18.11.2018
O DISCURSO DO REI
João 7.40-53
40Quando as multidões o ouviram dizer isso [i.e., vs. 37-38: “Quem tem sede, venha a mim e beba! Pois as Escrituras declaram: ‘Rios de água viva brotarão do interior de quem crer em mim’”], alguns declararam: “Certamente este homem é o profeta por quem esperávamos”. 41Outros afirmaram: “Ele é o Cristo”. E ainda outros disseram: “Não é possível! O Cristo virá da Galileia? 42As Escrituras afirmam claramente que o Cristo nascerá da linhagem real de Davi, em Belém, o povoado onde o rei Davi nasceu”. 43Assim, a multidão estava dividida a respeito de Jesus. 44Alguns queriam que ele fosse preso, mas ninguém pôs as mãos nele. 45Quando os guardas do templo voltaram sem ter prendido Jesus, os principais sacerdotes e fariseus perguntaram: “Por que vocês não o trouxeram?”.46“Nunca ouvimos alguém falar como ele!”, responderam. 47“Vocês também foram enganados?”, zombaram os fariseus. 48“Por acaso um de nós que seja, entre os líderes ou fariseus, crê nele? 49As multidões ignorantes o seguem, mas elas não têm conhecimento da lei. São amaldiçoadas!” 50Então Nicodemos, o líder que antes havia se encontrado com Jesus, perguntou: 51“A lei permite condenar um homem antes mesmo de haver uma audiência?”. 52“Você também é da Galileia?”, responderam eles. “Procure e veja por si mesmo: nenhum profeta vem da Galileia!” 53Então todos foram para casa.
Ninguém nunca falou como Jesus
Há mais de 2.000 anos que a humanidade sabe que o discurso é uma arma poderosa — mais do que qualquer lâmina cortante, arma de fogo ou bomba nuclear. Aristóteles (384 a.C. — 322 a.C.) foi um dos primeiros (senão o primeiro) a estudar as técnicas de persuasão para o discurso público capaz de mover multidões e alterar o rumo de nações. O pupilo Alexandre (que mais tarde seria conhecido como “o Grande”) colocou em prática as teses do mestre Aristóteles, utilizando-se de artifícios do discurso para construir um dos mais grandiosos impérios da história: o Império Macedônico, que se estendeu da Grécia, passando pelo Egito, até chegar à Índia, perfazendo uma dimensão estimada de 5.2 milhões de km2 (equivalente a 3,49% da área total da Terra).
Após Alexandre o Grande (356 a.C. — 323 a.C.), houve Caio Júlio César à frente do também poderoso Império Romano (100 a.C. — 44 a.C.) que, segundo Plutarco (Vidas Paralelas), também era um orador impressionante:
Acima de tudo, um mestre em inspirar a devoção em seus soldados e encorajá-los a seguir em frente mesmo diante de obstáculos aparentemente intransponíveis. Seus discursos viravam lendas e eram conhecidos e repetidos da Germânia à Gália.
Alguns dos discursos de César renderam frases memoráveis; por exemplo: “a sorte está lançada”, dita às margens do rio Rubicão, voltando da França para a Itália para evitar que Pompeu lhe surrupiasse o trono de Roma. Outro de seus biógrafos, Suetônio (A Vida dos Doze Césares) retratou Júlio César como escritor, frasista e orador talentoso. Diz-se que, certa feita, discursando para o senado romano sobre uma de suas vitórias impressionantes nos campos de batalha, teria arrancado aplausos ao pontuar com precisão oratória seus grandes feitos: “Veni. Vidi. Vici.”(Vim. Vi. Venci.).
Segundo os gregos, a função da oratória é ensinar e deleitar os ouvintes. De fato, quando lemos os principais discursos da história, aqueles que foram preservados e até nós chegaram, somos, quase sempre, enchidos de conhecimento e tomados de comoção pelas palavras dos grandes personagens da humanidade. Faça um teste. Vá ao Google e busque pela frase: “discursos que mudaram o mundo” ou “grandes discursos da história”. Rastreie os resultados: textos, artigos e livros. Se puder, leia alguns desses discursos. Você ficará impressionado com o poder do discurso.
