10.07.2016
O FIM DOS TEMPOS
Marcos 13.3-4
3 Tendo Jesus se assentado no monte das Oliveiras, de frente para o templo, Pedro, Tiago, João e André lhe perguntaram em particular: 4 “Dize-nos, quando acontecerão essas coisas? E qual será o sinal de que tudo isso está prestes a cumprir-se?”
O fim está próximo
O fim dos tempos está próximo! Não queremos ser alarmistas. Estamos apenas sendo realistas: o fim dos tempos está próximo.
Para saber se realmente o fim está próximo, o cético não precisa recorrer com desdém à Bíblia, nem o crente, a ela, com interpretações futurísticas mirabolantes, macabras e miseráveis. Basta que se olhe para a história, a geologia, a sociologia, a política, as religiões, os documentários de televisão… basta que se olhe ao redor.
O que temos assistido são os homens de ciência falando como se fossem profetas de Deus. As pedras estão clamando. Todos estão dizendo: “O fim está próximo!”. Temos ouvido de todas as partes: “Caso não mudemos de mentalidade e de maneiras, a civilização logo passará!”. Assim é que o evangelho hoje pregado fora da igreja é o da “sustentabilidade”. De fato, a natureza está gemendo. Não precisamos mais de profetas alarmados, basta estarmos antenados: lermos os jornais, as revistas e assistir os telejornais.
A primeira vinda de Jesus inaugurou o início do fim dos tempos. A sua segunda vinda será apenas a consumação, a conclusão de todas as coisas. Aos discípulos de Cristo, cabe viver, entre o já e o ainda não do agora, com fé, esperança e amor, antecipando a chegada definitiva do reino de Deus na terra.
Descortinando o futuro
Diante da realidade do fim, todos ficam curiosos e até alarmados. Assim como no caso de Pedro e dos demais apóstolos, o fim dos tempos coloca na alma da gente um turbilhão de indagações latentes.
Mc 13.4 | “Dize-nos, quando acontecerão essas coisas? E qual será o sinal de que tudo isso está prestes a cumprir-se?”
Ansiosas, querendo descortinar o futuro, muitas pessoas, dentre outras coisas, consultam os mortos; procuram videntes, cartomantes, astrólogos; leem os signos; recorrem a profetas ou a profetizas de “visão aberta”. Mas, o que temos visto instalado na alma delas é uma assombrosa desesperança, transvestida de desamor, desinteresse e descrença.
Graças a Deus, porém, que os discípulos de Jesus não ficaram sem saber como será os tempos do fim. Pedro e os apóstolos aprenderam do Senhor quais são os sinais que o acompanharão; o que realmente importa saber; como o cristão deve viver no fim dos tempos.
Quando olhamos para Jesus, descortinando o futuro nas narrativas dos Evangelhos, é preciso reconhecer que ele não estava preocupado em detalhar pormenores da consumação do século, muito menos em apresentar um código (ou sistema) a ser decifrado (ou calculado) sobre a sua segunda vinda.
O Senhor, como sempre foi a sua característica, queria encorajar os apóstolos a perseverarem com fé até o final; falava como um pastor interessado em encorajar as suas ovelhas assustadas; desafiava seus discípulos a prosseguirem buscando a santificação sem a qual ninguém verá o Senhor. Pedro tanto compreendeu a mensagem de Jesus como, também, a compartilhou.
1Pe 4.2, 5, 7 | 2 […] no tempo que lhe resta, não viva mais para satisfazer os maus desejos humanos, mas sim para fazer a vontade de Deus. […] 5 [os pagãos] terão que prestar contas àquele que está pronto para julgar os vivos e os mortos. […] 7 O fim de todas as coisas está próximo. Portanto, sejam criteriosos e estejam alertas; dediquem-se à oração.
Dicas de Jesus para o fim dos tempos
Para Jesus, no fim dos tempos, contrário do mundo alarmado e dos teólogos alarmistas, o centro das atenções não são os sinais do fim, mas o que acontecerá no coração das pessoas na experiência desse hiato – que vai de sua primeira vinda ao seu retorno final (o tempo que hoje nós todos vivemos).
