10.04.2022
[Atos 14.1-20] 1Em Icônio, Paulo e Barnabé também foram à sinagoga judaica e falaram de tal modo que muitos creram, tanto judeus como gentios. 2Alguns dos judeus que não creram, porém, incitaram os gentios e envenenaram a mente deles contra Paulo e Barnabé. 3Ainda assim, os apóstolos passaram bastante tempo ali, falando corajosamente da graça do Senhor, que confirmava a mensagem deles concedendo-lhes poder para realizar sinais e maravilhas. 4Com isso, o povo da cidade ficou dividido: alguns tomaram partido dos judeus, e outros, dos apóstolos. 5Então um grupo de gentios, judeus e seus líderes resolveu atacá-los e apedrejá-los. 6Quando os apóstolos souberam disso, fugiram para a região da Licaônia, para as cidades de Listra e Derbe e seus arredores. 7E ali anunciaram as boas-novas. 8 Enquanto estavam em Listra, Paulo e Barnabé encontraram um homem com os pés aleijados. Sofria desse problema desde o nascimento e, portanto, nunca tinha andado. Estava sentado 9e ouvia Paulo pregar. Paulo olhou diretamente para ele e, vendo que ele tinha fé para ser curado, 10disse em alta voz: “Levante-se!”. O homem se levantou de um salto e começou a andar. 11A multidão, vendo o que Paulo havia feito, gritou no dialeto local: “Os deuses vieram até nós em forma de homens!”. 12Concluíram que Barnabé era o deus grego Zeus, e Paulo, o deus Hermes, pois era ele quem proclamava a mensagem. 13O sacerdote do templo de Zeus, que ficava na entrada da cidade, trouxe touros e coroas de flores até as portas da cidade, pois ele e a multidão queriam oferecer sacrifícios aos apóstolos. 14Quando Barnabé e Paulo ouviram o que estava acontecendo, rasgaram as roupas e correram para o meio do povo, gritando: 15“Amigos, por que vocês estão fazendo isso? Somos homens como vocês! Viemos lhes anunciar as boas-novas, para que abandonem estas coisas sem valor e se voltem para o Deus vivo, que fez os céus e a terra, o mar e tudo que neles há. 16No passado, ele permitiu que as nações seguissem seus próprios caminhos, 17mas nunca as deixou sem evidências de sua existência e de sua bondade. Ele lhes concede chuvas e boas colheitas, e também alimento e um coração alegre”. 18Apesar dessas palavras, Paulo e Barnabé tiveram dificuldade para impedir que o povo lhes oferecesse sacrifícios. 19Então alguns judeus chegaram de Antioquia e Icônio e instigaram a multidão. Apedrejaram Paulo e o arrastaram para fora da cidade, pensando que ele estivesse morto. 20No entanto, quando os discípulos o rodearam, ele se levantou e entrou novamente na cidade. No dia seguinte, partiu com Barnabé para Derbe.
VIMOS PELA MANHÃ QUE: Paulo foi um homem de inteligência emocional. Aliás, ele aprendeu em meio a todas as instabilidades deste mundo, nos altos e baixos da vida a habilidade de desenvolver estabilidade emocional (Fl 4.11-13). E no relato de Lucas em Atos 14.1-20, Paulo modela o que aprendeu pela graça, por meio da fé – ou seja: manter a estabilidade emocional necessária durante os altos e baixos da vida. E assim ele ensinará como nós também podemos seguir a Cristo, mantendo a estabilidade emocional.
Para você ter uma ideia do quanto esse tema é grande, ouça o que um de vocês me escreveu após a mensagem desta manhã:
Pastor, boa tarde!
Excelente abordagem sobre o assunto.
No meu trabalho como gestor de equipe, há um forte bombardeio para descer garganta a baixo as práticas da inteligência emocional com constantes treinamentos e aplicações como recurso essencial para os resultados. E os resultados não vêm… As frustrações aumentam e o mecanismo desse método persiste e nós recebemos o peso de não alcançar o sucesso esperado.
