24.02.2020
Tiago 2.1-13
1 Meus irmãos, como crentes em nosso glorioso Senhor Jesus Cristo, não façam diferença entre as pessoas, tratando-as com parcialidade. 2 Suponham que na reunião de vocês entre um homem com anel de ouro e roupas finas, e também entre um pobre com roupas velhas e sujas. 3 Se vocês derem atenção especial ao homem que está vestido com roupas finas e disserem: “Aqui está um lugar apropriado para o senhor”, mas disserem ao pobre: “Você, fique em pé ali”, ou: “Sente-se no chão, junto ao estrado onde ponho os meus pés”, 4 não estarão fazendo discriminação, fazendo julgamentos com critérios errados? 5 Ouçam, meus amados irmãos: Não escolheu Deus os que são pobres aos olhos do mundo para serem ricos em fé e herdarem o Reino que ele prometeu aos que o amam? 6 Mas vocês têm desprezado o pobre. Não são os ricos que oprimem vocês? Não são eles os que os arrastam para os tribunais? 7 Não são eles que difamam o bom nome que sobre vocês foi invocado? 8 Se vocês de fato obedecerem à lei do Reino encontrada na Escritura que diz: “Ame o seu próximo como a si mesmo”, estarão agindo corretamente. 9 Mas se tratarem os outros com parcialidade, estarão cometendo pecado e serão condenados pela Lei como transgressores. 10 Pois quem obedece a toda a Lei, mas tropeça em apenas um ponto, torna-se culpado de quebrá-la inteiramente. 11 Pois aquele que disse: “Não adulterarás”, também disse: “Não matarás”. Se você não comete adultério, mas comete assassinato, torna-se transgressor da Lei. 12 Falem e ajam como quem vai ser julgado pela lei da liberdade; 13 porque será exercido juízo sem misericórdia sobre quem não foi misericordioso. A misericórdia triunfa sobre o juízo!
Cristianismo vintage
Chegamos ao capítulo dois da carta de Tiago. Estamos em busca do cristianismo vintage; isto é: dos princípios antigos da fé cristã, mas de excelente qualidade, de fundamental importância para todos os tempos.
Tiago é prático e direto, tão prático e tão direto que chega cortar a alma. Diferentemente de Paulo, ele não desossa o evangelho para examinar os detalhes. Tiago assume o evangelho e vai direto às implicações, revelando como será na prática a vida daqueles que creem no seu conteúdo. É o cristianismo vintage. É a fé indispensável para hoje e sempre.
O cristão justo
O texto que nós lemos toca na ferida de um dos maiores problemas de todos os tempos: o preconceito. Opondo-se a esta postura, Tiago revela o tipo de cristão e de igreja que o evangelho realmente produz. Qualquer comunhão ou comunidade que assuma diferentes padrões daqueles que aqui são apresentados, mesmo que leve o nome de Cristo, não poderá dizer que está seguindo o Espírito de Jesus. Assim como Cristo, o cristão é justo.
Tiago nos permite fazer pelo menos três observações sobre o cristão justo: 1) a sua atitude; 2) a sua motivação; e 3) o seu discernimento. Note que Tiago é prático, mas não é pragmático. Vê-se claramente no texto que comportamento (atitude) é fruto de coração (motivação) e consciência (discernimento) fundamentados na palavra de Deus.
É certo que há motivos concretos para isso, mas contrário do que insiste em dizer a maioria midiática, o cristianismo corretamente interpretado e corajosamente praticado não produzirá uma sociedade de intolerância e de preconceito. Ao contrário, ele formará uma sociedade de fé, de esperança e de amor; uma sociedade de justiça, como nos mostra Tiago. Povo cheio de graça e de verdade.
Todo ato de injustiça e de intolerância que vemos praticado em nome do cristianismo (no passado, no presente e no futuro) é e será resultado de deturpação da palavra de Deus. O cristianismo, pautado na epístola de Tiago, produziu e sempre produzirá cristãos justos.
Então, como é um cristão justo?
Que tipo de pessoa o cristianismo deve produzir? Que tipo de igreja e de comunidade a fé em Jesus deve gerar? Tiago nos fala que a fé cristã formará pessoas e igrejas caracterizadas por atitudes de justiça e de misericórdia.
