11.09.2016
O TOQUE FINAL
João 21.15-19
15 Depois de comerem, Jesus perguntou a Simão Pedro: “Simão, filho de João, você me ama mais do que estes?” Disse ele: “Sim, Senhor, tu sabes que te amo”. Disse Jesus: “Cuide dos meus cordeiros”. 16 Novamente Jesus disse: “Simão, filho de João, você me ama?” Ele respondeu: “Sim, Senhor, tu sabes que te amo”. Disse Jesus: “Pastoreie as minhas ovelhas”. 17 Pela terceira vez, ele lhe disse: “Simão, filho de João, você me ama?” Pedro ficou magoado por Jesus lhe ter perguntado pela terceira vez “Você me ama?” e lhe disse: “Senhor, tu sabes todas as coisas e sabes que te amo”. Disse-lhe Jesus: “Cuide das minhas ovelhas. 18 Digo-lhe a verdade: Quando você era mais jovem, vestia-se e ia para onde queria; mas quando for velho, estenderá as mãos e outra pessoa o vestirá e o levará para onde você não deseja ir”. 19 Jesus disse isso para indicar o tipo de morte com a qual Pedro iria glorificar a Deus. E então lhe disse: “Siga-me!”
A beleza se revela nos detalhes
A beleza se revela nos detalhes, nas pequenas coisas que geralmente deixamos passar despercebido. Esta verdade vale para quaisquer coisas da vida: uma peça de decoração, o ângulo certo de uma imagem, os detalhes de um produto, as cores de um ambiente, o acessório de uma roupa, o arranjo de uma música, o corte do cabelo, a nota de um perfume, o design de um carro, o projeto de uma casa, o uso das palavras, o toque do pincel sobre a tela… Enfim, o que parece comum, pode atrair de tal forma que dificilmente sairá da lembrança.
Sabedores disso, artistas e profissionais de sucesso empregam esforço redobrado no toque final de seus trabalhos, obras ou produtos. Todos sabem que detalhes podem não só impressionar, como também inspirar, encorajar e fortalecer, além de encantar e alegrar, é claro.
Jesus mesmo, coautor que é da criação (Jo 1.1-3), lançou mão da beleza dos detalhes para alimentar a fé dos seus discípulos. Combatendo a ansiedade, por exemplo, que é tão característica de todos nós, o Senhor recomendou que observássemos “as aves do céu” e víssemos “os lírios do campo”, pois se Deus trata e cuida de todos eles, muito mais ele fará pelo seu povo amado (Mt 6.25-32).
Beleza e graça se revelam nos detalhes. Por isso a importância do toque final em todas as coisas que fazemos.
O toque final em Pedro
O texto que temos diante de nós hoje a noite revela o toque final de Jesus em Pedro. O nosso estudo sobre a vida deste apóstolo – este é o 21o e o último da série – tem nos informado como o Senhor talha em nós o caráter de Cristo; como o Mestre nos transforma de pedra bruta em caráter escultural. Se você não acompanhou este estudo desde o início, vale a pena conferi-lo e acompanhá-lo no site da Segunda Igreja Batista em Goiânia.
Depois de tudo o que já vimos, chegamos ao momento em que o Senhor dará os retoques finais, imprimindo a sua marca e fazendo os acabamentos necessários no coração desse homem de pedra. O objetivo de Jesus é deixar o seu apóstolo belo e gracioso, pronto para o serviço cristão. Portanto, que lições há para nós sobre o toque final de Jesus na vida de Pedro?
1. O Senhor espana a poeira da confusão
Após o tombo vergonhoso, quando ele negou a Cristo (Lc 22.31-62), Pedro foi graciosamente instruído pelo anjo a esperar pela aparição de Jesus.
Mc 16.7 | Vão e digam aos discípulos dele e a Pedro: Ele está indo adiante de vocês para a Galiléia. Lá vocês o verão, como ele lhes disse.
Mesmo depois de ter aparecido aos discípulos duas vezes em Jerusalém (Jo 20.19-31), faltava o cumprimento dessa promessa. O mar da Galiléia, lugar onde Pedro e outros discípulos trabalharam como pescadores e foram chamados para o apostolado, seria realmente o cenário ideal daquele encontro prometido. Com certeza, várias perguntas pairavam na cabeça dos apóstolos.
