24.12.2017
EM DEFESA DA FÉ: OS APÓSTATAS
Judas 8-13
8Da mesma forma, essas pessoas, afirmando ter autoridade com base em sonhos, vivem de modo imoral, desprezam a autoridade e zombam dos seres sobrenaturais. 9Mas nem mesmo o arcanjo Miguel se atreveu a acusar o diabo de blasfêmia. Ele disse apenas: “O Senhor o repreenda!”. (Isso aconteceu quando Miguel discutia com o diabo a respeito do corpo de Moisés.) 10Tais indivíduos, porém, zombam de coisas que não entendem. Como criaturas irracionais, agem segundo seus instintos e, desse modo, provocam a própria destruição. 11Que aflição os espera! Pois eles seguem os passos de Caim, enganam outros por dinheiro, como Balaão, e perecem em sua rebelião, como Coré. 12Quando esses indivíduos, sem o menor constrangimento, participam de suas refeições de celebração ao amor do Senhor, são como perigosos recifes que podem fazê-los naufragar. Sim, são como pastores que só se preocupam consigo mesmos, como nuvens que passam sobre a terra sem dar chuva, como árvores no outono, duplamente mortas porque não dão frutos e foram arrancadas pelas raízes. 13São como ondas violentas no mar, espalhando a espuma de seus atos vergonhosos, como estrelas sem rumo, condenadas para sempre à mais profunda escuridão.
Terrorismo espiritual
Terrorismo sempre existiu e nas mais variadas formas: assassinatos pontuais ou em massa, sequestros, guerrilhas, chantagens, extorsão, dentre outros. Lamentavelmente, a história também está sendo escrita por pessoas que lutam por mudanças através de atos violentos e covardes. Apesar de sempre existir, houve, no entanto, um divisor de águas com o atentado terrorista de 11 de setembro de 2001 nos EUA contra as torres gêmeas do World Trade Center (Nova Iorque), o Pentágono (Washington, D.C.) e o acidente fatal na zona rural da Pensilvânia com o quarto avião sequestrado pelos terroristas da Al Qaeda.
Os números da tragédia são sem precedentes na história daquele país. Foram mais de três mil mortes computadas, a economia dos norte-americanos foi abalada em proporções incalculáveis e a ameaça de ataques terroristas ao redor do Globo atingiu patamares jamais imaginados. Basta uma busca rápida na internet para se verificar o quanto os países, de quase todos os continentes, já foram castigados com ondas de ataques terroristas deste aquela trágica manhã de setembro. Os números de mortos registrados são impressionantes, especialmente no Oriente Médio, Europa e África.
O terrorismo, em contraste com outros tipos de crimes, apresenta ameaças particularmente sérias por duas razões principais.
Primeiro, terroristas agem clandestinamente. Eles são relativamente poucos em número, infiltram-se desapercebidamente, mantêm-se escondidos e obviamente que não se destacam no meio das multidões. Pense, por exemplo, nos passageiros das quatro aeronaves que foram sequestradas e usadas como mísseis nos atentados de 11 de setembro. Quem imaginaria que no meio deles havia terroristas? Os planos dos terroristas são mantidos em sigilo, criptografados, até o momento do ataque. Quando, uma vez detonada a tragédia, fica quase impossível o contra-ataque de defesa.
Segundo, terroristas, geralmente, estão dispostos a morrer pela causa que eles estão defendendo. Geralmente, eles se suicidam com bombas no corpo, no carro ou com tiros contra si mesmos; não medem esforços para verem cumpridas as suas missões.
John MacArthur, fazendo uma sábia analogia, disse que as mesmas características que tornam os terroristas tão perigosos no mundo, torna ainda mais perigosa a presença dos apóstatas na vida da igreja. Afinal, eles, geralmente, estão disfarçados de anjos de luz (2Co 11.14) ou são lobos em pele de cordeiro (Mt 7.15). Apóstatas são dificílimos de serem identificados, pois, assim como terroristas, infiltram-se desapercebidamente, mantêm-se escondidos e agem clandestinamente. Também, por causa do engano que os cega, ainda que involuntariamente, abraçam a própria morte eterna em nome de suas mentiras e causas venenosas. Destruindo almas, eles mesmos cometem suicídio espiritual.
