07.07.2019
FONTES DE ENCORAJAMENTO
Atos 23.11
Naquela noite, o Senhor apareceu a Paulo [pondo-se ao lado dele] e disse: “Tenha ânimo, Paulo! Assim como você testemunhou a meu respeito aqui em Jerusalém, deve fazê-lo também em Roma”.
TODO MUNDO PRECISA DE ENCORAJAMENTO
De tempos em tempos, todo mundo precisa de encorajamento. A dona de casa enfrenta adversidades. O empresário enfrenta adversidades. Crianças, jovens, adultos e idosos enfrentam adversidades.
Como seguir com a vida, com o trabalho, com os estudos, com os relacionamentos, em meio a tantas adversidades? Onde encontrar encorajamento e força para seguir adiante sem se desviar ou desistir da caminhada? Esta questão é seríssima e precisa de resposta urgente.
É do texto que lemos, do sussurro dos lábios de Jesus ao coração de Paulo, na madrugada, no desconforto de uma fortaleza romana, que nós podemos tirar doces lições sobre encorajamento. De fato, hoje e no último domingo de julho nós olharemos para três recortes da vida de Paulo (Atos 23, 27 e 28), em busca de motivação para prosseguir com a nossa missão de conquistar almas com o evangelho da glória e da graça de Deus!
O MOMENTO DE PAULO
Após suas três viagens missionárias, Paulo estava agora em Jerusalém. Ele havia decidido em espírito que deveria ir para lá com alguns representantes das igrejas dos gentios e suas respectivas ofertas (At 19.21; 24.17). Esta atitude de amor por parte das igrejas dos gentios para com os pobres de Jerusalém (que vivia grande crise financeira — 1Co 16.1-4; 2Co 8.1 a 9.15; Rm 15.25-28) curaria definitivamente alguma rusga que poderia ainda haver entre a igreja dos judeus e a dos gentios.
Há momentos na vida que mesmo fazendo o bem, ou por se estar fazendo o bem, somos colocados diante de desafios necessários e muito custosos para nós. Paulo, por exemplo, sempre soube do preço que ele pagaria por esta atitude de amor (At 20.22-24):
22Agora, impelido pelo Espírito, vou a Jerusalém. Não sei o que me espera ali, 23senão que o Espírito Santo me diz, em todas as cidades, que tenho pela frente prisão e sofrimento. 24Mas minha vida não vale coisa alguma para mim, a menos que eu a use para completar minha carreira e a missão que me foi confiada pelo Senhor Jesus: dar testemunho das boas-novas da graça de Deus.
Aprendemos com Paulo que “testemunhar do evangelho da graça de Deus” não significa apenas compartilhar o evangelho com outras pessoas, mas também agir com amor, buscar resolver conflitos interpessoais, cuidar e assistir aqueles que estão em necessidade, mesmo que nos custe muito caro.
Nesse seu propósito, Paulo não lidou apenas com os mau-intencionados, mas também com irmãos bem-intencionados que não estavam sabendo discernir a vontade de Deus (At 21.3-6):
3Avistamos a ilha de Chipre, passamos por ela à nossa esquerda e aportamos em Tiro, na Síria, onde o navio deixaria sua carga. 4No desembarque, encontramos os discípulos que ali viviam e ficamos com eles por uma semana. Pelo Espírito, eles advertiam Paulo de que não fosse a Jerusalém. 5Ao fim de nosso tempo ali, voltamos ao navio, e toda a congregação, incluindo mulheres e crianças, saiu da cidade e nos acompanhou até a praia. Ali nos ajoelhamos, oramos 6e nos despedimos. Então subimos a bordo, e eles voltaram para casa.
Por causa de possíveis erros humanos na interpretação de profecias, como aqui em Atos 21.4, é que Paulo diz que toda profecia deve ser colocada à prova pela revelação da Palavra. Confira os textos de Paulo a seguir:
1Co 14.29 e 36-38 (NVT)29Que dois ou três profetizem e os outros avaliem o que for dito. 30 Se alguém estiver profetizando e outra pessoa receber uma revelação, quem está falando deve se calar. […] 36Ou vocês pensam que a palavra de Deus se originou entre vocês? Acaso são os únicos aos quais ela foi entregue? 37Se alguém afirma ser profeta ou se considera espiritual, será o primeiro a reconhecer que o que lhes digo é uma ordem do Senhor. 38Se alguém ignorar esse fato, ele mesmo será ignorado.
