23.03.2025
[Para começar, convido vocês a lerem comigo estes poucos versículos, que introduzem o trecho de Números que estudaremos hoje à noite:]
Números 1.1 (NVT)
1No primeiro dia do segundo mês, no segundo ano desde a saída dos israelitas do Egito, o Senhor falou a Moisés na tenda do encontro, no deserto do Sinai, […]
Você já se perguntou o que significa andar com Deus? Aliás, você tem o desejo de andar com ele? Creio que não preciso convencê-lo de que não há amigo ou companhia melhor do que Deus. Abraão, por exemplo, “foi chamado amigo de Deus” (Tg 2.23; cf. 2Cr 20.7; Is 41.8). Haveria amigo melhor? Você é amigo de Deus? Você anda com ele?
O livro de Números, como mencionamos na semana passada, pode ser considerado um comentário bíblico sobre o significado de “andar com Deus”.
Um ano havia se passado desde o êxodo do Egito. Muita coisa já acontecera —momentos elevados de glória e quedas horríveis — como lemos em Êxodo e Levítico, livros que exploramos em nossas séries de mensagens anteriores.
Agora, Israel se preparava para seguir viagem, andar com Deus, atravessar o deserto e conquistar a Terra Prometida. No entanto, devido à incredulidade, rebeldia e constantes murmurações — aspectos que abordaremos adiante, ainda nessa série de mensagens no livro de Números —, essa primeira geração não entraria na terra; seria a segunda geração que finalmente tomaria posse de Canaã. Ainda assim, o plano original era que o povo entrasse, e, para isso, Deus lhes deu as primeiras instruções. Essas orientações formam a base do verdadeiro significado de andar com Deus.
Na próxima mensagem, nos deteremos nessas instruções; hoje, porém, avaliaremos os privilégios de quem anda com Deus.
Os Privilégios de Quem Anda com Deus
O versículo de abertura encapsula os privilégios de quem anda com Deus: a verdade central de que o SENHOR é um Deus que fala ao seu povo e age em favor dele. De fato, aqui estão os dois grandes eixos doutrinários da Bíblia Sagrada: revelação e redenção.
Números 1.1 (NVT)
1No primeiro dia do segundo mês, no segundo ano desde a saída dos israelitas do Egito, o Senhor falou a Moisés na tenda do encontro, no deserto do Sinai, […]
Deus fala — ele se revela ao seu povo
O povo de Israel foi privilegiado porque Deus se comunicou com eles, revelou-se a eles. Em nítido contraste com os deuses mudos e cegos (Is 44.9-20) dos povos vizinhos, “o Senhor falou a Moisés” (Nm 1.1). Essa afirmação inicial caracteriza todo o livro, no qual, mais de 150 vezes e cerca de vinte maneiras diferentes, é dito que o Deus de Israel declarou algo especial ao seu povo.
Deus falou por meio de um servo escolhido: “o Senhor falou a Moisés” (1.1). Esse homem foi designado e capacitado para uma missão histórica: conduzir o povo de Deus da escravidão à liberdade. A ele foi concedida autoridade única — inspiração divina mesmo — para receber e transmitir essa revelação, que foi preservada na Bíblia Sagrada.
Deus falou em um lugar designado, na “tenda do encontro” (1.1). Os detalhes minuciosos sobre as medidas, a construção e os utensílios desse centro portátil de adoração são preservados na narrativa do Êxodo (Êx 25–31; 35–40). Os primeiros capítulos de Números tratam de sua localização (Nm 2.2), cuidado (Nm 3.5-8, 21-38), proteção (Nm 3.9-10), transporte (Nm 4.33), manutenção (Nm 7.1-89), iluminação (Nm 8.1-4) e singularidade (Nm 9.15-23). Vários eventos-chave nos capítulos seguintes ocorrem na “tenda do encontro”, onde Deus dá suas ordens, revela sua vontade, vindica seus servos, expressa seu desagrado e manifesta sua misericórdia.
Deus falou em um momento crucial. Ele conversou com Moisés nessa tenda, “no deserto do Sinai” (1.1), um ano após os israelitas terem sido libertos da tirania egípcia. Eles permaneceram junto ao monte Sinai enquanto Moisés comunicava ao povo as promessas da aliança de Deus, um acordo selado na lei e nos mandamentos entregues.
