ela nasceu numa noite e numa noite morreu. 11 Contudo, Nínive tem mais de cento e vinte mil pessoas que não sabem nem distinguir a mão direita da esquerda, além de muitos rebanhos. Não deveria eu ter pena dessa grande cidade?
Mais preocupado com coisas do que com gente. Mais valor ao conforto do que ao cumprimento da Grande Comissão.
A obstinação do filho teimoso distorce a sua perspectiva.
2. A resposta da compaixão do Pai amoroso
Jonas 4, de um lado revela os resultados da obstinação do filho teimoso, mas, graças a Deus, apresenta também a resposta da compaixão do Pai amoroso; de quem continua amando o filho mesmo quando o vê obstinadamente teimoso – sendo derrotado pelas paixões, com sua paz destruída, seus propósitos desviados, sua produtividade diminuída e suas perspectivas distorcidas.
Qual é a resposta da compaixão do Pai amoroso?
2.1 – A paciência do pai amoroso
Deus ainda dialoga com Jonas (Jn 4.4).
O Senhor não desistiu do profeta e também não desistirá de nós tão facilmente. O Pai não tratou o filho conforme merecia: “não pesou a mão sobre o profeta”. Pacientemente, ele buscou chamar Jonas para si com posturas e palavras: fez uma planta crescer (v. 6); fez a planta morrer (v. 7); expões Jonas ao sol escaldante (v. 8); dialogou com ele (v. 9) e o confrontou com verdades (v. 10-11).
Pacientemente, o Pai amoroso buscou trazer Jonas de volta para o seu colo. Deus ainda age pacientemente conosco: ele cuida de nós, move-se ao nosso redor; chacoalha-nos e confronta-nos com graça e verdade.
O Pai amoroso é paciente.
2.2 – A proteção do Pai amoroso
Quando lemos no verso 5 que Jonas fez para si um guarda-sol (o que, aliás, era a maior necessidade do profeta no momento), Deus entrou em ação e deu-lhe uma proteção muito melhor contra o sol (v. 6).
Quando Jonas começou a sentir-se confortável demais, Deus destruiu a planta com um verme e enviou-lhe um calor insuportável (v. 7-8).
Quando tudo isso parecia não ser suficiente e Jonas ainda blasfemava (v. 8), Deus confrontou o profeta com palavras (v. 9-11).
Jonas, vale realmente a pena se dar para coisas tão baratas e passageiras (v. 10)?
Jonas, e o povo, salvo, lá em Nínive, com todos eles você não se importa (v. 11)?
Jn 4.9-11 | 9 Mas Deus disse a Jonas: “Você tem alguma razão para estar tão furioso por causa da planta?” Respondeu ele: “Sim, tenho! E estou furioso ao ponto de querer morrer”. 10 Mas o Senhor lhe disse: “Você tem pena dessa planta, embora não a tenha podado nem a tenha feito crescer. Ela nasceu numa noite e numa noite morreu. 11 Contudo, Nínive tem mais de cento e vinte mil pessoas que não sabem nem distinguir a mão direita da esquerda, além de muitos rebanhos. Não deveria eu ter pena dessa grande cidade?
Deus sempre protege seus filhos de seus ídolos, suas ideologias, suas indiferenças. Assim ele o faz construindo e destruindo, cuidando e confrontando, fazendo e desfazendo, calando-se e conversando. É a proteção do pai amoroso.
2.3 – O perdão do Pai amoroso
Deus faz três perguntas a Jonas:
Jn 4.4 | “Você tem alguma razão para essa fúria?” Resposta: “Sim!”
Jn 4.9 | “Você tem alguma razão para estar tão furioso por causa da planta?” Resposta: “Sim!”
Jn 4.10-11 | “Você tem pena dessa planta, embora não a tenha podado nem a tenha feito crescer. Ela nasceu numa noite e numa noite morreu… Não deveria eu ter pena dessa grande cidade?” Resposta: [Jonas ficou em silêncio!]
Jonas se silencia para a última pergunta. Ele reconhece que Deus tinha razão.
Imagino que Jonas deve ter passado seus últimos momentos de vida em perspectiva. Era como se Deus estivesse perguntando a ele o seguinte:
Jonas, quando você fugia para Társis eu não afundei o navio; quando você foi lançado ao mar eu mandei o grande peixe; quando você se quebrantou no ventre do grande peixe eu lhe dei uma segunda chance; quando você me pediu a morte eu o mantive vivo; não deveria eu também salvar os ninivitas?
Jonas, com seu silêncio no verso 11, sem dar uma palavra, consentiu com Deus; respondeu sim. Ele estava arrependido e Deus a ele também perdoou.
Correndo à frente de Deus
Por que Jonas não terminou seu livro com o avivamento em Nínive, no final do capítulo 3? Por que as rugas e verrugas de Jonas 4? Ele precisava demonstrar que Deus também o perdoou e restaurou.
Quando Deus o chamou e ele correu, mas Deus o capturou e o restaurou.
Quando ele correu com Deus, Deus o usou com poder.
Quando ele correu à frente de Deus, Deus o puxou de volta e o salvou de si mesmo.
Essa história está na Bíblia para revelar que Deus tem compaixão do pecador; o evangelho precisa chegar até os confins da terra, nem Nínive deve ficar de fora.
Mas tem muito mais nessa história.
Jonas: o profeta relutante
O livro de Jonas revela também a compaixão que Deus tem pelo seu povo: gente que vive correndo dele ou correndo à frente dele; filhos que vivem tentando se esconder dele ou passando na frente dele; povo que vive teimando e resmungando; gente que pensa mais em si e no seu conforto do que nos outros e na salvação deles, que quer mais a glória pessoal do que a glória de Deus, que quer mais os prazeres passageiros do que os prazeres de Deus.
A história do Jonas é para chamar o povo de Deus a ter compaixão das pessoas que são diferentes deles, um chamado para levar o amor de Deus a todos.
Assim como Deus nos amou e nos perdoou, devemos todos, sem relutância, levar o amor e o perdão de Deus em Cristo aonde estamos e até os confins da terra.
Pois bem: você foi alvo da compaixão de Deus? Sim! Então, compartilhe-a. Passe-a adiante.
Mas, como?
Não relute. Reverbere a graça e a compaixão de Deus.
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