14.04.2024
Salmo 107 (NVT)
1Deem graças ao SENHOR, porque ele é bom;
seu amor dura para sempre!
[…]
43Quem é sábio levará tudo isso a sério;
perceberá como tem sido leal o amor do SENHOR.
Lealdade!
O QUE VOCÊ MAIS PREZA EM UM RELACIONAMENTO? Algumas pessoas vão dizer que a resposta para essa pergunta dependerá da personalidade ou dos valores sociais de cada indivíduo. Em As Cinco Linguagens do Amor, livro que é sucesso de vendas, publicado pela Editora Mundo Cristão, Gary Chapman propôs uma teoria de acordo com a qual as pessoas expressam e experimentam o amor de diferentes maneiras, e ele identificou cinco principais maneiras pelas quais o amor pode ser expressado e entendido.
AS CINCO LINGUAGENS DO AMOR seriam: I. palavras de afirmação (i.e., expressar o amor através de palavras positivas, elogios, reconhecimento e apoio verbal); II. tempo de qualidade (i.e., demonstrar o amor através da atenção, presença e envolvimento ativo com a pessoa amada, compartilhando momentos significativos juntos); III. presentes (i.e., dizer que ama através de gestos materiais, presentes simbólicos e demonstrações tangíveis de consideração e cuidado); IV. atos de serviço: (i.e., mostrar amor por meio de ações práticas e serviços prestados, tal como ajudar nas tarefas do dia a dia, fazer favores, sacrificar seu próprio tempo e empregar todo o esforço para o bem-estar do outro); V. toque físico (i.e., expressar amor por meio de contato físico, como abraços, beijos, carícias e outras formas de intimidade física que transmitem afeto, segurança e conexão emocional). Segundo Chapman, cada pessoa tem uma ou duas linguagens do amor que são mais significativas para ela, e entender essas linguagens – ele argumenta – poderá fortalecer os relacionamentos, aumentar a conexão emocional e promover um amor mais satisfatório e gratificante.
E aí, qual é ou quais são as suas linguagens do amor? O que você mais preza em um relacionamento? O que você espera das pessoas para se sentir amado(a)? Cuidado, muito cuidado com a resposta! Sua declaração a este respeito poderá estar, na realidade, revelando qual é ou quais são os ídolos do seu coração. Será uma confissão de culpa!
PENSE MELHOR:
e se a sua necessidade de PALAVRAS DE AFIRMAÇÃO estiver, na realidade, revelando que você “só se sente amado” quando as pessoas te aplaudem e quando você recebe elogios lisonjeiros do tipo “Espelho, espelho meu, quem é mais belo do que eu”? será que essa sua necessidade de palavras de afirmação não está, na realidade, revelando que você jamais poderá ser contrariado, corrigido ou exortado?
e se a sua necessidade de TEMPO DE QUALIDADE estiver, na realidade, revelando que você “só se sente amado” quando as pessoas deixam tudo de lado para focar em sua pessoa? será que essa sua necessidade de tempo de qualidade não está, na realidade, revelando que você idolatra ser o centro das atenções do mundo?
e se essa necessidade de PRESENTES estiver, na realidade, revelando que você “só se sente amado” quando é paparicado e mimado, ou quando ganha dinheiro, coisas e mais coisas encantadoras e viagens exóticas? será que essa sua necessidade de receber presentes não está, na realidade, revelando o seu consumismo e a sua insatisfação com tudo?
e se essa necessidade de receber ATOS DE SERVIÇO estiver, na realidade, revelando que você “só se sente amado” quando todo mundo faz exatamente o que você quer, não te faz qualquer exigência e sempre te diz: “Seu desejo é uma ordem!”? será que essa sua necessidade de receber atos de serviço não está, na realidade, revelando a divindade em que você transformou o seu próprio eu?
e se essa necessidade de TOQUE FÍSICO estiver, na realidade, revelando que você “só se sente amado” quando tem satisfeitas as suas fantasias sexuais excêntricas e se sente a pessoa mais especial do mundo? será que essa sua necessidade de toque físico não está, na realidade, revelando que você está prostrado no altar da idolatria sexual?