Atitude de justiça
Tg 2.1-4 | 1 Meus irmãos, como crentes em nosso glorioso Senhor Jesus Cristo, não façam diferença entre as pessoas, tratando-as com parcialidade. 2 Suponham que na reunião de vocês entre um homem com anel de ouro e roupas finas, e também entre um pobre com roupas velhas e sujas. 3 Se vocês derem atenção especial ao homem que está vestido com roupas finas e disserem: “Aqui está um lugar apropriado para o senhor”, mas disserem ao pobre: “Você, fique em pé ali”, ou: “Sente-se no chão, junto ao estrado onde ponho os meus pés”, 4 não estarão fazendo discriminação, fazendo julgamentos com critérios errados?
O cristão deve erguer a bandeira da justiça. Jamais deverá existir no coração e na comunhão dos cristãos qualquer atitude de indiferença, imparcialidade e discriminação.
Ao agir injustamente, ou seja: “fazendo diferença entre as pessoas, tratando-as com parcialidade; fazendo discriminação”, o cristão assumirá a posição de juiz corrompido, que aceita propina (no v. 4, “julgamentos com critérios errados” carrega a ideia de um juiz que tomou decisão pensando no benefício pessoal).
O cristão age com justiça:
Há no livro de Atos, no início da igreja cristã em Jerusalém, um exemplo clássico de “ação justa” dentro da igreja. Observe:
At 6.1-7 | 1 Naqueles dias, crescendo o número de discípulos, os judeus de fala grega entre eles queixaram-se dos judeus de fala hebraica, porque suas viúvas estavam sendo esquecidas na distribuição diária de alimento. 2 Por isso os Doze reuniram todos os discípulos e disseram: “Não é certo negligenciarmos o ministério da palavra de Deus, a fim de servir às mesas. 3 Irmãos, escolham entre vocês sete homens de bom testemunho, cheios do Espírito e de sabedoria. Passaremos a eles essa tarefa 4 e nos dedicaremos à oração e ao ministério da palavra”. 5 Tal proposta agradou a todos. Então escolheram Estêvão, homem cheio de fé e do Espírito Santo, além de Filipe, Prócoro, Nicanor, Timom, Pármenas e Nicolau, um convertido ao judaísmo, proveniente de Antioquia. 6 Apresentaram esses homens aos apóstolos, os quais oraram e lhes impuseram as mãos. 7 Assim, a palavra de Deus se espalhava. Crescia rapidamente o número de discípulos em Jerusalém; também um grande número de sacerdotes obedecia à fé.
Quando lemos essa narrativa em português, passa desapercebido que todas as pessoas eleitas para o diaconato tinham nomes gregos, pois não eram provenientes do judaísmo. Já os apóstolos, todos eles de origem hebraica. O grupo eleito para assistir aos que não estavam sendo tratados justamente era composto de pessoas do mesmo grupo necessitado! Era uma atitude de justiça.
Atitude de misericórdia
Tg 2.13 | porque será exercido juízo sem misericórdia sobre quem não foi misericordioso. A misericórdia triunfa sobre o juízo!
O cristão deve ser misericordioso, pois ele será julgado se agir sem misericórdia. Tiago não está sugerindo que a misericórdia conquista a aprovação nem que ela compra a salvação de Deus. Ele sabe que todo aquele que é nascido de Deus pratica obras de justiça e de misericórdia (Ef 2.8-10; 1Jo 3.9-10; 4.7). Os misericordiosos obterão misericórdia porque são filhos de Deus e a eles pertence o Reino dos céus (Mt 5.1-10).
O que significa “atitude de misericórdia”?
Geralmente nós pensamos que “misericórdia” significa apenas uma postura gentil, amável e perdoadora. No Novo Testamento, realmente, o substantivo “misericórdia” carrega esses sentidos, mas vai além. Ele aponta para uma ação. O exemplo do cego Bartimeu ilustra bem o que estamos dizendo.
Mc 10.46-52 | 46 Então chegaram a Jericó. Quando Jesus e seus discípulos, juntamente com uma grande multidão, estavam saindo da cidade, o filho de Timeu, Bartimeu, que era cego, estava sentado à beira do caminho pedindo esmolas. 47 Quando ouviu que era Jesus de Nazaré, começou a gritar: “Jesus, Filho de Davi, tem misericórdia de mim!” (…) 51 “O que você quer que eu lhe faça?”, perguntou-lhe Jesus. O cego respondeu: “Mestre, eu quero ver!” 52 “Vá”, disse Jesus, “a sua fé o curou”. Imediatamente ele recuperou a visão e seguiu Jesus pelo caminho.
Note que Jesus não foi apenas gentil, amável e perdoador. Ele foi, sim, gentil, amável e perdoador, mas ele foi muito, muito mais. Ele agiu e curou.
