06.11.2016
ESMIRNA: A IGREJA QUE NÃO CEDEU
Apocalipse 2.8-11
8 “Ao anjo da igreja em Esmirna escreva: “Estas são as palavras daquele que é o Primeiro e o Último, que morreu e tornou a viver. 9 Conheço as suas aflições e a sua pobreza; mas você é rico! Conheço a blasfêmia dos que se dizem judeus mas não são, sendo antes sinagoga de Satanás. 10 Não tenha medo do que você está prestes a sofrer. O Diabo lançará alguns de vocês na prisão para prová-los, e vocês sofrerão perseguição durante dez dias. Seja fiel até a morte, e eu lhe darei a coroa da vida. 11 “Aquele que tem ouvidos ouça o que o Espírito diz às igrejas. O vencedor de modo algum sofrerá a segunda morte.
As quatro linguagens da alma
A alma humana é poliglota. Ela fala muitas línguas.
Há pelo menos quatro linguagens que apenas a alma humana é capaz de compreender ou delas fazer sentido: amor, alegria, música e sofrimento. Isso mesmo, quem pode compreender o amor, senão a alma da gente? O mesmo é verdadeiro para a alegria, a música e o sofrimento. Todos eles são recebidos, absorvidos e compreendidos pela alma. Sem alma ninguém ama, nem sofre, nem se alegra e nem curte uma boa música.
Por exemplo, o que costumamos dizer da pessoa insensível para o amor, a alegria e o sofrimento? “Fulano(a) não tem alma!” E é verdade, pois é apenas lá, no léxico mudo do coração, que existem sentimentos impronunciáveis, misérias inexplicáveis, sensações indefiníveis, mas que a alma humana consegue entender e responder com propriedade.
Certa vez, um amigo perguntou ao outro, cujo filho havia morrido num trágico acidente: “Como você está?” Ao que o pai respondeu, após uma pausa longa e visivelmente dolorosa: “Como eu vou te responder? Tentarei descrever quando eu conseguir encontrar palavras.” Mas, nós sabemos que não há palavras. Palavras nem sempre conseguem expressar os sentimentos de uma alma sofredora. A dor é muito profunda. Até na oração, tantas vezes, o sofrimento é tão intenso que ficamos sem palavras diante de Deus. Apenas gememos.
O sabor amargo de viver
A igreja de Esmirna entendia a linguagem do sofrimento. Por causa da perseguição e da pobreza, a alma deles era fluente no dialeto da fome, da solidão, da humilhação, do medo e da dor. Uma igreja fiel, que não cedeu às tentações e pressões do mundo.
Lembre-se de que, das sete igrejas do Apocalipse, apenas Esmirna e Filadélfia não receberam críticas, apenas elogios. Mas, nem por isso, ela escapou do sofrimento; ela não deixou de perseverar. Esmirna incarna para nós o ensino de Jesus:
Jo 16.33 | Eu lhes disse essas coisas para que em mim vocês tenham paz. Neste mundo vocês terão aflições; contudo, tenham ânimo! Eu venci o mundo.
Esmirna também testifica para nós a verdade do ensino de Paulo:
2Tm 3.12 | De fato, todos os que desejam viver piedosamente em Cristo Jesus serão perseguidos.
Até o nome da cidade serve para descrever o que a igreja estava passando naquele momento da história. Esmirna significa mirra (erva amarga). A igreja realmente estava experimentando o sabor amargo de viver num mundo infectado pelo pecado. A vida é sim amarga no mundo em que vivemos.
A marca do sofrimento
Através das cartas à Éfeso e à Esmirna, o Apocalipse ensina que se a primeira marca de uma igreja, ou de um cristão, que Deus aprecia é o amor (Éfeso), a segunda é o sofrimento (Esmirna). Uma é naturalmente consequência da outra. A disposição de sofrer prova a autenticidade do amor. Estamos dispostos a sofrer apenas por aqueles que amamos. A prova de que os crentes de Esmirna não tinham perdido o primeiro amor, como haviam perdido os crentes de Éfeso, estava no fato de eles estarem preparados e dispostos a sofrerem pelo Senhor. Como Pedro e João, os cristãos da igreja de Esmirna estavam:
At 5.41 | Alegres por terem sido considerados dignos de serem humilhados por causa do Nome.