Portanto, da mesma forma que os países devem se unir para erradicarem todo e qualquer tipo de ataque terrorista, em nome da liberdade que todo ser humano tem direito de desfrutar, é infinitamente mais crucial que os cristãos e suas igrejas se unam para expor e rejeitar todo e qualquer tipo de terrorismo espiritual, isto é, apostasia. Terrorismo político ou ideológico pode destruir economias, infligir caos social e ceifar vidas de gente inocente, mas o terrorismo espiritual, levado a cabo por falsos crentes e falsos mestres, por subverterem a verdade revelada de Deus, pode abater multidões com heresias, causando, assim, a morte eterna.
Judas sabia do enorme perigo que os apóstatas ou terroristas espirituais representam para a verdade divina. Então, como um general em defesa da verdade, ele exorta seus leitores a “que defendam a fé que, de uma vez por todas, foi confiada ao povo santo” (v. 3); a que se mantenham defendendo a sã doutrina “sobre a salvação que compartilhamos” (v. 3). Porém, em função de que esses terroristas ou falsos mestres se infiltraram sem serem notados (v. 4), o desafio é que possamos identificar seus ensinos e práticas, e os expor em contraste com a verdade, antes que eles provoquem baixas espirituais eternas e irreparáveis.
Os terroristas
Com isso em mente, o texto que nós temos para hoje continua a descrever a verdadeira face dos apóstatas. Eles eram tão escarnecidamente perversos (v. 4) e tão espiritualmente perigosos (v. 12) que Judas chega a usar linguagem declaradamente condenatória para descrevê-los.
Lembre-se, porém, que o chamado que Judas faz aos santos de Deus não é para combater ou destruir pessoas (assim como o fazem os terroristas), mas para combater e destruir falsas doutrinas. Nossa luta, afinal, não é “contra inimigos de carne e sangue, mas contra governantes e autoridades do mundo invisível, contra grandes poderes neste mundo de trevas e contra espíritos malignos nas esferas celestiais” (Ef 6.10).
É importante que se deixe muito claro que, conquanto abominamos e combatemos erros e heresias, com relação a seres humanos, inclusive os apóstatas, nosso desejo será sempre o de resgatá-los para a vida, utilizando-nos da verdade. Observe, por exemplo, o que Judas dirá logo à frente e que nós, Deus permitindo, estudaremos na sequência desta série:
Jd 22-23 | 22Tenham compaixão daqueles que vacilam na fé. 23Resgatem outros, tirando-os das chamas do julgamento. De outros ainda, tenham misericórdia, mas façam isso com grande cautela, odiando os pecados que contaminam a vida deles.
Percebeu? Judas está dizendo que devemos odiar o pecado e tudo o que está relacionado com ele, mas o próprio pecador deve ser tratado com piedade e não com ódio. Devemos sempre visar o seu resgate, sem ironia ou sarcasmo, como vemos em redes sociais.
Irmãos, sejamos, pois, firmes com a verdade, mas cheios de graça com o pecador, inclusive com os apóstatas. Não devemos, portanto, destilar ódio contra quem pensa diferente de nós, mesmo que sejam apóstatas (olhe, por exemplo, para a forma como Jesus tratou Judas, o traidor). Devemos sim, disciplinar apóstatas e perversos que não se arrependem (cf. 2Ts 3.6; 1Co 5; Mt 18.15-20; Gl 6.1-3), mas sempre com graça e verdade, visando em todo tempo a restauração do pecador (2Co 2.5-8).
Feita esta consideração, vejamos como Judas, autor da carta que estamos estudando, expõe os apóstatas ou terroristas espirituais. Veremos que ele expõe a natureza do seu caráter (v. 8); a ignorância do seu conhecimento (v. 9-10); a variedade do seu comportamento (v. 11); e os efeitos da sua conduta (v. 12-13).
