15.10.2017
FORÇA PARA VIVER [SEGUNDA PARTE]
João 1.29-34
29No dia seguinte, João viu Jesus caminhando em sua direção e disse: “Vejam! É o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo! 30Era a ele que eu me referia quando disse: ‘Um homem virá depois de mim, muito mais poderoso que eu, pois existia muito antes de mim’. 31Eu não o conhecia, mas vim batizando com água para que ele fosse revelado a Israel”. 32Então João deu o seguinte testemunho: “Vi o Espírito Santo descer do céu na forma de uma pomba e permanecer sobre ele. 33Eu não sabia quem ele era, mas, quando Deus me enviou para batizar com água, disse-me: ‘Aquele sobre o qual você vir o Espírito descer e permanecer, esse é o que batizará com o Espírito Santo’. 34Eu vi isso acontecer e, portanto, dou testemunho de que ele é o Filho de Deus”.
A vida que temos para viver
João Batista está nos servido de guia espiritual. Ele nos aponta para Jesus, “o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo!”. É desse tipo de guia que nós precisamos para viver. Basta daqueles que só conseguem nos oferecer auto-ajuda, palavras motivacionais e segredos de sucesso para vencer! Nada disso nos sustentará até o final. Esses guias, apesar de serem vendedores de ilusões, estão por toda parte — nas igrejas e no mundo corporativo. Veja, por exemplo, o artigo de Ícaro de Carvalho no site medium.com, intitulado “Por que a indústria do empreendedorismo de palco irá destruir você. Palestras bonitas, termos em inglês, pessoal super engajado e microfones do tipo Madonna, muito Power-Point e nenhum negócio real para mostrar…” (https://goo.gl/dVysXz). O primeiro parágrafo narra assim:
O empreendedorismo é a nova religião do homem moderno. Materialista e secular, ele substituiu os Santos do seu altar por fotografias de homens bem sucedidos; os seus Evangelhos são livros como “O sonho grande” e “A força do Hábito”. Ele acredita, de alguma maneira, que tudo aquilo irá aproximá-lo do seu objetivo principal: sucesso, fama e dinheiro…de preferência agora!
Igrejas e negócios subsitem com esse tipo de mensagem. Lamentável! Nós precisamos de gias como João Batista. A vida e a voz daquele homem do deserto ensinam que a nossa autoimagem deve ser definida em Cristo e a nossa forma de viver deve ser de acordo com a vida vivida por Cristo. Falamos de tudo isso nas duas últimas mensagens.
Ficamos, então com um problemão: a vida cristã autêntica não é obra do moralismo ou da força de vontade (ambos fundamentados no amor próprio!), mas é fruto de milagre operado em nós pelo poder de Deus. Sem esse milagre em nós, jamais teremos condições de reviver e força para prosseguir vivendo a vida para a qual Deus nos chamou a viver.
A força para viver
Depois de tudo o que vimos, nas semanas retrasada (sobre a autoimagem do cristão) e na semana passada (sobre a vida que nós somos chamados a viver), precisamos agora nos aprofundar no estudo de onde vem a força que nos possibilita viver esse cristianismo autêntico.
De onde vem a força para viver? Ouça uma pequena trasncrição de um vídeo que me mandaram no WhatsApp (adivinhem que disse):
Mergulhe no amor de Deus. Mas como? Mergulhe dentro de você. Olhe-se. Dedique-se um olhar frente ao espelho. Face ao espelho, pergunte o que você mesmo gostaria que você fizesse a você. Só você poderá se reorientar. Busque a resposta dentro de você….
Quem disse isso? Pe. Fabio de Melo! Pior, disse com toda a sinceridade da alma dele. Disse que é assim que ele está buscando força para viver. Afirmou que está vivendo um dos piores momentos da vida dele, e que é dessa forma que ele está buscando força para, dia a dia, viver a vida. Meu Deus, que loucura! Ouça mais uma vez (ler acima).
