07.08.2022
[Salmo 106] 1Louvado seja o SENHOR! Deem graças ao SENHOR porque ele é bom; seu amor dura para sempre! 2Quem poderá contar os feitos poderosos do SENHOR? Quem poderá louvá-lo como ele merece? 3Como são felizes os que fazem o que é certo e praticam a justiça todo o tempo! 4Lembra-te de mim, SENHOR, quando mostrares favor ao teu povo; aproxima-te e resgata-me. 5Que eu compartilhe da prosperidade dos teus escolhidos; que eu me alegre na alegria do teu povo e exulte com aqueles que pertencem a ti. 6Pecamos, como nossos antepassados; fomos desobedientes e rebeldes. [… vs.7-39: recapitulação de pecados de Israel no Egito, Mar Vermelho, deserto e em Canaã …] 40Por isso, a ira do SENHOR se acendeu, e ele sentiu aversão por seu povo, sua propriedade. 41Entregou-os às nações, e foram dominados por aqueles que os odiavam. 42Seus inimigos os oprimiram e os sujeitaram ao seu poder cruel. 43Muitas vezes os livrou, mas escolheram se rebelar contra ele; por fim, seu pecado os destruiu. 44Ainda assim, ele viu a aflição do povo e ouviu seus clamores. 45Lembrou-se de sua aliança com eles e teve compaixão por causa do seu grande amor. 46Fez que seus captores os tratassem com misericórdia. 47Salva-nos, SENHOR, nosso Deus! Reúne-nos dentre as nações, para darmos graças ao teu santo nome, para nos alegrarmos no teu louvor! 48Louvem o SENHOR, o Deus de Israel, que vive de eternidade a eternidade. Todos digam “Amém”! Louvado seja o SENHOR!
QUEM É O MAIOR VILÃO DA HISTÓRIA?
Foi buscando resposta a essa pergunta que em 2015 o professor Darío Páez conduziu uma pesquisa pelo Departamento de Psicologia Social e Metodologia das Ciências do Comportamento da Universidade do País Basco na Espanha. Sete mil estudantes, com idade média de 23 anos, de 37 países foram ouvidos.
Antes de irem a campo com a pesquisa, fizeram um levantamento prévio que identificou as figuras históricas mais lembradas. Chegaram a uma lista de 40 personalidade de relevância universal. Agora, em face dos nomes, a tarefa dos estudantes pesquisados era avaliar com notas de 1 a 7 o quão positivas ou negativas foram a trajetória, a influência e o legado das personalidades apresentadas. Os resultados da pesquisa foram publicados na revista científica PLOS ONE.
Ficou curioso?
Deixe-me ler para você a lista contendo os 10 maiores heróis e os 10 maiores vilões apontados pelo levantamento. [Esta é uma matéria de 28 de agosto de 2015 publicada pela Gazeta do Povo.]
Eis os nomes dos heróis: [1.] Albert Einstein, [2.] Madre Teresa de Calcutá, [3.] Gandhi, [4.] Martin Luther King, [5.] Isaac Newton, [6.] Jesus Cristo, [7.] Nelson Mandela, [8.] Thomas Edison, [9.] Abraham Lincoln e [10.] Buda.
Agora, o nome dos vilões: [1.] Adolf Hitler, [2.] Osama bin Laden, [3.] Saddam Hussein, [4.] George W. Bush, [5.] Stalin, [6.] Mao Tse Tung, [7.] Lenin, [8.] Gengis Khan, [9.] Saladino (líder militar islâmico) e [10.] o imperador Quin (chinês).
Um dado curioso notado pelos pesquisadores: na seleção dos vilões, a disparidade das opiniões foi muito maior do que entre os heróis. Anotou o seguinte o professor Páez: “Sobre os vilões há mais disparidade de opiniões. Um mesmo personagem pode ser visto de forma muito negativa num país e muito positiva em outro lugar do mundo. Esse foi o caso de Osama bin Laden, por exemplo.”