Trazer a realidade da estabilidade emocional à luz do Evangelho elucida claramente e encoraja a perseverar em oração com a proclamação das verdades bíblicas sem desistir.
SDG!
LEMBRE-SE DE QUE LUCAS ESCREVEU tanto o seu Evangelho como o livro de Atos para um sujeito chamado Teófilo COM O PROPÓSITO DE: [1.] atestar que Jesus cumpriu sua promessa na (Grande Comissão) e as portas do inferno não prevaleceram contra o avanço do evangelho!; e [2.] demonstrar que o avanço do evangelho do reino de Deus nunca será cumprindo sem que os discípulos de Jesus sofram provações e passem por tribulações a cada passo, em cada ponto ao longo do caminho.
RESUMINDO: Paulo aprendeu que a vida cristã – sobretudo se você se mantem em modo operante – é marcada por sucessivas ondas de provações e de dificuldades (muitas vezes de verdadeiros tsunamis de sofrimentos). E se não tiver ESTABILIDADE EMOCIONAL você não conseguirá.” PORTANTO: o propósito de Lucas com Atos dos Apóstolos não visa a apenas relatar o avanço da Grande Comissão de Jesus, mas também, em suas entrelinhas, encorajar e ensinar – você e eu, cada discípulo de Jesus – o valor e a maneira de se cultivar ESTABILIDADE EMOCIONAL.
RECORDE-SE: na segunda etapa da primeira viagem missionária de Paulo e Barnabé, eles foram tocados de Antioquia da Pisídia (na borda da Galácia):
Atos 13.50-52 50Então os judeus, instigando as mulheres religiosas influentes e as autoridades da cidade, provocaram uma multidão contra Paulo e Barnabé e os expulsaram dali. 51Eles, porém, sacudiram o pó dos pés em sinal de reprovação e foram à cidade de Icônio. 52E os discípulos estavam cheios de alegria e do Espírito Santo.
Pense em uma ESTABILIDADE EMOCIONAL. Era a desses homens de Deus: Paulo e Barnabé. MAS a coisa ficaria ainda pior! E eles, manteriam a estabilidade emocional?
Próxima etapa: as portas do inferno – Icônio (At 14.1-7) e Listra (At 14.8-20).
Icônio
Atos 14.1-7 1Em Icônio, Paulo e Barnabé também foram à sinagoga judaica e falaram de tal modo que muitos creram, tanto judeus como gentios. 2Alguns dos judeus que não creram, porém, incitaram os gentios e envenenaram a mente deles contra Paulo e Barnabé. 3Ainda assim, os apóstolos passaram bastante tempo ali, falando corajosamente da graça do Senhor, que confirmava a mensagem deles concedendo-lhes poder para realizar sinais e maravilhas. 4Com isso, o povo da cidade ficou dividido: alguns tomaram partido dos judeus, e outros, dos apóstolos. 5Então um grupo de gentios, judeus e seus líderes resolveu atacá-los e apedrejá-los. 6Quando os apóstolos souberam disso, fugiram para a região da Licaônia, para as cidades de Listra e Derbe e seus arredores. 7E ali anunciaram as boas-novas.
A graça do Senhor sobre a qual eles pregavam (v. 3), era a mesma que os sustentava – e ancorados nessa realidade, Paulo mantinha sua estabilidade emocional.
Mas até quando? Veja o próximo passo:
Listra
Os ventos favoráveis das circunstâncias sopraram a favor quando Paulo e Barnabé chegaram a Icônio (v. 1): “falaram de tal modo que muitos creram, tanto judeus como gentios”), MAS uma tempestade de ódio os tocou para a próxima cidade: Listra, “e ali anunciaram as boas-novas” (v. 7). Meu Deus! Quanta estabilidade emocional! Na tormenta, eles se amarraram ao leme e ao mastro do navio da graça e permaneceram no curso que Deus havia dado a ambos para navegarem no cumprimento da Grande Comissão.
