16.12.2018
A PROMESSA DO NATAL
Isaías 7.14
Por isso, o Senhor mesmo lhes dará um sinal. Vejam! A virgem ficará grávida! Ela dará à luz um filho e o chamará de Emanuel.
O NATAL CHEGOU
Estamos a menos de dez dias do Natal! Nesta época do ano as pessoas se transformam. Começam a praticar boas-ações, enfeitam a casa, enviam mensagens de paz, planejam as comemorações de fim de ano, definem os presentes… Parece que o espírito se transforma e, tomadas por um sentimento de bondade, as pessoas se aproximam do próximo de forma tão terna que encanta e chama a atenção.
Além do espírito natalino, outra coisa que impressiona neste período são as tentativas de se explicar o Natal. Dizem, por exemplo, que Natal é tempo de refletir, sonhar, celebrar, repartir, compartilhar, agradecer, renovar esperanças e por aí afora.
Observando o ser humano e ponderando sobre as maneiras como ele se expressa no mês de dezembro, fica evidente que, para a maioria, o Natal é um sentimento vazio, desprovido de qualquer conteúdo concreto. Algo que brota do fundo de almas sedentas por sentido e ávidas por um mundo melhor. Tudo bem que alguns falam de Jesus. Mas, de que Jesus essas pessoas estão falando? Não seria um Jesus genérico, aquele do altar ao deus desconhecido dos atenienses (Atos 17.22-31)? Parece que sim!
Pensando nisto é que hoje pela manhã, e até a virada do ano e talvez início do novo ano, refletiremos sobre o Natal. Abriremos alguns dos principais textos da Bíblia e buscaremos compreender o que de fato significa o Natal e como ele nos transforma.
O LIVRO DO NATAL
Para estudar sobre o Natal, poderíamos abrir os textos dos Evangelhos que contam a história do nascimento de Jesus. Essa é a trilha que comumente nós seguimos. Este ano, no entanto, Deus nos guiará por outro caminho. Não é outro caminho por se tratar de um caminho diferente do caminho apontado pelos Evangelhos, mas por ser um caminho anterior ao dos Evangelhos e que, na verdade, desemboca nos Evangelhos.
Abriremos alguns textos proféticos de Isaías e buscaremos neles a resposta que tanto precisamos: O que é o Natal? Começaremos pela profecia de Isaías capítulo 7. Antes dessa, no entanto, há outra profecia. Estamos falando de Isaías 4.2, que diz:
Naquele dia, porém, o renovo do SENHOR será belo e glorioso; o fruto da terra será o orgulho e o esplendor de todos que sobreviverem em Israel.
A questão é que a profecia natalina mais evidente em Isaías começa no capítulo 7 e se estende até o capítulo 12. Dessa forma, os capítulos 6 a 12 de Isaías têm, por muitos, sido chamados de O Livro de Emanuel— para nós, O Livro do Natal(Isaías 7 a 12).
Quando abrimos O Livro do Natal, encontramos pelo menos cinco capítulos impressionantes.
Capítulo 1: A Promessa do Natal(Is 7.1-17)
Capítulo 2: A Chegada do Natal(Is 9.1-7)
Capítulo 3: A Criança do Natal(Is 9.6)
Capítulo 4: A Grandeza do Natal(Is 11.1-16)
Capítulo 5: A Celebração do Natal (Is 12.1-6)
Capítulo 1: A PROMESSA DO NATAL
Iniciaremos essa jornada, hoje pela manhã, no capítulo 1 do Livro do Natal: A Promessa do Natal.
Isaías 7.14
Por isso, o Senhor mesmo lhes dará um sinal. Vejam! A virgem ficará grávida! Ela dará à luz um filho e o chamará de Emanuel.
O NASCIMENTO VIRGINAL DE JESUS
O nascimento virginal de Jesus sempre esteve sob ataque. Um dos fundamentos do cristianismo, aquele que afirma que Maria concebeu o menino Jesus milagrosamente, pelo Espírito Santo, mantendo-se virgem, ou seja, sem qualquer relação sexual, sempre foi rechaçado pelos céticos e descrentes. Thomas Jefferson, por exemplo, o filósofo político, filho do Iluminismo de seu tempo, adepto das ideias de John Locke e o terceiro presidente dos EUA (1801-1809), certa vez fez uma declaração que estarreceu os cristãos norte-americanos. Assim afirmou aquele deísta e filósofo naturalista:
Chegará o dia quando o nascimento virginal de Jesus Cristo será classificado naquele mesmo grupo de mitos como, por exemplo, o da concepção de Minerva na mente de Zeus.