De onde vem a nossa identidade? De onde vem o modelo de vida que eu devo viver? Vem de Jesus, “o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo!” (Jo 1.29). É para Jesus que eu preciso olhar, não é para dentro de mim. Mergulhar no amor de Deus é mergulhar em Cristo, jamais dentro de mim. Então, olhe para Jesus. Mas, permanece a pergunta, de onde vem a força para viver esta vida? João Batista nos responde. Releiam comigo:
Jo 1.32-34 | 32Então João deu o seguinte testemunho: “Vi o Espírito Santo descer do céu na forma de uma pomba e permanecer sobre ele [Jesus Cristo]. 33Eu não sabia quem ele era, mas, quando Deus me enviou para batizar com água, disse-me: ‘Aquele sobre o qual você vir o Espírito descer e permanecer, esse é o que batizará com o Espírito Santo’. 34Eu vi isso acontecer e, portanto, dou testemunho de que ele é o Filho de Deus”.
Força para viver vem de Deus: 1vem do batismo com o Espírito Santo que nós recebemos de Jesus no ato da convenção, no momento do novo nascimento (1Co 12.13) e 2vem também de subsequentes experiências espirituais profundas com Deus no Espírito Santo (Rm 8.16; Ef 5.18). Vamos, a seguir, tentar desenvolver um pouco desta ideia.
Espírito Santo na forma de uma pomba
Por que o Espírito Santo desceu na forma de uma pomba? A pomba era um dos animais considerados puros para o sacrifício (Lv 5.7). Além de pureza, representava simplicidade (pobreza) e humildade. Assim, de todos os pássaros que ligam o céu e a terra, através do voo e do pouso, a pomba foi a que pareceu o símbolo mais adequado do Espírito Santo. O Espírito Santo é santo. O Espírito Santo é puro. O Espírito Santo, veremos a seguir, é a pessoa mais humilde (“apagadinha”) da Trindade.
O Espírito Santo permaneceu sobre Jesus
Outro destaque dado por João é que o Espírito Santo, ao descer, permaneceu sobre Jesus (Jo 1.32). Logo, Jesus Cristo é quem tem a plenitude do Espírito Santo (não é João Batista!) e, portanto, Jesus Cristo o único que realmente pode enviar o Espírito Santo ou batizar com o Espírito Santo e com fogo (Mt 3.11 — isto é, fogo purificador para os crentes e fogo eterno de julgamento para os descrentes).
Por que João Evangelista destacou a descida e a permanência do Espírito Santo sobre Jesus? Afinal, Jesus não é Deus todo-poderoso? Sim! Mas a razão é a seguinte: o Antigo Testamento deixa claro que o tão esperado Messias seria cheio da força do Espírito de Deus, e que em seu tempo o Espírito seria derramado, pelo Messias, sobre todo o seu povo em novos e maravilhosos caminhos. Veja, por exemplo, o que profetizou Isaías:
Is 11.1-2 | 1Do tronco da linhagem de Jessé brotará um renovo; sim, um novo Ramo que de suas raízes dará frutos. 2E o Espírito do SENHOR estará sobre ele, o Espírito de sabedoria e discernimento, o Espírito de conselho e poder, o Espírito de conhecimento e temor do SENHOR.
Is 42.1 | Vejam meu servo, que eu fortaleço; ele é meu escolhido, que me dá alegria. Pus sobre ele meu Espírito; ele trará justiça às nações.
Is 61.1 | [Texto que Jesus aplicou a si mesmo — Lc 4.18] O Espírito do SENHOR Soberano está sobre mim, pois o SENHOR me ungiu para levar boas-novas […]
Por isso que Deus disse a João Batista (Jo 1.33): “Aquele sobre o qual você vir o Espírito descer e permanecer, esse é o que batizará com o Espírito Santo”. Em outras palavras, conforme predisseram os profetas, o Ungido de Deus, aquele que batizará com o Espírito, chegou.
O Espírito Santo e o povo de Deus
O Antigo Testamento também profetizou o que aconteceria com o povo do Messias; o que significaria o batismo de Jesus com o Espírito Santo para o povo de Deus:
Joel 2.28-29 | 28Então, depois que eu tiver feito essas coisas, derramarei meu Espírito sobre todo tipo de pessoa. Seus filhos e suas filhas profetizarão; os velhos terão sonhos, e os jovens terão visões. 29Naqueles dias, derramarei meu Espírito até mesmo sobre servos e servas.
