02.06.2019
PROCURA-SE HOMEM!
Ezequiel 22.30
(Nova Almeida Atualizada 2017) [Diz o Senhor Deus:] Procurei entre eles um homem que reconstruísse a muralha e se colocasse na brecha diante de mim, a favor desta terra, para que eu não a destruísse, mas não encontrei ninguém.
SOCIEDADE ANTI-HOMEM
O Ocidente tornou-se anti-homem! — Esta é a tese de Helen Smith, doutora em psicologia forense e assuntos relacionados à masculinidade. O Tema é abordado em um de seus livros, lançado em 2013: Homens em greve: por que os homens estão boicotando o casamento, a paternidade e o sonho americano — e por que o assunto é importante(Men on Strike: Why Men Are Boycotting Marriage, Fatherhood, and the American Dream — And Why It Matters).
O argumento da Dra. Smith é que os homens sentem na pele a reação adversa da cultura anti-homem, que a cada dia que passa nem ao menos permite elogios ou destaque à masculinidade e, portanto, eles estão, consciente e inconscientemente, entrando em greve — estão abandonando a faculdade, deixando a força de trabalho e evitando o casamento e a paternidade em números alarmantes.
Essa tendência ao “boicote” dos homens, afirma a autora, é tão gritante que nos últimos tempos vários livros foram escritos sobre o fenômeno do “homem-criança”, “homem-infantil ou “homem que não quer amadurecer”, demonstrando que os homens tiraram férias da responsabilidade simplesmente porque entregaram os pontos. Afinal, argumenta Helen Smith, por que eles deveriam participar de um sistema que parece estar cada vez mais contra eles?
Como mostra Homens em greve, os homens não estão desistindo do papel masculino na sociedade simplesmente porque estão presos em um desenvolvimento interrompido. Eles estão, ao contrário, agindo racionalmente em resposta à falta de incentivos que a sociedade lhes oferece para serem pais, maridos e provedores responsáveis. Além disso, os homens estão entrando em greve, consciente ou inconscientemente, porque não querem ser feridos pela miríade de leis, atitudes e hostilidade contra eles pelo “crime” de simplesmente acontecer de eles serem homens no século XXI.
Quando o assunto é a crise da masculinidade, a mídia normalmente se atém a aspectos superficiais da questão, como o conceito inventado de metrossexual, o sucesso dos medicamentos contra disfunção erétil ou a eterna pré-adolescência do homem moderno.
Tratando do problema das mudanças na definição de masculinidade, Susan Faludi no livro Domados: como a cultura traiu o homem americano(1999), argumenta que a principal dessas mudanças seria caracterizada pela passagem de um modelo econômico de produção para o atual modelo de prestação de serviços e consumo. Escreve a autora:
Passamos fundamentalmente de uma sociedade que produziu uma cultura para uma cultura enraizada em nenhuma sociedade real. (…) [Antes] vivíamos em uma sociedade na qual os homens, em particular, participavam sendo úteis na vida pública. Agora estamos cercados por uma cultura que incentiva as pessoas a desempenharem quase nenhum papel público funcional, apenas decorativo ou consumidor.
Antes, o homem era visto como sujeito ativo, exercendo as funções de provedor e protetor da sua família e dos interesses sociais, mas hoje a masculinidade festejada pela sociedade de consumo seria meramente ornamental, retirando do homem a sensação de que ele pudesse ter qualquer aplicação ou finalidade. Faludi, portanto, chega à conclusão de que vivemos em um sistema alienante tanto para homens como para mulheres.
PROCURA-SE HOMEM!
O tema é tão vasto quanto é curto o nosso tempo para esta reflexão. Logo, o objetivo nesta ocasião, no Dia do Homem Batista, é apontar que, assim como nos dias do profeta Ezequiel, hoje nós também precisamos de homem: homem que possa reconstruir a muralha e se colocasse na brecha diante do Senhor Deus, a favor desta terra, para que Deus não nos destrua. Ouça a palavra do profeta, falando em nome de Deus (Ez 22):
(Nova Almeida Atualizada 2017)30 — “Procurei entre eles um homem que reconstruísse a muralha e se colocasse na brecha diante de mim, a favor desta terra, para que eu não a destruísse, mas não encontrei ninguém. 31Por isso, derramarei sobre eles a minha indignação, e com o fogo do meu furor os consumirei. Farei cair sobre a cabeça deles o castigo que os seus atos merecem”, diz o Senhor Deus.
Procura-se homem que possa, em primeiro lugar, reconstruir, recomendar e reverberar na sua vida, com palavras e posturas, a muralha da identidade bíblica masculina — a muralha da masculinidade bíblica, que, segundo John Piper, seria mais ou menos assim:
No coração da masculinidade madura, há um senso de responsabilidade benevolente para liderar, sustentar e proteger a mulher de maneira apropriada aos diferentes relacionamentos do homem.
Procura-se homem que possa, em segundo lugar, se colocar na brecha diante de Deus pela sociedade: homens que oram e intercedem como Moisés (Sl 106):
20Trocaram seu Deus glorioso pela estátua de um boi que come capim. 21Esqueceram-se de Deus, seu salvador, que havia feito coisas grandiosas no Egito, 22atos maravilhosos na terra de Cam, feitos notáveis no mar Vermelho. 23Por isso, declarou que os destruiria, mas Moisés, seu escolhido, pôs-se entre ele e o povo e suplicou-lhe que afastasse sua ira e não os destruísse.
Homens que agem e reagem conforme prescreveu Paulo (1Tm 2.8):
Quero, portanto, que em todo lugar de culto os homens orem com mãos santas levantadas, livres de ira e de controvérsias.
Procura-se homem que seja masculinamente bíblico e que ore e interceda diante de Deus.
S.D.G. L.B.Peixoto
From Boy to Man
The Marks of Manhood
Albert Mohler
Biblical maturity sufficient to lead at some level in the church.
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