O cristão, portanto, não deve se preocupar, principalmente, com a sucessão de coisas que virão. Todas elas já são esperadas. Terão que ser assim. Faz parte do juízo final. A preocupação do crente deve ser com o intervalo entre a primeira e a segunda vinda; ou seja:
Enquanto Jesus tarda para voltar…Como viverão as pessoas? Como viverão os crentes? Como estará o coração de todos neste mundo?
Para nos ajudar a compreender todas estas coisas, o Senhor contou cinco parábolas nos capítulos 24 e 25 de Mateus; é o seu famoso “Sermão Escatológico”. Abra lá, Mateus 24 (e fique com a Bíblia aberta em Mt 24 e 25)…
Nesses dois capítulos de Mateus, Jesus só descreve como será o fim dos tempos porque foi interrogado acerca deles e, a partir do cenário do fim, fala de como nós devemos viver nos últimos dias. O seu interesse não é nos alarmar, não é nos confundir, não é nos impressionar, mas nos encorajar a prosseguir com fé, esperança e amor; exortar o coração frio, cínico, materialista, doente e idólatra daqueles que vão ficando cansados com a demora do retorno de Cristo. Portanto, quais são as dicas de Jesus para se viver no fim dos tempos?
1. Note as preocupações das pessoas
Jesus havia acabado de lamentar pela dureza do coração das pessoas que não queriam ouvir a sua mensagem, e que por isso o julgamento seria certo.
Mt 23.37-39 | 37 “Jerusalém, Jerusalém, você, que mata os profetas e apedreja os que lhe são enviados! Quantas vezes eu quis reunir os seus filhos, como a galinha reúne os seus pintinhos debaixo das suas asas, mas vocês não quiseram. 38 Eis que a casa de vocês ficará deserta. 39 Pois eu lhes digo que vocês não me verão mais, até que digam: ‘Bendito é o que vem em nome do Senhor’”.
Mas, enquanto isso, os discípulos estavam preocupados com a imponência das construções; o foco era a sabedoria e o empreendedorismo humanos:
Mt 24.1-2 | 1 Jesus saiu do templo e, enquanto caminhava, seus discípulos aproximaram-se dele para lhe mostrar as construções do templo. 2 “Vocês estão vendo tudo isto?”, perguntou ele. “Eu lhes garanto que não ficará aqui pedra sobre pedra; serão todas derrubadas”.
Mc 13.1-2 | 1 Quando ele estava saindo do templo, um de seus discípulos lhe disse: “Olha, Mestre! Que pedras enormes! Que construções magníficas!” 2 “Você está vendo todas estas grandes construções?”, perguntou Jesus. “Aqui não ficará pedra sobre pedra; serão todas derrubadas.
Lc 21.5-6 | 5 Alguns dos seus discípulos estavam comentando como o templo era adornado com lindas pedras e dádivas dedicadas a Deus. Mas Jesus disse: 6 “Disso que vocês estão vendo, dias virão em que não ficará pedra sobre pedra; serão todas derrubadas”.
O primeiro templo havia sido construído por Salomão. O segundo, após a destruição dos babilônios, foi reerguido por Neemias e Esdras.
Em 19 a.C., o “grande” rei Herodes resolveu refazer e remodelar o segundo templo. Aquele não seria tão grande e tão glorioso quanto o de Salomão, o primeiro; mas seria mais bonito que o de Neemias e Esdras, o segundo.
Detalhe: o templo reconstruído por Herodes, à semelhança do de Salomão, ficou rico em detalhes de ouro, de prata e de mármore. Era, exatamente, toda aquela beleza que estava impressionando os discípulos.
Note as preocupações das pessoas: materialistas, egoístas, vaidosas; apegadas à imagem, ao material, ao luxo e ao conforto; dedicadas ao prazer momentâneo, ao espetáculo visual. Impressionante, pois preocupados em perder o céu na terra é que eles indagam acerca do fim dos tempos (Mc 13.3-4).