1Ts 5.19-20 (NVT)19Não apaguem o Espírito. 20Não desprezem as profecias, 21mas ponham à prova tudo que é dito e fiquem com o que é bom.
Graças a Deus que Paulo colocava “à prova tudo que é dito”! Assim, o apóstolo prosseguiu viagem e, finalmente, em Jerusalém, viu-se no meio de grande tumulto (At 23.1-9), ao ponto de o apóstolo ter de ser ajudado pelo comandante romano (At 23.10):
A discussão ficou cada vez mais violenta, e o comandante teve medo de que Paulo fosse feito em pedaços. Assim, ordenou que os soldados o retirassem à força e o levassem de volta à fortaleza.
É nesse momento que a graça de Deus, mais uma vez, vem ao encontro de Paulo e o assiste de forma encorajadora (At 23.11):
Naquela noite [na noite seguinte], o Senhor apareceu a Paulo [pondo-se ao lado dele] e disse: “Tenha ânimo, Paulo! Assim como você testemunhou a meu respeito aqui em Jerusalém, deve fazê-lo também em Roma”.
Há pelo menos quatro lições sobre encorajamento nesse texto para nós.
1 A PRESENÇA DE DEUS É FONTE DE ENCORAJAMENTO
Em nosso texto, nós podemos observar de onde Paulo recebeu sua principal dose de encorajamento: da presença de Cristo (At 23.11).
Naquela noite [na noite seguinte], o Senhor apareceu a Paulo [pondo-se ao lado dele]
Há momentos na vida quando somente a presença do próprio Deus é capaz de nos trazer ânimo, força e encorajamento. Mais ninguém. Deus sabe disso. Por isso que ele se coloca ao nosso lado. Graças a Deus.
Veja o caso de Paulo. Os piores pressentimentos de tudo de mau que lhe pudesse acontecer finalmente se cumpriram na vida do apóstolo (At 20.22-23). Ele estava preso e todos lá fora queriam, literalmente, esquartejá-lo (At 23.10-15).
10A discussão ficou cada vez mais violenta, e o comandante teve medo de que Paulo fosse feito em pedaços. Assim, ordenou que os soldados o retirassem à força e o levassem de volta à fortaleza. 11Naquela noite, o Senhor apareceu a Paulo e disse: “Tenha ânimo, Paulo! Assim como você testemunhou a meu respeito aqui em Jerusalém, deve fazê-lo também em Roma”. 12Na manhã seguinte, alguns judeus se juntaram para conspirar, jurando solenemente que não comeriam nem beberiam antes de matar Paulo. 13A conspiração envolveu mais de quarenta homens. 14Foram aos principais sacerdotes e aos líderes do povo e lhes disseram: “Juramos solenemente, sob pena de castigo divino, que não comeremos nem beberemos antes de matar Paulo. 15Agora peçam, vocês e o conselho dos líderes do povo, que o comandante traga Paulo de volta ao conselho. Finjam que os senhores desejam examinar o caso com mais detalhes. Nós o mataremos no caminho”.
E agora? Parece que o sonho de chegar à Espanha, passando por Roma, havia chegado ao final. Você já se viu assim na vida? Por exemplo: você sabe que é difícil, mas quando chega a dificuldade no casamento, no trabalho, nos estudos, etc., o sonho vai embora; você sonha, planeja, festeja, até conta com as lutas, mas quando a dificuldade chega o sonho vai embora. Acaba a graça! O que fazer, então?
Parece que Paulo se viu em um momento assim e só a presença de Cristo, nada menos do que Cristo, era capaz de encorajá-lo a continuar com fé, esperança e amor. Em outros momentos críticos, Paulo também experimentou dessa presença encorajadora de Deus. A primeira vez foi logo após a conversão (At 22.17-18):
17“Depois que voltei a Jerusalém, estava orando no templo e tive uma visão, 18na qual o Senhor me dizia: ‘Depressa! Saia de Jerusalém, pois o povo daqui não aceitará seu testemunho a meu respeito’.
Depois foi na cidade de Corinto (At 18.9-11):
9Certa noite, o Senhor falou a Paulo numa visão: “Não tenha medo! Continue a falar e não se cale, 10pois estou com você, e ninguém o atacará nem lhe fará mal, porque muita gente nesta cidade me pertence”. 11Então Paulo permaneceu ali um ano e meio, ensinando a palavra de Deus.
E agora, na prisão em Jerusalém, o próprio Cristo, Deus encarnado, mais uma vez vem e se põe ao lado de Paulo (At 23.11).
