16.03.2025
[Nesta ocasião, iniciaremos nossa jornada pelo livro de Números, o quarto livro do Pentateuco: Gênesis… Êxodo… Levítico… Números. Faremos uma introdução à obra.
Para começar, convido vocês a lerem comigo estes poucos versículos, que resumem a mensagem central de Números:]
Números 14.20-25 (NVT)
20Então o Senhor disse: “Eu os perdoarei, como você me pediu. 21Mas, tão certo quanto eu vivo e tão certo quanto a terra está cheia da glória do Senhor, 22nenhuma dessas pessoas entrará na terra. Todas elas viram a minha presença gloriosa e os sinais que realizei no Egito e no deserto. Repetidamente, porém, me puseram à prova, recusando-se a ouvir a minha voz. 23Jamais verão a terra que jurei dar a seus antepassados. Nenhum daqueles que me trataram com desprezo a verá. 24Meu servo Calebe, no entanto, teve uma atitude diferente dos demais. Permaneceu fiel a mim, por isso eu o farei entrar na terra da qual fez o reconhecimento, e seus descendentes tomarão posse dela. 25Agora, deem meia-volta e não sigam rumo à terra onde habitam os amalequitas e cananeus. Amanhã partirão para o deserto, em direção ao mar Vermelho”.
Números 20.12 (NVT)
O Senhor, porém, disse a Moisés e a Arão: “Uma vez que vocês não confiaram em mim para mostrar minha santidade aos israelitas, não os conduzirão à terra que eu lhes dou!”.
Gosto da maneira como Charles R. Swindoll introduz sua série de estudos sobre as peregrinações de Israel pelo deserto. Ele escreve:
Imagine vagar por um deserto selvagem durante quarenta anos — comendo a mesma comida todos os dias, vestindo as mesmas roupas, caminhando sem cessar, mas sem chegar a lugar algum. Agora, acrescente a isso a responsabilidade de liderar dois milhões de pessoas nessa jornada, a maioria delas reclamando!
Moisés enfrentou esse desafio como o escolhido do Senhor Deus para conduzir os israelitas para fora da escravidão no Egito. Com amor, Deus enviou o maná do céu. Com poder, derrotou os inimigos de Israel. Com fidelidade, providenciou uma nuvem durante o dia e uma coluna de fogo à noite para guiar seu povo pelo deserto. Ainda assim, os hebreus tinham corações endurecidos e sem fé, a ponto de preferirem adorar um bezerro de ouro em vez de confiar no único Deus verdadeiro (cf. Êx 32). Como consequência, foram frequentemente punidos ao longo do caminho.
As peregrinações de Israel pelo deserto teriam sido uma tragédia se não fosse a misericórdia de Deus e a liderança de alguns homens piedosos que, mesmo sob pressão, demonstraram fé e graça.
Ao estudarmos o livro de Números, veremos tanto as forças quanto as fraquezas de líderes extraordinários como Moisés, Arão, Josué e Calebe. E, ao observarmos como Deus transformou um povo murmurador em adoradores reverentes e os conduziu à Terra Prometida, compreenderemos, de forma mais profunda, o significado de “andar com Deus” e seu grande plano para o seu povo.
Aliás, você se lembra do testemunho que o próprio Deus deu a respeito de Enoque? Leia, Gênesis 5.21-24 (NAA):
21Enoque viveu sessenta e cinco anos e gerou Metusalém. 22Enoque andou com Deus; e, depois que gerou Metusalém, viveu trezentos anos; e teve filhos e filhas. 23Todos os dias de Enoque foram trezentos e sessenta e cinco anos. 24Enoque andou com Deus e não foi mais visto, porque Deus o levou para junto de si.
“Enoque andou com Deus!” No início da minha conversão, e por muito tempo depois, essa afirmação despertava em mim uma enorme curiosidade: “Enoque andou com Deus!” O que realmente significa andar com Deus? Como Enoque andou? Como era sua vida?
E você, já refletiu sobre isso? O que significa andar com Deus de forma tão profunda que ele nos toma para si e nos conduz à sua presença? Você sabe o que é? Você anda com Deus?
