24.02.2019
POR QUE O PACTO?
Hebreus 8.6-13
6Agora, porém, Jesus, nosso Sumo Sacerdote, recebeu um ministério superior [ao serviço sacerdotal do Antigo Testamento], pois ele é o mediador de uma aliança [pacto] superior, baseada em promessas superiores. 7Se a primeira aliança [pacto] fosse perfeita, não teria havido necessidade de outra para substituí-la. 8Mas, quando Deus viu que seu povo era culpado, disse: “Está chegando o dia, diz o Senhor, em que farei uma nova aliança [pacto] com o povo de Israel e de Judá. 9Não será como a aliança [pacto] que fiz com seus antepassados, quando os tomei pela mão e os conduzi para fora da terra do Egito. Não permaneceram fiéis à minha aliança, por isso lhes dei as costas, diz o Senhor. 10E esta é a nova aliança [novo pacto] que farei com o povo de Israel depois daqueles dias, diz o Senhor: Porei minhas leis em sua mente e as escreverei em seu coração. Serei o seu Deus, e eles serão o meu povo. 11E não será necessário ensinarem a seus vizinhos e a seus parentes, dizendo: ‘Você precisa conhecer o Senhor’. Pois todos, desde o mais humilde até o mais importante, me conhecerão. 12E eu perdoarei sua maldade e nunca mais me lembrarei de seus pecados”. 13Quando Deus fala de uma “nova aliança” [novo pacto], significa que tornou obsoleta a aliança [pacto] anterior. E aquilo que se torna obsoleto e antiquado logo desaparece.
O JUBILEU
2019 é o ano do nosso Jubileu de Brilhante. A Segunda Igreja Batista em Goiânia completará, no próximo dia 18 de junho, Deus permitindo, 75 anos de organização. Podemos emprestar as palavras de Samuel (1Sm 7.12): “Até aqui o SENHOR nos ajudou!”.
O mesmo Deus que nos trouxe até aqui prometeu estar conosco todos os dias da nossa vida, até o fim dos tempos (Mt 28.20). Revestidos de sua autoridade (Mt 28.18) e de seu poder (At 1.8), o que nos cabe é prosseguir cumprindo a sua grande comissão; qual seja: ir, fazer discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Ensinando os novos discípulos a obedecerem a todas as coisas que Jesus nos ensinou (Mt 28.19-20). Essa é a “pegada”, Segunda Igreja Batista em Goiânia, não podemos retroceder nem ao menos estacionar. Cabe-nos avançar.
O PACTO
O marco no qual nos encontramos — nosso Jubileu de Brilhante, deve nos remeter, dentre outras coisas, ao significado do que consiste ser membro de uma igreja local, mais precisamente: o que significa ser membro de uma igreja batista, da Segunda Igreja Batista em Goiânia, por assim dizer.
Desde que Batista é Batista, com raras excessões, cada membro recebido em uma igreja deve adotar, como regra de fé e prática, a Bíblia Sagrada, e como referencial de sua postura doutrinária e ética dois documentos específicos: a Declaração Doutrinária (ou Confissão de Fé) e o Pacto da Igreja. A Declaração Doutrinária resume o que a igreja crê. O Pacto, por sua vez, determina como a igreja espera que os membros se comportem. A Declaração Doutrinária diz respeito à doutrina. O Pacto da Igreja diz respeito à conduta.
A ideia de uma igreja compactuada, por estranha que pareça ao mundo em que hoje vivemos, tem sua origem nas raízes da Reforma Protestante. Parece ter se originado entre as comunidades anabatistas alemãs por volta de 1520. De toda forma, já se sabe que, no século XVI, Pactos escritos eram comuns tanto entre os Presbiterianos escoceses como entre os Puritanos que haviam se separado da Igreja da Inglaterra, dentre os quais (os separatistas ingleses, como ficaram conhecidos) estavam os Batistas.
Há relatos históricos em que, já em suas origens, igrejas Batistas solicitavam a seus novos membros que assinassem o Pacto da Igreja como testemunho público do compromisso de viver de acordo com os padrões éticos e morais adotados pela congregação. Entre os Batistas primitivos, o Pacto escrito por Benjamin e Elias Keach em 1697 é um dos que mais frequentemente foi reimpresso e influenciou documentos posteriores dessa natureza.