2. Ouça os passos de Jesus
Além de notar as preocupações das pessoas (a motivação delas), somos exortados a ouvir os passos de Jesus, através dos sinais do final dos tempos.
Falsos profetas
Mt 24.4-5, 11 | 4 Jesus respondeu: “Cuidado, que ninguém os engane. 5 Pois muitos virão em meu nome, dizendo: ‘Eu sou o Cristo!’ e enganarão a muitos. […] 11 e numerosos falsos profetas surgirão e enganarão a muitos.
Guerras e rumores de outras guerras
Mt 24.6-7 | 6 Vocês ouvirão falar de guerras e rumores de guerras, mas não tenham medo. É necessário que tais coisas aconteçam, mas ainda não é o fim. 7 Nação se levantará contra nação, e reino contra reino. […]
Catástrofes e cataclismos terrenos
Mt 24.7-8 | 7 Haverá fomes e terremotos em vários lugares. 8 […] será o início das dores.
Perseguição aos cristãos
Mt 24.9-11, 22 | 9 “Então eles os entregarão para serem perseguidos e condenados à morte, e vocês serão odiados por todas as nações por minha causa. 10 Naquele tempo muitos ficarão escandalizados, trairão e odiarão uns aos outros, 11 e numerosos falsos profetas surgirão e enganarão a muitos. […] 22 Se aqueles dias não fossem abreviados, ninguém sobreviveria; mas, por causa dos eleitos, aqueles dias serão abreviados. (cf. Mt 24.15-29)
Falta de amor
Mt 24.12-13 | 12 Devido ao aumento da maldade, o amor de muitos esfriará, 13 mas aquele que perseverar até o fim será salvo.
Mc 13.12-13 | 12 “O irmão trairá seu próprio irmão, entregando-o à morte, e o mesmo fará o pai a seu filho. Filhos se rebelarão contra seus pais e os matarão. 13 Todos odiarão vocês por minha causa; mas aquele que perseverar até o fim será salvo.
Avanço do evangelho
Mt 24.14 | E este evangelho do Reino será pregado em todo o mundo como testemunho a todas as nações, e então virá o fim.
Cataclismos cósmicos precedendo a vinda de Cristo
Mt 24.29-31 | 29 “Imediatamente após a tribulação daqueles dias “‘o sol escurecerá, e a lua não dará a sua luz; as estrelas cairão do céu, e os poderes celestes serão abalados’. 30 “Então aparecerá no céu o sinal do Filho do homem, e todas as nações da terra se lamentarão e verão o Filho do homem vindo nas nuvens do céu com poder e grande glória. 31 E ele enviará os seus anjos com grande som de trombeta, e estes reunirão os seus eleitos dos quatro ventos, de uma a outra extremidade dos céus.
Esses são os sinais. Terá que ser assim. Note, porém, que nada disso impressionou Jesus (nem deveria a nós impressionar), pois, como ele mesmo disse, “é necessário que tais coisas aconteçam” (Mt 24.6). Necessário por quê? Para os que se perdem, é apenas o princípio das dores (selos apocalípticos, taças da ira de Deus). Para os que vão sendo salvos, é convocação ao arrependimento (trombetas apocalípticas). Nada disso, porém, é para alarmar os crentes.
Para o Senhor, o que deve chamar a nossa atenção é o risco que corremos nesse hiato – durante os dias difíceis do fim dos tempos. Os sinais do fim são para nos deixar alertas; não são para nos impressionar ao ponto de nos paralisar.
As dicas de Jesus para se viver no fim dos tempos são: 1 note a preocupação das pessoas, 2 ouça os passos de Jesus e, em terceiro lugar, […]
3. Atente-se para os perigos da igreja
Observe algo absolutamente fundamental nos capítulos 24 e 25 de Mateus. Jesus gastou relativamente poucas palavras para descrever como será os tempos do fim, em comparação com as palavras que ele usou para descrever os riscos que esses tempos nos oferecem: 31 versículos para os sinais do fim e 65 versículos para o modo de vida. Nada menos que o dobro! Isso é muito significativo, pois revela que o foco não deve ser os fatos, mas a fé; não são as circunstâncias, mas o coração.