Foi só mais tarde que compreendi que toda a Bíblia — inspirada por Deus por meio de narrativas históricas, leis, poesias, palavras de sabedoria, profecias, literatura apocalíptica, relatos evangélicos, parábolas e cartas… toda a Bíblia — trata de descrever o significado de “andar com Deus”.
Agora, ao me preparar para esta série de mensagens, percebo que o livro de Números é essencialmente sobre isso: um povo caminhando com Deus pelo deserto.
Mais do que isso, ao aprofundar-me na mensagem central de Números, tornou-se ainda mais evidente que andar com Deus significa perseverar na fé. E veja como o autor de Hebreus expressa esse conceito ao falar sobre Enoque:
Hebreus 11.5-6 (NAA)
5Pela fé, Enoque foi levado a fim de não passar pela morte; não foi achado, porque Deus o havia levado. Pois, antes de ser levado, obteve testemunho de que havia agradado a Deus. 6De fato, sem fé é impossível agradar a Deus, porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe e que recompensa os que o buscam.
Andar com Deus, portanto, significa agradá-lo; e agradá-lo é perseverar na fé.
Permitam-me sugerir, então, que, ao nos apresentar no livro de Números o testemunho de Israel peregrinando pelo deserto, Moisés, inspirado por Deus, nos oferece uma verdadeira janela para uma compreensão mais ampla desse significado.
Sim, tanto os lampejos de fé quanto as rebeldias de incredulidade narrados em Números retratam a caminhada de um povo com Deus.
O maior obstáculo para quem se propõe a andar com Deus é a incredulidade. Nossa jornada pelo livro de Números comprovará essa verdade.
Releia comigo os textos centrais do livro. Números 14.22: “Repetidamente… me puseram à prova, recusando-se a ouvir a minha voz.” O que isso significa? O que é recusar-se a ouvir a voz de Deus? Eis a resposta. Veja Números 20.12: “O Senhor, porém, disse a Moisés e a Arão: ‘Uma vez que vocês não confiaram em mim para mostrar minha santidade aos israelitas, não os conduzirão à terra que eu lhes dou!’”
Percebeu? O problema central desse povo era um só. A raiz de todos os seus males era a mesma: a incredulidade.
O Arcebispo de York, personagem de William Shakespeare na peça Henrique IV (Parte II, Ato I, Cena 3), expressou isso bem: “O passado e o futuro parecem melhores; as coisas do presente, piores.”
De fato! Como somos inclinados a viver no passado ou no futuro, carregando o sabor amargo do descontentamento no presente!
Charles Herle (1598–1659), escritor puritano e figura importante na Assembleia de Westminster (1643–1649), afirmou algo poderoso sobre o descontentamento: “O homem orgulhoso não tem Deus, o homem inquieto não tem gente por perto, o homem desconfiado não tem amigo, mas o homem descontente não tem a si mesmo.”
E qual é a raiz do descontentamento? Nada mais que a incredulidade.
Jeremiah Burroughs (1599–1646), um dos grandes puritanos ingleses do século XVII, escreveu The Rare Jewel of Christian Contentment (A Joia Rara do Contentamento Cristão), obra ainda valorizada nos dias de hoje. Nesse livro, ele ensina que o verdadeiro contentamento cristão não depende das circunstâncias, mas de um coração que confia plenamente em Deus. Segundo Burroughs, o contentamento é uma virtude espiritual rara e preciosa, a ser cultivada por meio da fé e da submissão à vontade divina.
Mas, afinal, o que é contentamento?
Burroughs o define assim: “A disposição doce, interior, tranquila e graciosa do espírito, que se submete e se deleita na sábia e paterna disposição de Deus em qualquer condição.”
E foi exatamente isso que faltou à geração incrédula que pereceu no deserto, sem entrar na Terra Prometida — como veremos no livro de Números.
Em nossas séries de mensagens expositivas, panorâmicas, livro a livro da Bíblia, chegamos ao ápice do descontentamento humano.
Como você deve se lembrar, Gênesis relata a Criação, a Queda e a Aliança de Deus com Abraão e seus descendentes. Esse livro contém tudo o que se sabe sobre a história da redenção até a chegada de José ao Egito e sua posterior morte.