Por que Jesus queria encontrar-se com eles na Galiléia?
Por que a menção especial do nome de Pedro?
O que Jesus diria a Pedro, depois daquele tombo cínico e covarde?
Pedro continuaria na liderança dos apóstolos?
Aliás, continuaria ele sendo um apóstolo?
A reação de Pedro, e dos apóstolos após ele, revela o estado de confusão em que todos se encontravam. Observe:
Jo 21.1-3 | 1 Depois disso Jesus apareceu novamente aos seus discípulos, à margem do mar de Tiberíades. Foi assim: 2 Estavam juntos Simão Pedro; Tomé, chamado Dídimo; Natanael, de Caná da Galiléia; os filhos de Zebedeu; e dois outros discípulos. 3 “Vou pescar”, disse-lhes Simão Pedro. E eles disseram: “Nós vamos com você”. Eles foram e entraram no barco, mas naquela noite não pegaram nada.
Lendo essa narrativa, eu sempre me ponho a pensar: Por que eles foram pescar?
Por que precisavam de dinheiro?
Por que queriam preencher o tempo de espera? Para matar o tédio?
Por que haviam desistido do apostolado? Achavam-se inadequados?
Parece que todas essas coisas!
O estado de confusão mental ficou ainda pior quando, depois de uma noite inteira pescando, eles “não pegaram nada”. Parece que Pedro – e os demais que o seguiram – ainda não tinha compreendido que todas as pontes com o passado já tinham sido queimadas. O caminho deles era dali para frente. Não podia ser uma jornada em marcha ré.
O Senhor aparece a Pedro junto ao mar da Galiléia para espanar a poeira da confusão, mostrando que o lugar dele não era mais ali; ele não era mais pescador de peixes, mas de homens; a casa dele não seria mais a Galiléia, ela seria Jerusalém, Judeia, Samaria e até os confins da Terra.
Se tem um coisa que o cristão precisa aprender, e aqui Pedro aprendeu de forma inequívoca, é que, quando o Senhor nos salva e nos vocaciona, nós não podemos sequer pensar em olhar para trás.
Lc 9.61-62 | 61 Ainda outro disse: “Vou seguir-te, Senhor, mas deixa-me primeiro voltar e despedir-me da minha família”. 62 Jesus respondeu: “Ninguém que põe a mão no arado e olha para trás é apto para o Reino de Deus”.
Jesus leva Pedro para a Galiléia para mostrar a ele que aquele não era mais o lugar dele, a pesca não era mais a sua vocação e os velhos hábitos não mais lhe pertenciam. O Senhor estava espanando a poeira da confusão. Pedro era um novo homem, mas às vezes flertava com o velho Simão.
É muito comum, após um tombo, como o de Pedro, ficarmos em dúvida sobre salvação, vocação e santificação. A maioria de nós é tentada a desistir e a voltar para a velha vida. Ficamos confusos e nos perdemos na “Galiléia”. Porém, assim como ele fez com Pedro, o Senhor vem ao nosso encontro para nos dizer o que foi dito pelo autor de Hebreus: Deus nos chama pra prosseguir e não para retroceder. Vejam:
Hb 10.35-39 | 35 Por isso, não abram mão da confiança que vocês têm; ela será ricamente recompensada. 36 Vocês precisam perseverar, de modo que, quando tiverem feito a vontade de Deus, recebam o que ele prometeu; 37 pois em breve, muito em breve “Aquele que vem virá, e não demorará. 38 Mas o meu justo viverá pela fé. E, se retroceder, não me agradarei dele”. 39 Nós, porém, não somos dos que retrocedem e são destruídos, mas dos que crêem e são salvos.
O Senhor espana a poeira da confusão levando-nos para as revelações da Palavra de Deus. A nós ele sempre aparece em sua Palavra, arrancando-nos de nossas “galiléias”, fazendo-nos tocar em frente.
2. O Senhor retoca as cores da paixão
Além de confusos, Pedro e os demais estavam bastante desanimados. Afinal, não obstante a tudo o que Jesus havia ensinado, eles viram seus planos serem frustrados. Não esperavam cruz e morte.