* O destaque não é tanto o meio de comunicação da revelação [isto é, profecia, sonhos e visões — termos, aliás, com significados sobrepostos no Antigo Testamento: 2Sm 7.17; Dn 2.1], mas os seus recipientes [todos, não apenas profetas e sacerdotes, mas todos, de todo lugar e de todas as idades]. O Espírito revelaria Deus em Cristo a TODOS.
Isaías 44.31 | Pois eu derramarei água para matar sua sede e regar seus campos secos. Derramarei meu Espírito sobre seus descendentes e minha bênção sobre suas futuras gerações.
Ezequiel 36.27 | Porei dentro de vocês meu Espírito, para que sigam meus decretos e tenham o cuidado de obedecer a meus estatutos.
Posto está apenas parte do que seria incluído neste batismo com o Espírito Santo (i.e., Joel: a revelação de Jesus Cristo a todos; Isaías: a satisfação na glória de Jesus Cristo; Ezequiel: a obediência aos mandamentos de Jesus Cristo). João Batista menciona o Espírito Santo, a sua vinda sobre Jesus e o batismo de Jesus com o Espírito, para enfatizar que chegaram, finalmente, os dias do Messias. As promessas, há muito aguardadas, estão sendo cumpridas. O povo da fé teria, agora, força para reviver e para seguir com a vida.
O significado do batismo de Jesus com o Espírito Santo
O que significa o batismo de Jesus com o Espírito Santo? Além de revelar que o Messias havia chagado, o que mais João, o autor deste Evangelho, tem em mente quando nos revela o que João Batista disse (Jo 1.33): “Aquele sobre o qual você vir o Espírito descer e permanecer, esse é o que batizará com o Espírito Santo”. O que significa o batismo com o Espírito Santo? Observe comigo três coisas sobre o batismo com o Espírito Santo:
1. O Espírito vem através de Jesus Cristo
Jo 15.26 |“Mas eu enviarei a vocês o Encorajador [Consolador, Conselheiro], o Espírito da verdade. Ele virá do Pai e testemunhará a meu respeito.”
Ninguém recebe o Espírito Santo à parte de Jesus Cristo. O Espírito Santo não é uma energia que vive fluindo nas pessoas e através do mundo criado, como se fosse uma força encantadora. O Espírito é uma Pessoa. Ele é Deus. Deus Espírito Santo que vem às pessoas através de Jesus Cristo. Jesus é quem sopra sobre aos seus filhos o seu Espírito Santo (Jo 20.22). Jesus é quem batiza com o Espírito Santo (Jo 1.33). Então, você deseja, por exemplo, o “espírito natalino” — o Espírito de Paz e de Amor e de Alegria, etc.? Receba Jesus Cristo, pois é ele quem batiza com o Espírito Santo.
2. Jesus Cristo nos imerge ou mergulha no Espirito Santo
Jo 1.33 | “Aquele sobre o qual você vir o Espírito descer e permanecer, esse é o que batizará com o Espírito Santo”.
Imergir ou mergulhar é o que significa o verbo grego transliterado em português como batizar. Há também na Bíblia imagens do Espírito sendo derramado. Mas quando a idéia de batismo (isto é, de mergulho ou de imersão) é trazida, o ponto é que o Espírito é derramado sobre nós até o ponto de nos cobrir por completo, encapando-nos, embrulhando-nos em si mesmo.
O significado desta imagem é que o Espírito se torna profunda e penetrantemente influente em nossas vidas. Imergir em algo, mergulhar em algo é ser levando à outra dimensão, à outra realidade; é ser levado a uma dimensão ou realidade em que o poder que para lá nos leva agora nos domina por completo; e nós nos adaptamos àquela realidade; e aqui no caso, a realidade é espiritual.
Então, quando João diz que Jesus vai batizar com o Espírito Santo, ele está dizendo que havia chegado o dia quando as vidas do povo de Deus seriam mergulhadas na vida do Espírito com efeitos profundos e penetrantes (cf. O Fruto do Espírito em Gálatas 5).