O verbo “por-se ao lado” (At 23.11), é o grego ēpistás. Apesar de na NVI e na ARA a tradução ser: “por-se ao lado”, em outros contextos o verbo é traduzido como “colocar-se sobre, envolver, cobrir”, dando a mesma ideia de uma galinha que cobre os pintinhos para aquecê-los e protegê-los.
A presença de Deus é fonte de encorajamento para todos, em todos os momentos. Precisamos dela para nos encher de fé, esperança e amor, capacitando-nos a prosseguir. Mas, como obtê-la? Através da meditação na Bíblia e oração. Veja a experiência de George Müller:
Antes desse tempo a minha prática era, pelo menos durante os dez prévios anos, como algo habitual, dedicar-me à oração logo após ter-me vestido pela manhã. Contudo, eu vi que a coisa mais importante era dedicar-me à leitura da Palavra de Deus, e meditar nela, para que, então, o meu coração seja confortado, encorajado, advertido, repreendido, instruído; e que então, através da Palavra de Deus, enquanto estiver meditando nela, o meu coração seja levado a uma comunhão experimental com o Senhor.
A presença de Deus, através da meditação na Bíblia e oração, é grande fonte de encorajamento.
2 A PROVIDÊNCIA DE DEUS É FONTE DE ENCORAJAMENTO
O nosso texto, além de nos mostrar a presençade Cristo, também revela a providênciade Deus como grande fonte de encorajamento (At 23.11):
Naquela noite [na noite seguinte], o Senhor apareceu a Paulo [pondo-se ao lado dele]
Paulo deveria estar se sentindo perdido, mas Deus não tinha perdido Paulo de vista. Deus sabia onde Paulo estava, qual era a condição de seu filho e em que momento deveria chegar. Deus nunca perde seus servos de vista.
Conta-se a história de um irmão do movimento Quaker (criado em 1652 pelo inglês George Fox) que foi visitar John Bunyan na prisão (Bunyan se opunha ao movimento; ficou preso por um período de aproximadamente 12 anos). Ao ver Bunyan, o irmão teria-lhe dito:
Amigo, o Senhor me enviou a ti, e eu procurei por ti em mais da metade das prisões da Inglaterra até te encontrar aqui.
John Bunyan teria replicado:
De jeito nenhum! Não pode ser. Se o Senhor tivesse realmente enviado-te a mim, tu terias me encontrado já na primeira tentativa, pois ele sabe que eu estou aqui há muitos anos.
Charles Spurgeon diz que
Deus não possui uma única joia jogada e esquecida por aí.
Os olhos de Deus estão sempre sobre seus filhos amados.
A providência de Deus encontrou Paulo na hora certa. Talvez no momento em que ele estivesse mais necessitado — “Na noite seguinte”. E não foram as grades da prisão ou o pelotão de soldados que impediram o Senhor de chegar até Paulo.
Mesmo sem ter muito o que fazer, Paulo pôde ver a soberana providência divina em ação para tirá-lo daquela enrascada (At 23.16-24):
16Contudo, o sobrinho de Paulo, filho de sua irmã, soube do plano deles e foi à fortaleza contar a seu tio. 17Então Paulo mandou chamar um dos oficiais romanos e disse: “Leve este rapaz ao comandante. Ele tem algo importante para lhe contar”. 18O oficial o levou ao comandante e explicou: “O preso Paulo me chamou e pediu que eu trouxesse ao senhor este rapaz, pois ele tem algo a lhe contar”. 19O comandante tomou o rapaz pela mão e o levou à parte. “O que você quer me dizer?”, perguntou. 20O sobrinho de Paulo respondeu: “Alguns judeus pedirão que o senhor apresente Paulo diante da reunião do conselho amanhã, fingindo que desejam obter mais informações. 21Não acredite neles. Há mais de quarenta homens emboscados para matar Paulo. Juraram solenemente, sob pena de castigo divino, que não comeriam nem beberiam antes de matá-lo. Estão de prontidão, apenas esperando sua permissão”. 22O comandante despediu o rapaz e o advertiu: “Não deixe ninguém saber que você me contou isso”. 23Então o comandante chamou dois de seus oficiais e ordenou: “Preparem duzentos soldados para partir a Cesareia hoje às nove da noite. Levem também duzentos lanceiros e setenta soldados a cavalo. 24Providenciem um cavalo para Paulo e levem-no em segurança ao governador Félix”.