O mesmo exemplo de misericórdia e de compaixão nós podemos encontrar na Parábola do Bom Samaritano (Lc 10.25-37), que Jesus usa para dizer que nós, seus discípulos, devemos fazer o mesmo (Lc 10.37). Enquanto o sacerdote e o levita viram a pessoa digna de misericórdia estendida pelo chão e passaram pelo outro lado, o samaritano agiu com misericórdia. Ouçam, Lucas 10.33-35:
33 Mas um samaritano, estando de viagem, chegou onde se encontrava o homem e, quando o viu, teve piedade dele. 34 Aproximou-se, enfaixou-lhe as feridas, derramando nelas vinho e óleo. Depois colocou-o sobre o seu próprio animal, levou-o para uma hospedaria e cuidou dele. 35 No dia seguinte, deu dois denários ao hospedeiro e lhe disse: ‘Cuide dele. Quando eu voltar lhe pagarei todas as despesas que você tiver’.
Atitude justa e misericordiosa
Ao falar que o cristão age com justiça e com misericórdia, Tiago tem uma situação muito clara na sua mente. Está pensando naqueles que entre nós mais precisam. Está dizendo que nós sabemos que eles precisam, mas não agimos de forma concreta para ajudar (como veremos na mensagem seguinte: Tg 2.14-17). Esse tipo de fé, diz Tiago, não adianta. É inútil. Merecerá, no final, o juízo.
O cristão é justo. Ele age de forma justa e misericordiosa.
Para qualquer religião, inclusive para o secularismo (que entendemos ser um tipo de religião) e para o cristianismo mal interpretado (seja ele católico romano ou evangélico), atitudes justas e misericordiosas visam conquistar o favor de Deus e dos outros. No final, a glória é sempre de quem pratica a justiça e a misericórdia – “Como é boa aquela pessoa! Como ela é merecedora!”.
No entanto, Tiago e o restante do Novo Testamento revelam que o que deve motivar o cristão a praticar a justiça e a misericórdia é a glória de Deus. Observe:
Tg 2.1 | Meus irmãos, como crentes em nosso glorioso Senhor Jesus Cristo, não façam diferença entre as pessoas, tratando-as com parcialidade.
Há três motivações embutidas nesse único versículo. Três motivações para o cristão agir com justiça e com misericórdia, sem fazer diferença entre as pessoas e sem tratar os outros com parcialidade.
Motivação # 1 | A glória de Cristo diante dos homens
Tg 2.1 | Meus irmãos, como crentes em nosso glorioso Senhor Jesus Cristo,
O Senhor a quem servimos é glorioso. Sua glória é percebida através da perfeita criação e das suas atitudes de amor e de compaixão para com tudo e com todos que ele criou. Fomos criados para esse mesmo tipo de ação gloriosa: para as boas-obras (Ef 2.10). E toda vez que agimos com atos de justiça e de misericórdia, sem olhar a quem, Jesus Cristo recebe a glória. Tiago, como ninguém, conhecia bem o ensino de Jesus:
Mt 5.13-16 | 13 “Vocês são o sal da terra. Mas se o sal perder o seu sabor, como restaurá-lo? Não servirá para nada, exceto para ser jogado fora e pisado pelos homens. 14 “Vocês são a luz do mundo. Não se pode esconder uma cidade construída sobre um monte. 15 E, também, ninguém acende uma candeia e a coloca debaixo de uma vasilha. Ao contrário, coloca-a no lugar apropriado, e assim ilumina a todos os que estão na casa. 16 Assim brilhe a luz de vocês diante dos homens, para que vejam as suas boas obras e glorifiquem ao Pai de vocês, que está nos céus.
Motivação # 2 | A glória de Cristo na igreja
Tg 2.1 | Meus irmãos, como crentes em nosso glorioso Senhor Jesus Cristo,
Tiago conhecia o princípio expresso por Paulo na carta aos Efésios, que diz assim:
Ef 3.20-22 | 20 Àquele que é capaz de fazer infinitamente mais do que tudo o que pedimos ou pensamos, de acordo com o seu poder que atua em nós, 21 a ele seja a glória na igreja e em Cristo Jesus, por todas as gerações, para todo o sempre! Amém!
A glória de Cristo é mais bem expressada na igreja e através da igreja quando os irmãos se unem em amor para pregar e praticar atos de justiça e de misericórdia.
Não é à toa que, à essa altura da carta, ele inicie esse trecho com a expressão: “Meus irmãos, como crentes…” Os cristãos se motivam e se mobilizam para ver a glória de Cristo na igreja.
Motivação # 3 | A glória de Cristo no próximo
Tg 2.1 | Meus irmãos, como crentes em nosso glorioso Senhor Jesus Cristo, não façam diferença entre as pessoas, tratando-as com parcialidade.