Essa permanência necessária para receber as tábuas da lei foi marcada, na raiz, por incredulidade, a qual se desdobrou em impaciência, idolatria (Êx 32.1), desrespeito (Êx 32.2), deslealdade (Êx 32.4), ingratidão (Êx 32.5), sincretismo (Êx 32.6), irreverência e devassidão. No entanto, graciosamente perdoados, o povo restaurado estava agora pronto para sua longa jornada pelo deserto. A travessia era repleta de perigos, e poucos entre eles conseguiram encarar o futuro com plena confiança; mas, se Deus estivesse no meio deles para falar com eles e se, por sua vez, recebessem com fé as instruções do Senhor e praticassem a obediência, tudo poderia correr bem.
Este versículo inicial traz um lembrete importante ao leitor contemporâneo: Deus continua a nos falar, de maneira única, por meio das Escrituras. Em várias passagens, Números nos alerta contra a incredulidade, a indiferença, a irreverência ou a rejeição arrogante dessa Palavra. A mensagem pode não ser inicialmente agradável ou bem recebida, mas diversos episódios neste livro indicam que a recusa em aceitar a palavra de Deus priva os incrédulos e desobedientes da alegria e da paz.
Deus age — ele redime seu povo
Deus falou claramente ao seu povo no segundo ano após a saída do Egito: “No primeiro dia do segundo mês, no segundo ano desde a saída dos israelitas do Egito, o Senhor falou” (Nm 1.1). Ele não apenas emitiu ordens; ele agiu poderosamente em favor deles. A singularidade dessa revelação é confirmada pelo milagre da redenção.
Somente Deus poderia realizar uma libertação tão rápida e completa após quatro séculos de opressão despotista sofrida no Egito. O Senhor é mais do que uma voz majestosa trovejando das alturas distantes do Sinai. O mesmo Deus que os havia libertado miraculosamente “da mão dos egípcios” (Êx 3.7-8) estava determinado a cumprir a segunda parte da promessa feita ao pé daquele mesmo monte, quando Moisés viu a sarça ardendo sem se consumir. O Senhor não apenas os tirou da escravidão, mas os conduziria a “uma terra que mana leite e mel” (Êx 3.7-8). Ele é um Deus redentor, sempre agindo com poder e misericórdia na vida daqueles que se dispõem a ouvir sua voz.
Esse é o enorme privilégio de quem anda com Deus.
Assim, nas palavras iniciais desse registro da jornada marcante de Israel, o leitor é lembrado de que essa comunidade privilegiada foi tirada do Egito. A obra, entretanto, não estava terminada.
Durante a jornada, o povo necessitaria de novas libertações — às vezes de perigos externos, mas com mais frequência de inimigos internos. Deus venceria ameaças como fome, sede e exércitos hostis, mas haveria ocasiões em que os israelitas não se voltariam a ele com fé para pedir ajuda contra adversários ainda mais traiçoeiros, como descontentamento e murmuração (Nm 11.1-9), orgulho e insubordinação (Nm 12.1-3), medo (Nm 13.27-29), dúvida (Nm 13.30-33), desespero (Nm 14.1-4), incredulidade (Nm 14.5-10), desobediência (Nm 14.39-45), insurreição (Nm 16.1-14), queixas persistentes (Nm 16.41; 17.5), espírito contencioso (Nm 20.2-5), idolatria e imoralidade (Nm 25.1-2), para citarmos apenas alguns pecados.
A lembrança da redenção do Egito na frase introdutória de Números recorda a cada um dos membros do povo que, uma vez libertos da condenação do pecado, todos os crentes precisam da contínua obra salvadora de Cristo — isso se chama santificação. Assim como os escravos israelitas foram gloriosamente libertos, também nós fomos, mas necessitamos da libertação contínua prometida e possibilitada pelo poder do Espírito Santo. — A salvação, em termos bíblicos, é tridimensional: fomos salvos da pena do pecado, estamos sendo salvos de seu poder e, finalmente, no céu, seremos salvos de sua presença (1Co 1.18; Rm 8.12-13).
Deus conhece — ele se compadece de seu povo
Deus fala. Deus age. Mas há outro privilégio reservado àqueles que andam com Deus: Deus conhece. E o que exatamente ele conhece? Deus conhece a realidade de quem anda com ele — e se compadece.
Deus conhece o momento e o estado do seu povo. Ora, essa gente estava “no deserto do Sinais”, e, mais especificamente, a data: “No primeiro dia do segundo mês, no segundo ano desde a saída dos israelitas do Egito” (1.1)! Isto é, a caminhada do povo de Deus está cravada na história, tem geografia e calendário. Essa caminhada, portanto, não é fruto de especulação imaginativa nem de misticismo vago, mas se dá nas realidades do seu, do nosso mundo comum: “No primeiro dia do segundo mês, no segundo ano desde a saída dos israelitas do Egito […] no deserto do Sinai” (Nm 1.1).