Como o cristianismo desta época da história, do nosso tempo, está carente de cristãos assim, amorosos e sofredores. John Piper afirmou o seguinte:
O que há nos cristãos que faz deles o sal da terra e a luz do mundo? Não são as riquezas. O desejo por riquezas e a busca de riquezas têm o sabor e a aparência do mundo. Desejar ser rico nos torna como o mundo, não diferentes. Justo no ponto onde deveríamos ter um sabor diferente, temos a mesma cobiça maliciosa que o mundo tem. Neste caso, não oferecemos ao mundo nada diferente do que ele já crê.
A grande tragédia da pregação da prosperidade é que uma pessoa não tem que ser acordada espiritualmente para abraçá-la; ela precisa apenas ser gananciosa. Ficar rico em nome de Jesus não é o sal da terra ou a luz do mundo. Nisto, o mundo simplesmente vê um reflexo de si mesmo. E se eles são “convertidos” a isso, eles não foram realmente convertidos, mas apenas colocaram um novo nome numa vida velha. No Sermão do Monte, o contexto da fala de Jesus nos mostra o que o sal e a luz são; são a alegre boa-vontade de sofrer por Cristo. Eis o que Jesus disse:
“Bem-aventurados sois quando, por minha causa, vos injuriarem, e vos perseguirem, e, mentindo, disserem todo mal contra vós. Regozijai-vos e exultai, porque é grande o vosso galardão nos céus; pois assim perseguiram aos profetas que viveram antes de vós. Vós sois o sal da terra… Vós sois a luz do mundo.” (Mateus 5:11-14)
O que fará o mundo saborear o sal e ver a luz de Cristo em nós, não é que amemos as riquezas da mesma forma que eles amam. Pelo contrário, será a boa-vontade e a habilidade dos cristãos de amar aos outros apesar do sofrimento, a todo tempo exultando porque seu galardão está nos céus com Jesus. “Regozijai-vos e exultai [nas dificuldades]… Vós sois o sal da terra.” Salgado é o sabor da alegria nas dificuldades. Esta é a vida inusitada que o mundo pode saborear como diferente. Tal vida é inexplicável em termos humanos. É sobrenatural. Agora, atrair pessoas com promessas de prosperidade é simplesmente natural. Não é a mensagem de Jesus. Não é aquilo que ele alcançou com sua morte.
Precisamos da igreja de Esmirna para nos ensinar a cultivar a marca do sofrimento, que é fruto do amor.
Os tipos de sofrimento
Quais os tipos de sofrimento que a igreja de Esmirna sofreu por causa do evangelho de Jesus e o que eles podem nos ensinar? O testemunho desses irmãos haverá de nos encorajar a perseverar:
1Pe 5.8-9 | 8 Estejam alertas e vigiem. O Diabo, o inimigo de vocês, anda ao redor como leão, rugindo e procurando a quem possa devorar. 9 Resistam-lhe, permanecendo firmes na fé, sabendo que os irmãos que vocês têm em todo o mundo estão passando pelos mesmos sofrimentos.
Duas eram as fontes principais do sofrimento dos cristãos de Esmirna: resistência ao império e revolta dos ímpios.
Resistência ao império
Já no ano 195 a.C., lá em Esmirna, tinha sido construído e dedicado um templo para Roma personificada como deusa (Dea Roma). Desde então, a cidade ficou reconhecida por sua lealdade patriótica ao império. Tanto que no ano 25 d.C. lhe foi concedido o privilégio de erigir um templo ao imperador Tibério. Evidentemente, pois, o culto ao império e ao imperador (à Roma e ao César de Roma) era um fator de grande orgulho em Esmirna.