Não bastasse a frustração, Pedro, em especial, estava arrasado por causa do tombo que havia levado no momento em que negou a Jesus. As cores da paixão estavam se desbotando em seus corações. Precisavam de retoque. Mas, como?
Jesus aparece na “escuridão” deles
Jo 21.4 | Ao amanhecer, Jesus estava na praia, mas os discípulos não o reconheceram.
Jesus atenua o triste estado deles
Jo 21.5 | Ele lhes perguntou: “Filhos, vocês têm algo para comer?” Eles responderam que não.
Jesus acessa o coração deles
Jo 21.6-8 | 6 Ele disse: “Lancem a rede do lado direito do barco e vocês encontrarão”. Eles a lançaram, e não conseguiam recolher a rede, tal era a quantidade de peixes. 7 O discípulo a quem Jesus amava disse a Pedro: “É o Senhor!” Simão Pedro, ouvindo-o dizer isso, vestiu a capa, pois a havia tirado, e lançou-se ao mar. 8 Os outros discípulos vieram no barco, arrastando a rede cheia de peixes, pois estavam apenas a cerca de noventa metros da praia.
Jesus acode as necessidades deles
Jo 21.9-14 | 9 Quando desembarcaram, viram ali uma fogueira, peixe sobre brasas, e um pouco de pão. 10 Disse-lhes Jesus: “Tragam alguns dos peixes que acabaram de pescar”. 11 Simão Pedro entrou no barco e arrastou a rede para a praia. Ela estava cheia: tinha cento e cinqüenta e três grandes peixes. Embora houvesse tantos peixes, a rede não se rompeu. 12 Jesus lhes disse: “Venham comer”. Nenhum dos discípulos tinha coragem de lhe perguntar: “Quem és tu?” Sabiam que era o Senhor. 13 Jesus aproximou-se, tomou o pão e o deu a eles, fazendo o mesmo com o peixe. 14 Esta foi a terceira vez que Jesus apareceu aos seus discípulos, depois que ressuscitou dos mortos.
Cristo retoca as cores da paixão dispensando graça sobre graça na vida de seus filhos. Ele as retoca com presença, palavra e provisão.
O Senhor espana a poeira da confusão e retoca as cores da paixão. Tem mais…
3. O Senhor destaca as prioridades do cristão
Seguindo com o toque final em Pedro, o próximo passo é destacar as prioridades do cristão. Confusão dissipada e paixão retocada, Pedro (aquecido e alimentado pelo próprio Senhor!) estava, agora, pronto para a exortação que colocaria as prioridades na ordem certa.
Quais são elas? Amar a Deus, amar o próximo e andar no Espírito. Veja…
Amar a Deus acima de tudo e de todos
Jo 21.15-17 | 15 Depois de comerem, Jesus perguntou a Simão Pedro: “Simão, filho de João, você me ama mais do que estes?” […] 16 Novamente Jesus disse: “Simão, filho de João, você me ama?” […] 17 Pela terceira vez, ele lhe disse: “Simão, filho de João, você me ama?”
Existem três possíveis interpretações para a pergunta de Jesus no verso 15: “Simão, filho de João, você me ama mais do que estes?” O pronome demonstrativo estes, no grego, é neutro. Podendo, portanto, significar uma de três possibilidades ou até as três ao mesmo tempo, já que ele tenha ficado indefinido no relato do texto.
Pedro, afinal, tinha voltado a pescar (Jo 21.3).
Pedro, afinal, levou os seus chegados para pescar com ele (Jo 21.2-3).
Pedro, afinal, afirmou que, ainda que todos abandonassem o Senhor, ele jamais o abandonaria (Mt 26.33).
Nosso amor por Deus deve ser acima de tudo e de todos. Deve ser constantemente avaliado – Jesus pergunta três vezes a Pedro. Deve ser amor sacrificial – Jesus usa a palavra ágape para descrever o tipo de amor.
Amar o próximo como amamos a nós mesmos
Amar o próximo significa entregar-se, cuidar, ensinar e edificar. Observe.