O Pacto da Igreja impresso por John Newton Brown, em seu Manual da Igreja de 1853, foi o que, certamente, mais influenciou as igrejas Batistas do Sul dos EUA (nossos pais pioneiros aqui no Brasil). John Newton Brown havia também participado da elaboração da Declaração Doutrinária produzida pelos Batistas americanos no estado de New Hampshire em 1833. Assim, quando os primeiros missionários Batistas chegaram ao Brasil — o casal Bagby e o casal Taylor, uma de suas primeiras atitudes, tão logo haviam iniciado a nova Igreja Batista da Bahia, em Salvador (1882), foi traduzir para o português os dois documentos que serviriam como padrão doutrinário, ético e moral para os Batistas Brasileiros: a Declaração Doutrinária de New Hampshire(que nos serviu até o ano de 1982/1983, quando, infelizmente, foi “atualizada” e substituída pela que hoje temos) e o Pacto da Igreja(que até hoje nos serve, pelo menos em tese).
O SIGNIFICADO
A prática dos Batistas, desde suas origens, é admitir em sua membresia somente pessoas que foram regeneradas ou salvaspela graça, por meio da fé somente em Jesus Cristo; professaram fépublicamente, seguido pelo batismo; e se uniram em pactoà comunhão da igreja local. Sempre foi assim. Inclusive, nas costas do certificado de batismo de cada batista consta impresso o Pacto da Igreja. E todos quantos chegam a nós por declaração de fé, tendo sido já biblicamente batizados (batismo de crente por imersão, em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo), unem-se à nós com o compromisso de abraçar as doutrinas de nossa Declaração Doutrinária e cumprir o Pacto da Igreja.
Essas três condições para se tornar membro de uma igreja Batista (regeneração ou salvação, batismo de crente e pacto de compromisso), inclusive aqui na Segunda Igreja Batista em Goiânia, estão claramente detalhadas no primeiro parágrafo do Pacto, que diz:
[REGENERAÇÃO/SALVAÇÃO] Tendo sido levados pelo Espírito Santo a aceitar a Jesus Cristo como único e suficiente Salvador, [BATISMO DE CRENTE] e batizados, sob profissão de fé, em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, [PACTO DE COMPROMISSO] decidimo-nos, unânimes, como um corpo em Cristo, firmar, solene e alegremente, na presença de Deus e desta congregação, o seguinte Pacto:
Os Batistas, portanto, são um povo que vive compactuado com Jesus Cristo(pela graça e por meio da fé, guardando todas as coisas que Jesus nos ensinou em sua Palavra) e compactuado também com o Corpo de Cristo, que é a igreja, a comunidade dos irmãos e irmãs de fé (comprometem-se a, auxiliados pelo Espírito Santo, viver perseverante na prática do amor, das boas obras, da piedade e do bom testemunho cristão).
A NECESSIDADE
Tudo isso sempre foi muito caro para os Batistas. Tanto que, em tempos passados, regularmente, lia-se o Pacto em uníssono nas reuniões de culto da igreja, geralmente nos cultos que se celebravam as ordenanças do SENHOR: Batismo e, principalmente, Ceia.
Ocorre que, infelizmente, essa prática — a de viver em Pacto, tem sido negligenciada, por razões tantas que fogem ao escopo de nosso propósito agora. É tanto que, muitos membros, talvez a maioria esmagadora dos membros, ou desconhecem totalmente a existência do Pacto de Compromisso da Igreja ou o reconhecem com desprezo, tratando-o como ladainha de um ritual religioso. É uma pena! E não é para menos que muitas igrejas se encontrem no estado em que estão: insípidas, sem sabor, servindo apenas para ser pisada pelos homens que se escandalizam com tudo o que vêm ou sobre o que ouvem acontecer dentro de nossos arraiais.
Precisamos, pois, redescobrir o significado bíblico e histórico da prática de membresia na igreja, que envolve, dentre outras coisas, estabelecer, conhecer, valorizar e viver um Pacto de Compromisso da Igreja.