Listra, no entanto, era bem diferente de Icônio. Se Icônio era pagã, Listra era muito mais. Entre outras coisas, nem havia judeus o bastante para estabelecer uma sinagoga na cidade (um quorum mínimo de dez adultos). — O que fizeram então os missionários Paulo e Barnabé já que em Listra não havia sinagoga? — Pregaram lá mesmo nas ruas aos pagãos ainda não alcançados. Consequentemente, ocorreram eventos tão inesperados quanto chocantes, os quais, mais uma vez, colocaram Paulo e Barnabé no sobe e desce da montanha-russa que sempre caracterizou seu ministério.
Ouça – não deixe de perceber no texto que leremos (At 14.8-13) que o mesmo poder de Deus dispensado para salvar os judeus pelo evangelho em Jerusalém estava também à disposição dos missionários para autenticar o evangelho e salvar os pagãos de Listra; não deixe de notar a semelhança entre a cura do aleijado de nascença à porta do templo pagão de Zeus em Listra (At 14.8-10, 13) com a cura (ministrada por Pedro) do também aleijado de nascença à porta do templo do SENHOR em Jerusalém (At 3.1-11):
Atos 14.8-13 8Enquanto estavam em Listra, Paulo e Barnabé encontraram um homem com os pés aleijados. Sofria desse problema desde o nascimento e, portanto, nunca tinha andado. Estava sentado 9e ouvia Paulo pregar. Paulo olhou diretamente para ele e, vendo que ele tinha fé para ser curado, 10disse em alta voz: “Levante-se!”. O homem se levantou de um salto e começou a andar. 11A multidão, vendo o que Paulo havia feito, gritou no dialeto local: “Os deuses vieram até nós em forma de homens!”. 12Concluíram que Barnabé era o deus grego Zeus, e Paulo, o deus Hermes, pois era ele quem proclamava a mensagem. 13O sacerdote do templo de Zeus, que ficava na entrada da cidade, trouxe touros e coroas de flores até as portas da cidade, pois ele e a multidão queriam oferecer sacrifícios aos apóstolos.
João Calvino, olhando para os sinais e maravilhas realizados em Icônio e Listra, associou esses milagres à palavra de Deus, dizendo que “Deus nunca admite que [milagres] sejam separados de sua palavra”; e que “os milagres provenientes de Deus em qualquer época nunca tendem a nenhum outro fim senão que o evangelho possa ter sua perfeita e plena autoridade [para salvar o pecador]”. Sim, os milagres autenticaram (e ainda autenticam) o poder do evangelho, mas eles sempre oferecem riscos. Por exemplo:
Sem saber, Paulo e Barnabé haviam despertado um gigante adormecido das lendas desses povos pagãos, o que os levou a acharem que os missionários eram deuses.
William Barclay explica que em Listra e seus arredores corria a história de que uma vez Zeus e Hermes vieram disfarçados ao mundo. Ninguém lhes dera abrigo senão dois velhos camponeses, Filemom e sua esposa Baucis, que finalmente os acolheram. Irados com os demais habitantes da cidade, Zeus e Hermes exterminaram a todos, exceto Filemom e Baucis, os quais foram promovidos a guardiões de um templo esplêndido e que, quando morreram, foram transformados em duas grandes árvores. Então, quando Paulo curou o aleijado, o povo de Listra estava determinado a não cometer o mesmo erro de seus supostos antepassados – eles os aclamaram como deuses.