Veja, gente, cada uma dessas “linguagens do amor” poderá sim ser necessária em algum momento e de alguma forma. Há algum valor sim nessa teoria. É importante sim a gente conhecer a pessoa que amamos e corresponder o amor. Claro! O problema é que como todos nós somos pecadores, narcisistas por natureza, na prática, cada uma das cinco linguagens do amor – quando exigidas como provas de amor – acabará revelando algum ídolo do coração, seja dinheiro, sexo, poder, afirmação, exaltação etc.
As premissas das “Cinco Linguagens do Amor (5LA)” são simplesmente falsas, pois se desviam do verdadeiro problema que mais precisa de solução. Chapman disse que o nosso problema mais fundamental é CARÊNCIA ou Necessidade de ser preenchido com amor. Ora, é isso mesmo!? Bem, então o que é o amor? O que significa amar? Imagine você sair por aí tendo a certeza de que você tem este problema crônico, e que precisa ser curado: você sofre de carência, seu tanque está vazio. Ora, como você se relacionaria com as pessoas? O que você buscaria em qualquer relacionamento? Como você definiria o amor ou buscaria amar? Você não precisa ser um gênio para concluir que desse modo nós nos transformaríamos em tipos dos deuses gregos ou de qualquer entidade divina pagã que necessitam, de algum modo, de serem afirmados, idolatrados, paparicados, servidos e satisfeitos.
É isto o que você mais preza em um relacionamento: receber para poder, em troca, dar? Será que funciona mesmo, na prática? Será que é assim que se deve relacionar? O que se deve, de fato, entregar em um relacionamento? Como se deve amar? O que é amar e receber amor?
Estas questões nos trazem ao Salmo 107, no qual aprendemos sobre o leal amor de Deus; no qual o salmista ensina que o bem mais valioso de qualquer relacionamento é a lealdade, o leal amor – a lealdade da aliança de Deus com seu povo, o leal amor de Deus com seu povo. Leia mais uma vez, observe como este salmo começa e termina, note o tom e o tema do salmo:
Salmo 107 (NVT)
1Deem graças ao SENHOR, porque ele é bom;
seu amor dura para sempre!
[…]
43Quem é sábio levará tudo isso a sério;
perceberá como tem sido leal o amor do SENHOR.
Este salmo é sobre lealdade. Leal amor. O leal amor de Deus.
Salmos é, na verdade, uma biblioteca – composta por cinco livros. E o Salmo 107 é o primeiro – é o cabeçalho, por assim dizer, – do quinto e último livro do Saltério. O LIVRO I tratou da A Ascensão do Rei (Salmos 1–41). O LIVRO II mostrou A Ascensão do Reino (Salmos 42–72). O LIVRO III descreveu a queda do reino, O Exílio na Babilônia (Salmos 73–89). O LIVRO IV falou da Esperança Futura de Israel, da esperança do povo que estava no exílio (Salmos 90–106). E terminou com este clamor e esta conclamação, o livro IV:
Salmo 106.47-48 (NVT)
47Salva-nos, SENHOR, nosso Deus!
Reúne-nos dentre as nações,
para darmos graças ao teu santo nome,
para nos alegrarmos no teu louvor!
48Louvem o SENHOR, o Deus de Israel,
que vive de eternidade a eternidade.
Todos digam “Amém”!
Louvado seja o SENHOR!
O LIVRO V (Salmos 107–150), que é a apoteose do enredo de Salmos, descreverá que o principal elemento de esperança futura do povo de Deus não é a libertação em si, não é a salvação em si, mas uma pessoa: O Novo Davi, o Messias. Isto se conclui do fato de haver salmos de Davi nesta seção de Salmos. De fato, os salmos davídicos aparecem perto do início do livro V (Salmos 108–110), no meio dele (Salmos 131 e 133) e perto do final (Salmos 138–145). VEJA: O mero fato de o nome de Davi ser mencionado em um contexto pós-exílico, quando e desde então rei davídico nenhum foi entronizado em Israel, sugere que essa inserção de salmos davídicos se destina a fomentar a esperança de um novo Davi no futuro. Tão verdade isto que um dos salmos davídicos inseridos aqui no livro V – entre os salmos de romagem ou salmos para os peregrinos – trazem a seguinte promessa messiânica:
Salmo 132.11-18, 17-18 (NVT)
11O SENHOR fez um juramento solene a Davi
e prometeu jamais voltar atrás:
“Colocarei em seu trono
um de seus descendentes.