Veja, portanto, que para Thomas Jefferson (e para todos e céticos como ele, em todos os tempos), o nascimento virginal de Jesus não passa de outro mito ou fábula que as pessoas criaram. Entre esses, infelizmente, estão inseridos inclusive alguns que se denominam cristãos (são os teólogos e cristãos liberais). Tais pessoas afirmam ser cristãs, querem ser reconhecidas como tal, mas insistem em negar uma das doutrinas centrais da fé cristã: o nascimento virginal de Jesus.
Geralmente, argumentarão dizendo mais ou menos assim:
Veja bem, esse ensino sobre o nascimento virginal é simplesmente como um dos vários mitos sobre homem-deus que estavam permeando a cultura grega à época do início do cristianismo primitivo. Sem dúvida, os primeiros cristãos pegaram emprestadas algumas dessas idéias que eram comuns no pensamento grego. Eles simplesmente adaptaram esses temas aos seus propósitos, que era o de expressar a singularidade da maneira pela qual Deus nos visitou em Jesus Cristo. Não passa de mito! É tudo influência da mitologia grega.
Você já ouviu argumento parecido? Pois bem, sempre foi assim para a mente cética e descrente, principalmente após o Iluminismo (ou era da razão) na Europa.
SEM FÉ, O HOMEM CAI!
Em resposta a toda essa crítica, pretendemos dizer apenas o seguinte: a única maneira de alguém crer assim, nos termos que acabamos de expor, é deixar de crer por completo — buscando esperança na “coragem” (niilismo). Tentar anular os fundamentos da fé cristã, nada mais é do que crer que é possível deixar de crer. É cair no desespero.
A era da razãoou Iluminismo não foi uma tentativa de se deixar de crer, mas uma tentativa de se crer noutra coisa, de se crer de outra maneira. Deixava-se de crer em Deus para se crer na razão. Era, e ainda é, apenas uma tentativa de se rebelar contra o Criador, colocando em seu lugar o crivo da razão.
Em essência, o ateísmo e o “cristianismo” liberal não é um problema de razão (cognitivo), mas de coração (volitivo). É uma maneira de o homem se rebelar contra o Criador, conforme declarou o salmista (Sl 14.1):
Os tolo dizem em seu coração: “Não há Deus”.
Percebeu a raiz do problema? É o coração incrédulo.
Tudo começou lá no Éden. Desde então, o ser humano vive atolado em crises. Tudo consequência do pecado no mundo, consequência de nossa rebelião inicial, conforme está descrito em Gênesis 3. Deixar de crer nisso, deixar de buscar a solução para isso através do arrependimento e da fé em Cristo — que é a solução de Deus para o caos no qual nos encontramos — para se tornar alguém de “razão”, de inteligência, alguém evoluído, é decretar a ruína pessoal.
Foi precisamente isso que Acaz ouviu de Isaías: “Acaz, não queira ser ‘inteligente’ de seu próprio jeito, não queira dar conta do caos que está a sua vida, e à volta da sociedade que você governa, de sua própria maneira, não queira deixar Deus de lado de sua vida e de seus problemas. Sabe por quê? [Ouça Isaías 7.9] ‘Se vocês não crerem com firmeza, não permanecerão firmes.’”
Está aí a grande verdade que o homem moderno precisa ouvir e aceitar! Sem fé nas promessas de Deus ele não resiste e cai, destruindo-se trágica e eternamente. Basta olharmos ao redor para constatarmos o tanto de gente prostrada por tentar viver sem Deus, ou de uma religiosidade vazia, conveniente.
Deixemos a história de Acaz nos informar melhor sobre o que estamos destacando. Nesta história, veremos que a solução para a nossa vida não está em nos “sofisticarmos”, afastando-nos das verdades de Deus, mas em nos apegarmos ao que ele diz e promete em sua Palavra. Tudo começa com A Promessa do Natal.
A PROPOSTA HUMANA
Como é bela a promessa do Natal (Is 7.14)!