1. A natureza do seu caráter (v. 8)
Já vimos três exemplos do julgamento de Deus nos versículos 5 a 7 (os alvejados) — os hebreus morreram no deserto por causa da incredulidade, os anjos foram lançados para fora do céu e postos em prisão por causa da insubmissão e Sodoma e Gomorra foram destruídas por causa da imoralidade. Agora, na seção do texto para hoje (vv. 8-13), Judas continua destacando que os falsos mestres (os apóstatas) estão seguindo o mesmo caminho que provocou o julgamento de Deus sobre os personagens já mencionados.
8Da mesma forma [que os hebreus, os anjos e Sodoma e Gomorra foram alvejados], essas pessoas [os apóstatas], afirmando ter autoridade com base em sonhos, vivem de modo imoral, desprezam a autoridade e zombam dos seres sobrenaturais.
Judas está argumentando que os cristãos não devem ser capturados pela mesma velha armadilha; ele está advertindo: “Mantenham-se longe dessas coisas. Quando vocês se depararem com falsos ensinamentos e impiedade ou perversão, identifique-os e afaste-se de todos eles, não siga por esse caminho de morte, por mais que seja tentador”. Esse é o argumento contínuo desta epístola, inclusive aqui, nos versículos 8 a 13.
Pois bem, com o objetivo de nos advertir, Judas revela três traços do caráter desses apóstatas ou terroristas espirituais: imoralidade (seguem os prazeres ou inclinações pecaminosas do coração), insubmissão (trocam a verdade revelada de Deus por seus sonhos e visões ditos espirituais) e irreverência (orgulho e arrogância os fazem zombar de quem eles não deveriam). Pedro, falando desse mesmo tipo de gente, escreveu assim:
2Pe 2.10-11 | 10Ele é particularmente severo com aqueles que seguem desejos e instintos distorcidos e desprezam a autoridade. Tais indivíduos são orgulhosos e arrogantes, e atrevem-se até a zombar de seres sobrenaturais. 11Já os anjos, muito maiores em poder e em força, não ousam apresentar diante do Senhor uma acusação de blasfêmia contra esses seres.
Pedro, e também Judas, está dizendo que os apóstatas rejeitam, imprudentemente, qualquer pensamento de que as forças demoníacas têm poder ou que seus pecados voluntários podem torná-los vulneráveis aos ataques demoníacos desses seres das trevas. Por outro lado, nem os bons anjos, assim como deve ser com humanos sábios, tratam esses poderes demoníacos de forma tão leviana ou irreverente.
Judas quer que identificamos os traços do caráter desses terroristas espirituais (imoralidade, insubmissão e irreverência) e fujamos de seus ensinos (baseados em seus próprios sonhos), bem como de suas práticas — que são todas frutos de um 1coração inclinado para o mal, 2sonhos distorcidos da verdade e ditos espirituais, 3orgulho e arrogância. Essa é a natureza do caráter dos apóstatas. Devemos, pois, fugir dessas coisas.
2. A ignorância do seu conhecimento (vv. 9-10)
Tendo mostrado a natureza do caráter dos apóstatas (v. 8), Judas agora mira na ignorância desses falsos mestres (vv. 9-10). Eles vêm até nós dizendo, ou pelo menos sugerindo, que eles são muito sábios e espirituais, passando a impressão de que sabem muito mais do que todos os demais.
Com a pretensão de terem sonhos reveladores (v. 8) e, de tão espirituais, terem andado entre anjos, certamente que esse orgulho e essa arrogância espirituais dos falsos mestres intimidava a maioria dos cristãos. Judas, porém, está dizendo que na verdade eles são ignorantes. De fato, o versículo 10 diz que muitos deles não são diferentes dos animais em suas motivações. Observe:
9Mas nem mesmo o arcanjo Miguel se atreveu a acusar o diabo de blasfêmia. Ele disse apenas: “O Senhor o repreenda!”. (Isso aconteceu quando Miguel discutia com o diabo a respeito do corpo de Moisés.) 10Tais indivíduos, porém, zombam de coisas que não entendem. Como criaturas irracionais, agem segundo seus instintos e, desse modo, provocam a própria destruição.
Baseada em trecho de um livro perdido (A Assunção de Moisés), uma literatura extra-bíblica, corria naquele tempo a história de que o arcanjo Miguel brigou para manter o corpo de Moisés escondido, longe do diabo que desejava utilizá-lo para seus atos diabólicos (idolatria?). Em todo caso, trata-se de uma história que se perdeu e sem qualquer importância para a história da redenção; tanto que não está registrada em nenhum lugar na Bíblia. Então, por que Judas a cita em sua carta?