Um episódio na vida e no ministério de William Carey (1761—1864), um dos nossos grandes nomes do passado Batista glorioso, considerado pai de missões modernas, revelará a necessidade prática de um Pacto de Compromisso da Igreja. Seu neto, S. Pearce Carey, nos conta na biografia que escreveu sobre a vida do avô (1923) que, de tanto ser atormentado por diáconos alcoólatras e sofrer amargamente com membros rebeldes e indisciplinados no pastorado em Leicester (Inglaterra), William propôs à congregação que se votasse em Assembleia, veja bem!, a dissolução da igreja em setembro de 1790 (três anos mais tarde, em 1793, Carey seguiria como missionário para a Índia, onde serviu por 41 anos, até a sua morte aos 73 anos de idade).
A maioria da igreja acatou a recomendação do jovem pastor (29 anos à época!), e votou pelo encerramento da igreja. Em seguida, aquela mesma maioria votou e deu suporte para a organização de uma nova igreja. Agora, porém, com o Pacto de Compromisso de “unir-se a uma disciplina estrita e fiel ao Novo Testamento, afete quem afetar”. O resultado daquele ato corajoso, conta-nos o neto de Carey, foi que “eles encheram a congregação com amor fiel” e que “urtigas deram espaço para flores e frutos”.
A SÉRIE
Queremos uma igreja assim, não é mesmo? Para tanto, faz-se necessário recuperarmos o sentido bíblico e histórico do que é um Pacto de Compromisso da Igreja, por que nós temos um Pacto e o que significa ser um povo que vive em Pacto uns com os outros. Assim é que iniciaremos hoje uma série de mensagens: O Pacto.
Hoje e em cada um de nossos cultos de celebração da Ceia do Senhor (e talvez até em algumas quartas-feiras ou domingos esporádicos), estudaremos as bases bíblicas e as práticas históricas para se ter um Pacto e como vivê-lo na comunhão da igreja. No final desta série, nossa intenção é que tenhamos um domingo especial de renovação da aliança na qual os membros da igreja reafirmarão solenemente nosso compromisso com Cristo e uns com os outros por meio do Pacto de Compromisso da nossa igreja.
DEFINIÇÃO
Começaremos com uma definição do termo “pacto” ou “aliança”. O dicionário define pacto como sendo “um ajuste, contrato, convenção entre duas ou mais pessoas; constituição que rege certos Estados confederados (p.ex., Suíça)”. Outra definição: pacto é “um acordo ou uma obrigação mútua, estabelecido deliberadamente e com solenidade” (Schaff-Herzog Encyclopedia, vol. 1, p. 562).
Mas há um problema com essa definição, pois estamos tratando de aliança entre Deus e o homem. Nesse caso, os termos do pacto não são mutuamente decididos. Deus não negocia com ninguém quanto ao grau de sua lealdade ao ser humano. Ele vem até nós e oferece um relacionamento de aliança com os termos já decididos por ele mesmo.
Salmo 111.9 | Ele pagou o resgate por seu povo, garantiu para sempre sua aliança [pacto] com eles; seu nome é santo e temível!
Juízes 2.20 |[…] este povo violou a minha aliança, que fiz com seus antepassados, e não me deu ouvidos, […]
Portanto, quando se trata de uma aliança entre Deus e o homem, há uma obrigação mútua, mas não uma determinação mútua de quais são os termos do pacto. Deus é quem vem a nós e estabelece o pacto, sabendo o que é melhor para nós; de nossa parte, nos achegamos a ele confiando em sua graça e obedecendo, ou não. Em um Pacto entre Deus e o homem, Deus estabelece as obrigações, não o homem.
OS PACTOS DE DEUS
A glória dos pactos de Deus com o homem é que Deus também se coloca sob o Pacto com promessas solenes. Por exemplo, observe os pactos que Deus mesmo fez com Noé, Abraão, Moisés e Davi:
Deus disse a Noé (Gn 9.11):“Sim, confirmo a minha aliançacom vocês. Nunca mais os seres vivos serão exterminados pelas águas; nunca mais a terra será destruída por um dilúvio”.
Deus disse a Abraão (Gn 17.2 e 4):“Farei uma aliançacom você e lhe darei uma descendência incontável”. […] “Esta é a minha aliançacom você: farei de você o pai de numerosas nações!”.
Deus disse a Moisés (Êx 34.10):“Faço hoje uma aliançacom você na presença de todo o seu povo. Realizarei maravilhas jamais vistas em nação alguma ou lugar algum da terra. E todos ao seu redor verão o poder do SENHOR, o poder temível que demonstrarei em seu favor.”.