[…]
17Aqui aumentarei o poder de Davi;
meu ungido será luz para meu povo.
18Vestirei de vergonha seus inimigos,
mas ele usará uma coroa gloriosa.”
Esse – com poder aumentado, o ungido de Deus e luz para os povos – nós sabemos pela revelação progressiva de Deus, no Novo Testamento, é Jesus Cristo:
Mateus 22.41-45 (NVT)
41Então, rodeado pelos fariseus, Jesus lhes fez a seguinte pergunta: 42“O que vocês pensam do Cristo? De quem ele é filho?”.
Eles responderam: “É filho de Davi”.
43Jesus perguntou: “Então por que Davi, falando por meio do Espírito, chama o Cristo de ‘meu Senhor’? Pois Davi disse [Sl 110.1]:
44‘O Senhor disse ao meu Senhor:
Sente-se no lugar de honra à minha direita
até que eu humilhe seus inimigos
debaixo de seus pés’.
45Portanto, se Davi chamou o Cristo de ‘meu Senhor’, como ele pode ser filho de Davi?”.
O NOVO DAVI, tão aguardado como a realização da esperança do livro V de Salmos, nas palavras do próprio Cristo: é O SENHOR JESUS CRISTO; que veio para tratar da maior necessidade do ser humano, veio salvar seu povo dos pecados, levando-o de volta para Deus (1Pe 3.18). E é sobre esta salvação, fruto do leal amor de Deus, que tratará o salmo de abertura do livro V, o Salmo 107.
O LEAL AMOR DE DEUS. Foi esse o título que demos para este sermão. Mas se tivesse que dar outro título para a mensagem deste salmo, eu daria este: O SALVADOR.
Derek Kidner observou que este salmo se divide em QUATRO GRANDES PARTES.
O Salmo começa com uma chamada a adoração pela alegria da salvação (vs. 1-3). Depois, no corpo do salmo (vs. 4-32), há um conjunto de quatro cenários que contêm, cada um, a imagem de uma situação humana calamitosa e a iniciativa de Deus para, misericordiosamente, salvar – seguidas de uma chamada ao louvor. São situações que, por si só, não dizem respeito apenas a circunstâncias caracteristicamente israelitas. São, de fato, situações comuns a qualquer povo ou pessoal em particular. No entanto, o fato de que estes cenários foram pintados no contexto em que se esta celebrando o retorno do exílio babilônico, carregam a possibilidade de que esses episódios sejam quatro maneiras diferentes de representar o estado do qual a nação havia sido salva.
A terceira parte do salmo (vs. 33-41) traz algumas reflexões a respeito da soberania de Deus em situações como as que se acabou de descrever. E o salmo termina com um epílogo ou uma chamada à reflexão e ao louvor (v. 42-43).
O salmo começa com esta nota:
Salmo 107.1 (NVT)
Deem graças ao SENHOR, porque ele é bom;
seu amor dura para sempre!
Este amor – o leal amor de Deus – se revela atuando para resolver o principal problema do ser humano, tratar da maior necessidade de todos nós: salvação. Observe:
Salmo 107.2-3 (NVT)
2O SENHOR os livrou? Proclamem em alta voz!
Contem a todos que ele os resgatou de seus inimigos.
3Pois ele reuniu os que estavam exilados em muitas terras,
do leste e do oeste,
do norte e do sul.
Em resposta ao clamor do salmo anterior, houve salvação! Este foi o clamor:
Salmo 106.47-48 (NVT)
47Salva-nos, SENHOR, nosso Deus!
Reúne-nos dentre as nações,
para darmos graças ao teu santo nome,
para nos alegrarmos no teu louvor!