Claro, porém, que os cristãos daquela cidade se recusaram abertamente a acender incenso diante das estátuas romanas e também de chamar Tibério César de senhor. Sabiam que era idolatria. O resultado foi que sofreram todo tipo de retaliação, perseguição e até confiscação. Coisa parecida a que sofreram os cristãos de Hebreus.
Hb 10.32-34 | 32 Lembrem-se dos primeiros dias, depois que vocês foram iluminados, quando suportaram muita luta e muito sofrimento. 33 Algumas vezes vocês foram expostos a insultos e tribulações; em outras ocasiões fizeram-se solidários com os que assim foram tratados. 34 Vocês se compadeceram dos que estavam na prisão e aceitaram alegremente o confisco dos seus próprios bens, pois sabiam que possuíam bens superiores e permanentes.
Assim como os cristãos de Hebreus; exatamente porque os cristãos de Esmirna estavam resistindo às corrupções do império foi que eles sofreram tanto:
Ap 2.9 | Conheço as suas aflições e a sua pobreza; mas você é rico!
Revolta dos ímpios
Além das consequências pela resistência ao império, os cristãos de Esmirna também sofreram com a revolta dos ímpios. Havia em Esmirna uma grande comunidade judaica, que Jesus descreveu de forma ríspida:
Ap 2.9b | Conheço a blasfêmia dos que se dizem judeus mas não são, sendo antes sinagoga de Satanás.
Os judeus eram isentos de todas as obrigações sacrificiais impostas por Roma. Era a forma que o império havia encontrado para conviver pacificamente com os judeus. Por outro lado, para compensar a falta de sacrifícios ao império e ao imperador, os judeus procuravam lisonjear as autoridades e o povo romano, acusando os cristãos, da mesma forma que eles fizeram quando da crucificação de Jesus.
Fontes de perseguição
Há, pois, duas fontes principais de perseguição.
1 Sempre que resistimos às forças e às formas do império secular em que estamos inseridos nós sofremos. E 2 sempre que proclamamos abertamente a verdade do evangelho de Jesus nós também sofremos. São praticamente duas as fontes de onde constantemente brotam a intolerância e a perseguição contra os cristãos: do império e da sinagoga de satanás, do estado e da religião.
Procure resistir às forças e às formas ímpias do sistema e você verá o quanto isso lhe custará. Outra coisa: proclame a verdade do evangelho e você verá o que os credos religiosos (e seculares!) ao seu redor são capazes de fazer.
Formas de perseguição
Tendo identificado as fontes, vejamos as formas de perseguição que se manifestaram em Esmirna, pois elas se manifestam ainda hoje.
1. Privação (Ap 2.9)
Conheço as suas aflições e a sua pobreza;
É de surpreender que numa cidade rica e próspera como Esmirna qualquer de seus cidadãos fosse pobre. Mas, por que os cristãos eram assim tão pobres?
Talvez eles pertencessem à classe mais baixa da sociedade (1Co 1.26). Talvez o amor e a generosidade os tivessem feito vender o que tinham para ajudar quem mais precisava (At 2.44; 4.32, 34). Mas, nenhum destes dois fatores explica a razão para tanta pobreza. A sua pobreza era fruto de suas “aflições” (Ap 2.9). Ou seja: decisão de agir corretamente nos negócios; renúncia aos métodos suspeitos e inescrupulosos; judeus e pagãos que se negavam a fazer negócios com cristãos; confisco dos bens por parte das autoridades
Isso e muito mais fez aquele povo passar por tanta privação. Conforme John Stott,
Ainda hoje nem sempre é gratificante ser cristão. E a honestidade a qualquer preço nem sempre é o melhor procedimento, se o ganho material é nossa ambição. A pobreza tem frequentemente sido parte do custo do discipulado cristão.