EM SUA OPINIÃO, qual é o maior vilão da história?
VAMOS MUDAR A PERGUNTA? Afinal, viver apontando o dedo para os vilões pode ser uma posição bastante confortável, mas que de nada servirá para se resolver os problemas que a gente enfrenta todo dia, não é mesmo?
VAMOS RESPONDER À SEGUINTE PERGUNTA: “O que há de errado com o mundo?” Vamos ser ainda mais pessoais: “O que há de errado com o meu mundo [minha casa, minha igreja, minha cidade, minha vida, meus relacionamentos]?” Responda com sinceridade: “O QUE HÁ DE ERRADO?”
Quando perguntaram ao grande escritor inglês G. K. Chesterton (1874—1936) o que havia de errado no mundo, ele respondeu “eu”. Pode soar evasivo, petulante e até imaturo, mas essa é uma verdade profunda. O que há de errado no mundo somos nós – “eu”, “você”. Sim, as instituições se corrompem – o estado, a família e até igrejas despencam na corrupção; a sociedade se corrompe sim, eu sei!, aliás, ela está corrompida!
Como se chegou a esse estado das coisas?
Tem gente que nem pensa nessas categorias pessoais. Para esses indivíduos, o problema é a instituição em si – o problema é a família, a ideia, a concepção de família; o problema é a religião, as ideias religiosas, a opressão da religião; o problema é a supremacia branca ocidental (um parênteses: o oposto desse tipo de pensamento deu à luz o nazismo, o qual pregava que o problema do mundo eram os judeus!); continuando… o problema do mundo é o Estado, a ideia, a concepção de Estado; o problema é a estrutura das coisas, as camadas da sociedade, a ética e a moral predominante (judaico-cristã) e, portanto, necessário é trazer todas essas coisas abaixo, destruí-las e começar algo novo, uma nova estrutura, uma nova maneira de se pensar e de viver… ENTRETANTO, esse tipo de pensamento, essa utopia, não leva em consideração a raiz dos nossos problemas: “eu”, “você”, “nós” – indivíduos pecadores.
Nesse sentido (que de fato é o sentido bíblico e verdadeiro), G. K. Chesterton está certo: o que há de errado com o mundo, o que há de errado no mundo sou “eu”. E a única saída é a transformação do “eu”. A saída não é a acomodação de todas as coisas ao meu “eu”, mas a radical, sobrenatural transformação do meu “eu” caído no pecado.
Mas como? — Isso nos traz ao Salmo 106.
Este salmo é a contrapartida do 105 (o qual nós estudamos no domingo 17 de julho passado). Se o Salmo 105 (conforme dissemos) é o memorial do Redentor, o 106 (que agora nós temos em tela para estudo) é o memorial do pecador.
A aliança de Deus com Israel tinha dois lados (toda aliança tem dois lados): [1.] O QUE DEUS PROMETEU E EMPREENDEU, e que era principalmente tornar os descendentes de Abraão, por meio de Jacó, seu próprio povo e dar-lhes uma terra à partir da qual todas as nações seriam abençoadas pela nação de Israel; e [2.] O QUE O POVO CONCORDOU EM FAZER, que era, conforme se lê em Salmos 105.45, guardar os decretos e observar as leis de Deus para a sua própria benção e benção das nações.
Mas será mesmo que foi assim? Não, não foi! Sabemos que não foi, mas a culpa não foi da quebra da aliança por parte de Deus. De fato, o Salmo 105 é de ação de graças a Deus pela maneira como ele cumpriu fielmente suas promessas ao longo da história – o Salmo 105 é o memorial do Redentor. Entretanto, infelizmente, essa mesma história tem um outro lado; o qual revela que o povo não correspondeu à fidelidade de Deus, mas se rebelou em quase todas as ocasiões. Esses pecados do povo ao longo dos anos de fidelidade de Deus com sua aliança são agora catalogados aqui no Salmo 106 e confessados com vergonha pelo salmista – o Salmo 106, portanto, é o memorial do pecador.