Note a ênfase em conhecer os tempos e os lugares, em celebrar, recordar e reviver os momentos e locais exatos. É importante lembrar disso quando dúvidas e medos nos cercam. Mesmo quando estamos perdidos ou sozinhos, podemos ter a certeza de que Deus se revelou em fatos concretos da história e continua a fazê-lo, na hora certa, na hora dele.
Deus conhece o momento e o estado do seu povo. E se lembra dele.
Deus se lembrou de Noé
Gênesis 7.24–8.1 (NVT) 24E as águas do dilúvio cobriram a terra por 150 dias. 8.1Então Deus se lembrou de Noé e de todos os animais selvagens e domésticos que estavam com ele na arca. Deus fez soprar um vento sobre a terra, e as águas do dilúvio começaram a baixar.
Deus se lembrou dos israelitas
Êxodo 2.23-25 (NVT) 23Depois de muitos anos, o rei do Egito morreu. Os israelitas, porém, continuavam a gemer sob o peso da escravidão. Clamaram por socorro, e seu clamor subiu até Deus. 24Ele ouviu os gemidos e se lembrou da aliança que havia feito com Abraão, Isaque e Jacó. 25Olhou para os israelitas e percebeu sua necessidade.
Porque Deus jamais se esquece do povo da sua aliança, daqueles que andam com ele e perseveram na fé, os lábios desse povo jamais deixam de ter o que cantar em celebração e louvor ao seu Deus:
Salmo 98.1-3 (NVT)
1Cantem ao Senhor um cântico novo,
pois ele fez maravilhas;
sua mão direita e seu braço santo conquistaram a vitória!
2O Senhor anunciou seu poder de salvar
e revelou sua justiça às nações.
3Lembrou-se de seu amor e fidelidade a Israel;
os confins da terra viram a vitória de nosso Deus.
Deus conhece o momento e o estado do seu povo. E se lembra dele.
Foi essa certeza que manteve viva a fé de Israel por séculos, até o nascimento do Messias, Jesus, em um contexto, uma data e um local específicos, predeterminado pelo próprio Deus. Foi então que Deus se lembrou de nós.
Lucas 2.1-7 (NVT)
1Naqueles dias, o imperador Augusto decretou um recenseamento em todo o império romano. 2(Esse foi o primeiro recenseamento realizado quando Quirino era governador da Síria.) 3Todos voltaram à cidade de origem para se registrar. 4Por ser descendente do rei Davi, José viajou da cidade de Nazaré da Galileia para Belém, na Judeia, terra natal de Davi, 5levando consigo Maria, sua noiva, que estava grávida.
6E, estando eles ali, chegou a hora de nascer o bebê. 7Ela deu à luz seu primeiro filho, um menino. Envolveu-o em faixas de pano e deitou-o numa manjedoura, porque não havia lugar para eles na hospedaria.
Esse é o privilégio de quem anda com Deus: ele fala com essa pessoa, age em seu favor, conhece seu momento e seu estado e jamais se esquece dela.
Deus conhece a vulnerabilidade dos que são seus. A narrativa de Números prossegue descrevendo o evento que dá nome ao livro. Moisés é ordenado a contar todos os homens israelitas com mais de 20 anos (Nm 1.2-3): “Realize um censo de toda a comunidade de Israel, de acordo com seus clãs e famílias. Faça uma lista de todos os homens de 20 anos para cima, aptos para irem à guerra.”
Considerando a riqueza que haviam trazido do Egito (Êx 11.2; 12.35-36), poderiam ser alvo fácil de ataques de bandos de saqueadores. Um exército, portanto, era necessário para a defesa imediata. Mas, ainda mais, esse exército seria importante para a futura conquista de Canaã. O plano de Deus era que avançassem gradualmente por aquele vasto deserto e, sob condições adequadas de viagem, chegassem aos limites de Canaã em poucas semanas (Nm 1.2). Então, tropas certamente seriam indispensáveis tanto para a segurança da viagem quanto para a conquista da Terra Prometida.
Só que…
Infelizmente, esses soldados em potencial morreram no deserto; é o segundo censo do livro (Nm 26.1-65) que registra os nomes daqueles que de fato entraram em Canaã. A primeira lista tornou-se um catálogo trágico de incrédulos, murmuradores, e rebeldes — pessoas que não confiaram em Deus nem cumpriram sua missão, um lembrete melancólico das oportunidades perdidas na vida. Entre o primeiro e o segundo censos deste livro está a triste história do fracasso de Israel em crer no Deus que fala, age e conhece intimamente seu povo. Eles não obedeceram à sua voz nem confiaram em seu poder.