Por isso, o Senhor mesmo lhes dará um sinal. Vejam! A virgem ficará grávida! Ela dará à luz um filho e o chamará de Emanuel.
A promessa do Natal, que a maioria dos cristãos tanto ama e defende, apesar da opinião dos críticos, surge precisamente como oposição à proposta humana de solução para a vida. Observe bem como esse versículo (Is 7.14) começa: “Por isso”, “Portanto”.
Santa conjunção consecutiva! Ela revela em que contexto nasceu a promessa do Natal. E ao observarmos o contexto, descobriremos que o Natal é a contrapropostade Deus para a propostado homem, no que se refere à maneira de viver a vida. Vejamos a história.
O problema de Acaz
Acaz, rei de Judá, estava envolto em um grande apuro político. De um lado, os assírios o pressionavam, pois ambicionavam a conquista da Palestina. De outro, tentando resistir às ameaças dos assírios, estavam os sírios e os samaritanos (ou efraimitas, que eram as tribos do Norte de Israel). Sírios e Samaritanos queriam o apoio dos de Judá para que os três juntos (sírios, samaritanos e judeus) construíssem a aliança pan-palestina em oposição aos assírios.
Obviamente que judeus não se uniriam aos samaritanos. Jamais! Era preferível juntar-se aos assírios. O que, de fato, Acaz estava pensando em fazer.
Ocorreu que, quando os sírios e os samaritanos constataram que Acaz, rei de Judá, não se uniria a eles, os dois povos decidiram conquistar Judá, estabelecer ali um rei que se aliasse a eles e, então, pensavam, os três juntos (Síria, Samaria e Judá), na aliança pan-palestina, resistiriam e combateriam as ameaças dos assírios. Ouça o texto (Is 7.1-2):
1Quando Acaz, filho de Jotão e neto de Uzias, era rei de Judá, Rezim, rei da Síria, e Peca, filho de Remalias, rei de Israel, saíram para atacar Jerusalém. Contudo, não conseguiram executar seu plano. 2Havia chegado à corte de Judá a seguinte notícia: “A Síria se aliou com Israel contra nós!”. O coração do rei [Acaz] e de seu povo estremeceu de medo, como árvores se agitam numa tempestade.
Todo esse problema geopolítico disfarçava algo mais profundo. Israel e Judá nunca quiseram se submeter à palavra de Deus. Por isso: 1- o Reino do Norte havia se separado do Reino do Sul; 2- a Assíria ameaçava a paz na Palestina; e 3- a Síria buscava tirar vantagem de Israel e Judá.
A lição é clara: Sempre há uma razão mais profunda para os nossos problemas “reais” — a falta de fé em Deus. Sempre que abandonamos a palavra de Deus nós pagamos um preço muito caro.
Observe mais de perto o estado desse homem, Acaz, que havia abandonado a herança espiritual de seu avô Uzias e de seu pai Jotão (sobre eles, leia em 2Reis 15.34-35 e 2Crônicas 27.2, 6) e, por fim, abandonado a Deus: estava pressionadode todos os lados, apavoradopor conta do boato do povo, cegopara tudo o que Deus havia feito por até aquele momento, agitadotentando controlar tudo sozinho e disfarçadode temor do Senhor. Veja.
Acaz pressionado de todos os lados (Síria, Israel ao norte e Assíria) — Is 7.1, 5-6
1Quando Acaz, filho de Jotão e neto de Uzias, era rei de Judá, Rezim, rei da Síria, e Peca, filho de Remalias, rei de Israel, saíram para atacar Jerusalém. Contudo, não conseguiram executar seu plano. […] 5É verdade que os reis da Síria e de Israel tramam contra ele e dizem: 6‘Atacaremos Judáe a conquistaremos; então colocaremos o filho de Tabeal para reinar sobre Judá’ [um rei que uniria Judá à Síria e à Sanaria — a aliança pan-palestina — contra a Assíria].
Acaz apavorado por conta dos boatos do povo — Is 7.2, 4
2Havia chegado à corte de Judá a seguinte notícia: “A Síria se aliou com Israel contra nós!”. O coração do rei e de seu povo estremeceu de medo, como árvores se agitam numa tempestade. […] 4Diga a Acaz que pare de se preocupar e que não precisa ter medo da ira ardente daquelas duas brasas apagadas, Rezim, rei da Síria, e Peca, filho de Remalias.