E vai piorar cada vez mais, na medida que o fim se aproxima. Como veremos adiante, em nosso estudo do Apocalipse, quem não tiver a marca da besta na testa e na mão não poderá comprar nem vender (Ap 13.16-18). Mas, que quer dizer isto?
A fronte simboliza a mente, a vida intelectual, a filosofia de vida de uma pessoa. A mão direita indica seus feitos, sua atividade, sua ocupação, suas ações: “Também as atarás [as palavras da lei] como sinal na tua mão, e te serão por frontal entre os olhos” (Dt 6.8). Portanto, receber a marca da besta na fronte ou na mão direita indica que a pessoa assim caracterizada pertence à companhia daqueles que seguem o anticristo e perseguem a Igreja. Isto é, este espírito anticristão se torna evidente pelo que a pessoa pensa e faz.
Esta interpretação se harmoniza inteiramente com a explicação sobre o selo que o crente recebe em sua fronte (Ap 7.3; 9.4). O selo que Deus colocou na testa de seus adoradores certamente não é uma marca visível. Este selo indica que a pessoa pertence a Cristo, que ela o adora, que manifesta seu Espírito, que tem os seus pensamentos, etc.
À medida em que o fim se aproxima e o espírito do anticristo se manifesta, quem não pensar e não agir como um deles será perseguido e sofrerá grandes privações.
2. Difamação (Ap 2.9)
Além da privação, há também a difamação. Jesus coloca assim:
Conheço a blasfêmia dos que se dizem judeus mas não são, sendo antes sinagoga de Satanás.
Em Esmirna, Judeus espalhavam falsos rumores sobre os cristãos. As mentes das pessoas da cidade estavam sendo envenenadas contra os cristãos. Os inimigos de Cristo viviam, e ainda vivem, de “caluniar” ou de “blasfemar” contra os cristãos.
Jesus chega a chamar tais caluniadores de Esmirna de “sinagoga de satanás”, pois eles tinham aprendido as táticas de seu mestre, o diabo (Ap 2.10), que é “acusador” e “caluniador”. O Senhor já o tinha chamado de “mentiroso e pai da mentira” (Jo 8.44), cujos seguidores compartilham sua aversão pela verdade.
É incrível como a maledicência exerce tanta fascinação sobre nós todos.
Pv 26.22 | As palavras do caluniador são como petiscos deliciosos; descem saborosos até o íntimo.
Incrédulos, dentro e fora da igreja, nutrem-se desta suculenta iguaria. Cuidado! Você pode ser usado por Satanás para difamar e ferir. Pior do que perder bens e dinheiro em qualquer perseguição é perder o que temos de mais valioso: a reputação.
Difamação fere muito e o segredo para quem é difamado é agir como Jesus:
1Pe 2.23 | Quando insultado, não revidava; quando sofria, não fazia ameaças, mas entregava- se àquele que julga com justiça.
A privação e a difamação eram duas experiências de provação que a igreja de Esmirna já estava sofrendo. Mas havia coisas piores pela frente. O que poderia ser pior?
3. Prisão (Ap 2.10)
Não tenha medo do que você está prestes a sofrer. O Diabo lançará alguns de vocês na prisão para prová-los, e vocês sofrerão perseguição durante dez dias.
Os cristãos estavam prestes a passar um período de muito sofrimento. Seriam privados da liberdade, do convívio com os seus amados, seriam torturados e humilhados ao extremo. Seria um período curto e localizado (“durante dez dias”), mas seria intenso e doloroso o bastante.
4. Execução (Ap 2.10)
Depois de tudo, ainda havia algo angustiante: a morte por execução, o martírio.
Não tenha medo do que você está prestes a sofrer. O Diabo lançará alguns de vocês na prisão para prová-los, e vocês sofrerão perseguição durante dez dias. Seja fiel até a morte, e eu lhe darei a coroa da vida.
A perseguição era tão feroz, que o martírio também era uma possibilidade.