Foi com uma escolta dessas, digna apenas de chefes de estado, que Paulo saiu em segurança daquela enrascada. Trocando em miúdos: a providência de Deus chega sempre na hora certa e nada impede os planos de Deus. Isso deveria nos encorajar.
3 A PIEDADE DE DEUS É FONTE DE ENCORAJAMENTO
Além da presençae da providênciade Deus em Cristo, o nosso texto revela a piedadedo Senhor como fonte de encorajamento (At 23.11):
Naquela noite, o Senhor apareceu a Paulo [pondo-se ao lado dele] e disse: “Tenha ânimo [coragem!], Paulo! Assim como você testemunhou a meu respeito aqui em Jerusalém,
Quando os problemas e as crises nos abatem, sejam eles quais forem (perseguição, insulto, traição, fofocas, inverdades, armações, ausência de resultados palpáveis, etc.), como se tudo isso não bastasse, somos tentados a olhar com desprezo para tudo o que fizemos. Sim, claro, erramos tantas vezes, somos imperfeitos, mas não é possível que fazemos sempre tudo errado.
Penso que por isso Deus foi a Paulo e disse: “Coragem! Você testemunhou a meu respeito em Jerusalém.” É como se Deus estivesse dizendo: “Paulo, jamais se permita achar que o que você fez em Jerusalém não teve qualquer valor. Teve sim muito valor. Você testemunhou a meu respeito em Jerusalém.”
Que lição de encorajamento para nós todos! Pois na hora da crise, quando bate o desânimo, não podemos permitir que nossa consciência remoa muito mais os erros do que os acertos. O Senhor sabe quando buscamos fazer o nosso melhor. Ele nos conhece e a sua piedade deve servir como fonte de encorajamento. Ouça o caso da igreja de Filadélfia (Ap 3.8):
Sei de tudo que você faz. Abripara você uma porta que ninguém pode fechar. Você tem pouca força, mas ainda assim obedeceu à minha palavra e não negou meu nome.
Na hora da crise, quando chegarem os problemas, busquemos encontrar encorajamento na piedade do Senhor: ele abre para nós portas, sabe que somos fracos e nos capacita a obedecer à Palavra dele. O que se requer de nós é que sejamos achados fieis. E para tanto, ele, com graça e misericórdia, nos capacita. A piedade de Deus é fonte de encorajamento.
4 O PLANO DE DEUS É FONTE DE ENCORAJAMENTO
Além da presença, da providênciae da piedadedo Senhor, há no texto o planode Deus como fonte de encorajamento (At 23.11):
Na noite seguinte o Senhor, pondo-se ao lado dele, disse: Coragem! Assim como você testemunhou a meu respeito em Jerusalém, deverá testemunhar também em Roma.
Sabe por que tantas vezes em meio às crises nós nos vemos desencorajados? Porque nós deixamos de pensar nos planos iniciais de Deus para nós. Quando Deus nos chama, pode ser que percamos algumas batalhas, mas ele nunca deixará que percamos a guerra. Aquele que começou a obra em nós irá terminá-la.
Veja que Cristo foi em pessoa a Paulo e lhe diz: “Paulo, coragem! Você não perdeu a guerra. Você deverá testemunhar também em Roma. Concentre-se em nosso plano original. Os judeus não destruirão você. Ainda há muito o que fazer. Coragem!”
O plano original foi estampado em Atos 19.21-22, onde se lê:
21Depois disso, Paulo se sentiu impelido pelo Espírito a passar pela Macedônia e a Acaia antes de ir a Jerusalém. “E, de lá, devo prosseguir para Roma!”, disse ele. 22Então, enviou adiante dele à Macedônia dois assistentes, Timóteo e Erasto, e permaneceu um pouco mais na província da Ásia.