Acaz cego para o que Deus já tinha feito até aquele momento — Is 7.1, 4
1Quando Acaz, filho de Jotão e neto de Uzias, era rei de Judá, Rezim, rei da Síria, e Peca, filho de Remalias, rei de Israel, saíram para atacar Jerusalém. Contudo, não conseguiram executar seu plano. […] 4Diga a Acaz que pare de se preocupar e que não precisa ter medo da ira ardente daquelas duas brasas apagadas, Rezim, rei da Síria, e Peca, filho de Remalias.
Acaz agitado tentando controlar tudo sozinho — Is 7.3
Então o SENHOR disse a Isaías: “Pegue seu filho, Sear-Jasube, e vá encontrar-se com o rei Acaz. Ele estará no final do aqueduto que abastece o tanque superior, perto do caminho para o campo onde se lava roupa.
Pare e pense. Em um momento como aquele, o que Acaz, rei da nação, estaria fazendo “no final do aqueduto que abastece o tanque superior, perto do caminho para o campo onde se lava roupa”? Não me parece bravura. Parece mais óbvio que ele estivesse tentando garantir, com as próprias mãos, que o suprimento de água da cidade aguentaria firme ao cerco das cidades inimigas. Coitado! Vivia agitado, tentando controlar tudo sozinho.
Acaz disfarçado de temor a Deus — Is 7.10-12
10Depois, o SENHOR enviou esta mensagem ao rei Acaz: 11“Peça ao SENHOR, seu Deus, um sinal de confirmação. Pode ser algo difícil, alto como os céus ou profundo como o lugar dos mortos”. 12O rei Acaz, porém, respondeu: “Não porei o SENHOR à prova desse modo”.
Que resposta foi aquela de Acaz? Pedir um sinal naquele contexto não seria colocar “o SENHOR à prova”, mas obedecê-lo. Afinal, Deus é quem estava dizendo para ele fazer um pedido. Ao citar Deuteronômio 6.16, Acaz queria dizer que ele tinha, sim, muito temor a Deus. Será mesmo? Só que não! Como nós somos mestres em disfarçar o pecado, citando, inclusive, a Bíblia Sagrada!
Mas Deus… Nesse momento de grande pressão, ansiedade descontrolada, cegueira espiritual, desespero para controlar tudo sozinho e disfarce de piedade… Deus entra em cena! Ouçamos agora a contraproposta divina.
A CONTRAPROPOSTA DIVINA
A contraproposta de Deus para o problema do homem é fascinante. Observe como Deus tratou, ou agiu para tratar, do coração de Acaz.
Deus foi até onde Acaz estava
Na hora de maior aflição, Deus foi ao encontro de Acaz (Is 7.2-3)!
2Havia chegado à corte de Judá a seguinte notícia: “A Síria se aliou com Israel contra nós!”. O coração do rei e de seu povo estremeceu de medo, como árvores se agitam numa tempestade. 3Entãoo SENHOR disse a Isaías: “Pegue seu filho, Sear-Jasube [lit., um remanescente retornará], e vá encontrar-se com o rei Acaz. Ele estará no final do aqueduto que abastece o tanque superior, perto do caminho para o campo onde se lava roupa.
Não é assim que Deus sempreage conosco? Vem ao nosso encontro na hora mais difícil, no lugar mais inesperado (no escritório, no laboratório, na sala de cirurgia, no canteiro de obras, na cozinha de casa, na sala de aula, etc.). Quando menos esperamos, Deus vem nos socorrer. Deus sempre chega para nos socorrer! Da mesma forma que Deus achou Acaz, ele achou Maria e nos acha ainda hoje (Lc 1.26-28):
26No sexto mês da gestação de Isabel, Deus enviou o anjo Gabriel a Nazaré, uma cidade da Galileia, 27a uma virgem de nome Maria. Ela estava prometida em casamento a um homem chamado José, descendente do rei Davi.28Gabriel apareceu a ela e lhe disse: “Alegre-se, mulher favorecida! O Senhor está com você!”.
Deus vem (e veio) ao nosso encontro para nos socorrer e salvar.