Impérios foram construídos e destruídos pelo poder do discurso de grandes oradores na história, tanto para o bem como para o mal: Alexandre Magno, Caio Júlio César, Winston Churchill, Antônio Vieira, Martin Luther King Jr., etc. Mas ninguém nunca falou como Jesus Cristo. Essa foi a opinião dos guardas do templo que saíram com a missão de prendê-lo, mas que, depois de ouvi-lo, desistiram do mandado de prisão expedido pelos líderes dos judeus. Ouça o relatório (Jo 7.45-47):
45Quando os guardas do templo voltaram sem ter prendido Jesus, os principais sacerdotes e fariseus perguntaram: “Por que vocês não o trouxeram?”.46“Nunca ouvimos alguém falar como ele!”, responderam. 47“Vocês também foram enganados?”, zombaram os fariseus.
Também foi essa a opinião das multidões que o ouviram pregar o sermão que ficou conhecido como Sermão da Montanha (Mt 7.28-29):
28Quando Jesus acabou de dizer essas coisas, a multidão ficou maravilhada com seu ensino, 29pois ele ensinava com verdadeira autoridade, diferentemente dos mestres da lei.
Ocorre que enquanto os escribas ou mestres da lei discursavam, tendo como referência fontes secundárias (outros mestres ou rabinos), Jesus falava com autoridade divina inerente. Seu discurso era diferente. Era divino. Vinha do céu. Sua fonte era o próprio Pai e não a tradição de homens. De fato, ninguém nunca falou como Jesus.
O discurso do Rei
Jesus falou como um rei, o Rei dos reis.
No texto que temos hoje em tela (Jo 7.40-53), podemos observar pelo menos três resultados do discurso do Rei Jesus: o discurso do Reidivide opiniões(vs. 40-43); desperta emoções(vs. 44-49); e desencadeia reações(vs. 50-53). Veremos um de cada vez, antes, porém, precisamos ouvir o discurso do Rei em si, ou seja: o que Jesus dizia que dividia as opiniões, despertava as emoções e desencadeava reações?
Quando os guardas do templo chegaram de mãos vazias e se apresentaram às autoridades que os haviam enviado para prender Jesus (v. 32), ainda ressoava no coração deles o último discurso que eles ouviram do Senhor. O impacto foi de proporção tal que aqueles homens não temeram pela própria vida, em vez de inventarem alguma desculpa pelo fracasso da missão, disseram o que realmente sentiram e pensavam (vs. 44-47):
44Alguns queriam que ele [Jesus] fosse preso, mas ninguém pôs as mãos nele. 45Quando os guardas do templo voltaram sem ter prendido Jesus, os principais sacerdotes e fariseus perguntaram: “Por que vocês não o trouxeram?”. 46“Nunca ouvimos alguém falar como ele!”, responderam. 47“Vocês também foram enganados?”, zombaram os fariseus.
O que Jesus tinha falado? Deixe-me refrescar sua memória (vs. 37-38):
37No último dia, o mais importante da festa, Jesus se levantou e disse em alta voz: “Quem tem sede, venha a mim e beba! 38Pois as Escrituras declaram: ‘Rios de água viva brotarão do interior de quem crer em mim’”.
Sinceramente, que tipo de ser humano fala dessa maneira? Que tipo de pessoa, diante de uma multidão, com braços abertos, ergueria a voz a todos, dizendo: “Venha a mim e beba! Pois se vier e beber, Rios de água viva brotarão do interior de quem crer em mim”? Pare e pense. Que tipo de homem ou de mulher falaria nesses termos?
Honestamente, uma pessoa normal, comum, jamais falaria assim como Jesus falou. Não é de admirar, portanto, que os guardas do templo tenham se justificado diante dos sacerdotes e fariseus, dizendo: “Nunca ouvimos alguém falar como ele!”.
Parece que João, ao registrar as palavras de espanto paralisante dos guardas, almeja produzir em nós o mesmo tipo de sentimento: “Uau! Nunca ouvimos alguém falar como ele!”. De fato, nunca ouvimos ninguém falar como Jesus. Afinal, não há outro igual. Tudo o que Jesus disse e fez, a forma como ele viveu, revelam a glória da graça e da verdade de Deus estampada na sua face e preservada nos relatos dos Evangelhos (Jo 1.14; 2Co 4.4-6).
João nos registrou tudo com o devido cuidado aqui neste Evangelho, na esperança de que nós (seus leitores) também nos encantemos com a glória de Jesus. Afinal, para João, ver essa glória, provar dessa glória, saciar-se nessa glória (reveladas nas palavras e na postura de Jesus, na vida e na obra do Cristo) é o que significa ser salvo (Jo 20.30-31).
