23.05.2021
[João 15.1-11] 1“Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o lavrador. 2Todo ramo que, estando em mim, não dá fruto, ele corta. Todo ramo que dá fruto, ele poda, para que produza ainda mais. 3Vocês já foram limpos pela mensagem que eu lhes dei. 4Permaneçam em mim, e eu permanecerei em vocês. Pois, assim como um ramo não pode produzir fruto se não estiver na videira, vocês também não poderão produzir frutos a menos que permaneçam em mim. 5“Sim, eu sou a videira; vocês são os ramos. Quem permanece em mim, e eu nele, produz muito fruto. Pois, sem mim, vocês não podem fazer coisa alguma. 6Quem não permanece em mim é jogado fora, como um ramo imprestável, e seca. Esses ramos são ajuntados num monte para serem queimados. 7Mas, se vocês permanecerem em mim e minhas palavras permanecerem em vocês, pedirão o que quiserem, e isso lhes será concedido! 8Quando vocês produzem muitos frutos, trazem grande glória a meu Pai e demonstram que são meus discípulos de verdade. 9“Eu os amei como o Pai me amou. Permaneçam no meu amor. 10Quando vocês obedecem a meus mandamentos, permanecem no meu amor, assim como eu obedeço aos mandamentos de meu Pai e permaneço no amor dele. 11Eu lhes disse estas coisas para que fiquem repletos da minha alegria. Sim, sua alegria transbordará!
Jerry Bridges (1929–2016) foi um autor cristão renomado, além de palestrante e membro da equipe do The Navigators [Os Navegadores]. Em A vida frutífera (editora Cultura Cristã), um de seus best-sellers, ele faz uma exposição magistral do fruto do Espírito descrito por Paulo em Gálatas 5.22-23 – e este é o modo como ele abre o livro (tradução minha):
A vida humana saudável é uma vida frutífera. Sentimos isso lá no fundo da gente. Por exemplo, o desejo de plenitude pode gerar um lar com filhos, um grandioso jardim de flores, uma fazenda próspera em colheitas, um emprego com oportunidades criativas, um negócio com crescimento estável, um papel expansível na liderança pública ou simplesmente o compartilhamento de sabedoria com os outros.
Por que nós sentimos tão profundamente o desejo de, de algum modo, frutificar?
Bridges traça para nós a explicação:
O modelo de fecundidade é Deus. Ele criou o universo em uma demonstração magnífica de sua extravagância, depois voltou-se para suas criaturas viventes e disse: “Sejam férteis e multipliquem-se.” (Gênesis 1.28, NVT).
Portanto, foi Deus mesmo quem nos criou (à sua imagem nos criou) para que (à sua semelhança) nós sejamos frutíferos. Desse modo, a frutificação está na natureza de todo ser vivo, sobretudo no ser humano.
A fecundidade para a qual nós fomos criados (e sem a qual jamais nos sentiremos plenos) é uma fecundidade tanto biológica e material quanto espiritual. A fecundidade espiritual, como está bem destacado no livro de Jerry Bridges, passa pelos frutos nos traços do caráter cristão. John Murray escreveu que “o que quer que possamos ter, se não tivermos caráter, nada teremos. É o caráter que determina o destino.”
O caráter cristão surge da participação “na natureza divina” (2Pe 1.4) e é obra do Espírito Santo, conforme Pedro, o apóstolo, escreveu em sua segunda carta:
2Pedro 1.3-8 3Deus, com seu poder divino, nos concede tudo de que necessitamos para uma vida de devoção, pelo conhecimento completo daquele que nos chamou para si por meio de sua glória e excelência. 4E, por causa de sua glória e excelência, ele nos deu grandes e preciosas promessas. São elas que permitem a vocês participar da natureza divina e escapar da corrupção do mundo causada pelos desejos humanos. 5Diante de tudo isso, esforcem-se ao máximo para corresponder a essas promessas. Acrescentem à fé a excelência moral [virtude]; à excelência moral o conhecimento; 6ao conhecimento o domínio próprio; ao domínio próprio a perseverança; à perseverança a devoção a Deus [piedade]; 7à devoção a Deus a fraternidade; e à fraternidade o amor. 8Quanto mais crescerem nessas coisas, mais produtivos e úteis serão no conhecimento completo de nosso Senhor Jesus Cristo.