3. O batismo significa a obra completa do Espírito na vida do crente
Falar de batismo com o Espírito Santo é algo tão complexo (por causa de tanta confusão que há no meio evangélico e católico carismáticos) que não daria para resumirmos em poucos minutos. Porém, permitam-me destacar o que creio sobre o tema e que, penso, João Evangelista deixou claro no seu Evangelho. O batismo com o Espírito Santo significa a obra completa do Espírito na vida do crente. Ou seja:
Toda necessidade espiritual, que temos antes e depois da conversão, é suprida por Cristo, imergindo-nos no Espírito Santo. Portanto, não podemos tomar o “batismo com o Espírito” em João como um termo técnico para uma experiência única da vida cristã (a conversão apenas), mas como um termo geral para tudo o que o Espírito Santo faz por nós por causa de Cristo (batismo e plenitude do Espírito Santo; conversão e enchimento).
Os efeitos do Espírito Santo em nossas vidas
Pois bem, vamos ser mais práticos agora. No início dessa mensagem nós falamos que precisamos de força para viver. Então, olhando para o Evangelho de João, quais são os efeitos práticos do Espírito Santo na vida de uma pessoa? Certamente que ao longo de nossa caminhada por este livro nós nos depararemos com muitos outros e, certamente, buscaremos desembrulhá-los um a um, Deus permitindo. Mas, por ora, veja comigo apenas quatro desses efeitos do Espírito na vida das pessoas.
1. O Espírito dá nova vida através do novo nascimento
O primeiro grande efeito do batismo com o Espirito Santo é o novo nascimento.
Jo 6.63 | Somente o Espírito dá vida. A natureza humana não realiza coisa alguma. E as palavras que eu lhes disse são espírito e vida.
Jo 3.3-6 | 3Jesus respondeu: “Eu lhe digo a verdade: quem não nascer de novo, não verá o reino de Deus”. 4“Como pode um homem velho nascer de novo?”, perguntou Nicodemos. “Acaso ele pode voltar ao ventre da mãe e nascer uma segunda vez?” 5Jesus respondeu: “Eu lhe digo a verdade: ninguém pode entrar no reino de Deus sem nascer da água e do Espírito [se não passar pela purificação e pela transformação do novo nascimento provocado pelo Espírito Santo — cf. Ez 36.25-27]. 6Os seres humanos podem gerar apenas vida humana, mas o Espírito dá à luz vida espiritual.”
2. O Espírito gera em nós vida e nos transforma em geradores de vida
O Espírito não só nos torna vivos; ele nos revive e nos transforma em fontes de vida. Ele nos enche para transbordarmos na vida das pessoas. Viveremos para os outros.
Jo 7.37-39 | 37[…] “Quem tem sede, venha a mim e beba! 38Pois as Escrituras declaram: ‘Rios de água viva brotarão do interior de quem crer em mim’”. 39Quando ele falou de “água viva”, estava se referindo ao Espírito que seria dado mais tarde a todos que nele cressem. Naquela ocasião o Espírito ainda não tinha sido dado, pois Jesus ainda não havia sido glorificado.
3. O Espírito dá testemunho de Jesus Cristo
Jo 15.26-27 | 26“Mas eu enviarei a vocês o Encorajador [Consolador, Conselheiro], o Espírito da verdade. Ele virá do Pai e testemunhará a meu respeito. 27E vocês também devem testemunhar a meu respeito, porque estão comigo desde o início.”
Se qualquer um de nós vê a Cristo como Salvador e digno de ser adorado como Senhor é por causa do trabalho do Espírito em nossas vidas. Como Paulo disse (1Co 12.3), “ninguém pode dizer que Jesus é Senhor a não ser pelo Espírito Santo”.
Da mesma forma que o Espírito revela Jesus a nós, devemos nós também, pelo poder do Espírito Santo (At 1.8), revelar Jesus aos outros (Jo 15.27).
4. O Espírito glorifica Jesus Cristo
Jo 16.13-15 | 13Quando vier o Espírito da verdade, ele os conduzirá a toda a verdade. Não falará por si mesmo, mas lhes dirá o que ouviu e lhes anunciará o que ainda está para acontecer.14Ele [o Espírito] me glorificará porque lhes contará tudo que receber de mim. 15Tudo que pertence ao Pai é meu; por isso eu disse: ‘O Espírito lhes contará tudo que receber de mim’.