Deus alimentou a esperança de Acaz
Deus diz a Acaz que embora Jerusalém fosse sitiada, atacada, saqueada e levada para o exílio (como seria, de fato), ela não seria, de forma nenhuma, destruída por completo. Sobraria um remanescente fiel. Claro que não era a forma que Acaz desejava ser encorajado, mas era o plano de Deus para Judá. Ouça mais uma vez o verso 3:
Entãoo SENHOR disse a Isaías: “Pegue seu filho, Sear-Jasube[lit., um remanescente retornará], e vá encontrar-se com o rei Acaz. Ele estará no final do aqueduto que abastece o tanque superior, perto do caminho para o campo onde se lava roupa.
O SENHOR estava dizendo: “Haverá ruína, mas haverá também restauração”. Além disso, Deus também encorajou Acaz ao revelar o fim que teriam a Síria e Israel, ao norte (Is 7.4-9). Ainda mais impressionante é como Deus fez Acaz se lembrar de que os líderes daquelas nações não passavam de homens, mas que ele, sim, Deus, era SENHOR sobre todos e, portanto, o rei de Judá deveria manter sua fé (Is 7.8-9). Ouça.
4Diga a Acaz que pare de se preocupar e que não precisa ter medo da ira ardente daquelas duas brasas apagadas, Rezim, rei da Síria, e Peca, filho de Remalias. 5É verdade que os reis da Síria e de Israel tramam contra ele e dizem: 6‘Atacaremos Judá e a conquistaremos; então colocaremos o filho de Tabeal para reinar sobre Judá’. 7Mas assim diz o SENHOR Soberano: “Essa invasão não acontecerá; jamais ocorrerá, 8pois a Síria não é mais forte que sua capital, Damasco, e Damasco não é mais forte que seu rei, Rezim. Quanto a Israel, em sessenta e cinco anos, será esmagada e completamente destruída. 9Israel não é mais forte que sua capital, Samaria, e Samaria não é mais forte que seu rei, Peca, filho de Remalias. Se vocês não crerem com firmeza, não permanecerão firmes”.
Deus foi além. Lembrou a Acaz de que ele ainda era o seu Deus e o orientou a pedir um sinal (Is 7.10-11).
10Depois, o SENHOR enviou esta mensagem ao rei Acaz: 11“Peça ao SENHOR, seu Deus, um sinal de confirmação. Pode ser algo difícil, alto como os céus ou profundo como o lugar dos mortos”.
Quanta bondade! Deus estava dizendo assim: “Acaz, eu sei que é difícil para você crer em mim numa hora como essas. Portanto, para te mostrar que eu ainda sou o seu Deus, eu lhe digo: peça-me um sinal e eu lhe darei!”
Deus fez o mesmo com Maria. Quando ela temeu e ficou sem saber como prosseguir, o Senhor a encheu de esperança (Lc 1.29-37).
29Confusa, Maria tentou imaginar o que o anjo quis dizer. 30“Não tenha medo, Maria”, disse o anjo, “pois você encontrou favor diante de Deus. 31Ficará grávida e dará à luz um filho, e o chamará Jesus. 32Ele será grande, e será chamado Filho do Altíssimo. O Senhor Deus lhe dará o trono de seu antepassado Davi, 33e ele reinará sobre Israel para sempre; seu reino jamais terá fim!” 34Maria perguntou ao anjo: “Como isso acontecerá? Eu sou virgem!”. 35O anjo respondeu: “O Espírito Santo virá sobre você, e o poder do Altíssimo a cobrirá com sua sombra. Portanto, o bebê que vai nascer será santo, e será chamado Filho de Deus. 36Além disso, sua parenta, Isabel, ficou grávida em idade avançada. As pessoas diziam que ela era estéril, mas ela concebeu um filho e está no sexto mês de gestação. 37Pois nada é impossível para Deus”.
Deus faz assim conosco. Ele garante que seus planos sempre se cumpram em nós, caso estejamos dispostos a crer e perseverar. Nosso sinal é Cristo (Rm 8.31-32).
31Que podemos dizer diante de coisas tão maravilhosas? Se Deus é por nós, quem será contra nós? 32Se ele não poupou nem mesmo seu próprio Filho, mas o entregou por todos nós, acaso não nos dará todas as outras coisas?