Além da glória de Cristo diante dos homens e na igreja, Tiago apresenta uma motivação ainda mais profunda para os cristãos agirem, indistinta e imparcialmente, com justiça e com misericórdia. Mas, o quê? A glória de Cristo no ser humano criado à imagem e à semelhança de Deus. Adiante, ele vai dizer assim:
Tg 3.9 | Com a língua bendizemos o Senhor e Pai, e com ela amaldiçoamos os homens, feitos à semelhança de Deus.
Você consegue perceber a conexão entre fazer o bem, agir com justiça e com misericórdia (com palavras e com posturas) com base na gloriosa imagem de Deus em nós? Pois era isso que Tiago tinha em mente. Para ele, não importava a cor, a classe, o gênero, a fé nem tampouco a atitude do próximo. Todos são igualmente dignos de nossa justiça e de nossa misericórdia. Todos foram criados à semelhança da gloriosa pessoa de Deus.
Motivação # 4 | A glória de Cristo no mundo
A motivação pela glória de Deus diante dos homens, na igreja e no próximo transformou os rumos da civilização ocidental. A ideia de que todo ser humano possui direitos iguais, independentemente da idade, da saúde, da condição financeira, da raça ou da posição social não surgiu por acaso. Não é fruto de um processo evolutivo da sociedade.
Aliás, pense por um instante, como é que a matéria (de onde, crê-se, tudo surgiu) poderia gerar a ideia de ética, de moral, de direitos e de boas ações? Jamais! Tudo isso veio de alguém. Veio do Verbo Eterno que existia desde antes da criação do mundo e se espalhou a partir de homens e mulheres que compreenderam que a dignidade humana se fundamenta na imagem e semelhança de Deus em cada ser humano criado.
Brian Tierney, por muitos anos professor de História Medieval na Universidade Cornell (estado de Nova Iorque), escreveu um artigo no qual diz que a ideia dominante de direitos humanos na civilização ocidental é fruto de juristas cristãos da Idade Média. Após lerem, meditarem e refletirem nas Escrituras, especialmente nas implicações do fato de que seres humanos foram criados à imagem e semelhança de Deus, eles surgiram com a ideia de direitos humanos universais. Não veio do nada. Surgiu do cristianismo.
Leia, por exemplo, os discursos de Martin Luther King Jr., sobre o sonho de ver brancos e negros unidos nos EUA. Toda a sua ideia de direitos humanos se fundamentava no conceito de imago dei (imagem de Deus) no homem.
Você sabe, por exemplo, como surgiram os hospitais?
Pegue, por exemplo, o livro de Abigail Rian Evans, intitulado O ministério terapêutico da igreja – programas práticos para ministérios de saúde (Ed. Loyola) e confira que o surgimento de hospitais se deu ainda nos primeiros séculos da era cristã, meados do século IV, seguindo a tradição dos cristãos primitivos que abriam suas casas para acolher os enfermos. Estude, particularmente, a história de Basílio de Cesaréia (369 d. C.), Fabíola de Roma (390 d.C.), Efraim de Edessa (306-373 d.C.), dentre outros. Todos foram cristãos devotos “fundadores de hospitais”.
Citando o livro História da Medicina, de autoria de H. Fielding Garrison, Evans escreveu assim:
Em meados do século IV, a fundação e a construção de hospitais cristãos estavam indo bem. “Hospitia” era a palavra original para as estações nas estradas, ligadas aos monastérios, que protegiam e alimentavam viajantes cansados, refugiados, peregrinos e estrangeiros, e propiciavam um lugar para tratar os doentes. (…) Os hospitais e as enfermarias eram expressões de caridade cristã e não objetivavam lucro. Esse conceito era inteiramente novo no mundo pagão, pois o espírito da antiguidade em relação à doença e ao infortúnio não era de compaixão, e o crédito de atender ao sofrimento humano em uma escala prolongada pertence ao cristianismo.
A razão para direitos humanos, atitudes de justiça e de compaixão nasceu da visão bíblica de que todo ser humano foi criado a imagem e semelhança de Deus. Por isso, homens e mulheres, individual e indistintamente, merecem amor, cuidado, oportunidades iguais, etc. Independentemente de quem sejam ou de onde tenham vindo.
Interessante que o mesmo cristianismo que impulsionou tudo isso, hoje ele é rejeitado pela sociedade ocidental (a mesma que ele revolucionou para melhor!).