O SENHOR, misericordioso, respondeu com salvação, e isto requer o louvor; a alegria da salvação nos faz catar e louvar de coração ao SENHOR:
Salmo 107.1-3 (NVT)
1Deem graças ao SENHOR, porque ele é bom;
seu amor dura para sempre!
2O SENHOR os livrou? Proclamem em alta voz!
Contem a todos que ele os resgatou de seus inimigos.
3Pois ele reuniu os que estavam exilados em muitas terras,
do leste e do oeste,
do norte e do sul.
Um dos salmos deste quinto livro do Saltério deixará isto ainda mais claro: a alegria da salvação, ter sido salvo pelo SENHOR no impulsiona a cantar:
Salmo 126.1-3 (NVT)
1Quando o SENHOR trouxe os exilados de volta a Sião,
foi como um sonho.
2Nossa boca se encheu de riso,
e cantamos de alegria.
As outras nações disseram:
“O SENHOR fez coisas grandiosas por eles”.
3Sim, o SENHOR fez coisas grandiosas por nós;
que alegria!
A alegria da salvação nos faz cantar. E cantamos tanto mais forte e com tanto mais alegria quanto mais tivermos consciência do que, de fato, nós fomos salvos, quanto mais tomarmos consciência de nosso estado à parte do leal amor de Deus. É o que se achará na segunda parte do Salmo 107: DO QUE NÓS FOMOS SALVOS?
No Novo Testamento, o autor de Hebreus chama a nossa salvação de “tão grande salvação”, e nos alerta para o risco de nós a negligenciarmos (cf. Hb 2.3). Há pelo menos duas maneira de se negligenciar esta salvação.
UMA é quando se endurece o coração para a voz do SENHOR, enquanto se atravessa a provação, tornando-se ainda mais incrédulo e se afastando do Deus vivo por causa das dificuldade da vida (cf. Hb 3.8, 12). A OUTRA é quando se negligencia a obra do SENHOR, a sua salvação, mesmo em face de tantos sinais e manifestações da graça de Deus (cf. Hb 2.1-4). Ou seja: no muito e no pouco, na abundância ou no abatimento, não importa, o coração humano, em seu estado natural, estará sempre propenso a negligenciar a “tão grande salvação” do SENHOR.
O salmista sabia disso e por isso se esforçou para que você e eu, qualquer leitor deste salmo – o Salmo 107 – compreendêssemos a nossa real e mais profunda necessidade diante de Deus: salvação; e também soubéssemos dizer do que nós fomos, estamos sendo e seremos salvos; ou: do que você, nesta noite, precisa ser salvo(a).
Passemos pois aos cenários pintados pelo salmista. Vejamos as imagens da salvação. Em cada uma destas cenas, observe a seguinte ordem em que estão pintados os cenários: [1.] a triste situação do pecador, [2.] seu fervoroso clamor, [3.] o leal amor de Deus em ação e [4.] o chamado para se louvar, seguido do motivo para o louvor. Os cenários são estes:
Salvação da perdição do pecado (vs. 4-9)
Salvação da prisão do pecado (vs. 10-16)
Salvação da doença do pecado (vs. 17-22)
Salvação da tormenta do pecado (vs. 23-32)
Leiamos o texto bíblico, tomando nota de cada um destes cenários.
1. Salvação da perdição do pecado
Salmo 107.4-9 (NVT)
4Eles vagavam pelo deserto,
perdidos e sem lar.
5Famintos e sedentos,
chegaram à beira da morte.
6Em sua aflição, clamaram ao SENHOR,
e ele os livrou de seus sofrimentos.
7Conduziu-os por um caminho seguro,
a uma cidade onde pudessem morar.
8Que louvem o SENHOR por seu grande amor
e pelas maravilhas que fez pela humanidade.
9Pois ele sacia o sedento
e enche de coisas boas o faminto.
2. Salvação da prisão do pecado
Salmo 107.10-16 (NVT)
10Estavam sentados na escuridão e em trevas profundas,
presos com as algemas de ferro do sofrimento.
11Rebelaram-se contra as palavras de Deus
e desprezaram o conselho do Altíssimo.