A obra grandiosa do Espírito é glorificar Jesus diante dos nossos olhos, abrindo para nós as Escrituras, apontando-nos através delas a pessoa de Jesus. Quanto mais belo e encantador for Jesus para nós, tanto mais o desejaremos, o desfrutaremos e o glorificaremos. Jesus é o alvo do ministério do Espírito Santo. Daí que dissemos, lá no início, que o Espírito é a pessoa mais “apagadinha” da Trindade. O alvo dele é Jesus. O Espírito Santo trabalha nos bastidores. Não o vemos, mas ah!, como o sentimos!
A mesma coisa acontece com a pessoa cheia do Espírito. Ela não aparece; ela tem prazer em viver para Jesus, abençoando e servindo ao próximo. A pessoa cheia do Espírito não aparece, mas o impacto que sua vida causa para o bem e a glória de Deus é sentido por todo mundo.
Força para viver
Você precisa de força para viver? Sente que precisa? Todos nós precisamos!
Onde você busca força para viver? Pare e pense. Aonde você vai para se fortalecer?
O testemunho de João Batista é válido ainda hoje:
Graça, verdade e força para viver há somente em Jesus Cristo.
Olhe para Jesus e receba força para viver.
Termino com uma história de força que acaba…
Numa manhã de domingo, 12 de abril de 1981, três homens entraram engatinhando na cabine de uma espaçonave colada a um gigantesco foguete, lá no Cabo Canaveral, na Flórida. Enquanto todo mundo aguardava, fascinado, assistindo a transmissão ao vivo, começou a contagem regressiva para o lançamento do “taxi espacial Columbia”, conforme era chamado à época.
O homem havia pisado na lua em 20 de julho de 1969. Porém, antes de Columbia, jamais uma espaçonave havia decolado da terra, orbitado em torno do nosso planeta e voltado em voo controlado, aterrissando como um avião.
Foi necessária uma força descomunal para realizar tal missão. O foguete que levou a espaçonave media 61 metros e pesava duas mil toneladas (isso mesmo, dois milhões de quilos!). Só de combustível, carregava um milhão e novecentos mil litros! Sua força de impulsão (empuxo) era de dois milhões de quilos — ou seja: força suficiente para levar a espaçonave a uma altitude de 37 quilômetros em apenas dois minutos.
Columbia subiu a uma altitude de 300 quilômetros e orbitou em volta da Terra a uma velocidade de 27.000 quilômetros por hora. Em dois dias, fez 113 órbitas em volta da Terra. Foi uma das maiores demonstrações de força já vistas no mundo. Mas durou apenas dois dias — de 12 a 14 de abril de 1981. Quando a força acabou, o taxi espacial caiu do céu e conclui sua missão pousando como um planador nas planícies salgadas do deserto da Califórnia.
Colúmbia foi uma realização científica espetacular. Sua força para sair da Terra e, na verdade, toda a sua capacidade de permanecer no espaço, apesar de impressionante, foi criada pelo homem e, portanto, limitada. Este é o problema da maioria de nós, aliás, de todos nós. Temos uma certa quantidade de força natural. Por sermos humanos e finitos, entretanto, não temos força suficiente para prosseguir por mais tempo. Alguns parecem começar bem, mas mesmo eles acabam por cair de volta à terra no final das contas.
A maioria de nós nem sequer chega a decolar da plataforma de lançamento. Fazemos algum barulho, ensaiamos uma ameaça de voo, mas decolar que é bom, nada. Às vezes nem barulho somos capazes de fazer e, sem qualquer força, somos derrubados pelo primeiro vento que chega e nos lança ao chão, onde ficamos, esquecidos para sempre, como se estivéssemos mortos.
Todos nós precisamos de força para viver, de um tipo de força que nos impulsiona, fazendo-nos decolar (reviver) e que nunca acaba, fazendo-nos prosseguir de força em força até chegarmos ao céu, o destino final e permanente de todos quantos recebem, pela fé, o Senhor Jesus Cristo.
Olhe para Jesus…
S.D.G. L.B.Peixoto
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