Após descrever o sinal do fim dos tempos (Mt 24.1-31), o Senhor passou a uma sucessão de cinco parábolas – começando em Mt 24.32 e terminando em Mt 25.46. Em todas as parábolas, Jesus abordou os riscos que nós corremos nesse tempo de demora e de espera da sua segunda vinda, encanto o Senhor se “ausenta”. Trata-se de uma palavra de advertência, exortação e encorajamento aos que se colocam no caminho da cruz.
O que essa palavra de Jesus nos ensina? Como nós devemos viver no fim dos tempos?
3.1 – Cuidado para não viver inconsequentemente a vida
A parábola da figueira (Mt 24.32-44)
32 “Aprendam a lição da figueira: quando seus ramos se renovam e suas folhas começam a brotar, vocês sabem que o verão está próximo. 33 Assim também, quando virem todas estas coisas, saibam que ele está próximo, às portas. […] 36 “Quanto ao dia e à hora ninguém sabe, nem os anjos dos céus, nem o Filho, senão somente o Pai. 37 Como foi nos dias de Noé, assim também será na vinda do Filho do homem. 38 Pois nos dias anteriores ao Dilúvio, o povo vivia comendo e bebendo, casando-se e dando-se em casamento, até o dia em que Noé entrou na arca; 39 e eles nada perceberam, até que veio o Dilúvio e os levou a todos. Assim acontecerá na vinda do Filho do homem.
Cuidado para não viver inconsequentemente a vida. Desconectado do céu. Com os olhos fechados.
3.2 – Cuidado para não viver insanamente a vida
A parábola dos servos bom e mau (Mt 24.45-51)
48 Mas suponham que esse servo seja mau e diga a si mesmo: ‘Meu senhor está demorando’, 49 e então comece a bater em seus conservos e a comer e a beber com os beberrões. 50 O senhor daquele servo virá num dia em que ele não o espera e numa hora que não sabe. 51 Ele o punirá severamente e lhe dará lugar com os hipócritas, onde haverá choro e ranger de dentes.
Cuidado para não viver insanamente a vida. Embrutecido de coração. Surtado pelas ambições de domínio, de poder e direção. Sem lucidez e sem percepção. Com os sentidos entupidos.
3.3 – Cuidado para não viver indiferentemente a vida
A parábola das dez virgens (Mt 25.1-13)
3 As insensatas pegaram suas candeias, mas não levaram óleo. 4 As prudentes, porém, levaram óleo em vasilhas, junto com suas candeias. 5 O noivo demorou a chegar, e todas ficaram com sono e adormeceram. 6 “À meia-noite, ouviu-se um grito: ‘O noivo se aproxima! Saiam para encontrá-lo!’ 7 “Então todas as virgens acordaram e prepararam suas candeias. 8 As insensatas disseram às prudentes: ‘Dêem-nos um pouco do seu óleo, pois as nossas candeias estão se apagando’. 9 “Elas responderam: ‘Não, pois pode ser que não haja o suficiente para nós e para vocês. Vão comprar óleo para vocês’.
Cuidado para não viver indiferentemente a vida. Cansados de esperar. Sem se preocupar em fazer provisão espiritual. Com o coração frio, adormecido e obstruído para as coisas espirituais.
3.4 – Cuidado para não viver inconsistentemente a vida
A parábola dos talentos (Mt 25.14-30)
24 “Por fim veio o que tinha recebido um talento e disse: ‘Eu sabia que o senhor é um homem severo, que colhe onde não plantou e junta onde não semeou. 25 Por isso, tive medo, saí e escondi o seu talento no chão. Veja, aqui está o que lhe pertence’. 26 “O senhor respondeu: ‘Servo mau e negligente! Você sabia que eu colho onde não plantei e junto onde não semeei? 27 Então você devia ter confiado o meu dinheiro aos banqueiros, para que, quando eu voltasse, o recebesse de volta com juros.