Um dos mártires cristãos mais conhecidos de todos os tempos era natural de Esmirna. Seu nome era Policarpo. A tradição diz que quando o Apocalipse chegou à igreja de Esmirna, Policarpo era o seu pastor titular e, portanto, foi quem leu a carta para a congregação. Mal ele sabia que ela já era parte de uma fonte de ânimo da parte de Deus quando sua hora de provação chegasse. Ele seria morto pelo fio da espada de um soldado.
Sofrimento é parte do discipulado cristão
Todos quantos quiserem viver piedosamente, sofrerão perseguição (Jo 16.33); i.e.: privação, difamação, prisão e até execução. O sofrimento é parte do discipulado cristão.
Jo 15.18-21 | 18 Se o mundo os odeia, tenham em mente que antes me odiou. 19 Se vocês pertencessem ao mundo, ele os amaria como se fossem dele. Todavia, vocês não são do mundo, mas eu os escolhi, tirando-os do mundo; por isso o mundo os odeia. 20 Lembrem-se das palavras que eu lhes disse: Nenhum escravo é maior do que o seu senhor. Se me perseguiram, também perseguirão vocês. Se obedeceram à minha palavra, também obedecerão à de vocês. 21 Tratarão assim vocês por causa do meu nome, pois não conhecem aquele que me enviou.
Como vencer o sofrimento e a perseguição por causa de Cristo?
O triunfo sobre o sofrimento
Olhando para as palavras de Jesus à igreja de Esmirna, nós podemos aprender dois princípios que nos ajudarão a triunfar sobre o sofrimento e a perseguição por causa de Cristo: coragem e conhecimento.
1. Coragem
Ap 2.10 | Não tenha medo do que você está prestes a sofrer… Seja fiel até a morte…
Quando bater o medo do que você irá sofrer, dê lugar à fé. A fé e o medo são opostos. Ambos não podem coexistir. A fé afugenta o medo.
Sl 56.2-4 | 2 Os meus inimigos pressionam-me sem parar; muitos atacam-me arrogantemente. 3 Mas eu, quando estiver com medo, confiarei em ti. 4 Em Deus, cuja palavra eu louvo, em Deus eu confio, e não temerei. Que poderá fazer- me o simples mortal?
Quando Deus nos dá uma missão, ele nos agracia com coragem. Mas, a fé que produz coragem é como um músculo que precisa ser exercitado.
Js 1.5-6, 9 | 5 Ninguém conseguirá resistir a você todos os dias da sua vida. Assim como estive com Moisés, estarei com você; nunca o deixarei, nunca o abandonarei. 6 “Seja forte e corajoso, porque você conduzirá este povo para herdar a terra que prometi sob juramento aos seus antepassados. (…) 9 Não fui eu que lhe ordenei? Seja forte e corajoso! Não se apavore, nem desanime, pois o Senhor, o seu Deus, estará com você por onde você andar”.
Fortaleça a fé em Deus e você terá coragem.
2. Conhecimento
Para fortalecer a fé em Deus, a fé que produz coragem, nós precisaremos conhecer a Deus. Fé vem pelo ouvir. Ouvir sobre quem Deus é e o que Deus faz. Escrevendo à igreja de Esmirna, Jesus fez sete descrições únicas de si mesmo, que se compreendidas e absorvidas produzirá fé e coragem.
2.1. O Senhor fala conosco
Em meio ao sofrimento, como é bom saber que Deus fala conosco!
8 “Ao anjo da igreja em Esmirna escreva: “Estas são as palavras daquele que é . . .
2.2. O Senhor é eterno
Em meio ao sofrimento, como é bom saber que Deus não muda! Ele é o mesmo ontem, hoje e para sempre (Hb 7.3; 13.8).
8 “Ao anjo da igreja em Esmirna escreva: “Estas são as palavras daquele que é o Primeiro e o Último…
2.3. O Senhor é vitorioso
Em meio ao sofrimento, como é bom saber que assim como Cristo sofreu também nós sofreremos, mas no final venceremos.