Jo 21.15-17 | 15 […] Disse ele: “Sim, Senhor, tu sabes que te amo”. Disse Jesus: “Cuide dos meus cordeiros”. 16 […] Ele respondeu: “Sim, Senhor, tu sabes que te amo”. Disse Jesus: “Pastoreie as minhas ovelhas”. 17 […] Pedro ficou magoado por Jesus lhe ter perguntado pela terceira vez “Você me ama?” e lhe disse: “Senhor, tu sabes todas as coisas e sabes que te amo”. Disse-lhe Jesus: “Cuide das minhas ovelhas.”
Jesus usa duas palavras diferentes para falar da tarefa que nós temos: cuidar (v. 15 e 17) e pastorear (v. 16).
A prioridade do cristão é amar a Deus acima de tudo e de todos, bem como amar o próximo como amamos a nós mesmos. Mas, Jesus destaca algo mais como prioritário…
Andar no Espírito
Jesus diz a Pedro que seguí-lo implicaria em ter que deixar de viver seus projetos, desejos e planos pessoais. Observe:
Jo 21.18-19 | 18 Digo-lhe a verdade: Quando você era mais jovem, vestia-se e ia para onde queria; mas quando for velho, estenderá as mãos e outra pessoa o vestirá e o levará para onde você não deseja ir”. 19 Jesus disse isso para indicar o tipo de morte com a qual Pedro iria glorificar a Deus. E então lhe disse: “Siga-me!”
Pedro não iria mais andar por onde ele gostaria e por onde ele estava acostumado. Aliás, Jesus esta predizendo a morte de Pedro aqui (v. 19). Pedro seria um mártir, morreria pela sua fé. Henry Nowen, sobre este texto, disse o seguinte:
Crescer no Espírito de Deus significa deixar ser levado para o mesmo lugar que Cristo foi levado, ao calvário, à cruz.
Nosso crescimento espiritual é diretamente proporcional à nossa auto negação. Morremos para nós mesmos em função de Deus e do próximo.
Realmente, tudo em nós deve morrer para vivermos a vida de Cristo em nossas vidas. Note que, no verso 18, Jesus confronta Pedro em todas as áreas da vida:
Jesus, então, revela a Pedro o que significa andar no Espírito.
Você está disposto, Pedro? Então, “Siga-me” (vs. 19).
Pedro, nesse toque final de Cristo na vida dele, aprendeu que as prioridades do cristão são: o amor a Deus, o amor ao próximo e o andar no Espírito.
4. O Senhor corrigiu o foco da visão
Há um toque derradeiro nesta fase de toque final em Pedro. O Senhor corrigiu o foco da visão do apóstolo. Ouvindo o que acabara de ouvir, talvez por ser pesado demais o que ele ouvira, Pedro entortou seu olhar para a direção errada.
Jo 21.19-23 | 19 […] E então lhe disse: “Siga-me!” 20 Pedro voltou-se e viu que o discípulo a quem Jesus amava os seguia. (Este era o que estivera ao lado de Jesus durante a ceia e perguntara: “Senhor, quem te irá trair?”) 21 Quando Pedro o viu, perguntou: “Senhor, e quanto a ele?” 22 Respondeu Jesus: “Se eu quiser que ele permaneça vivo até que eu volte, o que lhe importa? Quanto a você, siga-me!”. 23 Foi por isso que se espalhou entre os irmãos o rumor de que aquele discípulo não iria morrer. Mas Jesus não disse que ele não iria morrer; apenas disse: “Se eu quiser que ele permaneça vivo até que eu volte, o que lhe importa?”
Pedro parece ter querido repartir o peso de seu chamado com João. É sempre assim, quando sentimos pesada demais a nossa carga, reagimos colocando os olhos noutras pessoas, questionamos a vida delas, falamos delas a Deus.
J. C. Ryle foi certeiro quando, ao comentar sobre este episódio, escreveu:
Aprendemos desses versículos que, antes de nos preocuparmos com a condição espiritual dos outros, devemos pensar a respeito de nossa própria condição… Essas palavras de Jesus ordenam que todo crente primeiramente examine seu próprio coração e pense em [sua própria vida e depois na de] sua família.