Êxodo inicia com o nascimento de Moisés e, nos capítulos 1 e 2, cobre os primeiros oitenta anos de sua vida. A partir do capítulo 3, vemos seu chamado e envio por Deus para conduzir a Redenção de Israel, tirando-o do Egito após 440 anos de servidão. No deserto, o povo chega ao monte Sinai, onde recebe a lei do Senhor.
Levítico, com suas leis de purificação e Santificação, abrange apenas um mês de história — o tempo necessário para Deus entregar seus mandamentos a Israel.
Já Números cobre quase trinta e nove anos (cerca de 1444–1405 a.C.). O livro registra a jornada de Israel desde os últimos vinte dias no monte Sinai (Nm 1.1; 10.11), passando pela Peregrinação ao redor de Cades-Barnéia, até a chegada às planícies de Moabe no quadragésimo ano (Nm 22.1; 26.3; 33.50; Dt 1.3).
Quando acampados, suas tendas se espalhavam por quilômetros, pois a população israelita provavelmente ultrapassava dois milhões e meio de pessoas, conforme os censos registrados em Números 1 e 26.
Mesmo no deserto, Deus os sustentou milagrosamente: preservou suas roupas, forneceu maná, carne e água, levantou líderes e lhes fez uma promessa dura de engolir:
Números 14.34-35 (NVT)
34“‘Uma vez que seus espiões passaram quarenta dias fazendo o reconhecimento da terra, vocês andarão sem rumo pelo deserto durante quarenta anos, um ano para cada dia, como punição por sua culpa. Assim, saberão o resultado de se opor a mim’. 35Eu, o SENHOR, falei! Certamente farei essas coisas a todos os membros da comunidade que conspiraram contra mim. Serão destruídos neste deserto, e aqui morrerão!”.
Em Números, o descontentamento do povo escolhido de Deus atinge seu auge, mesmo em meio às abundantes bênçãos divinas.
Em síntese: Gênesis mostra Deus formando um povo para si, por meio da aliança com Abraão, Isaque e Jacó. Êxodo revela Deus trazendo à luz esse povo redimido. Levítico apresenta Deus santificando esse povo. Números descreve Deus habitando no meio desse povo enquanto eles andam pelo deserto.
Tema e Propósito
O tema de Números é a consequência da incredulidade e da desobediência ao Deus santo. O SENHOR disciplinou seu povo, mas permaneceu fiel às suas promessas da aliança, apesar da inconstância dos israelitas. O livro revela a paciência, santidade, justiça, misericórdia e soberania de Deus para com o povo da aliança, ensinando que não há atalhos para suas bênçãos — ele usa provações com propósitos específicos.
Números foi escrito para registrar a história das peregrinações de Israel, do Sinai a Moabe. No entanto, o fato de quase não haver relatos sobre os trinta e oito anos de peregrinação indica que se trata de uma narrativa altamente temática. O livro seleciona eventos cruciais para o desenvolvimento do plano redentor de Deus.
Os pecados da primeira geração foram registrados como um lembrete e um aviso para a segunda: antes de possuírem a Terra da Bênção, precisavam confiar plenamente em Deus.
Portanto, o propósito de Números é traçar a transição da geração incrédula, que se recusou a entrar em Canaã, para a nova geração, que herdaria a Terra Prometida. Além disso, o livro enfatiza a necessidade da perseverança na fé para seguir o SENHOR, para andar com Deus.
Números é um livro fascinante, composto por trinta e seis capítulos, que pode ser dividido em três seções principais com base no cenário geográfico:
Neste ponto, permita-me resumir a história narrada em Números, percorrendo os principais locais da jornada de Israel pelo deserto:
Monte Sinai (Nm 1.1–12.15)
No deserto do Sinai, Moisés realiza um recenseamento dos homens aptos para a batalha. Enquanto os preparativos militares avançam, Deus instrui o povo a viver em santidade, pois enfrentará na Terra Prometida povos perversos que tentarão desviá-los.
Deserto de Parã (Nm 12.16–19.22)
Após um ano no Sinai, os israelitas marcham rumo a Canaã e enviam doze espias para explorar a terra. Ao retornarem, apenas Josué e Calebe confiam na promessa de Deus. A incredulidade dos demais leva o povo a rejeitar a entrada em Canaã, resultando na condenação a 40 anos de peregrinação.