Cuidado para não viver inconsistentemente a vida. A ausência do proprietário torna os homens donos da própria verdade. Julgam a Deus pelo que dá na cabeça. Chamam-no de Deus sem amor, injusto ou desleal, sem noção. A alma não pulsa mais de amor por Deus nem pelo próximo. Acaba a fé.
3.5 – Cuidado para não viver insensivelmente a vida
A parábola das ovelhas e dos cabritos (Mt 25.31-46)
Às ovelhas: 34 “Então o Rei dirá aos que estiverem à sua direita: ‘Venham, benditos de meu Pai! Recebam como herança o Reino que lhes foi preparado desde a criação do mundo. 35 Pois eu tive fome, e vocês me deram de comer; tive sede, e vocês me deram de beber; fui estrangeiro, e vocês me acolheram; 36 necessitei de roupas, e vocês me vestiram; estive enfermo, e vocês cuidaram de mim; estive preso, e vocês me visitaram’. […] 40 “O Rei responderá: ‘Digo-lhes a verdade: O que vocês fizeram a algum dos meus menores irmãos, a mim o fizeram’”.
Aos cabritos: 41 “Então ele dirá aos que estiverem à sua esquerda: ‘Malditos, apartem-se de mim para o fogo eterno, preparado para o Diabo e os seus anjos. 42 Pois eu tive fome, e vocês não me deram de comer; tive sede, e nada me deram para beber; 43 fui estrangeiro, e vocês não me acolheram; necessitei de roupas, e vocês não me vestiram; estive enfermo e preso, e vocês não me visitaram’.
Cuidado para não viver insensivelmente a vida. Olhando só para si mesmo. Barganhando com Deus. Usando as pessoas. Vendo Deus só na placa da igreja. Sem ações naturais de fé e de amor.
Atente-se para os perigos da igreja: 1 inconsequência (não vê para além do céu e se torna como os fanfarrões dos dias de Noé); 2 insanidade (fica com o coração bruto, dominado pelo desejo de poder, embriagado pela vida); 3 indiferença (fica com o coração adormecido, sem óleo que renova a luz da vida e a chama da alma); 4 inconsistência (fica com visão pervertida do ser e do caráter de Deus, criando um deus qualquer na mente; fica sem fé e sem amor); 5 insensibilidade (não enxerga a imagem e semelhança de Deus no próximo; só vê a Deus nas coisas marcadas pelo signo cristão, na religião doentia).
4. Observe as prescrições do Senhor
As dicas de Jesus para se viver no fim: 1 note a preocupação das pessoas, 2 ouça os passos de Jesus, 3 atente-se para os perigos da igreja e 4 observe as prescrições de Cristo.
Mateus 24 e 25 – “O Sermão Escatológico de Jesus” – nos apresentam:
* não só a realidade do cenário histórico mundial de todos os tempos;
** não só os riscos que os discípulos de Jesus correm nesta vida;
*** mas também, e principalmente, os remédios para se viver bem no fim dos tempos.
Observem a prescrição de Jesus Cristo para o fim dos tempos:
4.1 – Persevere em vigília e oração | A parábola da figueira
Olhos abertos, vigilantes e preparados – Mt 24.42-44.
4.2 – Procure servir o próximo | A parábola do bom servo e do mau
Sentidos desentupidos, servindo como bom mordomo – Mt 24.45-47.
4.3 – Provisione recursos espirituais | A parábola das dez virgens
Coração desobstruído, com reserva de óleo da graça – Mt 25.4.
4.4 – Paute-se pela Palavra de Deus | A parábola dos talentos
Alma pulsante de amor, que multiplica talentos na vida dos outros.
4.5 – Priorize a glória de Deus | A parábola das ovelhas e dos cabritos
Ações naturais de fé, esperança e amor, servindo a Deus no próximo.
O fim dos tempos
Neste hiato em que estamos vivendo (entre a primeira e a segunda vindas de Cristo); nos tempos difíceis do fim que são os nossos; enquanto a terra está sendo rasgada e abalada, os mares se perturbando, a terra secando, as pessoas com fome e doentes, as nações se digladiando, os profetas alarmistas se proliferando e, o que é pior, o céu não se abre mostrando-nos que o Rei da Glória chegou, nós devemos vigiar, servir, perseverar, comer a Palavra e glorificar a Deus.