12Por isso ele os sujeitou a trabalhos pesados;
caíram, e não houve quem os ajudasse.
13Em sua aflição, clamaram ao SENHOR,
e ele os livrou de seus sofrimentos.
14Tirou-os da escuridão e das trevas profundas
e quebrou suas algemas.
15Que louvem o SENHOR por seu grande amor
e pelas maravilhas que fez pela humanidade.
16Pois ele quebrou as portas de bronze da prisão
e partiu as trancas de ferro.
3. Salvação da doença do pecado
Salmo 107.17-22 (NVT)
17Foram tolos;
rebelaram-se e sofreram por causa de seus pecados.
18Não conseguiam nem pensar em comer
e estavam às portas da morte.
19Em sua aflição, clamaram ao SENHOR,
e ele os livrou de seus sofrimentos.
20Enviou sua palavra e os curou,
e os resgatou da morte.
21Que louvem o SENHOR por seu grande amor
e pelas maravilhas que fez pela humanidade.
22Que ofereçam sacrifícios de ações de graças
e anunciem suas obras com canções alegres.
4. Salvação da tormenta do pecado
Salmo 107.23-32 (NVT)
23Viajaram pelo mundo em navios;
percorreram as rotas comerciais dos mares.
24Também eles viram as obras do SENHOR
e suas maravilhas nas águas mais profundas.
25Por sua ordem, os ventos se levantaram
e agitaram as ondas.
26Seus navios eram lançados aos céus,
depois desciam às profundezas;
foram tomados de pavor.
27Cambaleavam e tropeçavam, como bêbados,
e não sabiam mais o que fazer.
28Em sua aflição, clamaram ao SENHOR,
e ele os livrou de seus sofrimentos.
29Acalmou a tempestade
e aquietou as ondas.
30A calmaria os alegrou,
e ele os levou ao porto em segurança.
31Que louvem o SENHOR por sua bondade
e pelas maravilhas que fez pela humanidade.
32Que o exaltem em público,
diante da comunidade e dos líderes do povo.
Essas são todas cenas comuns a uma mesma pessoa. São descrições do que o pecado faz conosco – nos deixa totalmente pedidos, poderosamente acorrentados, adoecidamente tolos e profundamente atormentados – e, portanto, são descrições também do que nós mais precisamos na vida:
A única saída é aprendermos com a liturgia da salvação: ver-se perdido, clamar por salvação e, informado do que se foi salvo, cantar em louvor. É assim que se acha a salvação e se aponta a salvação para os que dela também precisam.
A parte seguinte, a penúltima do salmo, é um hino que o povo todo – todos os salvos, em culto público solene (v. 32) – deverá entoar ao SENHOR. A letra celebra o poder soberano com que Deus leva avante a salvação do seu povo. Ela parte de eventos da história da salvação de Israel – desde Abraão, na condenação de Sodoma, passando pelo êxodo do Egito, até a posse da terra em Canaã; depois, da queda de Israel e de Judá e o cativeiro babilônico, até o retorno do exílio para a terra de Canaã.
Salmo 107.33-41 (NVT)
33Ele transforma rios em desertos,
e fontes de água em terra seca.
34Torna a terra fértil em solo inútil,
por causa da perversidade de seus habitantes.
35Também transforma os desertos em açudes
e a terra seca em fontes de água.
36Leva os famintos para ali se estabelecerem
e construírem suas cidades.
37Eles semeiam campos, plantam videiras
e têm grandes colheitas.
38Sim, ele os abençoa!
Ali, criam famílias numerosas,
e seus rebanhos não param de crescer.
39Mas, quando diminuem em número e empobrecem
por causa da opressão, da miséria e da tristeza,
40o SENHOR lança desprezo sobre seus príncipes
e os faz vagar num deserto sem caminhos.
41Contudo, livra do sofrimento os pobres
e aumenta suas famílias como rebanhos de ovelhas.
Os salvos cantam, eles cantam a história da salvação. E eles cantam juntos, na congregação dos santos. Os crentes, em Cristo, foram libertos, mas eles não vivem largados; eles vivem na comunhão dos santos, uma igreja local, cantando os cânticos da salvação de seu Deus.