João nos atesta que não foi apenas ou principalmente a sabedoria ou a inteligência ou a força ou o poder ou a mansidão ou a coragem ou a clareza de Jesus que tiraram o fôlego daqueles que o viram e ouviram. Foram as alegações ou afirmações exageradas ou incomuns que ele fez sobre si mesmo que fizeram as pessoas, maravilhadas, dizerem: “Nunca ouvimos alguém falar como ele!”.
Ouça, a seguir, algumas dessas afirmações espetaculares no Evangelho de João. Outras tantas poderiam ser apresentadas. Nunca ninguém falou como Jesus. Escute, a seguir, apenas alguns recortes extraídos de um punhado dos discursos de Jesus em João. Destacaremos oito (à partir das afirmações “Eu Sou” de Jesus em João).
Jo 13.19| Eu lhes digo isso [a traição de Judas] de antemão, para que, quando acontecer, vocês creiam que eu souaquelede quem falam as Escrituras.
Em outras palavras: eu sou a encarnação de Iahweh (Jeová), o Deus do Antigo Testamento que identificou a si mesmo em Êxodo 3.14 como sendo o “EU SOU”; ou como disse Jesus, em João 10.30, “O Pai e eu somos um”. Jesus afirmou ser Deus.
Jo 8.58| Jesus respondeu: “Eu lhes digo a verdade: antes mesmo de Abraão nascer [antes que Abraão fosse], EU SOU!”.
Não apenas ele afirmou existir antes de ter nascido, mas que existia desde toda a eternidade como “EU SOU”. Jesus afirmou ser o Senhor Deus Eterno.
Jo 10.10-11| 10O ladrão vem para roubar, matar e destruir. Eu vim para lhes dar vida, uma vida plena, que satisfaz. 11“Eu sou o bom pastor. O bom pastor sacrifica sua vida pelas ovelhas.
Jesus afirmou que sua morte é a chave para a vida eterna de suas ovelhas.
Jo 14.6| Jesus disse: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém pode vir ao Pai senão por mim”.
Jo 8.12| Jesus voltou a falar ao povo e disse: “Eu sou a luz do mundo. Se vocês me seguirem, não andarão no escuro, pois terão a luz da vida”.
Jo 10.9–10 | 9Sim, eu sou a porta. Quem entrar por mim será salvo. Entrará e sairá e encontrará pasto. 10O ladrão vem para roubar, matar e destruir. Eu vim para lhes dar vida, uma vida plena, que satisfaz.
Jesus afirmou ser o caminho, a verdade, a vida, a luz, a porta. Quem nele nãocrer, ele diz, permanecerá nas trevas (Jo 12.46) — para sempre (Jo 5.29; Mt 18.8; 25.42, 46).
Jo 6.35| Jesus respondeu: “Eu sou o pão da vida. Quem vem a mim nunca mais terá fome. Quem crê em mim nunca mais terá sede.”
Jo 4.14| “mas quem bebe da água que eu dou nunca mais terá sede. Ela se torna uma fonte que brota dentro dele e lhe dá a vida eterna”.
Jo 10.27-28|27Minhas ovelhas ouvem a minha voz; eu as conheço, e elas me seguem. 28Eu lhes dou a vida eterna, e elas nunca morrerão. Ninguém pode arrancá-las de minha mão,
Jo 15.5|“Sim, eu sou a videira; vocês são os ramos. Quem permanece em mim, e eu nele, produz muito fruto. Pois, sem mim, vocês não podem fazer coisa alguma.”
Jo 11.25-26| 25Então Jesus disse: “Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim viverá, mesmo depois de morrer. 26Quem vive e crê em mim jamais morrerá.
Jo 6.40| Pois é a vontade de meu Pai que todo aquele que olhar para o Filho e nele crer tenha a vida eterna. E eu os ressuscitarei no último dia”.
Jo 17.24| Pai, quero que os que me deste estejam comigo onde estou. Então eles verão toda a glória que me deste, porque me amaste antes mesmo do princípio do mundo.
Claro que estas são apenas algumas das afirmações de Jesus a respeito de si mesmo e que estão registradas no Evangelho de João. Há muito mais aqui, e mais ainda quando abrimos os outros três Evangelhos. Por exemplo: Jesus afirmou perdoar pecados, retornar à terra em glória, cumprir toda a lei, etc.
Fica claro para quem lê os Evangelhos, especialmente João, que, de fato, nunca ninguém falou como Jesus Cristo (Jo 7.46). Isto porque ou ele é Deus e é tudo o que, de fato, ele diz ser e fazer, ou Jesus é um louco, um lunático qualquer, um indivíduo que sofre de psicose crônica e que não merece a menor consideração.