Graças a Deus, porém, que “onde abundou o pecado, superabundou a graça” (Rm 5.20, ARA); graças a Deus que “à medida que o pecado aumentou, a graça se tornou ainda maior” (Rm 5.20, NVT). Desse modo, o memorial do pecador aqui erigido no Salmo 106 só se sustenta em pé e reflete beleza porque na fundação e nas colunas deste texto estão tanto o concreto e o aço como o adorno da graça de Deus triunfando sobre o pecado do povo; afinal, Deus “é bom; seu amor dura para sempre!” (Sl 106.1).
O Salmo 106 (pareado com o 105) forma a conclusão do Livro IV do Saltério. E que maneira de se concluir este livro! A esperança de Israel – a única saída para Israel – era a graça e a misericórdia de Deus despejadas sobre seu próprio povo que, por disciplina e julgamento divinos, havia sido levado pelos babilônios e espalhado entre as nações naquele período. Com efeito, preste atenção à conclusão deste salmo (e do Livro IV):
Salmo 106.47-48 47Salva-nos, SENHOR, nosso Deus! Reúne-nos dentre as nações, para darmos graças ao teu santo nome, para nos alegrarmos no teu louvor! 48Louvem o SENHOR, o Deus de Israel, que vive de eternidade a eternidade. Todos digam “Amém”! Louvado seja o SENHOR!
NOTE QUE A ESPERANÇA está na fidelidade e compaixão da aliança de Deus – não está na potência da nação nem nas alianças com outras nações; a esperança não está em carros e cavalos, mas no SENHOR Deus dos exércitos. — Mas seria Deus fiel à sua aliança? Ora, vale a pena ler o próximo salmo, o cabeçalho do Livro V do Saltério (livro este que profetizará a respeito do novo Davi, o Senhor Jesus Cristo). Ouça:
Salmo107.1-3 1Deem graças ao SENHOR, porque ele é bom; seu amor dura para sempre! 2O SENHOR os livrou? Proclamem em alta voz! Contem a todos que ele os resgatou de seus inimigos. 3Pois ele reuniu os que estavam exilados em muitas terras, do leste e do oeste, do norte e do sul.
Quem reinará sobre este povo reunido de todas as partes? Jesus!
Salmo 110.1-2 1O SENHOR disse ao meu Senhor: “Sente-se no lugar de honra à minha direita, até que eu humilhe seus inimigos e os ponha debaixo de seus pés”. 2O SENHOR estenderá seu reino poderoso desde Sião; você governará seus inimigos.
A esperança última do povo de Deus, A ÚNICA SAÍDA para este mundo, não está em novas políticas, estruturas, ideologias ou utopias, mas no novo Rei, Jesus Cristo, que veio (viveu sem pecado, morreu no lugar do pecador e ressuscitou) e que virá novamente (para estabelecer para sempre seu reino eterno). Essa é a única saída para este mundo.
Mas se você está querendo saber como se valer dessa única saída para a sua vida, seu dia-a-dia, volte-se comigo agora para o Salmo 106. Há quatro observações que desejo fazer à partir da leitura e do estudo deste salmo, e no final algumas aplicações. A única saída:
ESTA É A ÚNICA SAÍDA PARA VOCÊ: conhecer a Deus, ter consciência de si mesmo, temer o castigo de Deus e ter confiança na graça futura de Deus.
Vamos ao salmo.
João Calvino (1509–1564) abre as Institutas, a obra magna da Reforma Protestante (1536–1559), afirmando que “Quase toda a soma de nosso conhecimento, que de fato se deva julgar como verdadeiro e sólido conhecimento, consta de duas partes: o conhecimento de Deus e o conhecimento de nós mesmos.”
Com efeito, não há conhecimento mais sólido e verdadeiro do que o conhecimento de Deus, do ser de Deus e do conhecimento de nós mesmos, à luz da revelação que Deus faz de si mesmo. Não há, portanto, outra saída: se quisermos achar uma saída para o estado do mundo, se você quer uma saída para as suas desgraças, faz-se necessário conhecer a Deus e a si mesmo à luz da revelação de Deus na Bíblia.