Cades (Nm 20)
Já próximos do fim da jornada, os israelitas acampam em Cades, onde Miriã morre. Ali, Moisés, tomado pela ira, fere a rocha para obter água, desobedecendo a Deus. Esse ato lhe custa o direito de entrar na Terra Prometida.
Arade (Nm 21.1-3)
Intimidado pela aproximação, o rei cananeu de Arade ataca Israel, mas é derrotado. Moisés conduz o povo pelo sudeste, contornando o mar Morto.
Edom (Nm 20.14-22; 21.4-9)
Negados a passagem por Edom, os israelitas precisam contornar a região, o que gera murmuração. Como castigo, Deus envia serpentes venenosas, mas oferece cura àqueles que olham para uma serpente de bronze erguida por Moisés.
Amom (Nm 21.21-32)
Seom, rei dos amorreus, nega passagem e ataca Israel, mas é derrotado. Os israelitas conquistam seu território até a fronteira de Amom.
Basã (Nm 21.33-35)
O rei Ogue, de Basã, ataca Israel, mas também é vencido.
Planícies de Moabe (Nm 22.1)
O povo acampa a leste do Jordão, diante de Jericó, pronto para entrar em Canaã.
Moabe (Nm 22.2–24.25)
Temendo Israel, Balaque, rei de Moabe, convoca Balaão para amaldiçoar o povo. Deus, porém, transforma a maldição em bênção.
Gileade (Nm 32)
As tribos de Rúben e Gade pedem para se estabelecer em Gileade, a leste do Jordão, por suas terras férteis. Concordam, contudo, em ajudar as demais tribos na conquista de Canaã.
Recapitulação (Nm 33)
O capítulo revisa toda a jornada, listando os locais de acampamento desde o Egito até Canaã.
Últimas regras (Nm 34–36)
Deus dá instruções finais sobre a divisão da terra e o estabelecimento de Israel em Canaã.
Nas próximas mensagens, exploraremos Números sob um aspecto essencial: a perseverança na fé. Esse tema se revela ao longo da jornada de Israel pelo deserto, mostrando como Deus instrui, corrige, sustenta e reorganiza seu povo.
Nosso estudo será dividido nos seguintes tópicos:
À medida que avançamos, veremos que andar com Deus exige fé, obediência e perseverança, mesmo diante das provações do deserto.
A história de Números é mencionada duas vezes no Novo Testamento, uma com um não cristão (Nicodemus: João 3) e outra com cristãos (à igreja de Corinto: 1Coríntios 10).
Jesus e Nicodemus
Primeiro, em sua conversa com o incrédulo Nicodemos, Jesus faz referência ao episódio em que o povo murmura contra Moisés, provocando Deus a enviar serpentes venenosas. Após o castigo, Deus oferece um meio de salvação — como registrado em Números 21.8-9 (NVT):
8O Senhor lhe disse: “Faça a réplica de uma serpente venenosa e coloque-a no alto de um poste. Todos que forem mordidos viverão se olharem para ela”. 9Moisés fez uma serpente de bronze e a colocou no alto de um poste. Quem era mordido por uma serpente e olhava para a réplica de bronze era curado.
Jesus usa essa história com Nicodemos para ilustrar como sua morte na cruz proclamaria publicamente o caminho da salvação para todos os que olharem e crerem. João 3.14-15 (NVT): “E, como Moisés, no deserto, levantou a serpente de bronze numa estaca, também é necessário que o Filho do Homem seja levantado, para que todo o que nele crer tenha a vida eterna.”
Deus providenciou Cristo como remédio para os nossos pecados. Ele foi levantado — crucificado — por nós, e tudo o que precisamos fazer é olhar e viver.
Responda com fé à palavra da promessa de Deus. Arrependa-se dos seus pecados e creia em Cristo. Confie nele.
Essa é a boa notícia: arrependa-se e creia!
2Coríntios 5.21 (NVT): “Pois Deus fez de Cristo, aquele que nunca pecou, a oferta por nosso pecado, para que por meio dele fôssemos declarados justos diante de Deus.”
Paulo e os Coríntios
Segundo, Paulo relembra a história de Números em sua carta aos cristãos em Corinto. Após recontar os eventos, ele os alerta sobre a tentação e os exorta à vigilância.