Cada um veja como está guardando o coração nestes tempos do fim.
* Veja como você interpreta os avanços e os privilégios deste tempo;
** Analise como você cuida dos outros: se você os serve ou os subjuga;
*** Cuide para que você não durma o sono que se abateu sobre tantos. Que não lhe falte chama de paixão na alma. Cansar todo mundo cansa, mas só prosseguem aqueles que carregam no reservatório de sua alma óleo de vida e de luz, que vêm da graça de Deus na Palavra, na oração e na comunhão.
**** Atente-se para que você não crie um deus pervertido, diabólico, maldoso, segundo o seu pensamento, tradição, cultura, ou consenso popular.
***** Viva para a glória de Deus: abençoado, amando, servindo o próximo como a si mesmo, em tudo o que fizer. Veja que você não se torne tão religioso a ponto de ver Jesus só na placa da Igreja. Deus cuida de seu Reino, não de placa de igreja. Coisa de Deus não é só coral de igreja, por exemplo. Deus não está e nem age apenas no óbvio religioso.
Pedro assimilou tudo isso no seu caráter. Nós também devemos. Vale a pena a leitura do último capítulo de sua segunda carta. Lá, o apóstolo coloca no papel tudo o que Deus talhou no coração dele a respeito do fim dos tempos.
2Pedro 3 | 1 Amados, esta é agora a segunda carta que lhes escrevo. Em ambas quero despertar com estas lembranças a sua mente sincera para que vocês se recordem 2 das palavras proferidas no passado pelos santos profetas, e do mandamento de nosso Senhor e Salvador que os apóstolos de vocês lhes ensinaram. 3 Antes de tudo saibam que, nos últimos dias, surgirão escarnecedores zombando e seguindo suas próprias paixões. 4 Eles dirão: “O que houve com a promessa da sua vinda? Desde que os antepassados morreram, tudo continua como desde o princípio da criação”. 5 Mas eles deliberadamente se esquecem de que há muito tempo, pela palavra de Deus, existem céus e terra, esta formada da água e pela água. 6 E pela água o mundo daquele tempo foi submerso e destruído. 7 Pela mesma palavra os céus e a terra que agora existem estão reservados para o fogo, guardados para o dia do juízo e para a destruição dos ímpios. 8 Não se esqueçam disto, amados: para o Senhor um dia é como mil anos, e mil anos como um dia. 9 O Senhor não demora em cumprir a sua promessa, como julgam alguns. Ao contrário, ele é paciente com vocês, não querendo que ninguém pereça, mas que todos cheguem ao arrependimento. 10 O dia do Senhor, porém, virá como ladrão. Os céus desaparecerão com um grande estrondo, os elementos serão desfeitos pelo calor, e a terra, e tudo o que nela há, será desnudada. 11 Visto que tudo será assim desfeito, que tipo de pessoas é necessário que vocês sejam? Vivam de maneira santa e piedosa, 12 esperando o dia de Deus e apressando a sua vinda. Naquele dia os céus serão desfeitos pelo fogo, e os elementos se derreterão pelo calor. 13 Todavia, de acordo com a sua promessa, esperamos novos céus e nova terra, onde habita a justiça. 14 Portanto, amados, enquanto esperam estas coisas, empenhem-se para serem encontrados por ele em paz, imaculados e inculpáveis. 15 Tenham em mente que a paciência de nosso Senhor significa salvação, como também o nosso amado irmão Paulo lhes escreveu, com a sabedoria que Deus lhe deu. 16 Ele escreve da mesma forma em todas as suas cartas, falando nelas destes assuntos. […] 17 Portanto, amados, sabendo disso, guardem-se para que não sejam levados pelo erro dos que não têm princípios morais, nem percam a sua firmeza e caiam. 18 Cresçam, porém, na graça e no conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. A ele seja a glória, agora e para sempre! Amém.
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