Note como o salmista, antes de passar ao conhecimento de si mesmo (vs. 6-39), tratou de descrever um pouco do conhecimento que tinha de Deus – conhecimento este que iluminava a sua vida e a saída para o seu caos existencial. Veja:
Quem Deus é?
Salmos 106.1 Louvado seja o SENHOR! Deem graças ao SENHOR porque ele é bom; seu amor dura para sempre!
O que Deus faz?
Salmos 106.2 Quem poderá contar os feitos poderosos do SENHOR? Quem poderá louvá-lo como ele merece?
O que Deus de nós requer (e o que disso se obtém)?
Salmos 106.3 Como são felizes os que fazem o que é certo e praticam a justiça todo o tempo!
O que Deus faz pelo seu povo?
Salmos 106.4-5 4Lembra-te de mim, SENHOR, quando mostrares favor ao teu povo; aproxima-te e resgata-me. 5Que eu compartilhe da prosperidade dos teus escolhidos; que eu me alegre na alegria do teu povo e exulte com aqueles que pertencem a ti.
Esse tipo de conhecimento de Deus é como luz no fim do túnel de nossos problemas. Saber que Deus é bom e que seu amor dura para sempre (v. 1); saber que Deus age com poder e de modo inumerável, indescritível (v. 2); saber que a felicidade é fruto de uma vida vivida em consistência com a palavra de Deus (v. 3); e saber que Deus resgata aqueles que diante mão ele mesmo escolheu, reuniu, fez prosperar e alegrou (vs. 4-5)… saber de todas essas coisas, conhecer a Deus é a luz que aponta a saída no final do túnel. J. I. Packer, no capítulo 1 de seu livro clássico: O conhecimento de Deus, assim introduz o seu tema:
Em 7 de janeiro de 1855 o ministro da capela da rua New Park [Charles Spurgeon, contando apenas 20 anos à época] começou seu sermão matinal do seguinte modo:
Já foi dito por alguém que “o estudo adequado da humanidade é o próprio homem”. Não me oponho à idéia, mas creio ser igualmente verdadeiro que o estudo correto do eleito de Deus é Deus; o estudo apropriado ao cristão é a divindade. A mais alta ciência, a mais elevada especulação, a mais poderosa filosofia que possa prender a atenção de um filho de Deus é o nome, a natureza, a pessoa, a obra, as ações e a existência do grande Deus, a quem chama Pai.
Nada é melhor para o desenvolvimento da mente que contemplar a divindade. Trata-se de um assunto tão vasto, que todos os nossos pensamentos se perdem em sua imensidão; tão profundo que nosso orgulho desaparece em sua infinitude. Podemos compreender e aprender muitos outros temas, derivando deles certa satisfação pessoal e pensando enquanto seguimos nosso caminho: “Olhe, sou sábio”. Mas quando chegamos a esta ciência superior e descobrimos que nosso fio de prumo não consegue sondar sua profundidade e nossos olhos de águia não podem ver sua altura, nos afastamos pensando que o homem vaidoso pode ser sábio, mas não passa de um potro selvagem, exclamando então solenemente: “Nasci ontem e nada sei”. Nenhum tema contemplativo tende a humilhar mais a mente e os pensamentos sobre Deus…
Ao mesmo tempo, porém, que este assunto humilha a mente, também a expande. Aquele que pensa com frequência em Deus terá a mente mais aberta que alguém que apenas caminha penosamente por este estreito globo. […] O melhor estudo para expandir a alma é a ciência de Cristo, e este crucificado, e o conhecimento da divindade na gloriosa trindade. Nada alargará mais o intelecto, nada expandirá mais a alma do homem que a investigação dedicada, cuidadosa e contínua do grande tema da divindade.