C. S. Lewis ficou famoso pelo que afirmou a respeito de Jesus, quando buscou refutar a ideia de que é perfeitamente aceitável se ter o Cristo apenas como mestre da moral e não como Deus em forma humana, Deus salvador. Em seu livro Cristianismo Puro e Simples, Lewis (famoso pela sua obra: As Crônicas de Nárnia) escreveu o que segue:
Estou tentando impedir que alguém repita a recorrente tolice dita por muitos a seu respeito: “Estou disposto a aceitar Jesus como um grande mestre da moral, mas não aceito a sua afirmação de ser Deus.” Essa é a única coisa que não devemos dizer. Um homem que fosse somente um homem e dissesse as coisas que Jesus disse não seria um grande mestre da moral. Seria um lunático — no mesmo grau de alguém que pretendesse ser um ovo cozido [ou como o canadense de 52 anos que largou a família para assumir a identidade de menina de 6] — ou então o diabo em pessoa. Faça a sua escolha. Ou esse homem [Jesus] era, e é, o Filho de Deus, ou não passa de um louco ou coisa pior. Você pode querer calá-lo por ser um louco, pode cuspir nele e matá-lo como a um demônio; ou pode prosternar-se a seus pés e chamá-lo de Senhor e Deus. Mas que ninguém venha, com paternal condescendência, dizer que ele não passava de um grande mestre humano. Ele não nos deixou essa opção, e não quis deixá-la.
Somos confrontados, então, com uma alternativa assustadora. Ou esse homem de quem estamos falando era (e é) o que dizia ser, ou era um lunático ou coisa pior. Ora, parece-me óbvio que ele não era nem um lunático nem um demônio; consequentemente, por mais estranho, assustador ou insólito que pareça, tenho de aceitar a idéia de que ele era, e é, Deus. Deus chegou sob forma humana no território ocupado pelo inimigo.
Em outras palavras, a maneira como Jesus falou — de um jeito que ninguém nunca falou e jamais poderá falar — torna irracional falar coisas boas e agradáveis sobre sua pessoa, quando se rejeita sua divindade. Jesus não seria legal, se ele não fosse Deus. Seria um louco ou um demônio. Sabemos, no entanto, que não é o caso. Jesus é Deus. Por isso ele falou como falou, viveu como viveu e fez o que fez para salvar o pecador.
Ninguém nunca falou como Jesus porquê somente ele é Deus que se fez carne e habitou entre nós cheio de graça e verdade, e nele nós podemos ver glória e ouvir coisas gloriosas, posto que ele, e somente ele, é o Filho unigênito do Pai (Jo 1.14).
Pois bem, nos instantes finais desta mensagem, meu desejo é, olhando para o nosso texto (Jo 7.40-53), observar os resultados do discurso do Rei na vida das mais diversas pessoas. Posto de outra maneira: Como as pessoas costumam ficar quando ouvem a palavra de Jesus? Como elas ficam quando escutam o discurso do Rei dos reis? Após rápida observação dos resultados do discurso do Rei, faremos algumas considerações finais, como forma de exortar e encorajar.
1. O discurso do Rei divide opiniões (vs. 40-43)
Quando as pessoas ficam expostas ao discurso do Rei elas tendem a ter opiniões divididas (v. 43): “Assim, a multidão estava dividida a respeito de Jesus.” Destacaremos três.
Alguns têm uma visão correta, mas inadequada de Cristo (v. 40):
40Quando as multidões o ouviram dizer isso, alguns declararam: “Certamente este homem é o profeta por quem esperávamos”.
De fato, Jesus é o profeta enviado por Deus e sobre quem Moisés profetizou (Dt 18.15), mas ele não é só profeta, sábio ou líder espiritual. Jesus é Deus em forma humana (Jo 1.14). E somente assim ele poderia saciar a sede e salvar.
Alguns têm uma visão correta, mas descomprometida com Cristo (v. 41):
41Outros afirmaram: “Ele é o Cristo”. […]
De fato, reconhecem que Jesus é o Cristo, o Messias de Deus, mas não se curvam em adoração e submissão diante dele — creem com a cabeça, mas não creem com o coração. Nas palavras de A. W. Pink: “A menos que nosso coração seja afetado e nossa vida moldada pela palavra de Deus, não estaremos melhor do que um homem faminto com um livro de receitas na mão”.
