30.12.2018
A CRIANÇA DO NATAL
Isaías 9.6
Pois um menino nos nasceu, um filho nos foi dado. O governo estará sobre seus ombros, e ele será chamado de Maravilhoso Conselheiro, Deus Poderoso, Pai Eterno e Príncipe da Paz.
O LIVRO DO NATAL
Para acabar com a confusão e adquirir alguma compreensão, neste Natal nós nos propusemos a investigar OLivro de Emanuel— isto é: Isaías 7–12. Estamos chamando esse conjunto de textos de O Livro do Natal. Abrindo-o, buscamos respostas à pergunta crucial: O que é o Natal que celebramos todos os anos?São cinco os capítulos do livro do Natal:
Capítulo 1: A Promessa do Natal(Is 7.1-17)
Capítulo 2: A Chegada do Natal(Is 9.1-7)
Capítulo 3: A Criança do Natal(Is 9.6)
Capítulo 4: A Grandeza do Natal(Is 11.1-16)
Capítulo 5: A Celebração do Natal(Is 12.1-6)
Já abrimos os capítulos 1 e 2 e estudamos sobre A Promessa eA chegada do Natal. Hoje pela manhã, abriremos o capítulo 3 — A Criança do Natal(Isaías 9.6):
Pois um menino nos nasceu, um filho nos foi dado. O governo estará sobre seus ombros, e ele será chamado de Maravilhoso Conselheiro, Deus Poderoso, Pai Eterno e Príncipe da Paz.
Cristo é a Criança do Natal (Mt 7.12-17). Antes, porém, de nos debruçarmos sobre ela, em busca de luz, vejamos o contexto dessa maravilhosa promessa messiânica.
ESCURIDÃO E LUZ
O capítulo 8 fechou com uma referência ao sofrimento dos dias da agressão assíria sobre as terras de Israel e Judá (Is 8.20-22):
20Consultem a lei e os ensinamentos de Deus! Aqueles que contradizem sua palavra jamais verão a luz. 21Andam sem rumo, cansados e famintos. E, por causa da fome, amaldiçoam seu rei e seu Deus. Olharão para o céu, 22depois olharão para a terra, mas para onde voltarem os olhos só haverá problemas, angústia e sombrio desespero. Serão lançados nas trevas.
O capítulo 9, porém, inicia com um contraste (Is 9.1-2):
1Esse tempo de escuridão e desespero, no entanto, não durará para sempre. A terra de Zebulom e de Naftali será humilhada, masno futuro a Galileia dos gentios, localizada junto à estrada entre o Jordão e o mar, se encherá de glória. 2O povo que anda na escuridão verá grande luz. Para os que vivem na terra de trevas profundas, uma luz brilhará.
A referência ao nascimento de Jesus Cristo é tão clara aqui nesses versículos (Is 9.2-7 / Mt 7.12-17) que alguns “eruditos” do Antigo Testamento não conseguem crer que Isaías, com tantos anos de antecedência, poderia tê-lo profetizado! Eles se esquecem (ou não desejam aceitar, por incredulidade) de que Isaías era alguém falando “da parte de Deus”. De fato, ele e os demais profetas “foram impulsionados pelo Espírito Santo” a falarem em nome de Deus (2Pe 1.21). E a mensagem, apesar da incredulidade dos homens, é clara: o mundo jaz em trevas (inclusive o povo que se chama pelo nome de Deus; cf. 2Cr 7.14) e a única esperança é o cumprimento da promessa messiânica.
A escuridão de Israel e Judá era quase total. Isaías, à esta altura do livro, já compilou um catálogo nada invejável de pecados cometidos pelo povo de Deus: superstição, feitiçaria, ocultimos e mediunidade (2.6); materialismo (2.7; 5.8-9); idolatria (2.8, 20); arrogância (2.12-17; 5.15); liderança corrupta (3.1-4); desintegração social (3.5-6,12-14); sensualidade (3.16–26); alcoolismo (5.11–13, 22); para citar apenas alguns.
Ademais, os últimos anos da monarquia de Israel haviam sido um período de incerteza política. Reis foram prematuramente assassinados. A religião era sincrética: uma mistura de todas as práticas concebíveis dos cananeus, assírios e egípcios; a prostituição cultural era praticada em vários santuários com o fim de agradar aos apetites sexuais dos deuses; crianças eram sacrificadas a Moloque, o deus dos amonitas (2Rs 23.10; cf. Jr 7.31; 19.5) — mais triste ainda é saber que não foi apenas Samaria (Israel) que cometeu tais pecados contra seus filhos (2Reis 17.17); Judá também os cometeu. Aliás, o próprio rei Acaz (rei de Judá) sacrificou seus filhos desta maneira no fogo do ocultismo pagão (2Cr 28.3); e seu neto Manassés (filho de Ezequias) também fez o mesmo (2Rs 21.6), seguindo “as práticas detestáveis das nações que o SENHOR havia expulsado da terra diante dos israelitas” (2Cr 28.3).