RECAPITULANDO: em Icônio, Paulo e Barnabé tinham acabado de ser chutados para fora da cidade, como se fossem uns desgraçados (também tinha sido assim na cidade anterior, lá na Antioquia da Pisídia; lembra?), MAS AGORA os moradores de Listra os estavam tratando como deuses. — Se lá em Icônio eles foram tentados à autopiedade, aqui em Listra eles estavam sendo tentados à soberba – em ambos os casos a raiz do pecado teria sido a mesma: o orgulho. No entanto, Paulo e Barnabé mantiveram a perspectiva correta, centrada na graça de Deus em Jesus Cristo:
Atos 14.14-15a 14Quando Barnabé e Paulo ouviram o que estava acontecendo, rasgaram as roupas e correram para o meio do povo, gritando: 15“Amigos, por que vocês estão fazendo isso? Somos homens como vocês! […]
Paulo e Barnabé simplesmente destruíram o altar sobre o qual essas pessoas os estavam colocando (a imagem deles mesmos!) – uma luta que todo mundo enfrenta, sobretudo em posição de liderança: manter-se humano, igual a todo mundo – sem auréola de super-santo, superior a todo mundo, roubando a glória que pertence somente a Deus e o Senhor Jesus Cristo. Aliás, eles sabiam o que Deus é capaz de fazer com aqueles que roubam para si mesmos a glória que é somente do SENHOR Deus:
Atos 12.21-25 21conseguiram uma audiência. No dia marcado, Herodes, vestindo seus trajes reais, sentou-se em seu trono e fez um discurso para eles. 22O povo o ovacionava, gritando: “É a voz de um deus, e não de um homem!”. 23No mesmo instante, um anjo do Senhor feriu Herodes com uma enfermidade, pois ele não ofereceu a glória a Deus. Foi comido por vermes e morreu. 24Enquanto isso, a palavra de Deus continuava a se espalhar, e havia muitos novos convertidos. 25Quando Barnabé e Saulo terminaram sua missão em Jerusalém, voltaram levando consigo João Marcos.
Foi por isso que eles simularam aquele estado de angústia e pranto:
Atos 14.14-15a 14Quando Barnabé e Paulo ouviram o que estava acontecendo, rasgaram as roupas e correram para o meio do povo, gritando: 15“Amigos, por que vocês estão fazendo isso? Somos homens como vocês! […]
DESSE MODO, visando a desviar a atenção de si mesmos para o conteúdo de sua mensagem, o apóstolo Paulo pregou à multidão – só que aparentemente em vão:
Atos 14.15-17 15[…] Viemos lhes anunciar as boas-novas, para que abandonem estas coisas sem valor e se voltem para o Deus vivo, que fez os céus e a terra, o mar e tudo que neles há. 16No passado, ele permitiu que as nações seguissem seus próprios caminhos, 17mas nunca as deixou sem evidências de sua existência e de sua bondade. Ele lhes concede chuvas e boas colheitas, e também alimento e um coração alegre”.
PAULO PREGOU DE UM MODO DIFERENTE. — Você notou? — Na sinagoga, aos judeus de Antioquia da Pisídia, o apóstolo começou falando sobre a escolha que Deus fez de Israel (cf. At 13.16ss.). Mas aqui, aos pagãos, ele começou falando da criação de Deus: a graça comum. Paulo está fazendo um ponto de contato com os pagãos que não tinham a Bíblia (como a tinham os judeus nas sinagogas). Então, ele parte da criação e da idolatria das nações. OU SEJA: Paulo explica que há um Deus verdadeiro que originalmente deu liberdade de escolha às pessoas. E que embora a humanidade tenha pecado por escolha, Deus em sua graça não permitiu que as consequências do pecado fugissem do controle de suas mãos – isto é, Deus abençoa todas as pessoas apesar de seus pecados. Isso se chama graça comum.