Deus conhece pessoalmente os que são seus. Os registros de Números, contrariando o tédio que muitas vezes sentimos ao ler longas listas de nomes, enfatizam a importância do indivíduo, listando cada homem pelo nome, um por um, “conforme sua linhagem, de acordo com seus clãs e famílias. Os homens de 20 anos para cima” (Nm 1.2, 18, 20). Leia o texto todo:
Números 1.1-5 (NVT)
1No primeiro dia do segundo mês,* no segundo ano desde a saída dos israelitas do Egito, o Senhor falou a Moisés na tenda do encontro, no deserto do Sinai, e disse: 2“Realize um censo de toda a comunidade de Israel, de acordo com seus clãs e famílias. Faça uma lista de todos os homens 3de 20 anos para cima, aptos para irem à guerra. Você e Arão registrarão os soldados 4com a ajuda do chefe dos clãs de cada uma das tribos. 5“Estes são os chefes dos clãs que os ajudarão, conforme suas tribos: […]
As necessidades da comunidade em geral não obscureciam o valor de cada pessoa cujo nome foi registrado. Foi uma realização notável. Embora seu propósito fosse calcular as tropas, esse registro levou Israel a tomar consciência de sua ancestralidade.
Os indivíduos pertenciam a famílias, cada família fazia parte de um clã, e numerosos clãs formavam as diversas tribos, as quais, por sua vez, compunham a nação. Eles podiam traçar sua história ao longo das gerações até chegar aos filhos de Jacó (Gn 49.1-28), que iniciaram sua vida na terra que seus sucessores deveriam ocupar.
Os peregrinos estavam a caminho de casa, e cada um importava para Deus.
Vivemos em uma sociedade despersonalizada. Uma tecnologia brilhantemente intrincada reduziu quase tudo a números de IP, PIN, códigos de barras e QR Codes. O encontro presencial corre o risco de se tornar uma raridade social. Há hoje até igrejas virtuais ou digitais. As salas de bate-papo ou reunião via internet substituíram o contato face a face. Parceiros de negócios conversam entre si em diferentes partes do mundo sem se encontrarem pessoalmente; temos acesso informatizado a pessoas do outro lado do planeta, mas, muitas vezes, permanecemos alheios às necessidades urgentes de um vizinho ao lado.
O livro de Números preserva a história de uma vasta comunidade, mas também nos confronta com a influência e o valor do indivíduo. O elemento “um a um” não é negligenciado, porque Deus conhece pessoalmente os que são seus. E isso é um privilégio.
Deus usa — ele convoca seu povo para a missão
Embora a importância do indivíduo seja frequentemente enfatizada no livro de Números, o povo aprende, desde o início, que cada um desempenha um papel de apoio e interdependência na comunidade. Para que concluam com êxito a perigosa travessia pelo deserto, a definição de tarefas é essencial. Muitos dos erros e fracassos registrados mais tarde podem ser atribuídos a indivíduos que se recusaram a reconhecer esse princípio fundamental.
Moisés e Arão deveriam conduzir o censo com a ajuda de um homem de cada tribo: um “chefe dos clãs de cada uma das tribos… os chefes dos clãs que os ajudarão, conforme suas tribos… os representantes escolhidos da comunidade, líderes das tribos de seus antepassados, chefes dos clãs de Israel” (Nm 1.4-5, 16).
Moisés não poderia realizar essa imensa tarefa sem o auxílio de uma equipe leal. Ele valorizava, por exemplo, os dons administrativos de Itamar, filho de Arão (Nm 4.27-28, 33), as habilidades práticas de Hobabe, um viajante experiente no terreno hostil do deserto (Nm 10.29-32), a parceria inabalável de Calebe (Nm 14.24) e o apoio confiável de Josué e do sacerdote Eleazar (Nm 27.15-23).
Tarefas específicas são designadas aos líderes dos clãs (Nm 1.16); o papel dos sacerdotes não deve ser usurpado arrogantemente por outros (Nm 16.1-35); e os levitas recebem instruções claras sobre onde devem viver no acampamento, quais deveres específicos podem exercer, como devem viajar em caravana e o que devem fazer em seu serviço a Deus. Por fim, “encarregaram cada homem de sua tarefa e lhe disseram o que devia transportar.” (Nm 4.49).
Os indivíduos devem reconhecer sua dependência uns dos outros.