As consequências foram inevitáveis. Zebulom e Naftali, duas das tribos mais ao norte de Israel (porta de entrada para a terra prometida), já haviam sofrido o duro assalto da Assíria (Is 9.1). Cidades e aldeias foram completamente destruídas. As pessoas foram levadas e reassentadas como refugiados a centenas de quilômetros de distância de casa. Havia escuridão e angústia em todos os lugares. Uma imagem bíblica perfeita da escuridão em que vivem os incrédulos e rebeldes ainda hoje (Ef 4.17-19):
17Assim, eu lhes digo com a autoridade do Senhor: não vivam mais como os gentios, levados por pensamentos vazios e inúteis. 18A mente deles está mergulhada na escuridão. Andam sem rumo, alienados da vida que Deus dá, pois são ignorantes e endureceram o coração para ele. 19Tornaram-se insensíveis, vivem em função dos prazeres sensuais e praticam avidamente toda espécie de impureza.
Pecadores se comportam assim porque são cegos. O coração está na escuridão. Lemos no Evangelho (Jo 3.19) que “a condenação se baseia nisto: a luz de Deus veio ao mundo, mas as pessoas amaram mais a escuridão que a luz, porque seus atos eram maus.” Tanto é assim que foi a missão número umde Paulo pregar o evangelho aos gentios para que eles, pela graça e por meio da fé na mensagem da cruz de Cristo, fossem trazidos “das trevas para a luz, e do poder de Satanás para Deus” (At 26.18). O próprio Isaías, lá no final de sua profecia, clama, dizendo (Is 60.1): “Levante-se, Jerusalém! Que sua luz brilhe para que todos a vejam, pois sobre você se levanta e reluz a glória do SENHOR.”
William Wilberforce (1759-1833), membro do Parlamento Britânico e líder do movimento abolicionista do tráfico negreiro, era um bom amigo de William Pitt o Jovem, primeiro ministro da Grã-Bretanha no final do século XVIII. Certa vez, o parlamentar convidou o primeiro-ministro para ouvir um grande pregador anglicano chamado Richard Cecil. Pitt concordou em ir, mas não ficou impressionado com o que ouviu. Wilberforce, ouvindo a pregação, testemunha ter sentido sua “alma subir ao céu”, mas Pitt, ao sair da igreja, comentou com o amigo: “Não faço a menor idéia do que aquele homem estava falando”. A luz brilhou no coração de Wilberforce; o coração de Pitt, no entanto, continuou na escuridão.
Cristo é a luz que brilha na escuridão, trazendo os homens das trevas para a luz. E no texto de Isaías (9.1-7), nós podemos ver a luz de Cristo brilhando de pelo menos quatro maneiras: o povode Deus, opoderde Deus, a pazde Deus e a plenitudedo Filho de Deus.
A luz de Cristo brilha através do povo de Deus (Is 9.2-3)
2O povo que anda na escuridão verá grande luz. Para os que vivem na terra de trevas profundas, uma luz brilhará. 3Tu multiplicarás a nação de Israel, e seu povo se alegrará. Eles se alegrarão diante de ticomo os camponeses se alegram na colheita, como os guerreiros ao repartir os despojos.
O povo de Deus, liberto por Deus e alegre em Deus, serve de luz para as nações.
Isaías 60.1-3 |1“Levante-se, Jerusalém! Que sua luz brilhe para que todos a vejam, pois sobre você se levanta e reluz a glória do SENHOR. 2Trevas escuras como a noite cobrem as nações da terra, mas sobre você se levanta e se manifesta a glória do SENHOR. 3As nações virão à sua luz, os reis verão o seu esplendor.
A luz de Cristo brilha através do poder de Deus (Is 9.4)
Pois tu quebrarás o jugode escravidão que os oprimia e levantarás o fardoque lhes pesava sobre os ombros. Quebrarás a varado opressor, como fizeste ao destruir o exército de Midiã.