A parte final deste salmo combina duas coisas que, para a tragédia da igreja de Cristo na atualidade, são absolutamente inconcebíveis, a saber: reflexão e adoração; adoração que flui da profunda reflexão dos poderosos atos de Deus. Veja:
Salmo 107.42-43 (NVT)
42Os justos verão essas coisas e se alegrarão,
enquanto os perversos serão calados.
43Quem é sábio levará tudo isso a sério;
perceberá como tem sido leal o amor do SENHOR.
O salmista está falando da força da revelação de Deus. Diante dela, contemplando-a, os salvos, os justos se alegram e cantam; como sábios, eles levam a sério a contemplação da revelação de Deus e refletem profundamente sobre ela, meditam nela; eles sabem que o leal amor de Deus não é apenas revelado na Escritura, mas comprovado pela Escritura que é iluminada pelo Espírito. As palavras do Senhor, as palavras de Cristo na revelação da Escritura – disse-nos o próprio Cristo – “são espírito e vida” (Jo 6.63).
Os sábios levam-na a sério. Leem-na. Meditam nela. Eles querem provar do leal amor de Deus que está revelado em Cristo, pela palavra de Deus – a Bíblia Sagrada.
No final das contas, só há uma coisa que realmente importa: o leal amor de Deus.
É do amor de Deus que você precisa, mais do que qualquer coisa que você pensa que precisa para ser feliz; mais do que qualquer gesto, palavra ou atitude que você pensa que precisa, de quem quer que seja, para você ser feliz. Você precisa do leal amor de Deus, o qual nos foi dado, entregue em Cristo. E… para que nos foi entregue, para que nos foi derramado esse amor? Para nos salvar do pecado e da perdição. Preste atenção:
João 3.16-19 (NVT)
16“Porque Deus amou tanto o mundo que deu seu Filho único, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna. 17Deus enviou seu Filho ao mundo não para condenar o mundo, mas para salvá-lo por meio dele.
18“Não há condenação alguma para quem crê nele. Mas quem não crê nele já está condenado por não crer no Filho único de Deus. 19E a condenação se baseia nisto: a luz de Deus veio ao mundo, mas as pessoas amaram mais a escuridão que a luz, porque seus atos eram maus.
Não é de ser feliz, saudável ou próspero que você mais precisa. Não são de palavras de afirmação de outras pessoas, não é de tempo de qualidade com outras pessoas, não são de presentes de quem quer que seja, não são de atos de serviço de ninguém, tampouco de toque físico que você mais precisa. Você precisa de salvação; você precisa provar do leal amor de Deus, disponível a você em Jesus Cristo.
Cristo é a palavra de Deus encarnada de que você mais precisa.
Tempo de qualidade com Cristo é o que irá satisfazer sua alma.
Cristo é o maior presente do céu para você.
O maior ato de serviço que jamais poderia ter sido feito por você já foi feio: a vida e a obra de Cristo, preparando lugar para você no céu.
Toque físico? Que nada! Você precisa é do toque da graça de Deus, salvando você, santificando você, libertando você da perdição do pecado, da prisão do pecado, da doença do pecado e da tormenta do pecado.
O leal amor de Deus, em Cristo, é a sua maior necessidade. Creia nisto. Busque isto, pela fé. Receba esse amor e reparta esse amor. E cante esse amor! Como diz uma parte do cântico O Amor de Deus, de Raquel Novaes, que nós cantaremos a seguir:
O amor de Deus é rico em benefícios
O amor de Deus não mede sacrifícios
Dos braços desse amor, recebo o perdão
Comprado por Jesus.
O amor de Deus é puro e consciente
Como as manhãs, é firme e constante
Que se entregou na cruz e a morte derrotou
O amor de Jesus
É do amor de Jesus que você precisa. E é de relacionamentos fundamentados nesse amor e que repartem desse amor que você precisa. É isto o que você mais deve prezar e partilhar em qualquer relacionamento: o amor de Jesus, o leal amor de Deus.
S.D.G. L.B.Peixoto
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Pr. Leandro B. Peixoto