O texto que temos para hoje à noite – João 15.1-11 – trata da vida frutífera: a vida que, espiritualmente falando, frutifica em caráter e tudo o mais para a glória de Deus. De fato, esse texto é um tratado sobre a natureza da genuína conversão, a natureza da vida cristã verdadeira. Lembre-se: Pedro estava presente quando ouviu o Senhor Jesus lhes fazer esse discurso de despedida (Jo 13–16); ele também ouviu a oração que o Cristo fez pelos seus discípulos (Jo 17).
Portanto, assim como João, Pedro sabia que a vida frutífera, ramos frutíferos – conectados à videira verdadeira, ou seja, pelo poder do Espírito Santo – é o que se espera dos verdadeiros discípulos de Jesus Cristo (Jo 15.8). Daí foi que Pedro pôde falar de participação “da natureza divina” (2Pe 1.4); esforço ao máximo para se “corresponder a essas promessas, ou seja, esforço ao máximo para se frutificar (2Pe 1.5); e falou de se acrescentar qualidades cristãs à vida pessoal (2Pe 1.5-7); tudo isso para que se produza frutos úteis no Senhor (2Pe 1.8).
Esta é a natureza da vida cristã: a frutificação, a vida frutífera, ramos frutíferos. Pois bem, a seguir, estudaremos: [1] a raiz da frutificação; [2] o processo da frutificação; e [3] as bênçãos da frutificação ou da vida frutífera.
É a noite da Páscoa. De fato, é a última das noites de Jesus com seus apóstolos. O Senhor está em conversa privada com os seus mais íntimos. O clima é de despedida. Eles tinham terminado a ceia e estão à caminho do jardim do Getsêmani. O Senhor está preocupado com o desenvolvimento espiritual desses homens, e aproveita para instruí-los, quer deixá-los bem preparados, no mínimo, advertidos à respeito dos próximos acontecimentos adiante deles: a traição de Judas Iscariotes, a paixão que culminará com a crucificação e o sepultamento do Cristo, bem como a perseguição que todo cristão genuíno, por se identificar com Jesus, enfrenta neste mundo.
Cristo quer vê-los produtivos, frutificando para a glória de Deus Pai – e nada, seja de fora, seja de dentro do círculo íntimo deles, poderá (ou deverá) impedi-los. Nesse propósito, o Senhor apresenta uma das mais belas doutrinas do cristianismo: a união do pecador com Cristo. Dito de outro modo, eles têm que permanecer em Cristo, a videira verdadeira, e desse modo unido a Cristo receberão poder para frutificar. É esta a natureza da vida cristã verdadeira: permanência em cristo e frutificação para a glória de Deus, no poder do Espírito Santo; ou: o dever de permanecer e a responsabilidade de frutificar.
Inicialmente, Jesus ensina sobre a comunhão do crente com ele, atestando que nenhuma pessoa pode participar dos benefícios da obra salvadora de Cristo se não estiver unida a ele pela fé. Para compreendermos melhor o texto, sigamos a seguinte trilha – preste atenção na raiz ou base da frutificação:
A união com Cristo (vs. 1a, 4-5)
1“Eu sou a videira verdadeira, […] 4Permaneçam em mim, e eu permanecerei em vocês. Pois, assim como um ramo não pode produzir fruto se não estiver na videira, vocês também não poderão produzir frutos a menos que permaneçam em mim. 5“Sim, eu sou a videira; vocês são os ramos. Quem permanece em mim, e eu nele, produz muito fruto. Pois, sem mim, vocês não podem fazer coisa alguma.
Em Jesus, A VIDEIRA VERDADEIRA, está a vida, unidade e fertilidade. Ele é a raiz que sustenta, faz florescer e frutificar a videira. Sem ele não temos vida nem condição para frutificar. A união com Cristo é a base da frutificação.
A obra de Deus Pai (vs. 1-3, 6)
1“Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o lavrador. 2Todo ramo que, estando em mim, não dá fruto, ele corta. Todo ramo que dá fruto, ele poda, para que produza ainda mais. 3Vocês já foram limpos pela mensagem que eu lhes dei. […] 6Quem não permanece em mim é jogado fora, como um ramo imprestável, e seca. Esses ramos são ajuntados num monte para serem queimados.
É DEUS PAI quem planta e cultiva a videira. Primeiro, ele corta, arranca e lança fora os ramos mortos, improdutivos. Deus cuida da igreja com zelo extraordinário. Segundo, ele poda, apara e limpa os ramos frutíferos (Hb 12.4-11). Deus quer frutos que o glorifiquem.