Sendo aceito e admirado pelos apóstatas, Judas cita essa literatura para demonstrar o quanto os falsos mestres não levam a sério nem os livros que eles tanto veneram. Lê-se em A Assunção de Moisés que nem Miguel ousou “acusar o diabo de blasfêmia”, durante sua luta contra ele; Miguel deixou com Deus a responsabilidade de repreensão (v. 9); mas os apóstatas “zombam” dos seres espirituais e das coisas espirituais que eles não entendem. Assim, Judas revela que os apóstatas, na verdade, não sabem de nada, são irracionais.
A Assunção de Moisés propõe uma revelação da história dos judeus dirigida a Josué, sucessor de Moisés. O Livro de Enoque (outra literatura usada pelos apóstatas) descreve Enoque viajando no reino espiritual e tendo conversas com anjos. Os falsos mestres, portanto, estavam usando essas supostas revelações e jornadas no espírito para reforçar seu ensino corrupto. “Esses tipos de experiências acontecem!”, diziam eles. “Vejam as experiências de Enoque a partir desses livros, que todos vocês conhecem tão bem. Vejam como o autor de A Assunção de Moisés testemunhou o confronto angélico entre Michael e Satanás. Experiências semelhantes aconteceram conosco. A verdade oculta nos foi revelada.”, diziam os apóstatas.
Judas vê aqui uma oportunidade de atacar os apóstatas em seu próprio território, pois, enquanto estão pulverizando imoralidade com base em suas revelações angelicais, O Livro de Enoque e A Assunção de Moisés apregoam a justiça. Ou seja: mesmo que de forma legalista, os livros que os apóstatas utilizavam para justificar suas práticas imorais ensinavam sobre piedade, submissão e justiça. Os apóstatas, porém, demonstravam ignorância, pois não viviam de acordo nem mesmo com as filosofias e doutrinas que eles mesmos escolhiam para si. Judas, portanto, usa a literatura extra-bíblica para desmascarar a ignorância (e a incoerência) do conhecimento dos apóstatas.
3. A variedade do seu comportamento (vv. 11)
Judas, agora, dá um passo além em sua denúncia, revelando a variedade do comportamento dos apóstatas.
11Que aflição os espera! Pois eles seguem os passos de Caim, enganam outros por dinheiro, como Balaão, e perecem em sua rebelião, como Coré.
Os passos de Caim
Caim (Gn 4.1-15), por não ter fé (Hb 11.4) e também por não ter amor (1Jo 3.11-12), matou seu irmão Abel. Se colocarmos essas coisas juntas, falta de fé e de amor, o que temos? Nós temos uma pessoa não convertida.
A fé e o amor são os grandes sinais da vida espiritual. Paulo nos diz que o que realmente importa sobre uma pessoa é a fé que ela deve expressar através do amor (Gálatas 5.6). Caim, portanto, não era um homem convertido, por assim dizer. Caim serve como imagem do “crente” não convertido (fé sem amor) ou do falso profeta que age sem fé e sem amor. Os passos de Caim, sem fé e sem amor, levaram-no à destruição.
O engano de Balaão
Chegamos agora a um segundo tipo de falso profeta ou apóstata: Balaão (Nm 22-24 e 31). Ele é um homem bastante diferente de Caim. Ninguém, olhando apenas por fora, poderia acusá-lo de não ser espiritual. Tratava-se de um homem com algum tipo de poder espiritual, capaz de profetizar o futuro, capaz de abençoar e curar.
O problema é que, motivado pelo amor ao dinheiro, ele “mostrou a Balaque como fazer o povo de Israel tropeçar. Ele os instigou a comer alimentos oferecidos a ídolos e a praticar imoralidade sexual” (Ap 2.14). O engano de Balaão, motivado pela ganância, levou ele e tantos outros em Israel a pecarem de tal forma que se destruíram.