Só que não adiantou nada. Seus ouvintes não o deixaram sequer passar da doutrina da graça comum de Deus. Paulo nem ao menos teve a chance de chegar perto de anunciar o evangelho da graça gloriosa de Cristo:
Paulo e Barnabé bateram com a testa nas portas do inferno. Primeiro, foram adulados como se fossem deuses. Mas, na sequência, foram atacados como se fossem uns desgraçados. As guirlandas tornaram-se pedras pontiagudas, hematomas, feridas profundas e ossos quebrados no corpo de Paulo. Um momento atrás ele era um deus; no instante seguinte ele era um cão escorraçado, dado como morto e jogado em cima do monte de excrementos fora da cidade. AGORA VOCÊ COMEÇA A ENTENDER o que ele quis dizer quando escreveu aos Gálatas (à essa gente de Listra, inclusive): Gálatas 6.17 (ARA) — “Quanto ao mais, ninguém me moleste; porque eu trago no corpo as marcas de Jesus [NVT: cicatrizes que mostram que pertenço a Jesus].” O rosto de Paulo deve ter se desfigurado – não era por nada, portanto, que ele tenha recebido apelido de nariz de tucano (nariz de gancho); imaginem o nariz quebrado e como deve ter ficado essa cicatriz!
Esse foi o vale mais profundo da vida de Paulo. Ele tinha passado pelo mesmo tipo de brutalidade que matou Estêvão, o primeiro mártir cristão que ele próprio, Paulo, com ira e frieza assistiu ser executado a pedradas em Jerusalém. No entanto, esse apedrejamento não escreveria o capítulo final de sua vida:
Atos 14.19b-20 19[…] Apedrejaram Paulo e o arrastaram para fora da cidade, pensando que ele estivesse morto. 20No entanto, quando os discípulos o rodearam, ele se levantou e entrou novamente na cidade. No dia seguinte, partiu com Barnabé para Derbe.
Abrindo os olhos, Paulo viu os rostos apavorados de um pequeno grupo de cristãos que o cercavam de compaixão e de cuidado. E esse testemunho do apóstolo deu frutos na vida de algumas pessoas da cidade, entre os quais o jovem Timóteo, sua mãe Eunice e sua avó Loide (cf. At 16.1; 2Tm 1.5). Eles tinham corrido para a pilha de lixo fora dos muros de Listra, esperando encontrar Paulo ensanguentado e morto – para poderem sepultá-lo com dignidade. Espantados, porém, descobriram que o apóstolo ainda estava vivo. Outro milagre! Então, viram-no se levantar lentamente. E apesar da dor, Paulo voltou direto para a cidade e, no dia seguinte, partiu com Barnabé para Derbe.
Estabilidade emocional! — era esse o nome de Paulo, o apóstolo!
Estável, determinado, inabalável, convicto – essas palavras descrevem tanto Paulo quanto Barnabé. Nem os picos altos do sucesso e da popularidade nem os pântanos abismais do fracasso e da vergonha eram capazes de alterar a decisão de proclamar Cristo “a tempo e fora de tempo” (2Tm 4.2, ARC). Esses homens jamais entraram em modo de manutenção e seus exemplos fornecem algumas lições para nós ao enfrentarmos as delícias e os dissabores de nossos próprios altos e baixos na estrada da Grande Comissão.
PRIMEIRO, aprendemos que o fracasso e o desânimo exigem perspectiva e visão. Haverá um fim para os tempos difíceis (e sempre há um risco nos tempos deleitosos). Portanto, você deve manter a perspectiva de que toda a sua vida não ficará arruinada por um fracasso ou rejeição; ou poderá ser destruída pelo orgulho e a vaidade.
Mateus 10.26-28 26“Não tenham medo daqueles que os ameaçam, pois virá o dia em que tudo que está encoberto será revelado, e tudo que é secreto será divulgado. 27O que agora lhes digo no escuro, anunciem às claras, e o que sussurro em seus ouvidos, proclamem dos telhados. 28“Não tenham medo dos que querem matar o corpo; eles não podem tocar na alma. Temam somente a Deus, que pode destruir no inferno tanto a alma como o corpo.
SEGUNDO, o sucesso e a alegria devem ser temperados com realidade e humildade. Você deve se lembrar, como escreveu Spurgeon, de “que é Deus quem realiza a obra, e ele pode continuar a fazê-la sem a sua ajuda, e saiba que ele será capaz de continuar fazendo com outros meios sempre que te reduzir de tamanho.” Paulo sabia disso:
1Coríntios 15.10-11 10O que agora sou, porém, deve-se inteiramente à graça que Deus derramou sobre mim, e que não foi inútil. Trabalhei com mais dedicação que qualquer outro apóstolo e, no entanto, não fui eu, mas Deus que, em sua graça, operou por meu intermédio. 11Logo, não faz diferença se eu prego ou se eles pregam, pois todos nós anunciamos a mesma mensagem na qual vocês já creram.