O RAMO INFRUTÍFERO é o crente falso ou aquele que nunca se converteu, apesar de estar dentro da igreja (Jo 13.10; 1Jo 2.19). É alguém como Judas Iscariotes, que apesar de se beneficiar da companhia de Jesus e da comunhão com os demais discípulos, apesar de ter os seus pés lavados pelo Nazareno, jamais foi crente.
O RAMO FRUTÍFERO é o crente verdadeiro (v. 8); aquele que foi regenerado pelo Espírito Santo e que está unido espiritualmente com Cristo (vs. 1-2). Ele já foi limpo pela palavra do evangelho (v. 3), mas ele é constantemente podado para frutificar ainda mais (v. 2).
J. C. Ryle resumiu com precisão e poesia a beleza desses seis primeiros versículos de João 15, quando escreveu que
esses versículos nos ensinam que existe íntima união entre Cristo e o crente. Ele é a “videira”; os crentes são os “ramos”. A união entre os ramos e o caule principal de uma videira é a mais íntima que podemos imaginar. Nisso consiste o segredo de toda a vida, beleza, vigor e fertilidade do ramo. Se for desligado do caule, o ramo não possui vida em si mesmo. A seiva que flui através do caule é a fonte e o poder que mantêm todas as folhas, botões, flores e frutos. Arrancado do caule, logo o ramo há de secar e morrer.
A união entre Cristo e o crente tanto é íntima como verdadeira. Em si mesmos, os crentes não possuem vida, poder ou vigor espiritual. Tudo que possuem em sua vida espiritual procede de Cristo. Eles são pessoas que vivem, se comportam e agem como crentes, porque recebem de Cristo um contínuo suprimento de graça, auxílio e capacidade. Unidos pela fé ao Senhor Jesus, em uma misteriosa união realizada pelo Espírito Santo, os crentes permanecem firmes, andam e percorrem a jornada da vida cristã. Mas qualquer sinal de bondade existente neles procede de seu Cabeça, o Senhor Jesus Cristo.
A união com Cristo é a raiz da frutificação do Cristão.
O sucesso da frutificação é “permanecer em Cristo”. Na NVT, “permanecer” aparece dez vezes no trecho que vai do versículo 1 ao 11 de João 15. Jesus disse,
Permanecer (μένω, ménô) significa ficar, residir, morar, em referência a lugar.
Mas, de modo prático, o que significa “permanecer em Cristo”? O que é esse morar, residir, ficar, habitar em Cristo Jesus?
Permanecer para frutificar
Permanecer em Cristo significa que o cristão foi limpo pelo evangelho de Jesus Cristo, e vive de acordo com essa nova natureza evangélica. Desse modo, “permanecer em Cristo” significa agir de acordo com o que já foi feito por nós e em nós através do evangelho. Leia João 15.2-4, observe como a obra da santificação/poda/disciplina na vida do cristão (v. 2) e o imperativo de Jesus para o agir cristão (v. 4) se fundamentam no que já foi feito pela palavra do evangelho na vida do cristão (v. 3):
João 15.2-4 2Todo ramo que, estando em mim, não dá fruto, ele corta. Todo ramo que dá fruto, ele poda, para que produza ainda mais. 3Vocês já foram limpos pela mensagem que eu lhes dei. 4Permaneçam em mim, e eu permanecerei em vocês. […]
NOTE: foi necessário três versículos (vs. 1-3) para nos preparar para o imperativo do versículo 4: “Permaneçam em mim”. Antes de nos dar esse mandamento, Jesus quis garantir que entendêssemos como imperativos ou mandamentos funcionam para discípulos de verdade, ramos verdadeiros, que estão na videira.
EM OUTRAS PALAVRAS: devemos ouvir as ordens de Jesus, os mandamentos bíblicos ou os imperativos bíblicos como algo que devemos fazer (que nos compete cumprir) e devemos ouvi-los como algo que já foi feito (que nos foi dado a capacidade ou a condição de cumprir) – eis a dinâmica: “meu Pai poda vocês para que frutifiquem ainda mais (v. 2), [porque] vocês já foram podados (v. 3), [então] permanecem em mim (v. 4).”