Como é fácil para nós nos desculparmos com os erros dos outros, justificar nossas falhas nas falhas dos outros, amenizar a nossa negligência com a negligência dos outros. Nesse episódio, o Senhor desentorta a nossa visão. Faz-nos tirar os olhares de acusação do irmão, colocando-os com fé em Jesus.
Jo 21.22 | Respondeu Jesus: “Se eu quiser que ele permaneça vivo até que eu volte, o que lhe importa? Quanto a você, siga-me!”.
O Senhor desentorta a visão.
O toque final
Aqui nós chegamos ao capítulo final da vida de Pedro. O Senhor concluiu sua tarefa. Para sabermos no que Pedro realmente se transformou, podemos recorrer ao livro de Atos e às duas cartas que ele escreveu. Lá, no entanto, o que nós encontramos é o produto final. O Pedro talhado pelo Senhor Jesus.
Aqui em João 21 termina o registro inspirado de como o Senhor talhou em Simão o caráter de Jesus; como Simão foi transformado em Pedro. O toque final foi dado pelo Mestre, quando ele 1 espanou a poeira da confusão, 2 retocou as cores da paixão, 3 destacou as prioridades do cristão e 4 corrigiu o foco da visão.
Michael Card, em A pedra frágil, seu livro sobre a vida emocional de Pedro descreve o caráter escultural de Pedro de uma forma poética. Olhando para Atos e as duas epístolas de Pedro, ele diz que
É verdade que Pedro não era perfeito. Ele continuou sendo um pecador, mas um pecador transformado e em processo de transformação. Alguém que, pela graça, por meio da fé, foi transformado de Pedra bruta em caráter escultural.
Finalizo com as palavras de Eugene Peterson, ao introduzir as duas cartas escritas por Pedro. Elas captam perfeitamente bem a transformação operada no coração, no caráter e na conduta do líder dos apóstolos.
A maneira pela qual Pedro se comportou na posição de poder é ainda mais impressionante que o poder em si. Ele permaneceu fora dos holofotes, não se “agarrou” ao poder e manteve uma subordinação escrupulosa a Jesus. Com sua personalidade carismática e a posição merecida de líder, ele poderia facilmente usurpar o poder, usando a preeminência da sua associação com Jesus para se promover. É admirável que ele não tenha feito isso, tentação a que outros líderes espirituais não resistiriam. Pedro é como um gole de água fresca.
Nas duas cartas que Pedro escreveu, transparecem as qualidades de Jesus que o Espírito Santo moldou nele: prontidão para abraçar o sofrimento, em vez do prestígio; sabedoria desenvolvida pela experiência, não retirada de livros; humildade que não se desgastou com o tempo. De tudo que sabemos das histórias antigas de Pedro, ele tinha todas as características de um homem brigão. Mas podemos perceber por suas cartas que ele aprendeu a se controlar (os que misturam sentimento religioso com temperamento explosivo são simplesmente intratáveis), tornando-se um servo de Jesus Cristo ousado, confiante e humilde, esvaziado de si mesmo. Esse é um testemunho poderoso, que ele mesmo descreve como uma vida absolutamente nova, com tudo pelo qual vale a pena viver.
Quando Jesus o encontrou, Simão era um pescador judeu de uma vila marítima. Jesus apelidou-o de Pedro (“pedra”), um fragmento da rocha da fé. Pedro tinha conhecimento de hebraico e grego o suficiente para fazer negócios, mas sua formação religiosa veio dos três anos que passou como aprendiz e amigo de Jesus. Na parte final de sua vida, quando os cristãos de todo o Império Romano vinham conhecê-lo, ele não se importava em recontar como era arrogante quando jovem. Mas, quando foi preso e sentenciado à crucificação, ele pediu para ser crucificado de cabeça para baixo, porque parecia presunção morrer exatamente como seu Mestre.
Como tudo começou na vida de Pedro?
Com uma confissão de fé: “Tu és o Cristo, o Messias, o Filho do Deus vivo”.
É também assim com todos nós.
Receba hoje mesmo a Cristo em sua vida. Deixe ele salvar você.
O toque final de Jesus em você transformará a sua vida.
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