Diante dessa narrativa, se você é cristão, reflita com sobriedade sobre as palavras de Paulo:
1Coríntios 10.1-13 (NVT)
1Irmãos, não quero que vocês se esqueçam do que aconteceu muito tempo atrás, quando nossos antepassados foram guiados por uma nuvem que ia adiante deles e atravessaram o mar. 2Na nuvem e no mar, todos foram batizados como seguidores de Moisés. 3Todos comeram do mesmo alimento espiritual 4e todos beberam da mesma água espiritual, pois beberam da rocha espiritual que os acompanhava, e essa rocha era Cristo. 5No entanto, Deus não se agradou da maioria deles, e seus corpos ficaram espalhados pelo deserto.
6Tais coisas aconteceram como advertência para nós, a fim de que não cobicemos o que é mau, como eles cobiçaram, 7nem adoremos ídolos, como alguns deles adoraram. Segundo as Escrituras, “todos comeram e beberam e se entregaram à farra”. 8E não devemos praticar a imoralidade sexual, como alguns deles praticaram, e morreram 23 mil pessoas num só dia.
9Também não devemos pôr Cristo à prova, como alguns deles puseram, e foram mortos por serpentes. 10E não se queixem como alguns deles se queixaram, e foram destruídos pelo anjo da morte. 11Essas coisas que aconteceram a eles nos servem como exemplo. Foram escritas como advertência para nós, que vivemos no fim dos tempos.
12Portanto, se vocês pensam que estão de pé, cuidem para que não caiam. 13As tentações em sua vida não são diferentes daquelas que outros enfrentaram. Deus é fiel, e ele não permitirá tentações maiores do que vocês podem suportar. Quando forem tentados, ele mostrará uma saída para que consigam resistir.
Irmão e irmã em Cristo, minha oração é que você aprenda com os exemplos negativos de Números. Não se rebele, mas confie em Deus e em seus planos. Confie nele, mesmo quando a resposta parece tardar. Deus sempre está certo e é sempre bom. Suas promessas se cumprem — no tempo e na maneira dele, ainda que pareçam impossíveis ou absurdas.
Em Números 11, Deus promete dar carne ao povo murmurador, e Moisés, quase no limite, questiona como isso seria possível. Sua dúvida recebe uma resposta firme de Deus: “Será que a mão do SENHOR se encurtou? Agora mesmo você verá se a minha palavra se cumprirá ou não!” (Nm 11.23, NAA).
Persevere na Fé!
Crente, já se pegou questionando se Deus cumprirá suas promessas? Se ele já lhe deu tudo o que podia? Se o cristianismo se resume ao que você experimenta agora? Você duvida que Deus possa usá-lo para construir seu reino?
Tire um momento para refletir. Identifique as sementes do seu descontentamento.
Você sente que Deus é incapaz de cumprir o que prometeu? Ou que talvez não seja tão bom quanto diz? O presente parece pior e o passado sempre melhor? Ou o futuro lhe parece incerto demais para ter esperança?
Se essas dúvidas o afligem, confesse-as a Deus e, se possível, a um amigo cristão. Admita seu descontentamento e medite no Deus que vemos em Números.
Não siga o exemplo dos israelitas, que foram incrédulos, murmuraram e se rebelaram. Creia na palavra de Deus!
A mensagem deste livro é a nossa única esperança. Se Deus não fosse perdoador, perseverante, salvador e provedor, estaríamos perdidos. Sim, a vida pode parecer uma caminhada pelo deserto, mas este mundo não é o nosso lar. Estamos a caminho do lar eterno — e essa esperança não é um sonho ingênuo, mas uma certeza firme.
Porque sabemos o que Deus fez com o nosso passado rebelde — lançando-o na cruz —, confiamos no que ele pode fazer com o nosso futuro invisível. Então, confiamos nele hoje.
Diante de inimigos, tentações, dores e tempestades, temos Emanuel, Deus conosco, o amigo dos pecadores. Por isso, temos esperança.
Persevere na fé, ó crente! Não desanime, pois aquele que prometeu é fiel!
S.D.G. L.B.Peixoto
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Números – Perseverança na Fé
Pr. Leandro B. Peixoto