Em Atos 23.11 Cristo trouxe à memória de Paulo o plano original (At 19.21-22). Portanto, não perca de vista o plano original. Não se esqueça do chamado de Deus para a sua vida. O sussurro de Cristo ao coração de Paulo na prisão fez o apóstolo recobrar seu plano original. Isso lhe trouxe encorajamento. Por isso ele testemunhou como fé diante de Agripa lá em Cesareia, após sair da prisão (At 26.15-22):
15“‘Quem és tu, Senhor?’, perguntei. “E o Senhor respondeu: ‘Sou Jesus, a quem você persegue. 16Agora levante-se, pois eu apareci para nomeá-lo meu servo e minha testemunha. Conte o que viu e o que eu lhe mostrarei no futuro. 17E eu o livrarei tanto de seu povo como dos gentios. Sim, eu o envio aos gentios 18para abrir os olhos deles a fim de que se voltem das trevas para a luz, e do poder de Satanás para Deus. Então receberão o perdão dos pecados e a herança entre o povo de Deus, separado pela fé em mim’. 19“Portanto, rei Agripa, obedeci à visão celestial. 20Anunciei a mensagem primeiro em Damasco, depois em Jerusalém e em toda a Judeia, e também aos gentios, dizendo que todos devem arrepender-se, voltar-se para Deus e mostrar, por meio de suas boas obras, que mudaram de rumo. 21Alguns judeus me prenderam no templo por anunciar essa mensagem e tentaram me matar. 22Mas Deus tem me protegido até este momento, para que eu dê testemunho a todos, dos mais simples até os mais importantes.
Os olhos fixos no plano original de Deus para nós sempre nos manterão encorajados. LEMBRE-SE: Os problemas e as lutas muitas vezes serão consequência de estarmos fazendo precisamente aquilo que Deus mesmo nos chamou para fazer. Note as vidas de Paulo, Isaías, Jeremias e Ezequiel, por exemplo.
Sobre como o plano de Deus é para nós fonte de encorajamento, Charles H. Spurgeon certa vez disse assim à sua igreja repleta de pessoas abatidas:
Fortaleça-se, ó exausto, irmão trabalhador, porque o tempo de seu trabalho ainda não acabou, e seu sol ainda não pode se pôr até que, como Josué, você não tenha terminado a batalha contra os amorreus. O antigo ditado é verdadeiro: “Você é imortal até que seu trabalho não tenha terminado.” É bem provável que nem metade de seu trabalho tenha sequer começado e, portanto, você vai se levantar novamente do leito de enfermidade, você vai romper com a depressão, você vai conquistar esses conflitos e você ainda fará para o Senhor mais do que nunca. Ele ainda haverá de dizer para você o que disse à igreja em Tiatira: “Conheço as suas obras, o seu amor, a sua fé, o seu serviço e a sua perseverança, e sei que você está fazendo mais agora do que no princípio” (Ap 2.19).
Conta-se sobre George Whitefield que certa vez, em viagem missionária da Inglaterra para as colônias americanas, foi acometido de gravíssima enfermidade. Depois de algum tempo, no entanto, ele se refez e voltou às suas inúmeras pregações pelos campos. Numa dessas ocasiões, após sua recuperação, uma escrava convertida por suas pregações teria se aproximado dele e de joelhos lhe teria dito:
Mestre, você foi ao portão do céu, mas Jesus Cristo lhe disse: “Desça! Ainda não chegou a sua hora. Não é tempo de você parar. Desça de novo e chame mais alguns negros para o céu.”
Não podemos ignorar que, quando estivermos abatidos, voltar nossos olhos da fé para os planos originais de Deus nos trará grande consolo, será grande fonte de encorajamento.
FONTES DE ENCORAJAMENTO
Irmãos e irmãs desencorajados, esse que vos fala, de tempos em tempos, também sofre de grande desencorajamento. A lição de Jesus Cristo a Paulo é lição para mim e para você também (At 23.11):
Na noite seguinte o Senhor, pondo-se ao lado dele, disse: Coragem! Assim como você testemunhou a meu respeito em Jerusalém, deverá testemunhar também em Roma.
Busquemos encorajamento:
na presença de Deus (Palavra e oração)
na providência de Deus (fé e esperança)
na piedade de Deus (Ele conhece e reconhece nossos acertos)
no plano de Deus (Ele ainda não terminou sua obra em nós)
Busquemos encorajamento, pois na vida os motivos para nos desencorajarem estarão sempre apenas começando. As grandes batalhas estão sempre, sempre, por vir.
Jr 12.5 (NVI)Se você correu com homens e eles o cansaram, como poderá competir com cavalos? Se você tropeça em terreno seguro, o que fará nos matagais junto ao Jordão?
Busquemos, pois, sempre, encorajamento em Deus:
Js 1.9 (NVI)Não fui eu que lhe ordenei? Seja forte e corajoso! Não se apavore, nem desanime, pois o Senhor, o seu Deus, estará com você por onde você andar.
Coragem, irmãos! Coragem! Prossigam! Sejam conquistadores de almas.
S.D.G. L.B.Peixoto
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Pr. Leandro B. Peixoto