D. A. Carson nota que o verbo “permanecer” (μένω) é importante para João.
I. Primeiro, o verbo “permanecer” (μένω, ménô) define o relacionamento entre Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo:
João 1.32-34 32Então João deu o seguinte testemunho: “Vi o Espírito Santo descer do céu na forma de uma pomba e permanecer sobre ele. 33Eu não sabia quem ele era, mas, quando Deus me enviou para batizar com água, disse-me: ‘Aquele sobre o qual você vir o Espírito descer e permanecer, esse é o que batizará com o Espírito Santo’. 34Eu vi isso acontecer e, portanto, dou testemunho de que ele é o Filho de Deus”.
João 14.10 Você não crê que eu estou no Pai e o Pai está em mim? As palavras que eu digo não são minhas, mas de meu Pai, que permanece em mim e realiza suas obras por meu intermédio.
João 15.10 Quando vocês obedecem a meus mandamentos, permanecem no meu amor, assim como eu obedeço aos mandamentos de meu Pai e permaneço no amor dele.
II. SEGUNDO, o verbo “permanecer” (grego: μένω, ménô) também define o relacionamento entre crentes e Cristo:
João 5.37-38 37E o Pai, que me enviou, testemunhou, ele próprio, a meu respeito. Vocês nunca ouviram sua voz, nem o viram pessoalmente, 38e não têm sua mensagem [logos ménô – palavra permanente] no coração [em vós], pois não creem em mim, aquele que foi enviado por ele.
João 6.56 Quem come minha carne e bebe meu sangue permanece em mim, e eu nele.
João 8.31-32 31Jesus disse aos judeus que creram nele: “Vocês são verdadeiramente meus discípulos se permanecerem fiéis a meus ensinamentos. 32Então conhecerão a verdade, e a verdade os libertará”.
João 15.4, 7, 9-10 4Permaneçam em mim, e eu permanecerei em vocês. Pois, assim como um ramo não pode produzir fruto se não estiver na videira, vocês também não poderão produzir frutos a menos que permaneçam em mim. […] 7Mas, se vocês permanecerem em mim e minhas palavras permanecerem em vocês, pedirão o que quiserem, e isso lhes será concedido! 9“Eu os amei como o Pai me amou. Permaneçam no meu amor. 10Quando vocês obedecem a meus mandamentos, permanecem no meu amor, assim como eu obedeço aos mandamentos de meu Pai e permaneço no amor dele.
1João 2.19 Eles [muitos anticristos] saíram de nosso meio, mas, na verdade, nunca foram dos nossos; do contrário, teriam permanecido conosco. Quando saíram, mostraram que não eram dos nossos.
Desse modo, pode-se concluir que “permanecer em Cristo” significa:
RESUMINDO: “permanecer em Cristo” significa tomar para si, com fé, a obra de Cristo, viver a nova vida em Cristo, manter o coração habitando na palavra de Cristo, desfrutar e demonstrar o amor de Cristo e congregar com o corpo de Cristo.
D. A. Carson, definiu assim o significado de “permanecer em Cristo”:
Que o crente permanece em Jesus significa que ele continua a ser identificado com Jesus, continua como cristão (para usar um termo posterior), continua na fé salvífica e consequente transformação de vida. Que Jesus permanece no crente significa que Jesus se identifica com o crente, mas não em recíproca confiança e transformação (isso seria absurdo), mas em ajuda, bênção, vida e presença pessoal pelo Espírito.
J. C. Ryle, colocou o “permanecer em Cristo” nos termos seguintes:
Permanecer em Cristo significa manter o hábito de constante comunhão íntima com ele, estar sempre confiando e descansando nele, abrindo-lhe nossos corações, buscando-o como nossa fonte de vida e poder, nosso grande Capitão e melhor Amigo. Ter suas palavras permanecendo em nós significa manter suas mensagens e preceitos constantemente na memória e no coração, permitindo que sejam o guia de nossas atitudes e nos governem a conduta e o comportamento diário.
Frutos da permanência em Cristo
Se o sucesso da frutificação é “permanecer em Cristo”, então a pergunta: o que significa frutificar? Quais são os frutos que se espera dos ramos frutíferos da videira verdadeira? Quais são os frutos de vida que se espera obter do cristão?