Ao mesmo tempo que humilha e expande, este assunto é eminentemente consolador. Na contemplação de Cristo existe um bálsamo para cada ferida; na meditação sobre o Pai, há consolo para todas as tristezas, e na influência do Espírito Santo, alívio para todas as mágoas.
Você quer esquecer sua tristeza? Quer livrar-se de seus cuidados? Então, vá, atire-se no mais profundo mar da divindade; perca-se na sua imensidão, e sairá dele completamente descansado, reanimado e revigorado. Não conheço coisa que possa confortar mais a alma, acalmar as ondas da tristeza e da mágoa, pacificar os ventos da provação que a meditação piedosa a respeito da divindade. Para este assunto chamo a atenção de todos nesta manhã.
A única saída: trate de conhecer a Deus.
Nosso conhecimento de Deus nos leva ao real conhecimento de nós mesmos.
Em suas Institutas, anteriormente mencionadas, Calvino prossegue dizendo que
[…] é notório que o homem jamais chega ao puro conhecimento de si mesmo até que haja antes contemplado a face de Deus, e da visão dele desça a examinar-se a si próprio. Ora, sendo-nos o orgulho a todos ingênito [inato, congênito], sempre a nós mesmos nos parecemos justos, e íntegros, e sábios, e santos, a menos que, em virtude de provas evidentes, sejamos convencidos de nossa injustiça, indignidade, insipiência e depravação. Não somos, porém, assim convencidos, se atentamos apenas para nós mesmos e não também para o Senhor, que é o único parâmetro pelo qual se deve aferir este juízo.
O salmista, com efeito, tendo postulado algo sobre o conhecimento de Deus, parte para a consciência que ele tomou de si mesmo, e a primeira coisa que se descobre é avassaladora (absolutamente bombástica!) para a mente depravada e orgulhosa do ser humano de todos os tempos, sobretudo nestes nos quais nós vivemos: a primeira coisa de que devemos tomar consciência a respeito de nós mesmos é que somos, por natureza, pecadores: Salmos 106.6 — “Pecamos, como nossos antepassados; fomos desobedientes e rebeldes.” — SIM, o pecado é o nosso maior problema, e achar a solução de Deus para o problema do nosso pecado é a nossa maior necessidade na vida.
A seguir, note em nosso salmo a sequência de pecados [oito pecados!] cometidos pelo povo, tudo sempre cuidadosamente contrastado com a bondade e o amor infindáveis do SENHOR – mantendo a sua aliança eterna com os seus escolhidos; também não deixe de notar a raiz de todos os pecados: a INCREDULIDADE!
O pecado de Israel no Egito e no Mar Vermelho: REBELIÃO (cf. Êxodo 14)
Salmos 106.7-12 7No Egito, nossos antepassados não deram valor às maravilhas do SENHOR. Não se lembraram de seus muitos atos de bondade; rebelaram-se contra ele junto ao mar Vermelho. 8Assim mesmo ele os resgatou, para proteger a honra de seu nome, para mostrar seu grande poder. 9Ordenou que o mar Vermelho secasse e os conduziu pelas águas como por um deserto. 10Ele os resgatou das mãos de seus inimigos e os libertou das garras de seus adversários. 11As águas se fecharam e cobriram seus opressores; nenhum deles sobreviveu. 12Então creram em suas promessas e cantaram louvores a ele.
Um dos pecados de Israel no deserto: DESCONTENTAMENTO (cf. Êx 16 e Nm 11)
Salmos 106.13-15 13Depressa, porém, esqueceram-se do que ele havia feito; não quiseram esperar por seus conselhos. 14No deserto, os desejos do povo se tornaram insaciáveis; puseram Deus à prova naquela terra desolada. 15Ele atendeu a seus pedidos, mas também lhes enviou uma praga.
Outro pecado de Israel no deserto: INVEJA (cf. Números 16)
Salmos 106.16-18 16No acampamento, tiveram inveja de Moisés e de Arão, o sacerdote consagrado ao SENHOR. 17Por isso, a terra se abriu; engoliu Datã e sepultou Abirão e os outros rebeldes. 18Fogo desceu sobre aqueles que os seguiam; uma chama consumiu os perversos.