Isaías conhecia sua Bíblia! Ele lembra que, no tempo dos juízes, Deus havia reduzido o exército de Gideão de 30 mil para apenas 300, para assim lutar contra os midianitas. O profeta estava desejoso de demonstrar o princípio divino que diz: “Não por força, nem por poder, mas pelo meu Espírito” (Zc 4.6; cf. 1Co 2.4). Um ataque surpresa ao acampamento dos midianitas foi o suficiente para mandá-los embora (Jz 7.22-25). Essa é uma mensagem que Isaías repetirá de novo e de novo (40.10, 26; 63.12). “Reconheça meu poder”, diz o SENHOR Deus (33.13), meu poder para salvar (Is 9.4).
Três imagens são reunidas aqui no verso 4 para lembrá-los de que a opressão da Assíria não era nada novo para Israel e Judá. Eles tinham estado assim antes no Egito, 700 anos antes, sob o jugo da escravidão. Note que Judá aqui é comparado a um boi. O jugoda Assíria é descrito como um fardopesado sobre seus ombros e uma varade castigo em seu ombro já ferido de açoites.
Pobre Judá, um animal de carga! Mas as coisas mudariam. O “zelo do Senhor Todo-Poderoso” transformaria sua sorte. Claro, se Judá escutasse, arrependesse e cresse!
A luz de Cristo brilha através do poder de Deus que nos resgata das trevas para a sua maravilhosa luz — “As outras nações disseram: ‘O SENHOR fez coisas grandiosas por eles’” (Sl 126.2).
A luz de Cristo brilha através da paz de Deus (Is 9.5)
As botas dos guerreiros e os uniformes manchados de sangue das batalhas serão queimados; servirão de lenha para o fogo.
Os jovens assírios são vistos mortos na batalha, com os uniformes de guerra manchados de sangue. E em toda parte há o mal-cheiro da guerra. O inimigo foi totalmente destruído e desarmado. O lixo da guerra será queimado e haverá paz. Onde há a paz de Deus brilha a luz de Jesus Cristo.
Lucas 2.14 | “Glória a Deus nos mais altos céus, e paz na terra àqueles de que Deus se agrada!”.
João 17.21-24 |21Minha oração é que todos eles sejam um, como nós somos um, como tu estás em mim, Pai, e eu estou em ti. Que eles estejam em nós, para que o mundo creia que tu me enviaste. 22“Eu dei a eles a glória que tu me deste, para que sejam um, como nós somos um. 23Eu estou neles e tu estás em mim. Que eles experimentem unidade perfeita, para que todo o mundo saiba que tu me enviaste e que os amas tanto quanto me amas.
A luz de Cristo brilha através da paz de Deus. A Assíria, em quem Acaz procurava ajuda e paz, traria apenas morte e escuridão, tormenta e opressão. A criança prometida, no entanto, traria paz e luz. A paz é o primeiro fruto da nossa justificação (Rm 5.1).
A luz de Cristo brilha através da plenitude do Filho de Deus (Is 9.6-7)
6Pois um menino nos nasceu, um filho nos foi dado. O governo estará sobre seus ombros, e ele será chamado de Maravilhoso Conselheiro, Deus Poderoso, Pai Eterno e Príncipe da Paz. 7Seu governo e sua paz jamais terão fim. Reinará com imparcialidade e justiça no trono de Davi, para todo o sempre. O zelo do SENHOR dos Exércitos fará que isso aconteça!
A luz de Cristo brilha através do povode Deus, dopodersalvador de Deus e da pazproporcionada por Deus. E a causa de tudo isso (Is 9.2-5)? O nascimento de um Filho para a casa real de Davi (Is 9.6). A causa de todo bem é a Criança do Natal.
A Criança do Natal
Quando lemos a descrição da Criança do Natal, duas ideias se contrastam. Primeiro, a humanidadee, segundo, a divindadeda Criança. Vejamos um de cada vez.
A humanidade da Criança
6Pois um menino nos nasceu, um filho nos foi dado.
Deus Eterno se tornou “um menino [que] nos nasceu”. O Criador agora é “um filho [que] nos foi dado”. Paulo descreveu a humanidade de Jesus, destacando-nos a humilhação a que ele, o Cristo, se submeteu:
Filipenses 2.6-8 |6Embora sendo Deus, não considerou que ser igual a Deus fosse algo a que devesse se apegar. 7Em vez disso, esvaziou a si mesmo; assumiu a posição de escravo e nasceu como ser humano. Quando veio em forma humana, 8humilhou-se e foi obediente até a morte, e morte de cruz.
Não tinha outro jeito, para fazer expiação pelos pecados, para, na cruz, tomar sobre si as nossas iniquidades, o Verbo eterno de Deus deveria se fazer carne e habitar entre nós. Isto aconteceu na noite de Natal (Lc 2.11):
Hoje em Belém, a cidade de Davi, nasceu o Salvador, que é Cristo, o Senhor!