Deus fez a promessa do Natal a Acaz
Recapitulando: Deus foi até onde Acaz estava e alimentou a esperança de Acaz. Por fim, Deus fez a promessa do Natal a Acaz. Agora, a ‘Promessa do Natal’ é uma faca de dois gumes! Ela pode ser uma palavra de salvação para os que crêem ou de condenação para os que a rejeitam (Is 7.12-17).
12O rei Acaz, porém, respondeu: “Não porei o SENHOR à prova desse modo”. 13Então o profeta disse: “Ouçam bem, descendentes de Davi! Não basta esgotarem a paciência das pessoas? Agora também querem esgotar a paciência de meu Deus? 14Por isso, o Senhor mesmo lhes dará um sinal. Vejam! A virgem ficará grávida! Ela dará à luz um filho e o chamará de Emanuel. 15Quando essa criança tiver idade suficiente para escolher o bem e rejeitar o mal, comerá coalhada e mel. 16Pois, antes de a criança chegar a essa idade, as terras dos dois reis que vocês tanto temem ficarão desertas. 17“Então o SENHOR trará sobre vocês, sua nação e sua família, coisas como nunca houve desde que Israel se separou de Judá; trará contra vocês o rei da Assíria!”.
Tivesse Acaz crido no sinal de Deus, buscado a face do Senhor em arrependimento, mudado de atitude e levado a nação a também buscar a Deus, ele teria sido beneficiado. Mas ele não agiu assim. Viveu para ver a ruína completa de sua vida e de sua nação. Ele foi para o buraco e levou consigo a nação inteira.
Acaz não quis pedir um sinal a Deus e também não reconheceu o sinal que Deus lhe deu. Acontece que uma virgem (jovem) da corte deve ter se casado, engravidado, dado à luz uma criança (Ezequias?) que poderia ter sido a esperança de Deus para Judá (Emanuel, “Deus está conosco”). Mas nem assim Acaz creu em Deus. Sem dizer que Ezequias (o filho da virgem de Is 7.14 e 9.6) fracassou por completo (Is 39.5-8).
Totalmente oposta à reação de Acaz foi a de Maria (Lc 1.38):
Maria disse: “Sou serva do Senhor. Que aconteça comigo tudo que foi dito a meu respeito”. E o anjo a deixou.
Assim se cumpriu definitivamente A Promessa do Natal, conforme a profecia de Isaías. Ouça (Mt 1.18-23):
18Foi assim que nasceu Jesus Cristo. Maria, sua mãe, estava prometida para se casar com José. Antes do casamento, porém, ela engravidou pelo poder do Espírito Santo. 19José, seu noivo, era um homem justo e resolveu romper a união em segredo, pois não queria envergonhá-la com uma separação pública. 20Enquanto ele pensava nisso, um anjo do Senhor lhe apareceu em sonho e disse: “José, filho de Davi, não tenha medo de receber Maria como esposa, pois a criança dentro dela foi concebida pelo Espírito Santo. 21 Ela terá um filho, e você lhe dará o nome de Jesus, pois ele salvará seu povo dos seus pecados”. 22Tudo isso aconteceu para cumprir o que o Senhor tinha dito por meio do profeta [Isaías 7.14]: 23“Vejam! A virgem ficará grávida! Ela dará à luz um filho, e o chamarão Emanuel, que significa ‘Deus conosco’”.
A PROMESSA DO NATAL
A Promessa do Natalé também para hoje. Quem crer no sinal de Deus será salvo. A loucura de Deus ainda é o poder de Deus para a salvação (Lc 2.11-12).
11Hoje em Belém, a cidade de Davi, nasceu o Salvador, que é Cristo, o Senhor! 12Vocês o reconhecerão por este sinal: encontrarão o bebê enrolado em faixas de pano, deitado numa manjedoura”.
Não seja cético. Creia. Essa mensagem não é mitologia grega com roupagem cristã. É mensagem de salvação. Cristo, o Salvador do mundo, é A Promessa do Natal.
Deus se fez carne, habitou entre nós, veio a nós, para buscar e salvar o perdido. Arrependa-se e creia. Receba Cristo pela fé e viva para a vida eterna.
S.D.G. L.B.Peixoto
Mais Sermões
30 de julho, 2023
15 de maio, 2016
25 de agosto, 2024
2 de janeiro, 2022
Mais Séries
A Promessa do Natal
Pr. Leandro B. Peixoto