Mais pecado de Israel no deserto: IDOLATRIA (cf. Êxodo 32)
Salmos 106.19-23 19No monte Sinai, fizeram um bezerro; prostraram-se diante de uma imagem de metal. 20Trocaram seu Deus glorioso pela estátua de um boi que come capim. 21Esqueceram-se de Deus, seu salvador, que havia feito coisas grandiosas no Egito, 23atos maravilhosos na terra de Cam, feitos notáveis no mar Vermelho. 23Por isso, declarou que os destruiria, mas Moisés, seu escolhido, pôs-se entre ele e o povo e suplicou-lhe que afastasse sua ira e não os destruísse.
A raíz dos pecados de Israel: INCREDULIDADE (cf. Números 13–14)
Salmos 106.24-27 24 Eles, porém, se recusaram a entrar na terra agradável, pois não creram na promessa. 25Em vez disso, resmungaram em suas tendas e não deram ouvidos ao SENHOR. 26Assim, ele jurou solenemente que os mataria no deserto, 27que dispersaria seus descendentes entre as nações e os enviaria para o exílio em terras distantes.
Ainda mais pecado de Israel: APOSTASIA (cf. Números 25)
Salmos 106.28-31 28Depois, juntaram-se aos adoradores de Baal em Peor; chegaram a comer sacrifícios oferecidos a mortos. 29Com todos esses atos, provocaram a ira do SENHOR, por isso uma praga se espalhou entre eles. 30Fineias, porém, teve coragem de intervir, e a praga foi detida. 31Assim, desde então, ele foi considerado justo.
E mais pecado de Israel durante os anos do deserto: INSURREIÇÃO (cf. Nm 20)
Salmos 106.32-33 32Também em Meribá, provocaram a ira do SENHOR, e causaram sérios problemas a Moisés. 33Fizeram Moisés se irar [amarguraram seu espírito], e ele falou sem refletir.
O pecado de Israel em Canaã: CONFORMAÇÃO
Salmo 106.34-39 34Não destruíram as nações que habitavam na terra, como o SENHOR lhes havia ordenado. 35Em vez disso, misturaram-se com elas e adotaram seus costumes. 36Adoraram ídolos estrangeiros, o que causou sua ruína. 37Chegaram a sacrificar aos demônios seus filhos e filhas. 38Derramaram sangue inocente, o sangue de seus filhos e filhas. Ao oferecer sacrifícios aos ídolos de Canaã, contaminaram a terra com sangue. 39A si mesmos contaminaram com seus atos perversos; seu amor aos ídolos foi adultério.
A ÚNICA SAÍDA: [1.] trate de conhecer a Deus e [2.] tome consciência de si mesmo à luz da revelação de Deus – tome consciência de que seu maior problema é o pecado, o qual te leva à rebeldia, ao descontentamento, à inveja, à idolatria, à apostasia, à insurreição e à conformação com este mundo doutrinado por ensinos demoníacos (cf. 1Tm 4.1). TOME CONSCIÊNCIA DISTO: a incredulidade é a raiz de todos os nosso pecados.
Deus é bom e misericordioso, mas ele também é santo e não habita com o pecado (essa longa lista de pecados do povo de Deus e de todo mundo); resultado:
Salmos 106.40-42 40Por isso, a ira do SENHOR se acendeu, e ele sentiu aversão por seu povo, sua propriedade. 41Entregou-os às nações, e foram dominados por aqueles que os odiavam. 42Seus inimigos os oprimiram e os sujeitaram ao seu poder cruel. por isso o castigo que foi aplicado a Israel:
Nas palavras de Hernandes Dias Lopes: Israel não caiu nas mãos de seus vários inimigos no período dos juízes e também da monarquia porque esses inimigos eram poderosos. Foi o próprio Deus que entregou seu povo nas mãos de seus inimigos, os quais foram a vara da ira de Deus para disciplinar o seu povo. Mais tarde, as dez tribos do norte caíram nas mãos da Assíria e as duas tribos do sul caíram nas mãos da Babilônia, mostrando que Deus é fiel tanto na aplicação de suas bênçãos como no exercício de sua disciplina. A ÚNICA SAÍDA para este mundo caído, a única saída para você sempre foi esta: ter conhecimento de Deus, tomar consciência de si mesmo e temer o castigo de Deus. Com efeito, o temor do SENHOR é o princípio da sabedoria.