Este evento natalino, descrito por Lucas, descreve a concretização do que João disse no início de seu evangelho (Jo 1.14):
Assim, a Palavra se tornou ser humano, carne e osso, e habitou entre nós. Ele era cheio de graça e verdade. E vimos sua glória, a glória do Filho único do Pai.
Não bastava Deus ter nascido na forma de homem, ele deveria nascer na forma de homem pobre, desprovido de qualquer luxo ou conforto material. Lucas nos dá conta disso ao escrever o seu Evangelho (Lc 2.12):
Vocês o reconhecerão por este sinal: encontrarão o bebê enrolado em faixas de pano, deitado numa manjedoura.
Mas, por quedeveria ser assim? Por que um menino pobre, enrolado em panos baratos, deitado numa manjedoura? Jesus se humilhou na forma de homem pobre para ser o salvador de todos: dos pobres e desprezados pastores aos ricos e sábios magos do Oriente. Ricos e sábios poderiam ir até uma manjedoura, como de fato eles foram. Mas, pobres e desprezados jamais seriam aceitos e ou recebidos nos aposentos de um palácio. Assim é que o menino Jesus humilhado é a forma de Deus chamar todosos pecadores, de todos os tipos e classes, para a salvação. Todos têm acesso a ele (Mt 1.21):
Ela terá um filho, e você lhe dará o nome de Jesus, pois ele salvará seu povo dos seus pecados”.
De fato, “um menino nos nasceu, um filho nos foi dado”: Jesus Cristo.
A divindade de Cristo
É certo que, ao nascer, o menino Jesus era pequeno e frágil, pobre e humilde. Como vimos, tinha de ser assim para que todos nós tivéssemos acesso a ele. Mas, essa não é toda a história sobre o menino. O menino Jesus humilhado é também o menino Jesus exaltado. Ouça, mais uma vez, o profeta Isaías (Is 9.6):
Pois um menino nos nasceu, um filho nos foi dado. O governo estará sobre seus ombros, e ele será chamado de Maravilhoso Conselheiro, Deus Poderoso, Pai Eterno e Príncipe da Paz.
A graça de Deus, ao se fazer acessível a todos, deve ser exaltada. Não é a fragilidade, a pequenez, a pobreza ou a humilhação do menino Deus que devem ser enfatizadas no Natal, mas a glória de Deus no menino Jesus. Você se lembra das palavras de João (Jo 1.14)?
Assim, a Palavra se tornou ser humano, carne e osso, e habitou entre nós. Ele era cheio de graça e verdade. E vimos sua glória, a glória do Filho único do Pai.
João diz que Jesus se fez carne, habitou entre nós e se humilhou, mas o que eles, os apóstolos, viram, o que todos devem ver sempre, o que todos devem destacar sempre, da manjedoura à cruz, é a glória de Deus estampada no rosto e na vida de Jesus.
Que glória é essa que Isaías nos revela? Quais são as virtudes de Deus no menino Jesus que nós devemos celebrar no Natal e em todos os dias da existência? Se não é a humilhação de Jesus, o que, então, devemos celebrar?
Isaías nos revela em sua profecia que devemos celebrar a soberania, a maravilha, a sabedoria, a divindade, a paternidadee o reinoda Criança do Natal, do Menino Deus, de Jesus Cristo. Ouça, mais uma vez (Is 9.6):
Pois um menino nos nasceu, um filho nos foi dado. O governoestará sobre seus ombros, e ele será chamado de MaravilhosoConselheiro, Deus Poderoso, Pai Eternoe Príncipe da Paz.
Comentando sobre esse versículo, J. Alec Motyer escreveu que
Em seu uso mais elevado, “nome” resume o caráter; declara a pessoa. A perfeição deste rei é vista em sua qualificaçãopara governar (Maravilhoso Conselheiro), sua pessoae poder(Deus Poderoso), seu relacionamentocom seus súditos (Pai Eterno) e a sociedadeque seu governo cria (Príncipe da Paz).
1 A soberania da Criança do Natal
O governoestará sobre seus ombros,
O governo do mundo pesa sobre os ombros do soberano Deus. Quanto alívio! Afinal, como bem escreveu Motyer, “os ombros de seu povo (v. 4) são aliviados do peso quando seus próprios ombros recebem o fardo do governo”.
2 A maravilha da Criança do Natal
e ele será chamado de MaravilhosoConselheiro,
Maravilhoso: literalmente, “uma maravilha de conselheiro”.