TERCEIRO, Paulo e Barnabé nos lembram de que o equilíbrio requer estabilidade. Quando os ventos da mudança sopram e rodopiam ao seu redor, você precisa firmar o pé no chão para manter seu equilíbrio. Tal firmeza vem da estabilidade de se confiar no Senhor, enquanto se atravessa o temporal. Esse tipo de confiança está resumido nas palavras de Paulo aos coríntios, testemunhando-lhes o horror dessa situação em Listra, na Galácia, na borda da Ásia:
2Coríntios 1.8-10 8Irmãos, queremos que saibam das aflições pelas quais passamos na província da Ásia [proximidades da Galácia]. Fomos esmagados e oprimidos além da nossa capacidade de suportar, e pensamos que não sobreviveríamos. 9De fato, esperávamos morrer. Mas, como resultado, deixamos de confiar em nós mesmos e aprendemos a confiar somente em Deus, que ressuscita os mortos. 10Ele nos livrou do perigo mortal, e nos livrará outra vez. Nele depositamos nossa esperança, e ele continuará a nos livrar.
ESTABILIDADE EMOCIONAL! — Comódite rara (e cara!), produto básico escasso em nós pecadores, sobretudo nesta época tão volátil em que vivemos. — Como obtê-la? Como construir e manter a estabilidade emocional? [1.] Temendo o SENHOR, não os homens; [2.] enxergando o pico do sucesso pelas lentes da graça de Deus; e [3.] agarrando-se com fé somente em Deus quando caímos no vale do sofrimento.
ESTABILIDADE EMOCIONAL é algo que se aprende e se colhe como fruto do Espírito, fruto da caminhada do cristão cheio do Espírito Santo:
Gálatas 5.22-26 22Mas o Espírito produz este fruto: amor, alegria, paz, paciência, amabilidade, bondade, fidelidade, 23mansidão e domínio próprio. Não há lei contra essas coisas! 24Aqueles que pertencem a Cristo Jesus crucificaram as paixões e os desejos de sua natureza humana. 25Uma vez que vivemos pelo Espírito, sigamos a direção do Espírito em todas as áreas de nossa vida. 26Não nos tornemos orgulhosos, provocando e invejando uns aos outros.
MEU IRMÃO, MINHA IRMÃ: tema o SENHOR, viva pela graça e por meio da fé – e pregue o evangelho, faça discípulos, carregue o estandarte do evangelho e fale de Jesus.
QUANTO A VOCÊ, MEU AMIGO, JAMAIS SE ESQUEÇA: não fosse pelo que Paulo e Barnabé passaram, fortalecidos pela graça de Deus, não teríamos hoje o evangelho à sua disposição: Cristo veio para buscar e salvar você de seu estado de perdição. Arrependa-se e creia para a sua salvação eterna — e comece a trilhar o caminho da estabilidade emocional. Eis o trecho da mensagem de Paulo em Listra a você:
Atos 14.15-17 15“Amigos, por que vocês estão fazendo isso? Somos homens como vocês! Viemos lhes anunciar as boas-novas, para que abandonem estas coisas sem valor e se voltem para o Deus vivo, que fez os céus e a terra, o mar e tudo que neles há. 16No passado, ele permitiu que as nações seguissem seus próprios caminhos, 17mas nunca as deixou sem evidências de sua existência e de sua bondade. Ele lhes concede chuvas e boas colheitas, e também alimento e um coração alegre”.
Arrependa-se. creia na vida e obra de Cristo na cruz.
Volte-se para o Deus vivo e cheio de graça – e seja salvo.
S.D.G. L.B.Peixoto
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