Tenha conhecimento de Deus, tome consciência de si mesmo, tema o castigo de Deus e, por fim, tenha confiança (fé) na graça de Deus. Note como o salmista registra, na sequência, as reiteradas misericórdias do SENHOR dispensadas a seu povo:
Salmos 106.43-46 43Muitas vezes os livrou, mas escolheram se rebelar contra ele; por fim, seu pecado os destruiu. 44Ainda assim, ele viu a aflição do povo e ouviu seus clamores. 45Lembrou-se de sua aliança com eles e teve compaixão por causa do seu grande amor. 46Fez que seus captores os tratassem com misericórdia.
Esse conhecimento de quem Deus é, como ele age e de quem de fato somos e do que mais precisamos levaram o salmista a – cheio de fé, carregado de confiança na graça futura de Deus – fazer sua súplica final:
Salmos 106.47-48 47Salva-nos, SENHOR, nosso Deus! Reúne-nos dentre as nações, para darmos graças ao teu santo nome, para nos alegrarmos no teu louvor! 48Louvem o SENHOR, o Deus de Israel, que vive de eternidade a eternidade. Todos digam “Amém”! Louvado seja o SENHOR! [Aleluia!]
NOTE O PEDIDO (pedido de quem realmente conhece a si mesmo e sabe do que verdadeiramente mais precisa): versículo 47a — “Salva-nos… Reúna-nos…” Você precisa ser salvo e batizando (reunido, inserido) no corpo de Cristo, a igreja.
NOTE O PORQUÊ (o porquê de quem sabe a razão para todas as coisas): versículo 47b — “para darmos graças ao teu santo nome, para nos alegrarmos no teu louvor!” É para isto que Deus nos salva e santifica: para o adorarmos nos alegrando nele.
NOTE A POSTURA (a postura de quem foi salvo pela graça, por meio da fé): versículo 48 — “Louvem o SENHOR, o Deus de Israel, que vive de eternidade a eternidade. Todos digam “Amém”! Louvado seja o SENHOR! [Aleluia!]”
Ah, [1.] que você faça o pedido certo hoje a noite: “Salva-me, reúna-me!”; [2.] que você saiba o porquê dessa grande obra de salvação e reunião dos eleitos de Deus na igreja de Cristo pelo poder do Espírito: “adoração na alegria em Deus”; [3.] que você tome uma postura de fé hoje à noite: “viver para anunciar o Deus de Israel, o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo”.
Todo mundo está em busca de uma saída. Uma das maneiras que as pessoas julgam viável é apontar o dedo, denunciando quem são os vilões. Este salmo, no entanto, nos revela que A ÚNICA SAÍDA POSSÍVEL É
[1.] ter o conhecimento de Deus, [2.] tomar consciência de si mesmo, [3.] temer o castigo de Deus e [4.] ter confiança (fé) na graça futura de Deus disponível em Jesus Cristo a qualquer pecador que o busque com arrependimento e fé.
NA PRÁTICA: leia a Bíblia sob a iluminação do Espírito – conheça Deus, veja nos pecados dos personagens bíblicos os seus próprios pecados, aprenda como Deus trata o pecador, cultive o temor do SENHOR e a fé na graça de Deus.
SOBRETUDO: olhe para Jesus — ele é a revelação do próprio Deus, aquele que se fez pecado como substituto do pecador, a imagem daquele a quem nós devemos nos conformar pela obra do Espírito em nós… olhe para Jesus… Essa é a única saída.
S.D.G. L.B.Peixoto
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