8 “Ao anjo da igreja em Esmirna escreva: “Estas são as palavras daquele que é o Primeiro e o Último, que morreu e tornou a viver.
2.4. O Senhor sabe o que padecemos
Em meio ao sofrimento, como é bom saber que Cristo conhece o que estamos passando e sabe o que padecemos. Ele se compadece.
9 Conheço as suas aflições.
2.5. O Senhor corrige o nosso foco
Em meio ao sofrimento, como é bom saber que Cristo tem valores diferentes dos do mundo, material e espiritualmente.
9 Conheço as suas aflições e a sua pobreza; mas você é rico! Conheço a blasfêmia dos que se dizem judeus mas não são, sendo antes sinagoga de Satanás.
2.6. O Senhor é soberano sobre o nosso sofrimento
Em meio ao sofrimento, como é bom saber que Cristo não só controla, mas também tem propósitos para o nosso sofrimento.
10 Não tenha medo do que você está prestes a sofrer. O Diabo lançará alguns de vocês na prisão para prová-los, e vocês sofrerão perseguição durante dez dias.
Tem hora para começar e para terminar. Tem também propósitos bem definidos: purificar-nos (Lc 22.31; Tg 1.2-4; 1Pe 1.7).
2.7. O Senhor alimenta a nossa esperança com o galardão
Em meio ao sofrimento, como é bom saber que Cristo alimenta a nossa fé e a nossa esperança, apresentando-nos o galardão.
10 Seja fiel até a morte, e eu lhe darei a coroa da vida. 11 “Aquele que tem ouvidos ouça o que o Espírito diz às igrejas. O vencedor de modo algum sofrerá a segunda morte.
ESMIRNA: A IGREJA QUE NÃO CEDEU
A mensagem da carta à igreja de Esmirna é uma prova para nós, como foi para eles: se somos verdadeiros, fieis e piedosos, sofreremos. Porque a pessoa que ama vai às últimas consequências pela pessoa que se ama. O amor tudo suporta.
Soframos, pois, sem temor.
Aquele que morreu e tornou a viver – o Senhor Jesus – conhece as nossas provações, controla o nosso destino, e ele mesmo nos dará, no final da corrida, a coroa da vida.
No mundo nós sofreremos. A vida é amarga. Agora, há duas maneiras de sofrer. Há aqueles que sofrem pelas consequências de seus erros e pecados. Há aqueles que sofrem por buscar ser como Jesus: amando a Deus e ao próximo.
Como, então, você viverá?
1Pe 3.13-18 | 13 Quem há de maltratá-los, se vocês forem zelosos na prática do bem? 14 Todavia, mesmo que venham a sofrer porque praticam a justiça, vocês serão felizes. “Não temam aquilo que eles temem, não fiquem amedrontados.” 15 Antes, santifiquem Cristo como Senhor em seu coração. Estejam sempre preparados para responder a qualquer pessoa que lhes pedir a razão da esperança que há em vocês. 16 Contudo, façam isso com mansidão e respeito, conservando boa consciência, de forma que os que falam maldosamente contra o bom procedimento de vocês, porque estão em Cristo, fiquem envergonhados de suas calúnias. 17 É melhor sofrer por fazer o bem, se for da vontade de Deus, do que por fazer o mal. 18 Pois também Cristo sofreu pelos pecados uma vez por todas, o justo pelos injustos, para conduzir- nos a Deus. Ele foi morto no corpo, mas vivificado pelo Espírito,
Se a sua alma está gemendo, saiba que a de Jesus gemeu e ainda geme. Ele sabe o que é padecer. Diferente de nós, não por ter pecado, mas para nos salvar do pecado.
Creia em Jesus e seja salvo.
Depois, como Esmirna, siga com fé, esperança e amor. Sem ceder ao mundo.
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