Ele é maravilhoso porque ele é, ao mesmo tempo, homem e Deus. A forma de seu nascimento é maravilhosa (nascimento virginal). O jeito como ele viveu é maravilhoso (uma vida sem pecado). O que ele fez pelos homens é maravilhoso (curou e salvou). Os milagres que ele operou foram maravilhosos. Seu amor revelado aos homens é maravilhoso. Enfim, tudo em Jesus é maravilhoso; tudo que ele fez é maravilhoso.
Olhar para a vida de Jesus na Terra, do início ao final (conforme a revelação dos Evangelhos), é o mesmo que fixar os olhos em uma maravilha: a maravilha de Deus. Jesus, de fato, é maravilhoso. Agora, diante de tanta maravilha, alguns se enfurecem:
Mt 21.15 |Quando os principais sacerdotes e mestres da lei viram esses milagres maravilhosos[…] ficaram indignados.
Outros, porém, ficam extasiados:
Mt 7.28-29 | 28Quando Jesus acabou de dizer essas coisas, a multidão ficou maravilhada com seu ensino, 29pois ele ensinava com verdadeira autoridade, diferentemente dos mestres da lei.
3 A sabedoria da Criança do Natal
e ele será chamado de MaravilhosoConselheiro,
Jesus é Deus, desde sempre. Como tal, ele sempre esteve familiarizado com todo o conselho de Deus, de eternidade a eternidade. Esteve e está sempre pronto a aconselhar e dirigir a vida dos que o buscam. Ele é sim “uma maravilha de conselheiro”. É a encarnação da sabedoria divina (1Co 1.30). Para muitos ele não passa de uma loucura, mas, com efeito, ele é toda a sabedoria de Deus. Jesus é o maravilhoso conselheiro celestial, por isso ele declarou aos crentes de Laodiceia (Ap 3.18):
Eu o aconselhoa comprar de mim ouro purificado pelo fogo, e então será rico. Compre também roupas brancas, para que não se envergonhe de sua nudez, e colírio para aplicar nos olhos, a fim de enxergar.
4 A divindade da Criança do Natal
e ele será chamado de […] Deus Poderoso,
O menino Jesus é Deus, o Todo-poderoso! Ou seja: assim como ele é soberano, maravilhosopelo que é e faz, e conselheirodivino como nenhum outro, Cristo também é o Todo-poderoso! Ele tem poder para salvar, julgar, curar, transformar, enfim, fazer água virar vinho, tempestades se acalmarem, o pouco se multiplicar, e também para nos guardar e nos livrar de todo mal. E, por fim, ele virá com poder e grande glória para buscar os que são seus. Cristo é Deus Todo-poderoso, capaz de fazer tudo o que for de seu agrado.
5 A paternidade da Criança do Natal
e ele será chamado de […] Pai Eterno,
O menino Jesus é o Pai Eterno. Autor e consumador de nossa fé. Ele é Deus, estava com Deus e todas as coisas foram feitas por intermédio dele. Sem Jesus, nada do que foi feito teria sido feito (Jo 1.1-3). Jesus é superior a tudo e a todos, no céu e também na terra. Portanto, devemos a Cristo toda honra, glória e louvor.
6 O reino da Criança do Natal
Como Príncipe, herdeiro de tudo, o menino Jesus cria a paz, ordena a paz e preserva a paz em seu reino. Ele mesmo, em pessoa, é a nossa paz. Através dele nós obtemos paz com Deus. E por ele nós desfrutamos da paz de Deus. Seu reino é um reino de paz.
Lucas 2.14 | “Glória a Deus nos mais altos céus, e paz na terra àqueles de que Deus se agrada!”.
A CRIANÇA DO NATAL
Eis, pois, diante de nós, a Criança do Natal: 1- o Deus menino, o Filho Eterno de Deus; o Salvador que se humilhou para nos chamar à salvação, do menor ao maior.
Há, porém, um motivo supremo pelo qual nós devemos adorá-lo. Cristo é
Soberano— ele carrega sobre seus ombros o fardo do governo;
Maravilhoso— não há nada de sem graça e sem vida nele;
Conselheiro— ele tem toda sabedoria para nos conduzir e julgar;
Deus Poderoso — ele tem poder para executar todo o seu plano eterno;
Pai Eterno— ele é o autor e o consumador de nossa fé salvadora;
Príncipe da Paz — ele é a nossa paz: paz com Deus, paz de Deus, reino de paz.
Louve a Criança do Natal. Receba a Criança do Natal em seu coração. Faça de Jesus o seu Senhor e Salvador pessoal.
S.D.G. L.B.Peixoto
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