Esse tema da interdependência se desenvolve ao longo das Escrituras, alcançando sua expressão mais sublime na realidade neotestamentária da igreja, onde os cristãos são relacionados uns aos outros como membros de um corpo, pedras de um edifício e cooperadores em uma obra grandiosa (Rm 12.3-9; 1Co 3.6-9; 12.4-31; 1Pe 2.5). Pertencemos uns aos outros, e qualquer coisa que prejudique esse relacionamento afeta toda a comunidade.
Deus capacita — ele os supre para servirem
Os nomes daqueles que auxiliariam Moisés no censo são dignos de reflexão.
Números 1.5-16 (NVT)
5“Estes são os chefes dos clãs que os ajudarão, conforme suas tribos:
da tribo de Rúben, Elizur, filho de Sedeur;
6da tribo de Simeão, Selumiel, filho de Zurisadai;
7da tribo de Judá, Naassom, filho de Aminadabe;
8da tribo de Issacar, Natanael, filho de Zuar;
9da tribo de Zebulom, Eliabe, filho de Helom;
10da tribo de Efraim, filho de José, Elisama, filho de Amiúde;
da tribo de Manassés, filho de José, Gamaliel, filho de Pedazur;
11da tribo de Benjamim, Abidã, filho de Gideoni;
12da tribo de Dã, Aieser, filho de Amisadai;
13da tribo de Aser, Pagiel, filho de Ocrã;
14da tribo de Gade, Eliasafe, filho de Deuel;
15da tribo de Naftali, Aira, filho de Enã.
16Esses são os representantes escolhidos da comunidade, líderes das tribos de seus antepassados, chefes dos clãs de Israel”.
Muitos continham o nome divino e, ao longo dos anos, testemunharam a fé de seus pais em tempos difíceis. No Egito, eles não podiam viver e agir conforme a fé que professavam, mas mantiveram viva a chama da fé em suas famílias, dando a seus filhos nomes que preservavam grandes verdades sobre o Deus a quem amavam e honravam.
Elizur (Nm 1.5) significava “Deus é uma rocha”, e Zurisadai (1.6), “minha rocha é o Todo-Poderoso”, expressando força e proteção confiáveis nas experiências cruéis da vida. Sedeur (1.5) significava “o Todo-Poderoso é uma luz”, uma chama de brilho inextinguível nas trevas da opressão egípcia. Selumiel (1.6), “Deus é minha salvação”, Gamaliel (1.10), “Deus é minha recompensa”, e Pedazur (1.10), “a Rocha redime”, expressavam confiança na promessa do Senhor e esperança por dias melhores. Natanael (1.8), “Deus concedeu”, demonstrava a consciência de pelo menos uma família sobre a generosidade do Senhor. Eliabe (1.9), “meu Deus é Pai”, falava do seu cuidado infalível, e Elisama (1.10), “meu Deus ouviu”, declarava que o ouvido divino estava sempre atento ao clamor do seu povo.
Se fossem fiéis aos seus nomes, esses homens escolhidos (Nm 1.5-16) teriam tanto a contribuir espiritualmente quanto administrativamente para essa missão. O que somos diante de Deus é infinitamente mais importante do que aquilo que fazemos, mas o que fazemos reflete se somos verdadeiramente discípulos de Cristo.
“Então Jesus disse aos judeus que haviam crido nele: Se vocês permanecerem na minha palavra, são verdadeiramente meus discípulos,” (João 8.31 — NAA)
Quantos privilégios têm aqueles que andam com Deus! Ele se revela a eles, fala com eles e age em seu favor, salvando-os e santificando-os. O Senhor os conhece pelo nome, sabe onde estão e pelo que estão passando. Além disso, usa-os para a sua glória e os capacita com o seu poder. Não há privilégio maior do que esse.
O privilégio torna-se ainda maior quando trazemos Jesus Cristo para a história.
Cristo é a palavra final de Deus aos homens. Ele não apenas falou, mas também agiu, vindo ao mundo para buscar e salvar os que estavam perdidos. Ele conhece e chama as ovelhas do Pai pelo nome; elas ouvem a sua voz e o seguem. Dele recebem poder espiritual para vencer o mundo, a carne e o diabo. Além disso, são capacitadas para servir umas às outras, guiadas pela Palavra e iluminadas pelo Espírito Santo.
Não há privilégio maior do que este: ser conhecido e amado por Deus, ser inserido por ele na igreja de Cristo e capacitado para servir, vivendo para a sua gloriosa graça.
Você já provou desse privilégio?
Prove e veja.
Arrependa-se. Venha a Cristo pela fé. Ande com Deus.
S.D.G. L.B.Peixoto
Mais Sermões
Mais Séries
Privilégios
Pr. Leandro B. Peixoto