Alguns rejeitam prontamente o discurso de Cristo, apontando razões muito frágeis, que mais se parecem com desculpas (v. 41-42):
41[…] E ainda outros disseram: “Não é possível! O Cristo virá da Galileia? 42As Escrituras afirmam claramente que o Cristo nascerá da linhagem real de Davi, em Belém, o povoado onde o rei Davi nasceu”.
Trata-se de gente que busca e/ou se contenta com argumentos convenientes aos desejos do coração. São argumentos rasos, imprecisos. Meias-verdades. Afirmações preguiçosas, mas que servem ao propósito do coração que se recusa a se curvar diante de Deus.
O discurso do Rei divide opiniões: visão inadequada, descompromisso, ceticismo.
2. O discurso do Rei desperta emoções (vs. 43-49)
Opiniões divididas são frutos de emoções despertadas no coração. Observe, a seguir, os tipos de emoções despertadas pelo discurso do Rei: raiva(v. 44), medo(v. 44), indignação(v. 45), maravilhamento(v. 46), zombaria(v. 47), orgulho e arrogância(vs. 48-49).
43Assim, a multidão estava dividida a respeito de Jesus. 44Alguns queriam que ele fosse preso, mas ninguém pôs as mãos nele. 45Quando os guardas do templo voltaram sem ter prendido Jesus, os principais sacerdotes e fariseus perguntaram: “Por que vocês não o trouxeram?”.46“Nunca ouvimos alguém falar como ele!”, responderam. 47“Vocês também foram enganados?”, zombaram os fariseus. 48“Por acaso um de nós que seja, entre os líderes ou fariseus, crê nele? 49As multidões ignorantes o seguem, mas elas não têm conhecimento da lei. São amaldiçoadas!”
As palavras de Jesus nos penetram. Diante delas, ninguém, jamais, será o mesmo, para o bem ou para o mal. O discurso do Rei desperta emoções. Quer ver? Ouça um recorte do discurso de Jesus (vs. 37-38):
“Quem tem sede, venha a mim e beba! Pois as Escrituras declaram: ‘Rios de água viva brotarão do interior de quem crer em mim’”.
O que você sente? Venha a Jesus. Arrependa-se e creia. Sacie sua alma nele. O discurso do Rei desperta emoções. E a minha oração é que desperte em você fé salvadora.
3. O discurso do Rei desencadeia reações (vs. 50-53)
Dentre todas as opiniões divididas e de todas as opiniões despertadas, destaca-se para nós no texto a reação que se desencadeou no coração de Nicodemus. Ouça:
50Então Nicodemos, o líder que antes havia se encontrado com Jesus, perguntou: 51“A lei permite condenar um homem antes mesmo de haver uma audiência?”. 52“Você também é da Galileia?”, responderam eles. “Procure e veja por si mesmo: nenhum profeta vem da Galileia!” 53Então todos foram para casa.
Nicodemos, finalmente, começava a se declarar em público. Sua próxima aparição será lá no final deste evangelho (Jo 19.38-42), quando ele e José de Arimateia tomarão para eles o cuidado com o corpo e o sepultamento de Jesus.
Aqui no nosso texto, Nicodemos se declara a favor de Jesus — sim, ainda não é o bastante para a salvação, mas já é um primeiro passo: ele quer ouvi-lo com maiores detalhes (v. 51). Já os líderes religiosos menosprezam Nicodemos (v. 52) — justo ele que era grande líder em Israel (Jo 3.1). No final, todos vão para casa, causando-nos a impressão de que retornam para o lar como se nada tivesse acontecido (v. 53).
Não deixe isto acontecer com você. Não menospreze a palavra de Deus. Não saia daqui como se você não tivesse ouvido nada de grande impacto e valor eterno. Ouça Jesus. Receba Jesus. Beba de Jesus (vs. 37-38):
“Quem tem sede, venha a mim e beba! Pois as Escrituras declaram: ‘Rios de água viva brotarão do interior de quem crer em mim’”.
O discurso do Rei desencadeia reações.
O discurso do Rei
Jesus discursa como Rei. Ele é Rei, o Rei dos reis. Nenhum homem jamais falou como Jesus. Ele é verdadeiro. Ele é quem ele disse que era: o Rei criador e soberano do universo, que se fez carne e habitou entre nós para salvar o pecador. Mas não deixe por isso mesmo. Venha, entre pela porta, ande na luz, coma, beba, confie, encontre nele alegria eterna. Satisfaça-se em Jesus Cristo
Concluo com algumas lições práticas que podemos tomar para nós das opiniões divididas, das emoções despertadas e das reações desencadeadas aqui no nosso texto.
S.D.G. L.B.Peixoto
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