O equívoco mais comum é igualar frutos de vida ou vida frutífera com sucesso exterior e ministerial. Por esses padrões comuns (e carnais também!), religiosidade aparente, frequência em programas e atividades, vocabulário próprio de crente ou de cristão, dons espirituais, atos superficiais de justiça, igreja grande, ministério popular, programas de sucesso, prosperidade financeira, saúde física e financeira e coisas do gênero são tidos como os frutos que se espera colher da vida dos cristãos. O problema é que a Bíblia, em lugar nenhum, iguala essas coisas aos frutos que, de fato, se espera dos cristãos.Os frutos de uma vida frutífera, segundo a Bíblia, são outros, são de natureza espiritual.
PRIMEIRO, a Bíblia define frutos em termos de qualidades espirituais:
Gálatas 5.22-26 22Mas o Espírito produz este fruto [um ser com um todo]: amor, alegria, paz, paciência, amabilidade, bondade, fidelidade, 23mansidão e domínio próprio. Não há lei contra essas coisas! 24Aqueles que pertencem a Cristo Jesus crucificaram as paixões e os desejos de sua natureza humana. 25Uma vez que vivemos pelo Espírito, sigamos a direção do Espírito em todas as áreas de nossa vida.25Não nos tornemos orgulhosos, provocando e invejando uns aos outros.
SEGUNDO, o fruto de novos discípulos pelo evangelho de Cristo:
Romanos 1.11-15 11Desejo muito visitá-los, a fim de compartilhar com vocês alguma dádiva espiritual que os ajude a se fortalecerem. 12Quando nos encontrarmos, quero encorajá-los na fé, e também quero ser encorajado por sua fé. 13Quero que saibam, irmãos, que muitas vezes planejei visitá-los, mas até agora fui impedido. Meu desejo é trabalhar entre vocês e ver frutos espirituais como tenho visto entre outros gentios, 14pois sinto grande obrigação tanto para com os gregos como os bárbaros, tanto para com os instruídos como os não instruídos. 15Por isso, aguardo com expectativa para visitá-los, a fim de anunciar as boas-novas também a vocês, em Roma.
TERCEIRO, o fruto do trabalho que abençoa outros em necessidade:
Romanos 15.26-29 (NVI) 6Pois a Macedônia e a Acaia tiveram a alegria de contribuir para os pobres dentre os santos de Jerusalém. 27Tiveram prazer nisso, e de fato são devedores aos santos de Jerusalém. Pois, se os gentios participaram das bênçãos espirituais dos judeus, devem também servir aos judeus com seus bens materiais. 28Assim, depois de completar essa tarefa e de ter a certeza de que eles receberam esse fruto, irei à Espanha e visitarei vocês de passagem. 29Sei que, quando for visitá-los, irei na plenitude da bênção de Cristo.
QUARTO, o fruto do arrependimento e da justiça:
Mateus 3.8-10 (NVI) 8Dêem fruto que mostre o arrependimento! 9Não pensem que vocês podem dizer a si mesmos: ‘Abraão é nosso pai’. Pois eu lhes digo que destas pedras Deus pode fazer surgir filhos a Abraão. 10O machado já está posto à raiz das árvores, e toda árvore que não der bom fruto será cortada e lançada ao fogo.
Efésios 5.6-9 (NVT) 6Não se deixem enganar por palavras vazias, pois a ira de Deus virá sobre os que lhe desobedecerem. 7Não participem do que essas pessoas fazem. 8Pois antigamente vocês estavam mergulhados na escuridão, mas agora têm a luz no Senhor. Vivam, portanto, como filhos da luz! 9Pois o fruto da luz produz apenas o que é bom, justo e verdadeiro.
Filipenses 1.9-11 (NVT) 9Oro para que o amor de vocês transborde cada vez mais e que continuem a crescer em conhecimento e discernimento. 10Quero que compreendam o que é verdadeiramente importante, para que vivam de modo puro e sem culpa até o dia em que Cristo voltar. 11Que vocês sejam sempre cheios do fruto da justiça, que vem por meio de Jesus Cristo, para a glória e o louvor de Deus.
Colossenses 1.9-14 (NVI) 9Por essa razão, desde o dia em que o ouvimos, não deixamos de orar por vocês e de pedir que sejam cheios do pleno conhecimento da vontade de Deus, com toda a sabedoria e entendimento espiritual. 10E isso para que vocês vivam de maneira digna do Senhor e em tudo possam agradá-lo, frutificando em toda boa obra, crescendo no conhecimento de Deus e 11sendo fortalecidos com todo o poder, de acordo com a força da sua glória, para que tenham toda a perseverança e paciência com alegria, 12dando graças ao Pai, que nos tornou dignos de participar da herança dos santos no reino da luz. 13Pois ele nos resgatou do domínio das trevas e nos transportou para o Reino do seu Filho amado, 14em quem temos a redenção, a saber, o perdão dos pecados.