A rebelião de Corá
Em Números 16 nós lemos a história de Coré ou Corá, primo de Moisés. Era levita e descendente de Coate. Portanto, incumbido de nobres tarefas dentro do tabernáculo. O problema começou quando ele não foi escolhido para ser sacerdote. Irado, ele, juntamente com Datã, Abirão e outros 250 líderes em Israel, todos membros importantes da comunidade, instigaram uma rebelião contra Moisés. Sob o manto da luta pela igualdade de todos entre o povo de Deus, Coré se opôs à liderança de Moisés e Arão. No fundo, porém, Coré não buscava servir, mas ser servido.
Quais, portanto, são algumas das formas como os apóstatas se comportam? Eles, assim como Caim, professam fé, mas não praticam o amor; assim como Balaão, têm carisma, mas não têm caráter — têm poder, mas não têm piedade; assim como Corá, discursam como quem serve, mas na verdade vivem para ser servidos.
4. Os efeitos da sua conduta (v. 12-13)
Sobre os terroristas ou apóstatas, nós vimos a natureza do seu caráter (v. 8), a ignorância do seu conhecimento (v. 9-10) e a variedade do seu comportamento (v. 11). Agora, por fim, nós veremos os efeitos da sua conduta (v. 12-13).
Judas usa uma série de ilustrações condenáveis para chocar nossa imaginação. Ele quer nos colocar em alerta vermelho sobre os falsos profetas, e a melhor maneira que encontrou para fazer isso foi trazendo diante de nós seis imagens que mais se parecem com um pesadelo, para que jamais nos esqueçamos da conduta dos apóstatas.
Rochas submersas (ameaças ocultas participando das ordenanças)
12aQuando esses indivíduos, sem o menor constrangimento, participam de suas refeições de celebração ao amor do Senhor, são como perigosos recifes que podem fazê-los naufragar.
Pastores egoístas (falsos piedosas que só pensam em si mesmos)
12b Sim, são como pastores que só se preocupam consigo mesmos, […]
Nuvens vazias (arautos da mentira e de falsas esperanças)
12c[…] como nuvens [intocáveis] sem água [ocos], impelidas pelo vento [instáveis];
Árvores mortas (hipócritas, sem utilidade e sem vida)
12d[…] como árvores no outono, duplamente mortas porque não dão frutos e foram arrancadas pelas raízes.
Ondas bravias (deixam lixo, lama e morte por onde passam)
13aSão como ondas violentas no mar, espalhando a espuma de seus atos vergonhosos,
Estrelas errantes (encantam e somem; estão condenados às trevas)
13bcomo estrelas sem rumo, condenadas para sempre à mais profunda escuridão.
Michael Green, em seu comentário da Epístola de Judas, diz que esses apóstatas são:
Perigosos como rochas submersas, egoístas como pastores perversos, inúteis como nuvens sem chuva, mortos como árvores estéreis, sujos como o mar que espumeja e com condenação mais certa que a dos anjos caídos.
Portanto, a conduta desses falsos mestres ou apóstatas produz estrago, destruição, desolação, anemia espiritual, frustração, decepção imundice e, por fim, condenação.
Os terroristas
Judas quer nos tornar vigilantes. Os apóstatas ou terroristas estão em toda parte, infiltrados, imperceptíveis; alguns se parecem com anjos de luz, outros são lobos em pele de cordeiro. Devemos, portanto, nos atentar para a natureza do seu caráter; a ignorância do seu conhecimento; a variedade do seu comportamento; e os efeitos da sua conduta.
Em contraste com os falsos mestres ou apóstatas, nós temos Jesus: o caminho e a verdade e a vida (Jo 14.6). Muitos porém, preferem o caminho de Caim ao caminho de Cristo, o erro de Balaão à verdade de Cristo e a morte de Corá à vida de Cristo.
O caminho de Cristo é estreito, mas leva à vida eterna; a verdade de Cristo é amarga, mas liberta dos pecados; a vida de Cristo é ofuscada pela vida aqui na terra, mas é vida plena e abundante e eterna.
Escolha, nesta manhã de véspera de Natal, o caminho de Cristo, a verdade de Cristo e a vida de Cristo. Para isto foi que ele veio. Esse é o sentido do Natal.
Feliz Natal!
S.D.G. L.B.Peixoto
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