Deus disse a Davi (Sl 89.4):“Estabelecerei seus descendentes como reis para sempre; eles se sentarão em seu trono de geração em geração”.
A glória dos pactos de Deus com o homem é que Deus mesmo se compromete com promessas solenes e graciosas. E quando chegamos ao Novo Testamento, por exemplo ao texto que lemos no início (Hebreus 8.6-13), vemos o contraste entre dois pactos ou alianças: antiga aliança e nova aliança. Ambos iniciados por Deus.
A razão pela qual esses pactos são relevantes para o nosso estudo do Pacto de Compromisso da Igreja é que ospactos de Deus, no Antigo e no Novo Testamento, foram projetados para trazer e formar um povo, reunindo-o em um relacionamento especial com Deus e uns com os outros.
O primeiro foi o pacto com Israel, que Deus fez quando tirou os hebreus de Egito. O segundo é o novo pacto, a nova aliança, o único que Deus fez com a igreja quando Jesus morreu por ela e ressuscitou dos mortos. A primeira aliança criou a nação de Israel e a nova aliança criou a Igreja, o verdadeiro Israel, o Israel espiritual, o Israel de Deus (Gl 6.16), que eventualmente receberá a nação convertida de Israel (Rm 11.25-27).
A principal diferença entre a “antiga aliança” (2Co 3.14) com Israel e a “nova aliança” (Hb 8.8, 10 e 13) com o Israel de Deus (a Igreja) é que, na nova aliança, Deus não só estabelece as obrigações de fé e obediência para o povo, ele também se compromete a criar a fé e a obediência em nosso coração (Hb 8.8-10).
8Mas, quando Deus viu que seu povo era culpado, disse: “Está chegando o dia, diz o Senhor, em que farei uma nova aliança [pacto] com o povo de Israel e de Judá. 9Não será como a aliança [pacto] que fiz com seus antepassados, quando os tomei pela mão e os conduzi para fora da terra do Egito. Não permaneceram fiéis à minha aliança, por isso lhes dei as costas, diz o Senhor. 10E esta é a nova aliança [novo pacto] que farei com o povo de Israel depois daqueles dias, diz o Senhor: Porei minhas leis em sua mente e as escreverei em seu coração. Serei o seu Deus, e eles serão o meu povo.
Portanto, o que torna as promessas melhores no novo pacto é que elas são promessas de que Deus fará com que seu povo cumpra as condições da aliança. Deus age em suas ovelhas, dando-as o desejo e o poder de realizarem aquilo que é do agrado dele (Fl 2.13). Assim, a primeira aliança era inferior, principalmente, porque não continha uma garantia divina de que não seria quebrada. Israel a quebrou. Mas a nova aliança tem uma garantia divina de obediência.
O que é realmente novo sobre o novo pacto é que Cristo o sela com seu sangue e compra não só a vida eterna para o povo da aliança, mas também a fé e a obediência que devemos ter para herdar a vida eterna (Ezequiel 11.19-20; 36.27).
Com efeito, na última Ceia, Jesus pegou o cálice e disse (Lc 22.20): “Este é o cálice da nova aliança, confirmada com o meu sangue, que é derramado como sacrifício por vocês”. Os “vocês” são a igreja, o novo Israel, os eleitos, as ovelhas que ouvem a voz de Jesus e o seguem. Então, o que aconteceu quando Jesus morreu foi o ato final, decisivo, soberano e invencível de Deus para criar um povo para si mesmo — não apenas comprando seu perdão, mas também adquirindo para eles fé e obediência para o cumprimento dos termos do pacto da nova aliança (Ez 11.19-20):
19Eu lhes darei um só coração e colocarei dentro deles um novo espírito. Removerei seu coração de pedra e lhes darei coração de carne, 20para que obedeçam a meus decretos e estatutos. Então eles serão o meu povo, e eu serei o seu Deus.
Você e eu existimos como cristãos por causa da força irresistível das promessas da nova aliança. A nova aliança cria a Igreja e garante que as portas do inferno não prevalecerão contra ela e nada a separará do amor de Deus. Deus deu a Igreja ao seu Filho como noiva, sob um pacto de casamento sagrado chamado de nova aliança. E nada vai destruir essa união.