Aristóteles, por exemplo, não pensava assim. Ele dizia mais ou menos o seguinte: “Alguns grupos de pessoas simplesmente nasceram para serem escravos”. Tiago, por outro lado, dizia assim:
Tg 2.1 | Meus irmãos, como crentes em nosso glorioso Senhor Jesus Cristo, não façam diferença entre as pessoas, tratando-as com parcialidade.
Tg 3.9 | Com a língua bendizemos o Senhor e Pai, e com ela amaldiçoamos os homens, feitos à semelhança de Deus.
A glória de Cristo diante dos homens, na igreja e no próximo nos motiva a agir com justiça e com misericórdia no mundo.
Além da atitude e da motivação, o cristão justo tem discernimento bíblico, e por isso ele não faz diferença entre as pessoas, ele não é preconceituoso, ele age com imparcialidade para com todos. Que discernimento é esse que o cristão possui?
PRIMEIRO: Julgar pela aparência é inconsistência com o amor de Deus:
Tg 2.5-8 | 5 Ouçam, meus amados irmãos: Não escolheu Deus os que são pobres aos olhos do mundo para serem ricos em fé e herdarem o Reino que ele prometeu aos que o amam? 6 Mas vocês têm desprezado o pobre. Não são os ricos que oprimem vocês? Não são eles os que os arrastam para os tribunais? 7 Não são eles que difamam o bom nome que sobre vocês foi invocado? 8 Se vocês de fato obedecerem à lei do Reino encontrada na Escritura que diz: “Ame o seu próximo como a si mesmo”, estarão agindo corretamente.
SEGUNDO: Fazer acepção é incoerência com a Palavra de Deus
Tg 2.9-11 | 9 Mas se tratarem os outros com parcialidade, estarão cometendo pecado e serão condenados pela Lei como transgressores. 10 Pois quem obedece a toda a Lei, mas tropeça em apenas um ponto, torna-se culpado de quebrá-la inteiramente. 11 Pois aquele que disse: “Não adulterarás”, também disse: “Não matarás”. Se você não comete adultério, mas comete assassinato, torna-se transgressor da Lei.
TERCEIRO: Agir sem amor é inconsequência diante da justiça de Deus
Tg 2.12-13 | 12 Falem e ajam como quem vai ser julgado pela lei da liberdade; 13 porque será exercido juízo sem misericórdia sobre quem não foi misericordioso. A misericórdia triunfa sobre o juízo!
O cristão justo
Quando nós olhamos ao redor, ficamos com a sensação de que o mundo nunca foi tão carente de justiça. A verdade é que não apenas continuará sendo assim, mas piorará. A não ser que os cristãos se levantem e brilhem como o sol da justiça.
Precisamos de pessoas diferentes. Pessoas com atitudes justas. Pessoas com motivações justas. Pessoas com discernimento justo. Gente cujo comportamento, cujo coração e cuja consciência sejam encharcados pelo cristianismo do primeiro século, aquele que foi anunciado pelos apóstolos e preservado no Novo Testamento. O cristianismo vintage.
Comece por você. Receba a Jesus no coração e faça dele o seu Senhor. Seja um cristão justificado diante de Deus e justo diante dos homens. Jesus Cristo é a nossa justiça. Ouça o exemplo dos macedônios, 2Coríntio 8.1-5:
1 Agora, irmãos, queremos que vocês tomem conhecimento da graça que Deus concedeu às igrejas da Macedônia. 2 No meio da mais severa tribulação, a grande alegria e a extrema pobreza deles transbordaram em rica generosidade. 3 Pois dou testemunho de que eles deram tudo quanto podiam, e até além do que podiam. Por iniciativa própria 4 eles nos suplicaram insistentemente o privilégio de participar da assistência aos santos. 5 E não somente fizeram o que esperávamos, mas entregaram-se primeiramente a si mesmos ao Senhor e, depois, a nós, pela vontade de Deus.
O cristão justo entrega primeiramente a si mesmo ao Senhor e, depois, ao próximo, pela vontade de Deus. O cristão justo vive com fé na graça futura de Deus. Hebreus 10:
32 Lembrem-se dos primeiros dias, depois que vocês foram iluminados, quando suportaram muita luta e muito sofrimento. 33 Algumas vezes vocês foram expostos a insultos e tribulações; em outras ocasiões fizeram-se solidários com os que assim foram tratados. 34 Vocês se compadeceram dos que estavam na prisão e aceitaram alegremente o confisco dos seus próprios bens, pois sabiam que possuíam bens superiores e permanentes. 35 Por isso, não abram mão da confiança que vocês têm; ela será ricamente recompensada.
Seja justo, cristão, seja justo.
S.D.G. L.B.Peixoto
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