Hebreus 12.11 (NVI) Nenhuma disciplina parece ser motivo de alegria no momento, mas sim de tristeza. Mais tarde, porém, produz fruto de justiça e paz para aqueles que por ela foram exercitados.
QUINTO, o fruto do louvor:
Hebreus 13.15 (NVT) Assim, por meio de Jesus, ofereçamos um sacrifício constante de louvor a Deus, o fruto dos lábios que proclamam seu nome.
Oséias 14.2 (NVI) Preparem o que vão dizer e voltem para o SENHOR. Peçam-lhe: “Perdoa todos os nossos pecados e, por misericórdia, recebe-nos, para que te ofereçamos o fruto dos nossos lábios.
Portanto, a vida frutífera, os frutos que se espera colher da vida dos cristãos envolve o [1] coração transformado, [2] o caráter santificado, [3] o cuidado amoroso com o próximo necessitado, [4] o compartilhar do evangelho para se fazer novos discípulos, [5] a contrição do pecador e o cântico novo nos lábios do adorador de Jesus Cristo. Quem permanece em Cristo, frutifica para a glória de Deus, provando ser discípulo de verdade:
João 15.7-8 7Mas, se vocês permanecerem em mim e minhas palavras permanecerem em vocês, pedirão o que quiserem, e isso lhes será concedido! 8Quando vocês produzem muitos frutos, trazem grande glória a meu Pai e demonstram que são meus discípulos de verdade.
Vimos a raiz da frutificação (nossa união com Cristo) e o processo da frutificação (permanecer em Cristo e agir como nova criatura). Finalizando, veremos quais são algumas das bênçãos da frutificação, as bênçãos da vida frutífera.
A PRIMEIRA bênção da vida frutífera: orações respondidas para a frutificação:
João 15.7 Mas, se vocês permanecerem em mim e minhas palavras permanecerem em vocês, pedirão o que quiserem, e isso lhes será concedido!
A SEGUNDA bênção da vida frutífera: a glória de Deus na frutificação:
João 15.8 Quando vocês produzem muitos frutos, trazem grande glória a meu Pai e demonstram que são meus discípulos de verdade.
A TERCEIRA benção da vida frutífera: o amor como motivação para frutificar:
João 15.9-10 9Eu os amei como o Pai me amou. Permaneçam no meu amor. 10Quando vocês obedecem a meus mandamentos, permanecem no meu amor, assim como eu obedeço aos mandamentos de meu Pai e permaneço no amor dele.
A QUARTA bênção da vida frutífera: alegria transbordante na frutificação:
João 15.11 Eu lhes disse estas coisas para que fiquem repletos da minha alegria. Sim, sua alegria transbordará!
É A ISTO QUE JESUS CHAMA DE VIDA ABUNDE: vida cheia da alegria e do amor de Jesus, vida vivida para a glória de Deus, vida com todos os recursos necessários para viver para abençoar os outros em Cristo Jesus.
Duas verdades muito importantes para a nossa reflexão final: PRIMEIRA, quem não frutifica é cortado fora da videira para a condenação; SEGUNDA, os que frutificam são podados para que dêem fruto (Jo 15.2), ainda mais fruto (Jo 15.2), muito fruto (Jo 15.5) e muitos frutos (Jo 15.8) – ou seja: falsos cristãos são cortados para a condenação, e cristãos de verdade são podados para crescer espiritualmente produzindo cada vez mais frutos espirituais. A vida cristã significa desenvolvimento e crescimento espiritual. É pelo fruto que se identifica o cristão.
O cristão, nascido de novo pelo evangelho de Cristo [vida, morte, ressurreição de Cristo – fé pessoal], vivendo na comunhão fortalecedora da igreja de Cristo, regado diariamente pela palavra de Cristo, orando em nome de Cristo e vivendo pelo Espírito de Cristo “é como a árvore plantada à margem do rio, que dá seu fruto no tempo certo. Suas folhas nunca murcham, e ele prospera em tudo que faz.” (Salmos 1.1).
S.D.G. L.B.Peixoto
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