O PORQUÊ DE UM PACTO
Essa, portanto, a razão pela qual é apropriado que igrejas locais sejam formadas como comunidades de aliança — assembléias que fazem pacto de ser a igreja um para o outro. Cristo nos criou pelo pacto de sermos seu povo, não apenas indivíduos, mas um povo — um corpo, uma noiva — para si mesmo. Para cumprir esse chamado da aliança, exige-se que formemos assembléias chamadas igrejas — igrejas visíveis — que, de alguma forma, façam uma aliança entre os membros para serem o corpo de Cristo um para o outro, para o mundo e para a glória de Deus.
Uma das razões pelas quais não sentimos a necessidade de uma aliança com membros nalguma igreja hoje é que tomamos a existência de igrejas locais como algo garantido. Há centenas delas apenas em Goiânia, por exemplo. Por isso, não costumamos fazer a pergunta: o que constitui um corpo local visível de crentes como uma igreja?
Mas volte no tempo, vá de volta ao início dos anos 1600 na América (berço dos Batistas no Brasil). Os primeiros Congregacionais e Batistas se debateram a respeito da formação de novas igrejas, eles se debateram para conceber o que torna um grupo de pessoas em uma igreja. A resposta dada, de novo e de novo, era que o que faz de um grupo de pessoas uma igreja é um Pacto, uma Aliança — um promessa solene e mútua de que crêem em Cristo, o adoram e servem uns aos outros.
Por exemplo, em 1649, em Cambridge, Massachusetts, John Cotton, Richard Mather e Ralph Partridge elaboraram um “modelo de governo da igreja” que arrasoava mais ou menos assim: Deus quer que seu povo se reúna em igrejas locais visíveis. Isso fica claro no Novo Testamento, por exemplo, nas cartas às sete igrejas da Ásia Menor, todas muito distintas uma das outras (Apocalipse 2–3).
Mas, eles foram além e disseram: Essa união visível não pode ser estabelecida pela mera “fé”, pois isso é invisível; nem por uma “profissão de fé vazia” de fatos, pois isso não torna uma pessoa parte de uma igreja particular ou outra; nem por “coabitação” (ou seja, viver na mesma comunidade), pois “ateus e infiéis podem morar na mesma cidade dos crentes”; nem pelo “batismo”, já que o batismo por si só não faz da pessoa parte de uma igreja particular.
O que estabelece a união visível de um grupo de crentes em uma igreja é que eles fazem um pacto entre si para ser a igreja. Esta é a origem do Pacto de Compromisso da Segunda Igreja Batista em Goiânia. Está enraizado no chamado soberano de Deus que cria um povo visível para si mesmo em cumprimento das promessas da nova aliança. E está enraizado secundariamente na necessidade bíblica de se tornar expressões locais daquele povo global da aliança.
RESPONSABILIDADES PACTUAIS
A Segunda Igreja Batista em Goiânia existe por causa de pactos de compromisso.
Primeiro, existimos por causa do compromisso da “nova aliança” (do novo pacto) de Deusem perdoar nossos pecados, gravar sua lei no nosso coração, tornar-nos seu povo e ser nosso Deus.
Segundo, existimos por causa do compromisso do nosso próprio “Pacto de Compromisso da Igreja”: crer em Cristo, professar publicamente nossa fé em Cristo através do batismo, adorar a Deus e amar uns aos outros segundo as maneiras ordenadas no Novo Testamento.
Precisamos entender melhor tudo isso, muito mais do que hoje compreendemos ou se quer sabemos ser necessário. Precisamos levar tudo isso (significado e valor do Pacto de Compromisso da igreja) ao centro de nosso processo de membresia, à manutenção de nosso rol de membros.
Despertar o significado de ser um povo da aliança nos fará percorrer um longo caminho, mas indispensável. Ser o que precisamos ser como igreja local, à partir desse nosso ano de Jubileu de Brilhante, requererá de nós muito mais do que conhecer, apreciar e viver o Pacto de Compromisso da igreja, mas certamente não requererá menos do que isso. Seja sobre nós a graça do SENHOR nosso Deus. Abençoe-nos o SENHOR com entendimento e compromisso: com Cristo e com o corpo de Cristo.
S.D.G. L.B.Peixoto
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